O ômega do Conde | Namjin

By kseokjinautt

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Por um instante, Seokjin sentiu medo. Sabia que no luxuoso salão toda a nobreza aguardava, ansiosa. Queriam c... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30

Capítulo 23

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By kseokjinautt

Oii, gente. Esse capítulo é uma continuação direta do capítulo 21, e acontece ao mesmo tempo que o capítulo 22, ou seja, enquanto Black e White estão juntos, aqui temos Jin e Nam. É isso, espero que estejam gostando. Me desculpem por qualquer erro, não tenho tido tanto tempo para revisar. Beijos e bom fim de semana!


🍂🍁


O ômega apertou os ombros do alfa e trincou os dentes, tentando conter o gemido de dor. Podia sentir todo seu corpo arder, e a presença de Black se tornar mais forte dentro de si. Apoiou a testa no ombro do alfa, sentindo-se cansado, e fechou os olhos, que, naquele momento, possuíam uma tonalidade azul-turquesa.

Da mesma forma, Namjoon também pôde sentir a presença de White dentro de si tornar-se ainda mais forte. Sentiu a visão avermelhar, e os sentidos ficarem um pouco turvos, confirmando que ele não era o único que estava no controle daquele corpo no momento. Quando White o avisou que deveriam soltar o ômega, obedeceu. Depois disso, toda a presença de White se esvaiu.

Assustou-se com aquela sensação. Tinha saído de um momento de extrema intensidade, em que sentia adrenalina e euforia por todo o corpo, para nada em segundos. Tentou chamar o lobo, mas não obteve resposta, o que o fez suspirar aliviado. Havia funcionado. Naquele momento, os lobos deveriam estar juntos em algum lugar.

Olhou para o ômega e notou que ele ainda estava com a testa apoiada em seu ombro. O aperto em seus ombros havia diminuído, mas as mãos pequenas do marido ainda repousavam ali, e ele respirava pesadamente com os olhos fechados. Segurou com cuidado as costas do ômega, será que o teria machucado muito? Ele era tão fraquinho, franzino, será que não havia suportado a mordida?

— Seokjin, está tudo bem? 

O ômega enfim levantou o rosto. Parecia um pouco tonto, então Namjoon continuou a segurá-lo, agora apoiando a mão direita em sua cintura e a esquerda em seu ombro.

— Só estou um pouco fraco, mas estou bem. E você?

— Estou bem também. Você não quer se deitar um pouco?

O ômega assentiu, então ele o ajudou a deitar-se na cama em que estavam. Namjoon manteve-se sentado ao lado do marido, observando-o preocupado, já que ele parecia mais pálido que o normal. Foi então que notou a marca no ombro de Seokjin. Ainda jorrava um pouco de sangue da mordida, mas não parecia ser algo preocupante.

— Vou buscar algo para limpar o sangue. — anunciou e depois levantou, saindo do quarto em seguida.

Antes de prosseguir, limpou os lábios com a parte interna da manga da camisa. Depois, desceu a escadaria e foi diretamente à cozinha, onde encontrou a Sra. Park. Pediu a ela o que necessitava e logo depois já estava subindo as escadas em direção ao quarto do marido novamente. 

Encontrou o ômega em uma posição diferente da que o havia deixado. O moreno estava sentado, examinando a mordida. 

Namjoon aproximou-se segurando uma bacia com água e com um pedaço de tecido sobre o ombro. Colocou-a ao lado da cama. Mergulhou o pano na bacia e depois torceu-o, retirando o excesso de água.

— Posso? — perguntou, sentando novamente ao lado do marido. O ômega assentiu, ainda olhando para a ferida em seu ombro.

O alfa aproximou o pano úmido da marca da mordida, usando-o para limpar o sangue na região. Passou o tecido com cuidado sobre o local, pois não queria que o atrito com a região ferida pudesse causar mais dor ao ômega.

— Me desculpe... — o ômega murmurou. 

— Pelo o quê?

— Quando pedi que me deitasse, não pensei que poderia acabar sujando a cama e a camisa assim... 

O alfa olhou para a camisa e depois para a cama. Havia algumas gotas de sangue em ambos, mas não era algo grave. 

— Eu que sugeri que deitasse. E não há problema algum, pedirei que lavem tudo pela manhã.

— De qualquer forma, peço desculpas...

— Pare com isso. Quem deveria estar pedindo desculpas era eu. Eu que o mordi, Seokjin. — disse, dessa vez mais firme, para que o assunto se encerrasse por ali.

Namjoon continuou limpando a ferida com cuidado, mas, ao perceber que poderia ter sido um pouco rude em sua fala, olhou para o ômega. Buscou algo em seu rosto que denunciasse que estava irritado ou chateado, mas não encontrou. Seokjin não parecia incomodado com as palavras ácidas dele. 

Voltou-se para a ferida novamente.

— Dói? — perguntou.

— Não muito. Você está se sentindo diferente? Alguma mudança? 

— Não... Apenas não sinto a presença do meu lobo.

— Nem eu. Mas Black me explicou que isto aconteceria após a mordida. 

— Black?

— O meu lobo, o nome dele é Black.

Namjoon abriu um tímido sorriso, achando cômica a situação. Os nomes dos lobos deles se completavam. Se não soubesse que a alma gêmea do seu lobo possui uma essência cítrica, poderia jurar que seriam almas gêmeas.

— O meu lobo se chama White.

O ômega arregalou os olhos, surpreso.

— Que coincidência.

— É, realmente.

Namjoon continuou limpando o pescoço e o ombro do ômega em silêncio. Quando terminou, largou o tecido sujo de sangue dentro da bacia com água.

— Será que eles se darão bem? — Seokjin perguntou, verdadeiramente preocupado. Sabia que o seu lobo não era exatamente o estereótipo de um bom lobo ômega submisso. Black estava calmo nos últimos dias, mas aquele não era o seu normal. 

— Espero que sim... — Namjoon também pensou no próprio lobo, sempre tão teimoso. Será que ficaria satisfeito após conhecer o lobo de Seokjin? Ou será que continuaria reclamando da escolha de Namjoon em se casar com ele?

— Mas e se não se derem bem?

O alfa analisou o rosto do ômega, ele parecia realmente preocupado. 

— Nos preocuparemos com isto quando realmente for um problema. Por enquanto, não é.

Namjoon levantou-se. Pegou novamente a bacia com as duas mãos, mesmo que o braço ferido fosse mais fraco e dificultasse um pouco aquela ação.

— Deixarei isto lá em baixo e pedirei que Jimin o ajude a se trocar.

— Não, não precisa. Consigo me trocar sozinho.

— Tem certeza? Parece fraco.

— Tenho sim. 

Namjoon decidiu não questioná-lo. Saiu do quarto e foi até a cozinha novamente, encontrando, dessa vez, não só a Sra. Park, mas o seu filho também. Ao ver a água misturada com sangue, a ômega se assustou.

— Está tudo bem com o conde, milorde? — perguntou educadamente.

— Sim, não precisa se preocupar. Poderia apenas preparar um copo com água para que eu possa levar para ele?

— Certamente, milorde.

A ômega mais velha logo o entregou um copo cheio de água e o alfa se retirou. Não sabia se Seokjin já havia terminado de se trocar, mas queria evitar os olhares curiosos e de preocupação dos Park. Sabia, por Hoseok, que Seokjin havia se dado muito bem com ambos. O que era bom, pois assim o ômega não se sentiria tão sozinho na mansão.

Passou primeiro no próprio quarto, buscando algo que pudesse ceder ao ômega com o seu cheiro. Sabia que isto era o recomendável, já que nas primeiras horas após a mordida, o ômega ficaria mais sensível e precisaria mais da sua presença. Acabou escolhendo um dos seus travesseiros e depois saiu do quarto.

Ao parar em frente à porta do quarto do ômega, deu duas batidas leves na madeira.

— Namjoon? — A voz do ômega soara baixo por conta da distante, mas mesmo assim o alfa conseguiu ouvi-la.

— Sim, sou eu. Posso entrar?

— Sim, por favor.

Namjoon entrou no quarto, encontrando o marido em pé, já vestido com a longa camisola branca de dormir. Aproximou-se e lhe entregou o copo com água.

— Pegue, beba. — o ômega obedeceu, em silêncio, enquanto o alfa analisava brevemente a marca da mordida. Agora que estava limpa, não parecia mais tão feia. Depois, estendeu-lhe o travesseiro, que o ômega recebeu, apesar de parecer confuso. — Precisa de algo com o meu cheiro para passar a noite. Geralmente, os alfas cedem alguma peça de roupa, mas acho que este travesseiro terá muito mais do meu cheiro que qualquer vestimenta suja. — explicou.

— Oh, entendo. 

Seokjin entregou o copo vazio ao alfa e depois abraçou o travesseiro, sentindo-se bem ao aspirar profundamente o cheiro do marido.

— Bom, se já está tudo certo, deixá-lo-ei sozinho para que possa descansar. Amanhã, quando acordar, nossos lobos já devem ter voltado. — o alfa cruzou os punhos nas costas e fez uma reverência, em sinal de respeito.

— Você já vai? — perguntou, um pouco decepcionado. Queria que o alfa pudesse ficar mais um pouco.

— Já está tarde. Imagino que deva querer descansar. 

— Sim, mas...

— Está sentindo alguma coisa? Quer que eu chame um médico? — questionou, preocupado, analisando o ômega da cabeça aos pés.

— Não, não é isso. Eu... eu só queria que pudesse ficar mais um pouco. Não gosto quando não consigo ter contato com o meu lobo, e sua presença aqui me acalma mais do que sua essência nesse travesseiro. — o ômega decidiu ser sincero. Precisava do alfa naquela noite, não queria dormir sozinho. 

— Você quer que eu fique? — perguntou, surpreso. 

— Sim, por favor, só até eu dormir. 

O alfa, ainda estranhando a situação, sentou-se na poltrona que havia próxima a cama do ômega. Seokjin abriu a boca para falar algo, mas depois desistiu, não tinha coragem. Apagou as lamparinas e caminhou até a cama. Deitou-se e puxou as cobertas sobre o corpo. 

— Boa noite. — desejou, aconchegando-se melhor na cama.

— Boa noite.

O ômega então fechou os olhos, e, poucos minutos depois, já havia adormecido. Namjoon julgou que ele deveria estar realmente fraco, pois, em menos de dez minutos, já estava no mais profundo sono. 

Mesmo já tendo cumprido o seu papel, o alfa passou mais algum tempo observando o marido. Lembrou-se do momento em que se conheceram, quando o ômega literalmente caiu em seus braços. Recordou-se, também, do susto que teve ao saber da sua real identidade. No dia, pensara que só poderia ser uma piada dos deuses aquele encontro. Mas, agora, questionava-se se não havia sido o destino. 

Tanto ele como o ômega haviam sido feridos pelos Kim, e buscavam, cada um ao seu modo, uma forma de libertação. Acabaram juntos, casados, solucionando a maioria dos problemas que possuíam com aquela união. 

Ainda tinham muito o que enfrentar pela frente, não eram o que realmente poderiam chamar de um casal, mas naquela noite, a confiança do ômega e a sua disposição de enfrentar a todos na capital por ele, fizeram-no ter esperanças de que aquela união pudesse realmente dar certo. Seokjin parecia disposto a tentar de verdade, mesmo que fosse por gratidão.

Levantou e se aproximou devagar da cama. Queria observar mais de perto o marido, e, graças a pouca iluminação que vinha das janelas, só poderia fazer isto de perto. Agachou-se ao lado da cama e observou a expressão serena no rosto do ômega. Em meio a um impulso, acariciou os fios negros dele, agora bem mais macios e brilhosos do que quando o conhecera. 

O alfa sorriu brevemente, diante do inesperado que havia sido aquele casamento. Seokjin caíra do céu em sua vida, e, em poucas horas, mudara a sua rotina. Trouxera-o de volta a Baekje, tirando-o, mesmo que sem querer, da rotina mórbida e melancólica das últimas semanas. Se tivesse encontrado Seokjin em outro contexto, talvez nem olhasse para ele, mas não teve como ignorá-lo naquelas circunstâncias, e, diferente do que poderia imaginar, Namjoon não sentia-se arrependido.


🍂🍁

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