✔ Esmeralda e outras flores m...

By sierraoscarfanfics

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[+18 ✔ CONCLUÍDO Carlisle Cullen & O.C | Vampiro & Sereia | Esmeralda e outras flores mortas ✺Volume único |... More

0. PERSONAGENS, AVISOS & BOOK TRAILER
01. CARLISLE: Proposta irresistível
02. ESMERALDA: O monstro
03. CARLISLE: Nosso passado converge
04. ESMERALDA: Giuliano de' Medici
05. CARLISLE: Fome
06. CARLISLE: Medo
07. ESMERALDA: Lindo e burro
08. CARLISLE: Quente e vivo
09. ESMERALDA : Flores mortas
10. CARLISLE: Ofensas e não beijos
11. CARLISLE: A carta
12. ESMERALDA: Humilhação
13. CARLISLE: 1798
15. ESMERALDA: O pedido
16. CARLISLE: Tentação
17. CARLISLE: Aceita um rato?
18. 🍎+𝟏𝟖 ESMERALDA: Desejo
19. CARLISLE: Primeira vez
20. ESMERALDA: Lembre-se dos velhos tempos
21. ESMERALDA: França 1800 - PARTE I
22. ESMERALDA: França 1800 - PARTE II
23. CARLISLE: Você esqueceu de sorrir
24. ESMERALDA: Ciúmes
25. 🍎+𝟏𝟖 CARLISLE: Paciência
26. ESMERALDA: Acherontia atropos
27. ESMERALDA: Deilephila Elpenor
28. CARLISLE: Em família
29. CARLISLE: O Baile I
30. CARLISLE: O Baile II
31. CARLISLE: Pérolas aos porcos
32. ESMERALDA: O sangue não é meu
33. CARLISLE: Eles sabiam?
34. CARLISLE: Os olhos são meus
35. CARLISLE: Misericórdia
36. ESMERALDA: Tiamat
37. ESMERALDA: Reencontro I
38. 🍎+𝟏𝟖 CARLISLE: Reencontro II
CARLISLE: Epílogo ✔

14. CARLISLE: Ajoelhe-se

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By sierraoscarfanfics

Vincenzo aparece no portão, toma para si a maioria dos pacotes.

Carmine e eu mantemos um cada, entramos de braços dados na casa, ela radiante, sequer parece afetada por recentemente ter lançado os pedaços do antigo amante no fogo, e eu, sustentando um sorriso falso, que desmancha ao ser pego desprevenido pela imagem angustiante de Giancarlo sentado na poltrona de couro.

Esmeralda está ajoelhada ao lado dele, sentada sobre os joelhos com ambas as mãos posicionadas nas coxas, não há corrente alguma.

Costas retas, cabeça erguida e o olhar ferino indicam o quanto odeia.

Permanece assim enquanto guardamos as capas, chapéus e caminhamos até eles, os irmãos apáticos, eu, confuso.

— Já fez sua escolha?— 

A voz firme penetra meus ouvidos, a fala é ignorada por todos os presentes, pois é dirigida especificamente para Esmeralda.

Na mesinha ao lado da poltrona está o látego, a centímetros dele a bengala. Afaga o cabo das duas armas com uma mão, a outra arrisca fazer um carinho no topo da cabeça da sereia, que o afasta com um safanão, colocando-se de pé num salto desajeitado.

O peito de Giancarlo expande, ele se ergue, agarrando o chicote com uma mão e a bengala com a outra. O gesto basta para alarmar Esmeralda, que instintivamente curva os ombros e espera o pior, mas não recua um passo sequer.

Escolhas? Referia-se ao fio da espada ou aos ganchos do látego? 

Malditos demônios.

Tomado pela onda crescente de pânico, faço uma tolice que põe a perder todo o trabalho da tarde. Abandono o pacote repleto de roupas e corro, chegando a tempo de impedir que ela seja atingida.

As cordas do chicote enrolam em meu punho, o metal dilacera minha carne e Giancarlo puxa, prolongando o tormento.

Contenho qualquer reclamação audível e sou pego pelo sentimento estrangeiro de ser breve, frágil e insignificante.

— Nunca disse ter escolhido o chicote, Giancarlo. Tocar não estava no acordo.—

Giancarlo ignora por completo minha presença, volta-se para Esmeralda, proferindo num tom raivoso, traído.

Vasculho o ambiente, perplexo com a máscara de abnegação do restante da família.

Estão parados, observando a cena tal qual a mobília da sala.

—Tanto tempo juntos e ainda não entendeu que é nossa para fazermos o que desejarmos? Tocar nunca precisou estar em acordo algum. Eu ofereci uma saída por benevolência, mas provou ser a selvagem sempre.—

Aproveitar os segundos de distração para arrancar a cabeça de Giancarlo custará a minha vida.

Esmeralda seria capaz de lidar com um deles?

Não é justo com ela arriscar a fuga por um rompante de heroísmo. 

Também não é justo planejar sozinho uma fuga sem perguntar se a interessada está de acordo.

— Qual o propósito dos meus serviços? Mal fui capaz de curar as feridas antigas e trata de abrir novas? Prometeu conhecimento, abracei a proposta de bom grado e sigo achando esclarecedor a possibilidade de examinar semelhante criatura. Quanto desperdício de energia, não cheguei a ganhar uma semana, mas se é isso o que deseja, vá em frente. Só tente ser rápido, tenho um ensaio por finalizar e adoraria manter o terno limpo.— 

Mentir tem se tornado um hábito.

Falar dela como objeto de estudo e nada mais funciona, pois Giancarlo afrouxa o aperto no chicote e tenho a oportunidade de arrancar os ganchos fincados em minha pele.
Esmeralda segue imóvel, nada de choro e lamentos.

A calma simulada da sereia de nada vale, pois conseguimos sentir a pulsação acelerada, a respiração irregular, o suave contrair de cada músculo, numa reação instintiva de preparar o corpo para a fuga ou ataque.

Giancarlo gosta disso, pois outra coisa perceptível pairando no ar é sua excitação.

— Irmão, ele está certo. O propósito não é fazê-la durar? Há outros métodos para discipliná-la.—

Carmine interrompe.

O tom de voz é baixo, a vampira não se atreve a dar um passo sequer em nossa direção, também não ergue a cabeça ao falar.

Vincenzo completa.

— Sei que o plano envolve passarmos a vida devorando cervos, no entanto, voto em adiarmos esse futuro deplorável. Coloque na corrente, deixe-a refletir por um dia ou dois. —

Cerro o punho bom e trinco os dentes, contendo o tremor ao ver Esmeralda interromper a conversa se ajoelhando diante dele.

Espero um pedido de clemência ou algo do tipo, no entanto, ela só permanece em silêncio, inclinando o corpo para frente, numa reverência exagerada.

Os cabelos pretos caem tal qual um manto, cobrindo parcialmente o rosto enfermiço que supera em beleza qualquer uma das mulheres a enfeitar os salões londrinos.

As mãos apoiando o peso do corpo tremem, suspeito ser fruto da raiva.

— Não está esquecendo de nada, Esmeralda?—

Usa seu nome, coisa que quase nunca faz. 

O ato a enche de fúria, posso ver pelo modo como fere a própria palma com as unhas, para minha desgraça e dela.

Doce e fresco... o aroma convidativo do sangue se funde a confusão de sentimentos.

Raiva, medo, tristeza e até mesmo desejo são transformados em fome. 

Eu não sei que tipo de acordo selou com o demônio, dadas as circunstâncias estou prestes a descobrir.

Ouço o estalar singelo de um beijo tocando o sapato de couro de Giancarlo, vejo o sorriso de satisfação do vampiro, imerso no prazer de tê-la a seus pés, obedecendo seus comandos.

— É uma lição sobre humildade e gratidão.—

Explica e umedece os lábios, mal contendo suas reais intenções.

A única coisa que ele está fazendo é obrigar Esmeralda a realizar suas fantasias doentias, pois nunca conseguirá a submissão da sereia de bom grado.

Não é assim que se joga.

Tocá-la do modo que deseja envolve muitos riscos, riscos que superam o suposto encanto. Dormir com uma humana sem matá-la no ato por si só é difícil, dormir com uma criatura cujo sangue possui o aroma mais convidativo que já  senti será o meu fim.

Esmeralda faz menção de ficar de pé, Giancarlo usa a  bengala para mantê-la no chão, pressionando a cabeça de lobo em suas costas.

Ela resiste pouco, para tristeza do seu algoz, que se diverte com o inútil agitar dos braços no chão, buscando uma forma de fugir.

—Ainda não acabou, termine.—

O olhar de Giancarlo está em mim agora, não nela, dizendo em alto e bom tom quem a controla, que lhe pertence.

Sou obrigado a observá-la engatinhar até Carmine e Vincenzo, deixando um rastro vermelho quase imperceptível no chão, onde as palmas feridas tocam.

É demais para eles agora que não se alimentam de sangue humano. A dieta vegetariana compromete o autocontrole, principalmente no início.

As írises assumem um tom mais escuro, as mãos começam a se mover demais, e a inquietação se transforma num fechar de olhos simultâneo, procurando manter ao menos um resquício de sanidade.

Eu nunca provei o sangue dela e estou a travar uma luta interna para não beijar as palmas feridas. 

Acontece que também nunca tive problemas com a sede, e se em mim dói, para o resto deve ser uma tortura ainda maior.

— Precisam caçar, agora.—

Alerto, enrolando por hábito minha mão ferida, a mesma que machuquei ao conhecer Esmeralda, com um lenço. 

Tenho esperança da necessidade encurtar o espetáculo cujo único propósito é humilhar, esperança esmagada por Giancarlo.

— Falta um, machucou a mão dele duas vezes, deve um pedido de desculpas.—

Intervenho, temendo o óbvio.

Ela me odiará depois. 

— Giancarlo, ter garotas beijando meus pés não integra o topo da minha lista de preferências. Contanto que siga  as prescrições e responda as perguntas estarei satisfeito.—

A verdade brinca na minha língua.

Não é o sapato que eu desejo ter beijado, e tê-la ajoelhada aos meus pés, sangrando em sua camisola destruída não é prudente.

Descobririam de pronto que meu interesse por ela é tudo, menos acadêmico.

— Compreendo. Irei levá-la para cima e retorno para nos prepararmos, a caçada será longa. Carmine, Vincenzo, cuidem da bagunça.—

Observo Giancarlo erguê-la pelo cotovelo, arrastando-a pela escadaria.

Ela manca, muito, piora conforme a caminhada acelera.

Não posso fazer nada além de aproveitar a oportunidade de ficar a sós, nem que precise aceitar ficar acorrentado novamente. 

No fim das contas, a família insana talvez tivesse razão, um simples beijo arrebatou meu juízo. 

∞∞∞

※Próxima atualização: Quarta-feira.

※ Como eu havia dito no capítulo anterior, se continuassem sem votar e sem comentar não haveria mais atualizações duplas. 

Atualizações duplas canceladas, o livro só será atualizado uma vez por semana. 

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