[AMIZADE]
Subtítulo: A maldição de Vecna: parte 2 (final)
Palavras: 1157
Última atualização: 19.09.22
S/s: Seu sobrenome
No porão dos Wheeler, enquanto Dustin, Lucas, Steve e Max discutiam sobre Vecna e Victor Creel, S/n, deitad_ com suas pernas em cima do braço da poltrona, ouvia sua música favorita em seu walkman.
Seus olhos focavam em algum lugar e permaneciam ali por minutos. Seu cérebro parecia não querer escutar o que seus amigos discutiam, a música estava mais para uma distração.
- Como é que o Vecna existia nos anos 50? Não faz sentido. - Steve passa a mão sobre a testa enquanto lia um artigo do Victor Creel
- Até onde sabemos a On não criou o mundo invertido, ela só abriu o portal pra lá. O mundo invertido deve existir a milhares de anos. Milhares, Steve! De repente até antes dos dinossauros!
- Sério isso, Henderson? - Max repreende Dustin
- Dinossauros? O que você...
Lucas interrompe Steve - Tudo bem... beleza, mas se o portal não existia nos anos 50 como que o Vecna veio pra cá?
- E como vem pra cá agora? - continua Steve
- E por que agora? - continua Max
- E por que naquela época? Ele apareceu nos anos 50, matou uma família, e puff: "Já tá bom". Depois some e volta 30 anos depois pra matar adolescentes? Eu não caio nessa. "Bem claro" o cacete. Sinceramente, Henderson, te falta um pouquinho de humildade. Não faz mal não. - Steve desabafa, calando-os e jogando o jornal sobre a mesa
- Desculpe, aí. - Dustin se defende
Steve se senta na poltrona cruzando suas pernas enquanto debocha de Dustin. O garoto ignora Steve olhando S/n deitad_ na poltrona.
Dustin sinaliza para Lucas e Max, fazendo Steve se virar curiosamente para observar.
- El_ dormiu? - sussura Dustin
- Você... dormiria? - rebate Lucas também sussurando
O barulho da porta do porão batendo os assusta. Os saltos de Nancy fazem barulho nas escadas de madeira e logo atrás aparece Robin.
- Beleza... - Nancy suspira sorrindo para Robin - temos um plano.
[...]
S/n parecia sentir os olhares na nuca. _ garot_ vira sua cabeça em direção a seus amigos - Vocês podem parar de me encarar?
- Oi?
- Que? O quê?
- Não, eu tô relaxando.
- Precisa de alguma coisa?
S/n se levanta, agora se sentando na poltrona. Sentiu como se carregasse um peso enorme nas costas, o nó na garganta implorava para colocar todas a água do corpo para fora, mas foi só engolido e ignorado.
Lucas, Max e Dustin fingiam ler o artigo sobre Victor Creel, Steve lançava uma bola de tênis para o teto a pegando e jogando novamente.
S/n reparando que os amigos não iriam a olhar de volta, revira os olhos - Podem olhar.
- Aí, foi mal.
- Desculpa.
- Foi mal.
- Eu tava pensando se.... sabe...? Vocês poderiam me levar pra casa.
- Claro. - resposde Dustin imediatamente
- Tá, pode ser. - concorda Steve
Ao saírem da casa de Mike, eles vão em direção ao carro de Steve. S/n, ao abrir a porta, sente alguém _ observando.
- Porra... - _ garot_ entra no carro tentando ignorar a sensação ruim
Steve _ repreende quando a porta se fecha forte demais, mas acabou sendo ignorado.
[...]
Estavam todos em silêncio e a música tocando no rádio dava mais raiva do que o olhar de Steve sobre S/n pelo retrovisor a cada segundo.
- Acho melhor você ir rápido, S/s.
- 20 segundos. - responde S/n ao sair do carro
- Esse troço tem pilha, né? - Steve encara Henderson que estava com o rádio na mão
Ele balança a cabeça em negação, não acreditando na pergunta estúpida.
- Não vou nem responder. - Dustin percebe que Steve não entendeu e se exalta. - Sim! Claro que tem, Steve!
- Tá, entendi!
Dentro da casa, S/n chamava por sua mãe. Tinha uma pequena esperança dela ter voltado mais cedo.
A casa era bonita: dois andares, uma piscina enorme e aquecida nos fundos, televisão da melhor em cada um dos cômodos. Eram ricos, não podiam negar. Seus pais trabalham o dia todo para terem o que tem agora.
- Óbvio que ela não tava aqui. -
S/n murmura para si mesm_.
Em seu quarto, _ garot_ pega mais algumas fitas de música as colocando na mochila.
- Morrer escutando música não pode ser tão ruim assim.
Ao dar uma olhada rápida pela janela, S/n se depara com sua mãe sentada na borda da piscina com suas pernas balançando dentro da água. Ela estava vestida de um biquíni rosa e um óculos de sol acima da cabeça.
- Mãe?! - grita S/n
- Oi, filha! - o sorriso de sua mãe cresce ao acha-la na janela
_ garot_ sai correndo para fora de seu quarto enquanto coloca a mochila nas costas, passando pela porta dos fundos para chegar ao quintal.
Sua mãe _ puxa para um abraço apertado ao sair da piscina - Oi, querid_.
A voz suave e calma fazia falta. Gotas de água escorriam por suas pernas depiladas e lisas, caindo no chão.
- Estava com saudades de você.
- Eu também estava, meu bem. Por onde andou? Naquele clube de D e...
- D&D - a corrige sorrindo sem graça - e na casa da Max.
- Max? Sinto saudade dessa merdinha.
O palavriado faz S/n franzer o cenho.
- Desde quando você fala palavrão, mãe? - S/n, rindo de nervosismo, encara sua mãe ainda no abraço
- Eu não quero você andando com esses filhos da puta, S/n.
- Mãe, você tá me apertando. - S/n tenta se soltar
De repente, uma escuridão toma conta do céu. As nuvens começam a se mover mais rápido e a piscina ficou com uma coloração vermelho sangue assim como as roupas do varal.
- Me solta, mãe! Me solta! - ao começar a se debater sente uma mão passando entre os seus cabelos
A mesma voz grossa de antes _ chama por seu nome.
- Você acha que sua mãe não lembra do que você fez?
O barulho do relógio começou a escoar novamente.
- Você estragou tudo.
O flashback de uma briga de anos atrás veio a tona em sua mente. Um vaso arremessado por você em direção a sua mãe deixou uma grande cicatriz na testa dela.
Após uma pílula de ecstasy tudo é possível.
- Seu tempo está quase acabando.
- Me solta, porra!
O barulho do pêndulo do relógio faz um eco e Vecna _ soltou. S/n tropeçou na borda da piscina caindo e chegando até o fundo. O ar volta aos seus pulmões quando conseguiu subir até a superfície, vomitando a água que engoliu.
Ao sair totalmente da água, S/n entrou na casa indo ao seu quarto. Estava encharcada e havia molhado todo o piso.
- Puta merda! - a mochila estava toda encharcada.
S/n jogou a mochila no chão com raiva e começou a tirar a roupa pra se secar e colocar outra.
- Que porra, fala sério! - os murmúrios de reclamação continuam até o final da troca
As fitas foram tiradas da mochila enxarcada e agora foram misturadas com outras 2 dentro de outra mochila. Mais tarde, S/n as testaria para ver se ainda funcionam.
De repente, o céu ficou novamente escuro. Um pressentimento ruim preencheu sua mente, _ fazendo se arrepiar.
- Vecna vai me matar.