𝕾ob o Véu

By MarceReis909

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Trancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de qu... More

第1章 (cap. 1)
第2章 (cap. 2)
第3章 (Cap. 3)
第4章 (Cap.4)
第5章 (Cap.5)
第6章 (Cap.6)
第7章 (Cap. 7)
第8章 (Cap.8)
第9章 (Cap.9)
第10章 (Cap.10)
第12章 (Cap.12)
第13章 (Cap.13)
第14章 (Cap.14)
第15章 (Cap.15)
第16章 (Cap. 16)
第17章 (Cap.17)
第18章 (Cap.18)
第19章 (Cap. 19)
第20章 (Cap. 20)
第21章 (Cap. 21)
第22章 (Cap. 22)
第23章 (Cap. 23)
第24章 (Cap. 24)
第25章 (Cap. 25)
第26章 (Cap. 26)
第27章 (Cap. 27)
第28章 (Cap. 28)
第29章 (Cap. 29)
第30章 (Cap.30)
第31章 (Cap. 31)
第32章 (Cap. 32)
第33章 (Cap. 33)
第34章 (Cap. 34)
第35章 (Cap. 35)
第36章 (Cap. 36)
第37章 (Cap. 37)
第38章 (Cap. 38)
第39章 (Cap. 39)
第40章 (Cap. 40)
第41章 (Cap. 41)
第42章 (Cap. 42)
第43章 (Cap. 43)
第44章 (Cap. 44)
第44話 その2 (Cap. 44-parte 2)
第45章 (Cap. 45)
第46章 (Cap. 46)
第47章 (Cap. 47)
第48章 (Cap. 48)
第48章 その2 (Cap. 48 parte 2)
第49章 (Cap. 49)
第50章 (Cap. 50)
第51章 (Cap. 51)
第52章 (Cap. 52)
第53章 (Cap. 53)
第54章 (Cap. 54)
第55章 (Cap. 55)
第56章 (Cap. 56)
第57章 (Cap. 57)
第58章最終 (Cap. 58 final)

第11章 (Cap.11)

47 12 4
By MarceReis909

(1921 palavras)


FELIPE ME deixou em frente aos portões do convento e o Matusalém do Tonho... foi mal Tonho, eu gosto de você, mas vamos combinar que você passou rasteira na morte e mandou ela levar Tutancâmon... bem, ele estava fazendo não sei o que aquela hora no jardim, menos mal que ele me viu e abriu os portões para mim.

— Boa noite, menina Joana.

— Bom dia, Tonho - ele riu e confirmou com a cabeça.

Eu ainda não tinha sono, então, fui direto para a cozinha tomar um copo d'água e depois fui até o banheiro fazer xixi. Estava voltando para a cozinha quando esbarrei na Laura.

— Pelo amor de Deus! Virou fantasma pra tá perambulando pelo convento no meio da madrugada?

— Eu ouvi o barulho de um carro e vim ver se era você.

— Não dormiu?

— Se eu disser que senti falta de sua companhia na cela, você acreditaria?

— Desapega - começamos a rir e caminhamos para a cozinha. Sentamos e ofereci água pra ela.

— Como foi lá?

— Foi legal.

— Você parece feliz.

— E estou.

— O Felipe te tratou bem?

— Sim - lembrei de nós dois na beira da praia, dos beijos que trocamos. Não posso dizer que correspondi, mas também não fugi, eu sou um belo de um lerdo.

— Ele é um bom rapaz. Ele te faz muito bem pelo visto.

— Laura...

— Calma, Joana, só estou comentando. Não é uma crítica ou alguma malícia.

— O Felipe é sim um bom rapaz.

— Acha que terão mais encomendas como essa?

— Tomara.

— Você não tá com sono? - ela perguntou pegando meu copo e o dela e levando para a cozinha.

— Ainda não. Acho que vou ver se minhas amigas já acordaram.

— As meninas estão todas dormindo... e que eu saiba você não tem amizade com nenhuma.

— Tô falando das galinhas - Laura deu uma sonora gargalhada e colocou a mão na boca logo em seguida para não ser ouvida por mais ninguém.

— Joana, você é uma comédia.

— Bom, vou dar uma volta pelo jardim e depois vou ver se durmo alguma coisa.

— Melhor você esquecer esse passeio e vir logo pra cama...

— Saudades de mim no quarto?

— Acho que acostumei com seus roncos me ninando.

— Ei! Eu não ronco!

— Como sabe? Você tá dormindo...

— Tenho certeza.

— Mas é sério, daqui a pouco as irmãs nos chamam para o café. Melhor você tentar dormir um pouco.

Dei minhas costas como resposta e fui para a parte de trás do convento, o que seria o quintal. Me aproximei do galinheiro e no exato minuto o galo começou a cantar.

Deduzi que eram em torno de 4:00 ou perto disso. A noite realmente estava muito bonita e fiquei admirando a lua já baixa no céu, creio que não demora o sol a dar as caras.

— Não tá com sono, menina? - velho que susto.

— Olha só Tonho, não é porque você é um zumbi, que acha que eu sobrevivo a um susto desse. Homem pelo amor de Deus, meu coração não é tão forte assim.

O velho saiu do meio do nada, como se tivesse brotado do chão. Ele riu e sumiu outra vez, sabe-se Deus pra onde.

Voltei para dentro, não vou ficar aqui e arriscar um zumbi puxar meu pé e me levar pra alguma tumba, sei lá.

Fui devagarinho até minha cela e quando entrei, Laura já estava apagada. Queria conseguir dormir tão rápido assim. Apanhei uma toalha, uma camisola, minha necessaire e fui para o banheiro. Quando terminei e voltei para a cela, fui desfazer a trança de meus cabelos que nem parecia mais uma trança. E enquanto fazia isso, Laura mexeu-se na cama e resmungou alguma coisa, parei e olhei pra ela e só então eu realmente olhei pra Laura. Ela era muito bonita, com seus cabelos cor de fogo e um rosto rosado, com pequenas sardas espalhadas pela bochecha e nariz. Eu só tinha visto uma ruiva muitos anos atrás e achei muito interessante, pois me lembra minha heroína preferida, Jean Grey.

Olhei para a escova na cômoda e desisti de escovar os cabelos, fiquei um tempo olhando pra Laura, admirando sua beleza. Me deitei e custei a pegar no sono, ouvi quando a irmã Celeste passou chamando todas, olhei o relógio na parede ao lado da cama da Laura e vi que eram 5:30. Ela mexeu-se outra vez na cama e eu fechei meus olhos, queria evitar mais um monte de perguntas, ela levantou e com pouco tempo saiu da cela, creio que foi fazer suas higienes matinais. Não demorei a pegar no sono, só acordando horas depois com a Laura fazendo carinho em meus cabelos.

— Finalmente, dorminhoca - ela disse.

— Que horas são? - perguntei me espreguiçando na cama.

— 11:27 - disse ela olhando o relógio na parede.

— O quê? Meu Deus, acho que nunca dormi tanto - me sentei na cama e Laura ficou me observando — Vai ficar aqui me encarando? Eu quero ficar um pouco sozinha, será que posso? Deixa eu acordar direito.

— Tá bom, vou aguardar você na biblioteca.

— Eu dormi ou morri? - perguntei rindo, enquanto ela levantava da cama e caminhava para a porta. Ela parou e arqueou uma sobrancelha — Você não gosta de ler...

— Nem vem...

Ela saiu rindo e eu fui cuidar de mim, já que eu precisava, em alguns dias meu ciclo teria que iniciar e eu odiava essa porcaria.

Quando finalmente eu me vi limpo e decente, fui para a cozinha comer algo, a Madre e a irmã Celeste conversam enquanto tomavam um café.

— Olá, irmãs - saudei as duas e me sentei ao lado da Madre.

— Você perdeu o almoço, Joana. Quer que eu aqueça algo pra você? - perguntou a irmã Celeste.

— Pode deixar, irmã, eu mesma aqueço algo.

Levantei e fui para a cozinha aquecer, se bem que estava tudo ainda morninho e acabei colocando no prato e comendo assim mesmo.

A Madre me encheu de perguntas, mas nenhuma delas era algo que me levasse a pensar que ela estava me controlando ou com receio que eu pudesse ter feito alguma merda. Eu respondi a todas as questões dela e ela me perguntou se eu não iria fazer salgados para o Felipe.

— Ele disse que damos um tempo essa semana e na semana que vem, podemos voltar ao que era.

— Isso é muito bom, Joana.

Terminei minha refeição, a Madre me acompanhou, conversando comigo, nada demais, e fomos até a biblioteca, onde a Laura e a fofucha da irmã Bernadete me aguardavam.

Fez um dia escaldante, mas no fim da tarde o tempo fechou completamente e sabíamos que com certeza a chuva viria. Nos recolhemos às 22:00, Laura me pediu para escovar os meus cabelos e não vi nada demais naquilo, não seria a primeira vez.

Ela deslizava a escova em meus cabelos e disse que eu precisava aparar as pontas, pois algumas estavam com nós. Ela me disse que poderia fazer se eu deixasse.

— Quem sempre faz isso é a irmã Maria. Vou pedir a ela para fazer isso.

— Tá certo.

Enquanto ela escovava meus cabelos, eu lia um livro que estava achando muito legal. Ele me foi indicado pelo meu pedacinho de algodão que fica na biblioteca, sim, irmã Bernadete.

Logo, Laura começou a bocejar e falei pra ela que era melhor ela deitar.

— Vou mesmo, não dormi direito na noite passada - disse ela.

Ela deitou-se, irmã Celeste passou pedindo para apagarmos as luzes e eu fique ainda buscando a pouca claridade que entrava pela pequena janela da cela, para continuar lendo. Até que ficou escuro demais e eu parei, marquei a página e guardei o livro, me virando de lado e fechando os olhos.

Como esperado a chuva caiu de forma torrencial. Os raios clareavam a cela e os trovões eram bem fortes, tão fortes que um deles me acordou e quando abri meus olhos no susto, senti como se estivesse encurralado. Tentei me virar na cama, mas o aperto em torno de mim aumentou.

— Por favor, Joana, deixe-me ficar aqui! - ouvi um sussurro, era Laura, praticamente chorando.

— O que...

— Eu odeio trovões e raios... por favor, deixa eu ficar aqui - ela me apertou mais. Ok, se ela me apertar um pouco mais vai me partir ao meio.

— Laura é só trovões, não tem nada de errado.

— Eu sei, mas medo não se explica, tá legal?

— Tá - tirei seu braço do aperto que me dava e me virei de frente para ela. Olhei para ela que apertava os olhos fechados, toda vez que um clarão se dava. Sorri com aquilo e tirei o cabelo dela e joguei pra trás — Você com essa cabeleira ruiva e encolhida desse jeito, tá parecendo uma mulher das cavernas...

— Não tire sarro do meu pânico!

— Ei... - um forte barulho retumbou e ela praticamente deitou em cima de mim — Calma... - abracei ela e virei para que ela não ficasse em cima de mim — Vai ficar tudo bem, mas você sabe que trovões não fazem nada, o que é perigoso são os raios... e estamos protegidas aqui, a não ser que sejamos tão pecadoras que Deus pode mandar um cair bem aqui e torrar nós duas.

Ela arregalou os olhos e vi que falei demais, que merda! Acho que devo tentar acalmar ela e não fazer ela se mijar. Gente, eu sou terrível.

— Tá... - puxei ela pra mais perto e a abracei, sentindo o corpo dela tremer e a respiração dela nem existia — Laura, respira! - não ajudava muito já que quando ela tentava um raio clareava o quarto e ela já sabia que o barulho do trovão viria logo em seguida, assim ela prendia a respiração e fechava os olhos se apertando a mim — Olha só, eu não sei lidar com isso, e você tá me assustando... se acalma. Não vai acontecer nada, eu prometo!

Acabou que Laura dormiu na cama comigo, e só conseguiu isso horas depois quando os trovões cessaram.

Eu acordei e ela ainda dormia, olhei o relógio na parede e vi que eram 5:17 da manhã, o sol já havia se levantado, minhas amigas acordaram sem mim. Um facho de luz entrava pela janela da cela e tocava a cabeça da Laura o que fazia seus cabelos parecerem que iam se incendiar. A cor deles ficou muito mais viva e eu achei aquilo lindo. Sou descendente de asiáticos e na minha família é muito comum pessoas de cabelos negros e olhos pequeno e escuros... então um cabelo naquela cor era algo tão bonito de ver... Laura virou de barriga para cima tirando a mão dela que estava apoiada em minha barriga e apoiando a mesma em sua própria barriga, agora o facho de luz tocava em sua bochecha e nariz, e não sei porque eu sorri com aquilo, parecia que ela estava sendo pintada ou moldada pela luz que entrava pela janela.

— Laura? - chamei devagar, mas minha voz tava quase inaudível. Então, comecei a tirar alguns fios de seu rosto e a passar o meu dedo indicador, como se estivesse contornando o desenho que seu rosto era — Laura - tentei uma segunda vez.

— Não enche... - ela disse e virou as costas pra mim. Como é? Ela invadiu minha cela, invadiu minha cama e agora ainda vem de palhaçada?

— Ohhh, folgada! - empurrei ela que caiu da cama e me olhou zangada.

— Isso é jeito de acordar alguém? - ela perguntou se sentando em sua cama.

— Eu fui gentil e tentei com jeitinho, mas você ficou de palhaçada...

Ela levantou e saiu do quarto sem levar nada. Pra onde ela pensa que vai?

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