Aplin² • Outer Banks

De Mello_wys

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_____ Os Pogues em luto por John B e Sarah, Ward Cameron e Rafe Cameron soltos mesmo após cometerem um assass... Mai multe

Aplin² • Outer Banks
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Epílogo
Obrigada
Aplin³ • Outer Banks

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De Mello_wys

[Comentem]

Pov's Narradora

  Serenidade.

Era isso que — para JJ — a Aplin transmitia quando estava dormindo. Ele a olhava, a vendo deitada com a barriga pra cima e sua mão acima de seu próprio peito que subia e descia devagar.

Seus lábios vermelhos e com um pequeno corte estavam entre-abertos, seus olhos fechados levemente e seus cabelos bagunçados espalhados pela rede que dormia.

O garoto sorria sentindo seus dedos na pele da perna da garota que estavam enlaçadas com as suas, recordando-se que pegaram no sono após horas de conversas aleatória logo emendavam em outra, deixando o silêncio prevalecer apenas quando dormiram.

Mas essa serenidade que ela transparecia é desfeita no momento em que um carro se aproxima e buzina, estacionando no local.

JJ vê apenas a garota se levantando de uma vez em um pulo, assustada com o barulho e olhando em todas as direções.

— Quem... o que foi isso?! — Ela questiona com a respiração acelerada e seu corpo inquieto.

— Ei, se acalma... é apenas o Matt que acabou de chegar. — O Maybank se inclina para ela e alisa uma região da perna da garota com o dedão, falando baixinho na tentativa de tranquiliza-la. — Está tudo bem.

Somente ao ouvir a voz do garoto que ela percebe a presença dele e instantaneamente consegue se acalmar ao ouvi-lo e senti-lo perto.

A ruiva suspira relaxando seus ombros e passando as mãos por seus cabelos vermelhos. Sabia que tinha que se manter atenta no estado em que o grupo se encontrava, onde dois de seus amigos quase haviam sido assassinados.

E a serenidade havia ido embora, restando-se apenas a chama ambulante de Outer Banks — palavras de JJ.

— Bom dia. — Ela sorri pra o garoto a sua frente.

— Bom dia, Ruiva. — O Maybank cumprimenta, deixando um aperto leve na perna dela. — Está mais tranquila?

— Sim, foi apenas um susto. — Ela fala com um sorriso de lado e vê o loiro concordando com a cabeça. — Vamos nos aprontar para a missão de hoje.

O Maybank solta a perna da Aplin, que sente falta do contraste das mãos quentes dele contra a pele fria de suas pernas.

O pequeno percurso até a entrada do Castelo é composto de risadas por conta da queda que os dois tiveram ao tentarem sair da rede juntos, resultando em seus corpos indo para a frente de uma só vez e ambos caindo de maneira desengonçada contra a terra.

Cumprimentando todos os adolescentes que já estavam acordados e sentados na sala, Elle vai para o quarto, trocando as suas roupas do dia por roupas limpas.

Ela sai vestindo calças jeans escuras e uma camisa quadriculada branca com a borda da gola em um tom de vermelho vívido e guardando um casaco em sua bolsa para caso precisasse.

Ao chegar na sala, ela percebe que o loiro também havia trocado a sua roupa e todos a esperavam.

— Vamos lá, para mais um dia!

  John B dirigia a Kombi enquanto JJ estava sentado no banco do passageiro e os outros cinco adolescentes estavam sentados na parte de trás do automóvel.

O clima entre o Booker e a Cameron não estava um dos melhores e Elle conseguia notar o Routledge lançando olhares para Sarah pelo retrovisor, que também notava, mas desviava, evitando o encara-lo.

— Gente, olha só. Teve algo que a Limbrey contou, mas acho que saiu sem ela querer. — Pope começa enquanto encarava o pequeno objeto em suas mãos. — Ela disse que essa chave leva até a Cruz de Santo Domigo.

— Espera aí, eu posso ver? — JJ questiona enquanto estendia o braço na direção dele e pegava a pequena chave.

— A gente deveria saber o que é isso? — Sarah pergunta ao Heyward.

— Acho que deve ser algum artefato histórico e com alguma importância. — O garoto supõe.

— Bom, de acordo com a internet... era um presente da Nova Espanha para o rei da Espanha. — Kiara falava enquanto lia a informação no celular.

— "Nova Espanha"? — O loiro questiona e entregava a chave para John B, que também começa a analisar.

— Será que existe uma Velha Espanha? — O Heyward pergunta confuso.

— Devo admitir que esse é um belo presente. — Kiara falava enquanto abria uma imagem de como seria essa cruz e mostrando para os outros. — Olhem só essa coisa. Acho que tem uma pessoa ao lado dela.

— Então é uma cruz gigantesca? — O loiro pergunta ironicamente.

— Acho que há presentes melhores para se dar. — Elle dá de ombros, deixando de analisar a foto.

— Mas na época foi considerado o presente mais extravagante a sair das províncias. — Kiara repassava a informação que lia. — Diz que que ela foi perdida no Mar das Bermudas em 1829.

— Espera aí, em Bermudas?! — JJ pergunta surpreso, na formulando sua teoria da conspiração.

— Não no Triângulo, JJ. — John B logo tenta corta-lo.

— Qual é cara, tudo sempre leva ao Triângulo das Bermudas. — O loiro contrapõe. — Sempre que tem algo estranho e bizarro vai para lá.

— 'Tá, mas o que uma chave encontrada em cima da farmácia da sua avó tem a ver com tudo isso, Pope? — Matt questiona o garoto, sem saber como isso estava interligado.

— Isso é verdade. — Kiara concorda com o garoto. — Onde entramos nisso?

Pope fica alguns segundos se questionando aquela pergunta, mas abaixa a cabeça, negando uma resposta concreta:
— Eu não sei. Mas essa é uma boa pergunta.

O caminho até o Lar de Idosos em que se encontrava a bisavó de Pope continua durante alguns minutos, onde alguns dos Pogues trocavam assuntos sobre teorias que poderiam liga-los com aquela chave misteriosa. 

Se aproximando da pequena casa de paredes brancas, John B estaciona a Kombi no outro lado da rua.

JJ abre a porta do passageiro e sai, indo em direção a porta de trás e abrindo ela. Pope sai primeiro, com Kiara e Elle se preparando para sair logo atrás dele.

— Aí, eu... prefiro fazer isso aqui sozinho. — Pope fala, mas olhando diretamente para Kiara.

A morena fica calada e o encara por alguns segundos, antes de questiona-lo:
— Você tem certeza?

— Claro que tenho, eu consigo me virar sozinho. Não preciso de você... — O garoto fala, continuando a olhar para a Carrera, fazendo Elle erguer uma sobrancelha confusa. — vocês. — Ele corrigi sua última palavras, dessa vez olhando para todos.

— Opa, legal. — O loiro interrompe aquele momento de tensão. — A gente está igual uma familia feliz hoje. — Ele falava com um sorriso e animação evidentemente sarcástica.

— Vou te recordar que a última vez que algum de nós falou isso, resultou no John B parando no hospital com um braço quebrado. — Elle faz questão de lembra-lo, mas apenas para provocar o garoto.

Pope ignora e se vira, atravessando a rua para entrar na residência. Os outros apenas se encaram e entram novamente na Kombi.

— Valeu cara, a gente te busca mais tarde! — John B grita para o garoto e liga o automóvel, voltando a dirigir.

O Routledge dirigia até o centro da cidade que era perto de onde eles estavam, onde ficariam ali até o horário que fossem voltar para buscar o amigo Heyward.

Passando por algumas lojas que haviam pelas ruas, Kiara aponta para uma loja de conveniência e pedia para que o Booker estacionasse o automóvel, e o garoto assim faz.

— Vamos comprar alguma coisa para beber. — Kiara falava enquanto batia a porta para que pudesse descer junto de Sarah. — Vem com a gente, Gatinha?

— Claro que sim. — Elle fala sorrindo enquanto tirava seu casaco azul de sua mochila e o colocava, saindo do carro.

— Não está frio, qual é a do casaco? — Matt questiona a ruiva.

— Não é para o frio. — Ela responde simples e encara os três garotos que permaneciam lá dentro. — Vão querer algo?

— Não, valeu. — Matt nega por na ter comido antes de sair de casa.

— Estamos de boa. — JJ fala para a ruiva, que concorda.

Os três adolescentes na Kombi observam as garotas se afastando e entrando naquele pequeno estabelecimento.

Eles esperam alguns minutos para que pudessem iniciar uma conversa entre eles.

— Lembra de quando a vida era mais tranquila? — JJ brinca sentado delicadamente no banco do carona.

— Uma semana atrás, você quer dizer? — John fala.

— A época que eu não conhecia vocês. — Matt entra na brincadeira. — Eram bons tempos.

Os três riem negando com a cabeça, e agora John quem puxa a conversa:
— Galera, pensem nisso. O Ward está solto, e ele está com todo o ouro agora.

— Eu sei, eu sei... — JJ fala entediado.

— Ele matou o meu pai! — Ele fala firmemente.

— Eu sei, John B! — O Maybank repete novamente. — E nós não vamos ignorar isso. Mas eu estou preocupado com você, cara. Parece que é você ou ele. — O garoto revela e ao perceber que o amigo permanece calado, ele continua. — E sabe com quem mais eu estou preocupado? — Questiona. — Com a Sarah.

Os três avistam as meninas na calçada conversando e rindo com copos em suas mãos.

— É o pai dela. — JJ explica. — Você está entendendo?

O Routledge permanece calado, vendo a garota se equilibrando na borda da calçada e com um sorriso estampado no rosto.

— Mas ela sabe o que ele fez. — John murmura.

Matt, que estava na parte de trás da Kombi, escutava tudo e suspira ao ouvir o murmúrio do garoto.

Ele estava chateado e enfurecido pelo pai de Sarah ter feito tudo isso. Mas o que o preocupava era o que falaria quando soubesse que Mary também poderia estar envolvida com o Cameron.

A preocupação não era nem com o que o Routledge falaria para ele, mas sim o que ele falaria para a Elle ao saber que a mãe dela era uma cúmplice.

— Então, e esse lance com a tal da Limbrey. — John muda de assunto, fazendo Matt relaxar um pouco. — Pope disse que ela tem uma gravação que pode me inocentar e colocar o Ward atrás das grades. 

— Isso é verdade... — JJ começa.

— Mas por outro lado, ela tentou sequestrar o Pope. — Matt completa a frase e o loiro concorda apontando para ele 

— Mas pensem nisso... — John os interrompe. — Se nós conseguirmos a gravação, acabou. O Ward vai ser preso para sempre e eu finalmente vou conseguir justiça para o meu pai. Nós vamos acabar com isso de uma vez por todas. — O Routledge tenta convencê-los. — Eu sei que isso é perigoso.

— Mas para sua sorte, seu melhor amigo é o JJ Maybank. — O loiro fala convencido. — E, olha só como você é mais sortudo ainda, pois eu ia tenho um plano.

É possível escutar um suspiro vindo do Booker após escutar a sua última frase:
— Espero que seja melhor do que o da fuga da cadeia.

— Olha, eu ajudei nesse plano e ele teria sido perfeito se não tivesse outra pessoa doente na mesma hora que você. — Matt defende.

— Verdade, teria sido perfeito. — O loiro fala, sonhando acordado. — Mas esquece esse plano. Já é passado. Eu tenho um plano melhor que esse, escutem.

Os dois garoto se aproximam mais do Maybank para conseguirem escutar o incrível plano dele.

E agora, realmente havia a possibilidade desse plano funcionar.

  As garotas andavam sorridentes naquele dia de Sol que nem sequer parecia que poderiam ser assassinadas a qualquer momento por alguma pessoa aleatória que também estivesse atrás do tesouro.

Para Elle, diante a todas as outras coisas que vivenciara e descobrira esse últimos dias, ser morta por um louco atrás de algumas barrinhas de ouro era apenas um pequeno detalhe que ela havia deixado de se importar.

Entrando na lanchonete, Kiara e Sarah vão rapidamente na direção da máquina de refrigerante e colocam o líquido em seus copos, enquanto Elle vai para o outro lado olhando as estantes.

— Qual você vai querer, Elle? — Kiara pergunta terminando de encher o seu próprio copo, mas não escuta um resposta dela. — Elle?

— Ela está ali. — Sarah aponta para o outro lado da loja e vê a garota levantando a cabeça em sua direção, então acena à chamando. — Vem.

Elle anda até as garotas com as mãos dentro dos bolsos de seu casaco e um sorriso nos lábios.

— Qual vai querer? — Kiara pergunta novamente.

— Um de limão, por favor. — A ruiva prefere por achar mais refrescante.

Terminando de colocar, a Carrera estende o recipiente cheio para a Aplin, que tira uma de suas mãos do bolso e segura.

Após ir ao caixa e pagar o valor dos três refrigerantes ao senhor simpático que estava atrás do balcão, as três meninas saem da loja e conversavam.

— O quê rolou ontem? — Elle pergunta a Sarah, levando o canudo até os lábios e dando um gole na bebida gelada.

— Eu ía me encontrar com a Whezzie ontem a noite, mas acabou que quem foi ao meu encontro foi o Rafe. — Sarah explicava enquanto se equilibrada na ponta da calçada. — Nós começamos a discutir e ele surtou de repente, e começou a tentar me afogar.

Elle dá uma leve estremecida com a última frase, o assunto afogamento sempre a pegava um pouco.

— Mas por sorte o Topper chegou bem na hora e me salvou. — Ela continua. — Ele me levou pra casa dele e cuidou de mim. Então obviamente eu agradeci a ele. Eu já fiz ele passar por tanta coisa...

— Ele também te fez passar por várias coisas. — Elle fala, lembrando do dia que à encontrou chorando na praia. — Não é como se ele fosse o "Grande super-herói." Ele fez o que uma pessoa com o mínimo de senso faria. — Ela contrapõe.

— Mas estamos falando de ontem. E ontem ele salvou a minha vida! — Sarah fala firme. — Mas agora parece que eu sou a pior pessoa do mundo por ter cometido o crime do século.

— Também não é assim, vai... — Elle fala dando mais um gole.

— Nem me fale... — Kiara murmura. — Com tudo isso que está acontecendo, o Pope nem sequer está falando comigo. Apenas por quê eu não estou apaixonada por ele.

— Depois dizem que nós é quem somos emocionadas. — Sarah fala rindo.

Elle para em seu canto, tirando o canudo de sua boca e abrindo um sorriso. As duas meninas param de andar e encaram a ruiva parada.

— O que foi, Elle? — Kiara questiona, a olhando confusa.

— Então quer dizer que você não gosta do Pope? — Elle pergunta, querendo confirmar o que acabara de ouvir.

— Sim, quer dizer isso. — Kiara afirma.

— Então quer dizer que você está disponível? — Ela faz outra pergunta.

— Sim... — A Carrera afirma, sem entender onde ela queria chegar.

— Você quer pegar ela? — Sarah questiona em tom de brincadeira.

— De novo? Não, eu passo. — Elle fala dando de ombros. — Era só pra saber, sabe, curiosidade e tals. — A ruiva fala tomando mais um gole de seu refrigerante.

As três se aproximam da Kombi, abrindo a porta e entrando de uma vez só, e recebendo em troca um grito surpreso dos garotos que se afastavam rapidamente.

Elle encara os três com uma expressão confusa diante daqueles gritos que eles deram e agora pela tentativa de disfarçar o susto que tomaram.

— Está tudo certo aqui? — Kiara é a primeira a questionar, confusa.

— Tudo certo, certinho. — JJ tenta disfarçar descaradamente.

— O quê que vocês estão tramando, ein? — Elle pergunta dividindo seus olhares entre os três garoto.

— Por que acha que estamos tramando algo? — Matt devolve a pergunta.

A ruiva para durante alguns segundo, pensando no que responder, mas logo dá de ombros.

— Querem saber, não me importo. — Ela coloca o seu copo no chão do automóvel e enfia as mãos nos bolsos de seu casaco.

JJ nota a ação dela e solta uma risada fraca, negando com a cabeça. O loiro estende a mão na direção dela e mexe seus dedos:
— O quê você tem aí?

— Nada. — Ela olha para o outro lado.

— Vamos lá, Elle. — O loiro insiste, mas ao perceber que ela o ignoraria, ele suspira. — Olha, já vocês vão ver o que estamos planejando.

Elle vira um pouco mais a cabeça para o outro lado, continuando a ignora-lo com as mãos ainda em seus bolsos.

Os outros Pogues olhavam curiosos para aquela cena, querendo saber o fim que teria aquela pequena discussão engraçada.

— Qual é, Ruivinha. — Ele rola os olhos. — Vocês já vão saber, eu prometo.

— Promete mesmo? — Ela questiona, ainda sem olhar em seus olhos.

— É, eu prometo. — O loiro afirma mais uma vez.

Elle volta a virar a cabeça lentamente para ele com um grande sorriso estampado em seu rosto. Ela começa a tirar as mãos de seus bolsos fazendo um suspense, e eles percebem que ela segurava algumas coisas.

Tcharam! — Ela grita levantando barrinhas de chocolates que estavam sendo escondidas em seus bolsos. — Uma para cada um.

— Você é inacreditável. — Ele nega com a cabeça, sorrindo enquanto pegava o chocolate que ela apontava na sua direção.

— Então é para isso que serve o casaco? — Matt questiona, pegando uma das barras das mãos da garota.

— Pra quê mais seria? — O loiro pergunta irônico dando uma mordida no doce.

John também pega o objeto antes de voltar a dirigir de volta ao Lar de Idosos para buscar o seu amigo.

— Sabe que poderíamos ter pagado por isso, não é? — Kiara questiona, mas não se importa em também pegar o doce.

— Primeiro: você foi expulsa de casa, não sei se se lembra, e isso significa que agora é pobre, e significa que não dá pra gastar o pouco de dinheiro que tem comprando chocolate. — Elle pontua entregando o doce para a Cameron que sentava ao seu lado.

— Essa doeu. — Kiara fala colocando a mão no peito, fingindo estar ofendida.

— E segundo: Se comprassemos não sentiriamos a adrenalina nas veias. — Ela ignora a atuação da morena, guardando seu chocolate e o de Pope em seu bolso.

— Eu não senti nenhuma adrenalina. — Kiara contrapõe.

— Eu senti, pouca, mas senti. — Elle fala encostando as costas nas paredes da Kombi, se sentando de modo relaxado. — E isso é o que importa.

A conversa dura até chegarem novamente no asilo, onde Pope já os esperava sentado nas escada em frente a residência de paredes brancas.

— Aí está meu garoto. — JJ fala enquanto o Heyward passava pelo seu lado para entrar na Kombi.

Pope ignora a brincadeira do loiro e abre a porta, entrando logo e permanecendo em silêncio.

O grupo fica esperando que ele falasse algo, mas o garoto apenas solta um suspiro que parecia segurar a muito tempo e continua sem dizer qualquer coisa.

— Nos conte como foi lá, Pope. — Ele pede, já impaciente de esperar que ele falasse algo.

O garoto levanta a cabeça e olha pra os amigos:
— Agora o negócio ficou bem mais pessoal.

  Estavam novamente reunidos nos Castelo enquanto bebiam ouvindo Pope repassar e explicar cada pequena informação que sua bisavó havia contado para ele.

Elle escutava tudo enquanto permanecia de boca aberta, completamente surpresa com cada palavra que saía da boca de seu amigo.

Denmark Tenny era um antepassado de Pope.

A Aplin poderia jurar que se formava todo o enredo de um filme em sua cabeça e sentia um grande arrependimento de não ter gravado todos os acontecimentos desde o dia que encontraram a chave de um motel no barco afundado.

Pensava no quanto de dinheiro poderia estar lucrando caso tivesse filmado tudo desde o início e vendido as imagens para a Netflix.

— Eu ainda não acredito que é parente do Denmark Tenny. — John B falava desacreditado.

— Ahan, pois é! — JJ falava mais hiperativo que o normal enquanto segurava seu cantil com bebida.

— Não acredito que estamos diante de algum da realeza. — Matt provoca e JJ finge colocar uma coroa na cabeça do Heyward.

— Vamos coroa-lo então! — O garoto loiro grita. — Um Viva, para o grande Lorde de Tannyhill.

— Não somos dignos. — Kiara brinca e todos fingem fazer uma reverência exagerada para o garoto negro.

— O Meu Lorde, aceite esse chocolate com uma oferenda pra ti. — Elle o zoa enquanto se curvava e levantava a barrinha de chocolate, a colocando em sua frente.

— Roubou isso? — Ele pergunta erguendo uma de suas sobrancelhas.

— Agora que virou alguém importante, você simplesmente recusa um presente meu, de uma mera pebleia mortal? — A ruiva continua com a sua encenação exagerada, fingindo estar ofendida.

— Me dá logo essa droga. — Ele fala pegando o chocolate das mãos da menina que sorria. — Beleza, já chega de brincadeira.

— Então se o Pope é da realeza, o Castelo agora vai ser aqui? — Sarah questiona, ignorando o pedido do garoto.

— Eu topo! Quando vamos poder vir morar aqui? — Kiara continua. — Eu estou sem casa agora.

— Eu e a Elle já moramos aqui. — JJ fala esticando o braço para colocar no ombro da ruiva.

— Dividimos o quarto, Kie. — A ruiva sorri levantando a latinha de cerveja em sua mão. — Colegas de quarto?

— Colegas de quarto! — Kiara repete a ação da amiga e encontra a latinha com a dela.

— Ótimo! Não aguentava mais dividir o quarto com esses dois aí. — Elle finge sussurrar, mas fala alto o bastante para que todos escutassem.

— Ei! — O loiro protesta, a empurrando levemente com o quadril.

Pope ignorava a comemoração dos adolescentes, ele passava as mãos no rosto e as levava até o cabelo, passando nervosamente.

O Rodrigues ria com as brincadeiras, mas encarava o Heyward, percebendo o nervosismo dele.

— Tudo beleza aí, Pope? — Ele pergunta dando um gole em sua cerveja.

— Eu só consigo pensar na carta. A que a Limbrey mandou. — O garoto fala. — Havia o símbolo do trigo nela. Então isso significa que a cruz tem haver com Royal Merchant. — Explica.

— Depois de tudo que vocês me contaram, eu não duvido de qualquer possibilidade que vocês tiverem. — Matt fala e vê os outros concordando com a cabeça.

— Quando acharmos a cruz, nós poderemos dividir ela assim como íamos dividir o ouro. — O Heyward fala, começando a se empolgar.

— Que humilde. — Elle murmura. — Se eu descobrisse que tenho um tesouro na família, não dividiria com vocês. — Brinca.

As brincadeiras, sonhos e pensamentos deles são interrompidos pelo som de uma bengala batendo no chão, ficando cada vez mais alto, indicando que alguém se aproximava.

— E então vão viver todos Felizes para Sempre? — Limbrey questiona ironicamente.

Todos encaram as duas novas figuras que aparecem lado a lado. Limbrey com seu capanga à ajudando a se locomover.

Todos sentem seus sangue ferverem ao verem aquelas duas pessoas em sua frente, mas Pope é o primeiro a ter a iniciativa de agir:
— Você agrediu o meu pai. — Ele cerrava os dentes e tenta se aproximar alguns passos da mulher.

Ao notar a aproximação, o homem loiro que andava ao lado da Limbrey coloca as mãos nos peitos do garoto e o empurra para trás para que ele se afastasse.

— Eu não agredi ninguém. — A mulher contrapõe.

— O senhor Heyward vai conseguir te identificar a quilômetros de distância. — Kiara provoca a mulher.

— Eu não entendo. Por que um dos meus funcionários atacaria o seu pobre pai? — Limbrey se faz de desentendida. — Isso é um absurdo.

Elle ignorava as falas da mulher, apenas prestava atenção nos olhares suspeitos que JJ, John B e Matt lançavam um para o outro.

Com esses olhares, John B dá alguns passos para trás enquanto colocava as mãos nos bolsos traseiro de sua bermuda jeans desbotada.

— Escutem. — A mulher loiro se aproxima alguns passos de Pope. — A gente pode resolver essa questão aqui e já. Eu quero essa chave! — Ela bate a bengala contra o chão.

Pope, já de saco cheio com a provocação, iria pra cima da mulher caso não conseguissem segura-lo.

— Ei! — Kiara grita.

O homem loiro prensa Pope contra uma coluna e seu braço forçava contra a garganta do garoto.

— Eu não vou parar até conseguir. — A mulher explica com a voz firme. — Eu não tenho escolha e isso significa que você também não tem.

Uma voz interrompe toda a confusão que acontecia:
— Limbrey, não é? — John questiona irônico e balançava a pequena chave entre os dedos. — Acertei?

A mulher o encara e vê o objeto nas mãos do garoto.

— Sou eu. — Ela responde simples.

O homem que segurava Pope começa a liberta-lo devagar ao ver a chave nas mãos do Booker.

— Então é isso aqui que você tanto está procurando. — O Routledge questionava de maneira provocadora.

Limbrey se vira para o garoto e começa a dar pequenos passos na direção dele:
— Sim, é isso.

— Olha, a maré está subindo e pode chegar a uns seis metros de profundidade. — John B falava enquanto olhava para a água próxima a ele. — Então se eu jogar ela no canal, nesse momento, a probabilidade de você encontrar ela algum dia vai ser de... zero porcento.

As três garotas presentes e Pope se olhavam sem entender o que estava acontecendo ao ver o Heyward tirando disfarçadamente uma chave do bolso.

Elle arregala os olhos surpresa ao perceber a atuação magnífica que ocorria diante de seus olhos, mas rapidamente disfarça.

— Você quer experimentar? Vamos ver. — John questiona e logo se prepara para arremessar a chave, mas o grito da mulher o impede.

— Não, pare! — Ela grita e suspira ao ver que ele não fez. — Por favor, não faça isso. — Limbrey pede, dessa vez com uma voz mais tranquila, como se clamace por aquilo.

O garoto começa a andar pelo cais, sendo acompanhado pelo olhar da mulher loira. Ele se escora relaxadamemte na coluna de madeira e aponta para o amigo. 

— Mande ele se afastar do Pope. — John pede.

— É claro. — Ela fala sorrindo e Olha para o seu capanga. — Afasta dele.

O homem rola os olhos e se afasta do garoto, que solta a respiração, aliviado.

Limbrey se aproxima de Pope com certa dificuldade, e começa:
— Como eu disse, desde o início, eu estou disposta a negociar. — Tenta novamente.

Pope encara John B, JJ e Matt que estavam lado a lado e os três acenam para cima e para baixo com a cabeça, indicando para que ele concordasse.

— Tudo bem. — O Heyward volta a olhar para a mulher.

— A-ah, então 'tá. — Ela parece ficar surpresa.

— Eu te dou a chave, mas eu quero a gravação. — Pope impõem a sua condição.

— É claro, claro. — Limbrey fala sorrindo. — Você terá isso.

— Pope. — John se aproxima do garoto. — Ei, ei, ei... não precisa fazer isso. — O garoto fala.

— Está tudo bem.

— Não cara, é a sua família. — John insiste.

— 'Tá tudo bem, sério. — Pope garante segurando os braços do amigo.

Elle vira a cabeça para o lado e rola os olhos com a cara de pau do Routledge. Ele realmente estava empenhado na sua função de convencer os dois adultos.

JJ e Matt também tentavam se manter sérios e evitavam olhar um para o outro para não terem uma crise de riso e acabarem com todo o plano.

— É pelo seu pai. — Pope continua. — Isso é mais importante.

Pope estende a mão para que Booker lhe entregasse a chave, e assim o garoto faz.

— Você é um bom amigo. — Limbrey fala com a voz suave.

— A gravação. — O Heyward pede antes de entregar a chave.

— Entegue logo a gravação para o garoto. — Limbrey manda.

O homem loiro tira um gravador de dentro do bolso de sua jaqueta e entrega na mão livre do Heyward no exato momento que Limbrey pega a chave da mão dele.

A mulher suspira aliviada por ter conseguido o que queria e se aproxima mais do garoto, falando:
— Olha, eu queria que você tivesse feito isso antes, assim teria poupado todo esse aborrecimento.

Limbrey se vira e começa a ir embora, ecoando a batida de sua bengala na madeira do cais.

— Foi um prazer, ein! — John B provoca.

O loiro abre o guarda-chuva e, antes de sair, encara o Heyward:
— Nos vemos por aí, Pope. — Se despede e sai.

Os adolescentes esperam os dois adultos se afastarem o máximo, e começam a se encarar.

— Quanto tempo você acha que temos para ela perceber que está com a chave velha do seu pai? — JJ questiona sorrindo de lado para John B.

— Alguns minutos? — Ele responde.

— Acho que temos algumas horas, na verdade. — Matt fala rindo.

Pope encara os amigos de boca aberta diante da situação:
— De quem foi a ideia da chave falsa?! — Pergunta.

— Que surpresa, não foi minha. — A Carrera fala olhando para os outros.

John e Matt começam a erguer o braço juntos e passam ao redor dos ombros de JJ.
— Uhnn, eu não sei... — Matt brinca.

— Quem será que foi? — John continua. — Contamos pra eles?

Elle se aproxima do loiro com um sorriso empolgado e da um leve empurrão no seu peito:
— Caramba! Isso foi incrivelmente foda!

— Estou impressionada, talvez você sirva pra alguma coisa. — Kiara brinca dando um gole em sua cerveja.

Pope se aproxima mais deles, sorrindo:
— O inferno congelou? — Brinca.

— A Limbrey caiu no conto do vigário! — JJ fala rindo, mas logo completa. — E eu nem sei o que isso significa, vi no Reddit.

— Que boa ideia, cara! — Pope o elogia

Os três garotos e Elle balaçavam JJ enquanto bagunçavam seus cabelos loiros.

A ruiva estava com a felicidade transparecida em seu rosto e pulava de alegria enquanto abraçava desengoncadamente o Maybank.

— Bom, não temos muito tempo. — John anuncia se afastando do abraço. — Vamos mostrar essa gravação pro Shoupe.

— Sim senhor! — JJ e Matt falam juntos.

— Vamos lá!

— Ward Cameron, você está fudido! — Elle gritava.

Os Pogues se afastavam do cais enquanto iam de volta para a Kombi para dirigirem até a delegacia.

A animação estava presente no grupo, menos por parte de Sarah, que estava um tanto receiosa.

Afinal, sua família estava em jogo.

  Estavam todos na recepção da delegacia, menos o Routledge, já que esse estava com Shoupe e um outro agente na sala, escutando a fita que tocava a gravação para que todos os três presentes ali escutassem.

Quando eu cheguei na pista, eu vi a xerife morta no chão e o Ward me pediu para levar o ouro até Nassau e guardar a arma. — A voz do piloto do avião podia ser ouvida. — Ward está protegendo o filho. Foi Rafe Cameron quem matou a xerife Peterkin. Eu confesso que estou apavarodo, e se algo acontecer comigo, estou dizendo que foi Ward Cameron. Ele vai me matar.

Shoupe e o agente do SBI se encaram após escutarem todo o relato.

— Eu disse, Shoupe. — John se pronuncia. — O Ward que matou o meu pai e o piloto. E o Rafe matou a Peterkin.

Shoupe o encara e acena para cima e para baixo a cabeça, lentamente:
— Eu sei, garoto. — Afirma. — Eu sei.

Fora da sala, Elle estava sentada ao lado do Maybank e segurava as mãos dele, brincado com os seus anéis de metal.

O sorriso no seu rosto ainda era presente e aumentava mais quando via a expressão orgulho que JJ tinha de si mesmo.

— Você foi incrível. — Ela repete mais uma vez com a voz baixa.

— Eu sei. — Fala convencido. — Estou me sentindo a pessoa mais inteligente do mundo.

E mais uma vez o sorriso aumenta pela confiança dele.

O loiro percebe a expressão de felicidade dela aumentando cada vez mais que ele fala.

— Você tem fetiche em me ver sendo um narcisista? — Ele questiona em tom de humor.

— Você fica atraente assim, admito. — Ela continua a brincadeira.

Alguns minutos se passam com Elle transferindo cada anel para um dedo diferente e os rodando, enquanto o loiro apenas a observava concentrada em fazer isso.

John sai da sala da delegacia com um sorriso no rosto e todos os amigos que estavam lá se levantam, ansiosos pelo resultado.

— Deu tudo certo. — Ele anuncia.

Elle, JJ e Pope rapidamente pulam em cima do amigo e o abraçam apertado, comemorando a conquista.

Kiara e Matt batiam palmas com isso e o Rodrigues assobiava alto. Sarah forçava um sorriso e batia palmas fracamente.

Param apenas quando são expulsos da delegacia e voltam animado para o Castelo.

  Elle, Kiara e Sarah estavam sentadas juntas do lado de fora do Castelo.

A ruiva estava com a lata de cerveja em mãos e bebia vários goles seguidos, dizendo que comemorava a inocência do amigo.

As três podiam escutar as risadas dos garotos vindo de dentro da cabana. Eles sim pareciam empolgado, gritando coisas aleatórias enquanto bebiam.

Kiara e Elle de vez em quando riam de algo que elas escutavam lá de dentro, mas Sarah não parecia acompanhar dessa mesma felicidade.

— Você se arrepende? — A Carrera questiona ao ver a loira seria.

Elle presta atenção na amiga, esperando sua resposta, que vem rapidamente.

— Não. — Ela fala firme. — Ele merece tudo isso. E eu sei disso

A Aplin olha para baixo e batuca os dedos contra a latinha em suas mãos, resolvendo falar:
— Bom, mas querendo ou não... — Ela começa e olha para a Cameron. — Ele é seu pai.

A loira encara Elle com uma expressão que a ruiva não consegue decifrar, então a mesma continua:
— Eu entendo você. — A Aplin da um sorriso sem graça.

— Deve ser uma droga estar no meio de tudo isso. — Kiara fala sorrindo de lado.

Antes que a loira pudesse responder algo para as duas amigas, o visor de seu celular acende e o toque dele pode ser escutado.

Elle vê a foto e o nome na tela antes da garota pegar o celular para atender.

Era Topper quem ligava.

— Desculpa. — Sarah fala antes de se levantar e se afastar com o celular no rosto.

As outras duas Pogues veem a loira se afastando e esperam por ela.

Elle termina o líquido de sua latinha e a amassa, jogando para os garotos que gritavam dentro da sala.

— Acha que ela vai ficar bem? — Kiara pergunta para Elle.

A ruiva suspira, vendo Sarah olhando para os garotos com uma expressão triste em seu rosto.

— Não, acho que não. — Admite.

  Eles haviam voltado para a Kombi e John dirigia atentamente, olhando para a estrada e seguindo as viaturas de polícia que estavam na frente dele.

— Merda... — Kiara murmura com a situação.

Os Pogues que estavam no banco de trás se encaravam com a situação que estavam e vendo o nervosismo da amiga loira no banco da frente.

— Dá pra acelera? Eu estou preocupada com a Whezzie. — Sarah pede, inquieta em seu banco.

— Acha que eu quero perder isso? — John solta as palavras, fazendo a loira o olha-lo.

Elle se surpreende com essa palavras, mas não tenta repreende-lo, apenas observa a loira deixando de encara-lo e negar com a cabeça.

Chegando próximo a emoção dos Cameron's, eles veem os policiais parando e descendo dos carros, mas eles não invadem a casa, apenas conversam com Rose, que dizia algo para eles.

Shoupe dá alguma instruções para seus policiais e eles correm para longe da casa.

Estacionando a Kombi, os Pogues descem rapidamente e se aproximam do muro, acompanhando para onde os policiais haviam ido.

— Pra onde estão indo? — Matt questiona.

— Para o cais. — Sarah responde.

Elle sente uma pontada atingir seu peito e uma pequena falta de ar tomar conta de si. O que estava acontecendo?

John B suspira e apoia as mãos no muro:
— Foda-se, eu vou lá. — Ele rapidamente consegue passar para o outro lado.

— Me ajuda a subir. — Kiara pede e o loiro junta as mãos para dar apoio para a morena subir.

Elle encara Sarah, sem saber o que se passava na cabeça dela, apenas vendo sua expressão vazia.

A Cameron passa para o outro lado com a ajuda de Matt, que vai logo atrás junto de Pope.

— Vamos, Elle. — JJ chama, vendo que ela estava parada.

— JJ... — Ela ía falar algo, mas desiste, negando com a cabeça e se aproximando dele. — Vamos.

Os dois passam para o outro lado e saem correndo atrás dos amigos que já estavam na frente.

A visão que Elle tem a faz ter calafrios.

Ward Cameron estava no andar de cima de seu barco e gritava frases que Elle não consegue entender, pois a única que martela a sua mente é:
O capitão naufraga com seu navio.

Ela não acreditava que ele faria aquilo. Ele não podia.

— Pai! — A voz de Sarah a acorda de seus pensamentos.

O homem para de falar e olha para a sua filha que corria para perto.

Elle não controlava o corpo, apenas deixava os seus pés a levarem seguindo os outros que passavam pela polícia.

Sarah! O quê você está fazendo aqui?! — O mais velho questiona ao longe.

— Pai, o que você está fazendo?! — Sarah gritava desesperada.

Você precisa tira-la daqui! — Ward gritava para o policial. — Ela não pode ficar aqui agora!

— Então venha aqui e converse com ela! — Shoupe pedia, mas o homem parecia não querer concordar com isso.

Sarah! Eu sinto muito minha filha, mas não dá! — Ward começa a subir a âncora do barco.

— Não! O que você vai fazer?! Para! — Sarah pedia.

Os gritos ao seu redor deixavam Elle em pânico. A cena que via deixava Elle em pânico. Toda a situação deixava Elle em pânico.

— Isso não vai acabar do jeito que você quer, pare! — Shoupe tentava o seu máximo. — Você não vai querer que ela veja isso!

Barcos de polícia podiam ser vistos se aproximando do barco de Ward, e ele parece entrar em desespero maior.

O homem começa a descer para o andar de baixo de barco e Sarah gritava em protestos cada vez mais altos.

— Desembarque Ward! — Shoupe gritava.

— Por favor, não faz isso! — Kiara gritava.

As sirenes ficavam mais altas, o desespero ficava maior.

Eu te amo filha!

Cabum!

E de repente um chiado.

Elle não escutava mais nada.

Os resto foram apenas cenas cortadas.

Primeiro a explosão vermelha acontecendo em sua frente.

Em segundo vinham os pedaços do barco na sua direção, mas ela não ousava se mexer.

E depois a fumaça escura e espessa tomava conta do vermelho vivido das chamas.

Ousou olhar para o lado e apenas via o rosto de Sarah se contorcendo em uma dor profunda e John B sem fazer nada em relação a isso.

Tentou olhar novamente para o barco, mas sua visão finalmente é tampada.

Sentiu JJ agarra-la e colocar sua cabeça contra seu peito, a impedindo de tentar ver o que acontecia ao seu redor.

Sente os braços do garoto lhe segurarem mais forte quando ela ameaça cair no chão sem forças.

Sentia o coração dele acelerado contra seu rosto.

Isso havia acontecido na sua frente.

Ward Cameron havia cometido suicídio em sua frente.

O capitão naufraga com seu navio.

____________________________________________

● 6331 palavras;

Mais um capítulo para vocês. Digam-me o que acharam do enredo e das interações dos personagens;

● Admito que chorei escrevendo a última parte enquanto assistia a cena e escutava a música dela;

Capítulo que vem terá mais emoções e será a festa da fogueira. O quê acham que vai acontecer?

● Obrigada por estarem acompanhando essa narrativa, por todos os comentários e as estrelinhas. Vocês são incríveis.

● É isso, se cuidem e cuidem dos seus, se hidratem e fiquem bem;

● Beijos e até o próximo capítulo;

:)

~Mello

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