๐—ง๐—ต๐—ฒ ๐—–๐—ฎ๐—ฝ๐—ผ'๐˜€ ๐—ฐ๐—ต๐—ผ๐—ถ๐—ฐ...

By sina_deinert4

34.1K 1.7K 764

๐–ฒ๐—‚๐—‡๐—ˆ๐—‰๐—Œ๐–พ: Comandar uma grande estrutura criminosa nรฃo รฉ fรกcil. Mas, para Noah Urrea esse sempre foi seu... More

2|๐—˜๐—น๐˜‚๐—ฎ
3|๐—˜๐—ธ๐—ผ๐—น๐˜‚
4|๐—˜๐—ต๐—ฎฬ„
5|๐—˜๐—น๐—ถ๐—บ๐—ฎ
6|๐—˜๐—ผ๐—ป๐—ผ
7|๐—˜๐—ต๐—ถ๐—ธ๐˜‚
8|๐—˜๐˜„๐—ฎ๐—น๐˜‚
9|๐—˜๐—ถ๐˜„๐—ฎ
10|๐—จ๐—บ๐—ถ
11|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—ธ๐—ฎ๐—ต๐—ถ
12|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—ธ๐—น๐˜‚๐—ฎ
13|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—ธ๐—ผ๐—น๐˜‚
14|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—ต๐—ฎฬ„
15|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—น๐—ถ๐—บ๐—ฎ
16|๐—จ๐—บ๐—ถ๐—ธ๐˜‚๐—บ๐—ฎฬ„๐—ผ๐—ป๐—ผ
๐—˜๐—ฝ๐—ถ๐—น๐—ผ๐—ด
๐—”๐—ด๐—ฟ๐—ฎ๐—ฑ๐—ฒ๐—ฐ๐—ถ๐—บ๐—ฒ๐—ป๐˜๐—ผ๐˜€

1|๐—˜๐—ธ๐—ฎ๐—ต๐—ถ

3.6K 139 47
By sina_deinert4

Sina Deinert

— Não acredito que o senhor vai me obrigar a ir, papà. — Há cerca de meia hora tento, a todo custo, argumentar com meu pai.

— Primeiramente, não grite comigo mocinha, eu sou a autoridade nessa casa! — esbravejou absolutamente irritado.

— Eu sei! Me desculpa. — sussurro.

Eu não costumo alterar a voz com meu pai, mas ele desejar que eu participe daquela obscenidade é demais para minha sanidade mental.

— Eu sei que você não quer fazer parte daquilo filha, mas são as leis, não fui eu quem as criei, não posso mudá-las. — retruca.

Papà é um capitão renomeado dentro da máfia e não pode ao menos tentar pular uma simples regra por sua filha amada?

Não quero participar daquele show de carne humana. Sou diferente daquelas pessoas, não nasci para ser uma esposa troféu.

— Mas pai, ninguém vai notar se eu não for. Por favor, não me obrigue a tal coisa. — digo cabisbaixa, fazendo um biquinho que quase sempre funciona com ele. — Por favor. — Me esforço ainda mais na expressão de cachorro pidão.

— Não posso, principessa, são as re... — Seu celular começa a tocar e ele levanta o dedo me pedindo um minuto.

Como sei que não durará só um minuto, me levanto, fazendo um barulho agudo quando arrasto a linda cadeira preta aveludada de seu escritório, passo pela porta batendo-a atrás de mim.

Não sei como meu pai consegue me obrigar a fazer uma coisa dessas, qual o problema dele?

Qual o problema de todos os homens dessa máfia maldita?

Mas, acima de tudo, qual é o problema daquele cretino que se diz capo?

Isso não é normal. Tudo bem que nada no meu mundo é normal, mas essa idiotice supera qualquer coisa. Como os pais podem oferecer suas filhas de mão beijada, como se fossem um pedaço de carne ambulante.

Chegando ao meu quarto me jogo sobre a cama e fico encarando o teto, tenho vontade de chorar, mas nunca choro por besteira. Sou forte.

Não foi fácil conviver com o fato de que meu pai sempre sonhou em ter um herdeiro, mas minha mãe não pôde lhe oferecer esse privilégio de ser pai de um filho homem.

Muitos dos homens que vivem no meu mundo com certeza iriam procurar outras mulheres para terem filhos homens, mas meu pai sempre amou muito minha mãe e se conformou em ter apenas uma menina, com isto ele acabou fazendo o que nenhum pai da máfia jamais fez, me transformou em um soldado feminino.

Claro que escondido de todos.

Digamos que sou um soldado encubado.

Ele me ensinou tudo que um homem feito aprende, eu sei lutar, desarmaria um homem desprevenido facilmente, e o melhor de tudo foi ele ter me ensinado a atirar.

Modéstia à parte sou uma ótima atiradora, poderia facilmente fazer parte da elite da máfia, e por isso me considero melhor do que muitos desses homens que se acham o centro do mundo, mas não chegam aos meus pés.

E sabe o quê mais? Faço tudo isso em cima de um salto de quinze centímetros.

Abro minha gaveta do criado mudo e tiro de dentro dela meu bebê, uma Glock G25 calibre 380, pela qual tenho verdadeira admiração e apreço, foi o primeiro presente que eu ganhei e realmente me cativou.

Tudo bem que ganhar roupas boas e lindos sapatos também não é nada mal, mas nem toda roupa do mundo se compara a uma Glock G25. Lembro-me como se fosse hoje a primeira vez que atirei com ela, acertei bem no meio do alvo.

Meu papà ficou extremamente orgulhoso.

Guardo minha neném de volta no seu lugar e vou para o banheiro tomar um banho relaxante, na tentativa de tirar todo esse estresse acumulado.

Ao sair do banheiro ouço a voz de mamãe do outro lado da porta do banheiro:

— Filha querida, vamos logo, o jantar já vai ser servido. — diz.

— Já estou indo, mamma. — respondo.

Só então me dou conta de que já se passou duas horas desde que entrei na banheira.

Levanto e caminho até minha toalha, depois de estar devidamente seca, encaro-me no grande espelho do banheiro, meus olhos verdes e meus cabelos loiros formam uma combinação arrebatadora.

Sou bonita, sei disso, nunca tive problemas com a autoestima.

Saio do banheiro e coloco um vestido leve, penteio meus cabelos e os seco, arrematando o look com o colar que ganhei de presente do meu papà.

Quem sabe assim ele amolece aquele coração de pedra e me deixa não participar daquela festa ridícula.

●●●

Estamos todos à mesa, o clima está visivelmente pesado. Sei que papà está chateado por eu ter saído da sua sala daquela forma e por tê-lo desafiado.

— Me desculpa, papà. Eu só estava chateada em ter que ir aquela maldita festa. — Finalmente quebrei o silêncio.

Mamma me olhou com aquele olhar de pena e que sempre se desculpa por não poder se meter em tal assunto, papai ao menos me olhou.

— Sebastian, tem certeza que você não pode fazer nada sobre isso? — Mamma faz aquela voz manhosa que sei que meu pai ama.

— Já disse que não posso, mas que coisa! — vocifera.

Droga! Nem a voz da minha mãe funcionou.

— Tudo bem, eu vou. — digo em meio a um suspiro de frustração.

Eu não tinha escolha, e para não causar mais problemas é melhor aceitar de uma vez.

— Eu prometo que vou tentar de tudo para que você não seja escolhida, filha. — Papà segura minha mão em cima da mesa, e eu sinto firmeza em sua voz.

Apenas assinto e continuamos comendo em silêncio.

●●●

Os dias transcorreram, e a data da maldita festa chegou. Ainda não acredito que vou fazer parte de todo esse circo, é extremamente ridículo.

Como alguém pode criar uma festa para escolher a futura esposa?

Aliás, obrigar alguém a ser sua futura esposa. Isso é uma atrocidade, mesmo vindo dele, que não consegue me surpreender.

Noah Urrea, capo da Cosa Nostra.

Para falar a verdade isso não vem diretamente dele, essa festa acontece há muitos anos, é uma tradição que passou por gerações.

E essa tradição diz que todo capo deve organizar uma festa quando alcançar os 30 anos, nessa idade o capo deve escolher sua esposa.

Nessa festa deve haver jovens filhas de capitães, consiglieres e capos de máfias relacionadas a Cosa Nostra. O Capo deverá escolher duas jovens e conviver com elas durante três meses, ele não poderá tocá-las até que faça sua escolha. A “sortuda” se tornará a Sra. Urrea, esposa do capo de toda Cosa Nostra.

Eu não quero ser esposa de ninguém, tudo que me interessa é ser um soldado, enfrentar os russos, atirar, mostrar para todos que uma mulher pode sim ser forte e determinada.

Por isso, não posso ser uma das escolhidas.

Eu respeito meu capo, como todos fazem, mas isso não quer dizer que goste de como ele se comporta.

Noah é conhecido por ser impiedoso, mata homens e mulheres por motivos insignificantes e sem pensar duas vezes.

Meu pai costuma dizer que não se deve olhar nos olhos do capo por muito tempo, pois se ele ler algo errado no seu olhar, sua vida corre risco. Isso é tão patético que chega a me enjoar.

Minha mãe entra no quarto, tirando-me dos meus devaneios. Carrega consigo uma enorme caixa.

— Aqui está seu vestido querida. — diz, colocando o embrulho sobre a cama.

Tenho vontade de pegar o vestido e cortá-lo em pedacinhos, talvez assim não precise ir, mas quem eu estou querendo enganar?! Papai arrumaria milhares de vestidos se fosse preciso.

Mamma, eu não quero participar dessa palhaçada. — choramingo.

— Eu sei meu amor, mas você tem que ir. — Ela acaricia meu rosto, tentando me acalmar. — Lá estarão muitas garotas diferentes. Claro que você é a menina mais linda de toda a máfia. — sorrio da sua pretensão —, mas se você ficar quieta em um canto, o capo não vai notá-la.

— Ficarei o mais longe possível dele. — murmuro.

— Isso mesmo. Agora vamos arrumar o seu cabelo para depois você se vestir. — Apenas assenti, me sentando no banquinho da penteadeira do meu quarto.

O vestido era realmente lindo, grudava-se nos lugares certos do meu corpo, com uma fenda na minha perna direita, na cor vermelho sangue.

Absolutamente perfeito.

E para quem queria se esconder, aquela nem era a melhor opção, mas precisava me enfiar nele.

Cerca de uma hora depois desço as escadas da mansão, me deparando com um lindo homem de terno preto de três peças e uma gravata azul marinho.

Papà estava lindo está noite. Mamãe é uma mulher de sorte, mas, pensando bem, acho que papà é que tinha sorte, mamãe descia as escadas ao meu lado, estava vestindo um lindo vestido preto longo.

— As duas mulheres mais lindas do mundo. — disse orgulhoso.

— Você também está maravilhoso, querido. — Mamãe pega a mão estendida por papà.

— Vamos logo para essa tortura. — digo revirando os olhos.

●●●

A festa estava, sem dúvidas, linda. Um grande salão de baile, cheio de flores, e várias peças decorativas.

Ninguém diria que se tratava de uma festa de mafiosos, e com um intuito tão esdrúxulo.

Mas, apear da decoração esconder, bastava olhar para os homens ao redor que não existiria dúvidas de seus postos.

Homens elegantes em seus ternos, que exalam masculinidade e autoridade, muitos deles ao lado de lindas mulheres em vestidos caríssimos, algumas muito jovens, tenho certeza que estavam aqui para serem analisadas pelo capo. Patético!

Todos no salão olharam para um só ponto do local, por alguns segundos fiquei sem entender o que estava acontecendo, quando me virei, entendi exatamente o que era.

Lá estava ele em seu terno caro e elegante, aquele olhar frio e assombroso. Ele nunca exibia um sorriso, tinha aquele ar de autoridade que um bom capo deve ter.

Olhando ao redor se via alguns homens e mulheres mostrando respeito, outros admiração, e quase todos eles mostravam medo.

Eu apenas o observava com indiferença.

Claro, sou mulher e sei reconhecer um homem bonito, e Noah estava acima do termo "bonito", ele é lindo e másculo, o sonho de qualquer mulher, mas eu não era qualquer mulher, estou aqui obrigada por meu pai, não quero estar aqui, e a beleza dele não irá mudar minha opinião sobre isso.

Cansada daquela palhaçada resolvi que tomar um ar era o melhor a se fazer, então caminhei para a área aberta da festa e fiquei olhando o céu que estava deslumbrante esta noite.

Ao longe pude ouvir um choro baixo, olhei para os lados e não conseguir ver ninguém, comecei a caminhar até o som e me deparei com uma jovem sentada em um banco chorando baixinho.

Me perguntei se ela estava chorando porque, assim como eu, não queria estar aqui.

Me aproximei, e ao notar minha presença ela levantou o rosto, era uma menina que não passava dos vinte anos. Tive certeza disso no primeiro olhar.

— Ei, você está bem? — indaguei com um sorriso amarelo.

— Estou. — Sua voz saiu como um sussurro.

Sentei-me ao seu lado, e como um gesto de tranquilidade peguei sua mão.

— Por que está chorando?

— Apenas me apaixonei pelo cara errado. — disse.

Não era isso que eu esperava que ela fosse dizer.

Não entendo nada sobre isso, nunca me apaixonei, então como poderia ajudá-la?

— Nossa, isso deve ser bem estranho, quero dizer... É... eu não sei nada sobre isso, nunca me apaixonei, mas sempre escuto usarem o termo "fodeu" quando é relacionado à paixão, então eu acho que fodeu para você. — Solto uma risadinha para animá-la, com certeza funcionou, ela abre um largo sorriso.

— Não tenho dúvidas disso. — assente. — Sou Sofya, como você se chama? — Ela me estende a mão.

— Sou Sina, prazer em conhecer você chorona , quero dizer, Sofya. — Aperto sua mão e sorrio.

— Muito engraçadinha você. Não sou chorona, apenas estava em um momento sensível. — Ela mostra a língua em um gesto infantil, solto uma gargalhada.

Já gostei dessa doidinha.

— Ok, Srta. Sensível, que tal entrarmos? Está realmente ficando frio aqui fora.

— Verdade, vamos entrar antes que meu irmão sinta minha falta e venha me buscar aos puxões. — Ela levanta-se arrumando o vestido e passando os dedos sob os olhos para disfarçar a maquiagem borrada.

Reviro os olhos com o seu jeito de falar do irmão, com certeza o supracitado é um desses mafiosos que se acha melhor do que as mulheres. Trágico.

— Seu irmão é tipo homem das cavernas?

— Quase isso, mas ele ficou assim depois que se tornou capo.

Merda.

Ela só pode estar de brincadeira. Tem muitos capos nessa festa, não é possível que eu tivesse a má sorte de falar com a irmã do capo que organizou toda essa merda que estou sendo obrigada a fazer parte.

— Capo? Seu irmão por acaso é Noah Urrea?

— Um deles sim, meu outro irmão é Josh Urrea, Capo de Nova York.

Ela é irmã de Noah, e eu achando que ela estava chorando porque não queria se casar.

Parece brincadeira de mal gosto, quanto mais eu tento fugir, mais o destino me empurra para perto desse homem.

CUIDADO, GENTE! ELA ATIRA EM UM SALTO DE QUINZE CENTÍMETROS!!

Quem se identificou com a Sina com o lance de nunca ter se apaixonado em afins levanta a mão🙋🏻‍♀️

Principessa = Princesa.

Papà = Papai.

Mamma = Mamãe.

Esse capítulo foi muito girl power! Eu amei e vcs?

Desculpem se tiver algum erro e não esqueçam de votar, bjs💜

Continue Reading

You'll Also Like

102K 6.2K 33
1 TEMPORADA CONCLUรDA 2 TEMPORADA EM ANDAMENTO S/n se vรช a pior amiga do mundo quando descobre que o cara com quem ela ficou em uma boate รฉ o pai d...
92.4K 6.3K 79
dizem quem Redes Sociais trazem desgosto e que estรก tirando a vida dos jovens, bom, para esses quatro jovens sรณ melhorou
1.2M 67.5K 84
Grego รฉ dono do morro do Vidigal que vรช sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma รบnica noite faz tudo mudar. โš ๏ธTodos os crรฉditos pela capa sรฃo da t...