IVAN (capa provisória)

By CinthiaFreire7

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Cabelos perfeitos, roupas de grife, festas, música, dinheiro, poder... É fácil esconder quem você é de verda... More

E lá vamos nós!!!
PRÓLOGO
CAPITULO 1
CAPITULO 2
CAPITULO 3
CAPÍTULO 4
CAPITULO 5
CAPÍTULO 6
CAPITULO 7
CAPITULO 8
CAPITULO 9
CAPITULO 10
CAPÍTULO 12
CAPITULO 13
CAPÍTULO 14
CAPITULO 15

CAPITULO 11

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By CinthiaFreire7

*** capítulo sem correção ortográfica ***

Ivan

Uma explosão acontece no instante em que uma multidão de pessoas invadem a piscina, espalhando água para todos os lados, Cibele dá um gritinho quando um imbecil esbarra nela de alguma forma que não consigo entender, estou bêbado demais pra isso e meu cérebro lento não consegue captar o momento, ela veste o biquini em uma velocidade que me faz pensar que não sou o primeiro cara com quem ela tem um momento na piscina, mas antes que eu consiga sequer pensar em mais alguma coisa, sou empurrado com tanta força que perco o equilíbrio e escorrego, vejo a mão de Cibele tentando me segurar, mas estamos molhando, letárgicos e bêbados, uma combinação péssima para o momento.
Então eu afundo.
Pés, pernas, braços, corpos agitados, pesados, sufocantes... tento me levantar, mas sou chutado, um corpo pula na piscina, bem onde estou, sinto o momento em que um pé acerta meu rosto e então tudo se apaga...

***

Água, muita água, tanta que não consigo respirar, ela sai por meu nariz e minha boca, está em meus pulmões e em meus ouvidos, não consigo respirar, meu peito dói, alguém está sobre mim, estou morrendo, merda.

Baby...

“ —  Eu não quero esse cachorro,  eu quero o Labrador que pedi.
—  Mas ela é linda, olha só esse lacinho.
—  Isso é cachorro de menina, eu não quero
—  Não posso devolver, ela é nossa Ivan, você precisa ama-la comigo
—  Não !
— Ela se chama Baby, como no filme, como te chamo quando estamos sozinhos.
A nossa Baby”

Ouço sua voz, baixinha, como se ela estivesse na superfície e eu a quilômetros de distância.
Baby não...
Quero alcança-la, preciso voltar, me concentro em sua voz, baixa, fraca, somente um sussurro em meio ao caos a minha volta, então começo a tossir, a agua se acumula em minha boca, estou sufocando, sou virado de lado, alguém está chorando, tem gente ao meu redor, vozes, muitas vozes, e ela.
Baby por favor...
A tosse aumenta, as vozes também, estou confuso, minha garganta arde com a força com que a água sai, jatos fortes se espalham saindo por minha boca, nariz e ouvido, meus olhos ardem quando tento abri-los.
— Ah meu Deus, ah meu Deus, eu não acredito, ele está vivo.
Alguém está chorando muito, socos em minhas costas me fazem tossir ainda mais, as vozes se espalham.
— Se afastem! — alguém grita, mas não consigo abrir meus olhos, estou cansado demais tentando me livrar de toda a água em meus pulmões.
— Ei cara, graças a Deus. — uma voz ao meu lado me faz abrir um pouco meus olhos, ele é o cara que está sobre mim, me esmurrando.
— E ai. — sussurro com a voz rouca e ele sorri, um sorriso tão largo e apavorado que tenho medo de que tenha alguma coisa errada com meu rosto.
— Porra Ivan, não faz isso cara, você quase me matou. — ele continua, ainda em cima de mim, a cabeça pendendo em seus ombros, como se ele estivesse exausto, não lembro o seu nome, mas agradeço, provavelmente seus socos salvaram a minha vida.
— Foi mal. — tento brincar, mas uma nova onda de tosse me faz virar o rosto no caso de mais agua sair de dentro de mim. E incrivelmente sai.
— Meu irmão é médico, ele mora a duas quadras daqui, ele já tá vindo te ver. — o cara que finalmente sai de cima de mim, diz, mas não consigo dizer que não precisa, estou ocupado demais tentando não morrer engasgado.
— Ivan! — Cibele se aproxima, seus olhos estão inchados e vermelhos e imagino que ela seja a pessoa que estava chorando, ela parece ter medo de me tocar e isso me deixa assustado.
— Por favor diz que tá tudo bem com a minha cara. — digo enquanto me sento ignorando as dores que sinto em todo o meu corpo.
— Eu achei que você tinha morrido, foi horrível. — ela esconde o rosto em suas mãos e volta a chorar, não sei o que fazer, devo consola-la? pedir desculpas? Serio, eu não me lembro da etiqueta para situações de quase morte.
Pela primeira vez olho em volta e me arrependo no mesmo instante, porque parada a alguns metros de distância, está ela. Há um braço em volta da sua cintura, como se estivesse segurando-a para que ela não caia, e seus olhos estão fixos em mim.
Baby...
Meu coração dispara no peito quando me dou conta de que ela viu tudo, vejo seu rosto molhado perder a cor, seus olhos arregalados e suas mãos fechadas em um punho tão apertado que os nós dos seus dedos estão brancos, o cara diz algo, mas ela não parece ouvir, droga ela nem parece estar respirando.
Merda Cindy!
Abro a boca para dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas ainda estou lento demais e meu corpo parece pesar uma tonelada e tudo o que posso fazer é ver o seu corpo magro e frágil desabar bem na minha frente.

***

A luz quase me cega e estou começando a ficar irritado com tantas perguntas.
— O ideal era você ir ao hospital. — o tal irmão medico do meu salvador diz enquanto analisa minhas pupilas.
— Eu já disse estou de boa.
— Você foi pisoteado dentro de uma piscina, desmaiou lá dentro, eu gostaria de ver alguns exames de imagem.
— Prometo que se eu sentir alguma dor eu vou. — minto porque nem fodendo vou por livre e espontânea vontade em um hospital.
— Você ingeriu alguma substancia ilícita?
— Eu não me droguei, só estava me divertindo.
— Quanto de álcool você ingeriu?
— Mas que merda, eu to bem, já disse. — resmungo quando ele começa a anotar alguma coisa.
— Vai com calma ai irmão, ele só tá querendo ajudar. — o salva vidas diz parecendo um pouco irritado agora.
— Eu to bem, já disse, não uso drogas, só uma erva as vezes para relaxar e hoje eu to de boas, tomei alguns drinks e acho que passei do ponto, mas foi só.
— Alcool e agua não são boas combinações. — o jovem medico diz enquanto começa a guardar suas coisas.
— É, to ligado.
— Você bateu a cabeça, desmaiou, se afogou, provavelmente teve um concussão, se sentir tontura, dor de cabeça ou em alguma parte do corpo sugiro que vá ao hospital. Esse é o meu cartão, estarei de plantão amanha a noite, mas conheço um bom medico que pode te atender caso precise.
— Valeu.
— Ah, se vomitar, vá para o hospital.
— Certo.
— E se puder, de uma pausa na farra por alguns dias, só para garantir que está tudo bem com você.
— Certo.
O homem se afasta e quando tento me mexer na cama sinto uma pontada em minha costela.
— Quer que eu te receite um analgésico?
— Não valeu.
Ele olha para mim como se estivesse tentando entender o que diabos eu tenho contra medicação, infelizmente ele vai continuar sem saber, não estou muito interessado em ficar explicando meus traumas por ai, ainda não bati a cabeça tão forte assim.
Ele vai até seu irmão e diz alguma coisa, os dois cochicham algo e antes que ele saia o chamo.
— Ei doutor, e a garota que desmaiou?
— Ela está no quarto ao lado, ainda está um pouco fraca, mas está bem.
— Ela se machucou?
— Não, só estava um pouco desidratada, está tomando um pouco de soro.
— Que merda, isso aqui acabou virando um hospital. — o salva vidas brinca, mas ninguém ri.
— Podia ter se tornado a cena de uma tragédia, vocês deveriam tomar mais cuidado. — o médico o repreende. — Bom, a gente conversa depois, Ivan, se cuida.
— Obrigado doutor.
Ele acena para mim e sai acompanhado do seu irmão, e então estou sozinho, em uma cama macia e confortável de um quarto desconhecido, ainda ouço as vozes lá embaixo, mas a música parou e imagino que a festa tenha acabado.
Jogo-me para trás ignorando a dor que sinto em todas as partes do meu corpo e fecho os olhos tentando entender o que aconteceu aqui hoje.
Eu quase morri.
Volto a pensar na voz que imaginei ter ouvido, não pode ter sido real, ela estava longe demais para isso, mas eu ouvi, era como um sussurro em meu ouvido, me impedindo de ir embora.
Ela me salvou.
Não foi o garoto assustado que fez a manobra de Heimlich, mas ela, ou a versão dela que se importa o suficiente para me pedir para não deixa-la. Ou talvez seja a alta dose de Red Label em minha corrente sanguínea.
— Cuzão do caralho. — sussurro encarando o teto e pensando em como diabos vou fazer para dar o fora daqui sem que me olhem como se eu estivesse maluco por não ter ido ao hospital.
Meia hora se passa sem que eu sequer consiga me mover, meus braços parecem pesar uma tonelada e minha garganta ainda arde, penso em chamar Nuno, mas ele deve estar com a Stella e o cara vai pirar se souber que o idiota do amigo quase morreu pisoteado em uma piscina, então decido que se ficar aqui mais meia hora talvez eu me sinta melhor e é isso que eu faço. Fecho os olhos, só para descansar um pouquinho...
Quando acordo já é de dia, o sol entra pela janela e há um cobertor sobre mim, estou aninhado na cama como se estivesse na minha casa e me sinto como se tivesse tomado uma surra enquanto dormia.
Deus, tudo dói.
Tento me levantar, mas preciso respirar um pouco para isso e coloco a mão onde parece que tem uma faca em meu esterno, respiro fundo e forço meus pés a tocarem o chão, eu só preciso chegar ao meu carro e então tudo vai ficar bem.
Não consigo achar meu celular e imagino que a essa altura ele deve ter sido levado, ou pisoteado como o dono, tanto faz, não quero falar com ninguém agora mesmo. Caminho até a porta tentando pensar em como sair daqui sem chamar a atenção, mas no instante em que abro a porta, me assusto com o que vejo.
— Que diabos você está fazendo aqui? — minha voz soa esquisita, mas ao menos é alta o suficiente para que Nuno se levante em um pulo.
— Merda Ivan. — ele se joga sobre mim e dou um passo para trás e solto um palavrão quando sinto uma fisgada.
— Porque você estava sentado no corredor?
— Você tava... pálido demais, eu não consegui ficar olhando para essa sua cara branquela e toda...fodida.
A voz dele estremece e percebo então o que aconteceu, claro que ele não conseguiu, me ver deitado naquela cama deve ter trazido a meu amigo algumas lembranças de Matteo. Que droga!
— Tá, mas eu to bem, agora será que dá pra me soltar? — empurro-o e ele se afasta, mas suas mãos continuam sobre mim enquanto ele me analisa.
— Cara nunca mais faça isso está me ouvindo? — ele me chacoalha e sinto vontade de socar a sua cara idiota, mas ele parece tão assustado que desisto e apenas aceito sua demonstração de afeto.
— Tá, já chega, você está me apertando. — empurro-o e Nuno se afasta ainda me xingando por quase te-lo matado de susto. — Como você soube? — pergunto, mas nem preciso da sua resposta, é claro que sei a resposta. — Onde ela está? — desvio do meu amigo e caminho até a porta ao lado, abro-a sem me importar, mas tudo o que encontro é uma cama vazia e um suporte com um saco de soro vazio.
Um buraco se forma em meu estomago quando me dou conta de que ela foi embora sem nem ao menos falar comigo, droga, nem mesmo uma experiencia de quase morte foi capaz de desatar a merda do nó que se formou entre nós.
— Ela foi para casa, mas ficou com você até eu chegar.
— Ficou? Como assim ficou?
— Cara você apagou, eu tentei te acordar, mas parecia que você não dormia a anos e simplesmente não acordava, a Cindy pediu para não te incomodar e deixar você descansar.
— Ah porra! — esfrego as mãos em meu rosto e gemo quando pressiono uma parte machucada e inchada.
—  Ela está bem Ivan, mas você sabe como é a Cindy, ela não lida bem com esse tipo de situação.
Encaro meu amigo por alguns segundos.
—  Ela não lida bem comigo você quer dizer né?
—  Achei que vocês tinham conversado.
—  Acredite, a gente tentou.
—  Não é possivel, vocês são amigos, mais que isso, droga.
—  Nuno para.
—  Tá,tá, eu vou parar. — ele ergue as mãos.
— Só vamos embora logo, preciso de um banho e de uma dipirona.
Dou alguns passos, mas Nuno não me acompanha e quando me viro para ele, encontro meu amigo parado no meio do quarto, olhando para mim como se eu fosse uma alma penada.
—— Eu fiquei assustado de verdade. — Nuno diz.
—  Eu sei.
—  Quando a Cindy me falou eu... —  ele desvia o olhar e respira fundo. —  Eu achei que nunca mais iria olhar para essa tua cara.
— Me desculpa, eu não pude evitar, eu...
— Não faz mais isso, por favor, eu não posso perder você.
— Isso soou esquisito. — brinco.
— Vai se foder seu cuzão. — Nuno vem até mim. — Vamos dar o fora daqui, a empregada chegou e tá querendo matar meio mundo. — ele passa o braço em volta do meu ombro e me puxa para perto, sei o quanto ele deve ter ficado assustado e me desculpo mais uma vez enquanto deixo que ele me arraste para fora do quarto.
— Tua cara tá linda, só pra você saber.
—  Tenho certeza que está muito melhor que a sua.
—  Há quem diga que isso é impossível.
—  A Stella não conta.
—  Por falar em Stella, ela tá preocupada, depois manda um alô.
—  Pode deixar, eu faço uma chamada de vídeo, assim posso tirar a duvida sobre o quanto ela acha a minha cara linda.
Nuno solta uma gargalhada e sorrio enquanto ignoro as dores que sinto, principalmente aquela que parece apertar a merda do meu coração.

************************************

Oieeee pessoal!
Quem me acompanha no Instagram já viu que essa noite eu finalmente finalizei esse bebê e estou tão feliz que resolvi liberar um capítulo hoje.
Espero que gostem da surpresa há e comentem bastante.
Beijoooss e até a próxima

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