info. o número entre parênteses no título representa o ano do relacionamento! (neste caso aqui, o quarto).
MEGAN RUTHERFORD
📍New York City, New York
ANO 4.
O celular tocou tão alto que eu pulei da cama.
Alguém estava me ligando, eu sei disso. Também sei que fazia poucas horas que eu e Jaden havíamos chegado do show no Madison Square Garden, e socorro, parecia que tinham pessoas até o teto.
Peguei o celular ao meu lado e atendi, ainda deitada na cama.
— Megan.
Meu deus, era a voz de Chase.
— Onde vocês estão? — Perguntei, desesperada. Pulei da cama e fui diretamente para o lado de Jaden, tentando o acordar. — Hossler, vamos, acorda.
— Estamos em um hospital em Upper East Side. Vou te mandar a localização. — Hudson diz do outro lado da ligação.
Jaden, ainda sonolento após eu o ter acordado, me olhou sem entender nada, mas assim que viu meu desespero, entendeu do que se tratava. Corri para o closet do nosso apartamento, pegando uma mochila e colocando alguma das minhas roupas.
— Você não levou roupa pra ela né? — Conhecendo bem Chase, eu perguntei. O silêncio foi a resposta. — Estou levando algumas minhas. Em trinta chegamos aí.
Me despeço do meu melhor amigo e desligo. Jaden corria de um lado para o outro, tentando se arrumar o mais rápido possível. Meu Deus, ele estava tão nervoso.
— Que horas são? — Ele pergunta, abotoando a camiseta preta.
— Seis e quinze.
— A charli não pode ter esse bebê antes das sete. — Ele olha pela janela, vendo o trânsito horrível de Nova York. — Não vamos conseguir chegar lá a tempo.
— Claro que vamos. — Eu digo em um sorriso, e Jaden me olha como se estivesse dizendo "O que você aprontou dessa vez?"
[...]
— Como você conseguiu isso?
Jaden gritou por cima do barulho das hélices do helicóptero. Estávamos na pista de pouso, no alto de um dos hotéis dos Hosslers, ao qual Jaden agora era dono. O pai dele se aposentou a alguns anos, o que fez de Jaden, além de cantor de uma das bandas mais famosas da atualidade, CEO da sua própria rede de hotéis.
— Ele estava por aqui. — Eu digo, entrando com ajuda dentro do veículo. — Você não quer perder o nascimento da sua afilhada, né?
— Não. — Ele responde.
— Você é o dono de tudo agora, Isaiah. — Eu continuo. — Além de namorada sou sua assistente. Não tenha medo de usar as coisas.
Jaden, ainda surpreso, me dá um beijo na testa e se recosta no banco do helicóptero. Nova York era linda vista por cima, principalmente no amanhecer. Tirando o frio, tudo ali mostrava que seria uma noite incrível, e eu sinto que estou mais ansiosa do que Charli está.
Dez minutos depois, já havíamos aterrizado no terraço do hospital. Eu ainda não acreditava que isso realmente estava acontecendo. Meu melhor amigo ia ser pai. Minha sobrinha estava nascendo.
Jaden correu pelos corredores, desceu escadas e correu mais um pouco, a fim de conseguir chegar na recepção a tempos de conseguir ver a sobrinha nascer.
— Jaden Hossler, eu estou na lista. — Ele diz para a rececionista. — Somos padrinhos da bebê, Amália Hudson.
O louro respira fundo, e como forma de conforto, entrelaço minha mão com a dele. Solto um sorriso ao ver que ele de acalmou com meu toque. Isso era o tipo de coisa que eu nunca iria me acostumar. Nunca iria me acostumar com o fato de que eu podia acalmar a tempestade que era Jaden Hossler.
Ao colocar o crachá em nós, uma das enfermeiras nos guiou pelos corredores. Eu estava extremamente nervosa, não fazia ideia de como eu iria passar por isso. E estava mais nervosa só de pensar em Charli tendo uma bebê.
Os gritos foram ficando mais altos a medida que nós nos aproximávamos de um quarto. Uma garota (Charli) de cabelos escuros estava sentada em uma das macas, com as pernas abertas, e gritando de dor.
— Aí meu Deus. — Jaden disse assim que viu aquela cena.
— Vai andar um pouco.
Engolindo em seco, meu namorado caminha para fora do corredor. Adentro o quarto, e quando Charli vê um rosto conhecido, começa a sorrir de orelha a orelha.
— Ainda bem que vocês chegaram. — Ela diz, ofegante. — Meu Deus, eu acho que não aguento mais.
O médico nos olhou como se quisesse dizer: chegou a hora. Jaden entrou na UTI novamente, já mais calmo. Eu conseguia ver que Charli estava morrendo de dor só pelas feições que ela fazia. Para reconforta-la, Chase se sentou atrás dela, encostando a cabeça da morena em seu ombro, e segurando os joelhos da namorada.
— Ela não quis tomar peridural? — Perguntei para o médico, que negou com a cabeça. Ao mesmo tempo que pensava que a D'amelio era uma teimosa, também pensava que ela era uma das mulheres mais corajosas que eu havia conhecido.
Jaden ficou encostado na cama, ajudando Chase a segurar os joelhos da mais nova. Já eu, estava ao lado da enfermeira, vendo cada passo dela, prestando atenção em tudo o que ela fazia.
— Vamos lá, Charli. Você precisa fazer força agora, ok?
Assim que o médico disse, a garota assentiu. Sua feição foi de dor, e depois de gritos e algumas investidas, ela já estava fraca demais.
— Vamos amor, só mais um pouco. — Chase sussurrou para a morena, que com a feição chorosa, fez um pouco mais de força.
— Charli, tá vindo!
Já tinha lágrimas nos olhos, e quando vi que o bebê já estava quase todo para fora, comecei a chorar copiosamente. Depois de Charli dar mais uma investida, o bebê saiu completamente, revelando uma menininha linda.
Eu não precisava nem enxugar as lágrimas, porque quando vi, Jaden estava na minha frente, enxugando as minhas lágrimas. Ah meu Deus, ele estava chorando também.
— Olha Megan, eu sei que você pediu para eu esperar nós ficarmos mais velhos, mas meu Deus, eu não aguento mais. Sei mais do que qualquer pessoa aqui que você foi feita pra mim e eu pra você, e cara, não consigo imaginar minha vida com mais ninguém.
Meu mundo parou quando o vi tirando uma caixinha de camurça do bolso. Olhei espantado para ele, e quando Jaden abriu, uma aliança de diamantes estava lá, bem na minha frente.
— Megan Rutherford, você aceita oficialmente ser uma Hossler agora?
— Claro que eu aceito!
Eu disse, puxando o pescoço dele para mim e o beijando, beijando mais forte do que eu nunca tinha beijado. Meu Deus, eu sou tão apaixonada por esse homem...
— Eu o ajudei a comprar a aliança. — Charli diz dos fundos do quarto, já com Amália nos braços. — Eu disse que ela ia gostar.
Solto uma risada, e volto meu olhar para o meu noivo.
— Eu tenho essa aliança desde quando nos conhecemos. — Ele começa a dizer. — Quando começamos a sair, pedi ajuda pra Charli escolher um anel para eu dar para a minha mãe. Era outubro, um mês depois de nos conhecermos, e no fundo, eu já sabia que um dia você seria minha.
— Meu Deus. — Eu digo, o puxando novamente pra mim. — Pare de ser brega, Jaden Hossler, ou você terá que comprar outras duzentas alianças para mim.
— Se for assim, eu nunca pararei então.