Ninety Days

By GeovanaJackson

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Ela tem noventa dias para render-se... **ADAPTAÇÃO** More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Are you ready for the part two?
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 42
Capítulo 43
Do you have frameworks for part three?
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo

Capítulo 41

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By GeovanaJackson

Anastasia

Abro meus olhos e pisco um par de vezes para clarear as minha ideias.

Uma dor de cabeça do inferno me faz gemer e esfregar a testa com uma careta.

Coço meus olhos e forço o meu corpo numa posição sentada, observando o quarto luxuoso e mal iluminado em que estou.

Paredes altas e cobertas por papéis de parede, janelas protegidas por grades e uma lareira no canto me trazem uma sensação indesejada de deja vu. 

Eu poderia rir com a familiaridade da cena se não estivesse tão apavorada.

Onde diabos eu estou?

Esfrego o meu rosto e saio da cama, andando pelo quarto até uma porta à minha esquerda. Empurro-a aberta e entro no banheiro de azulejos claros ignorando a minha imagem refletida no espelho.

Com certeza sou a representação mais fiel de satanás e agora definitivamente não é hora indicada para um surto de grávida que está se sentindo feia.

Eu preciso sair daqui e ir atrás do meu marido. 

Jogo uma água no rosto e prendo o meu cabelo no alto da cabeça, notando finalmente o vestido floral largo ao invés do modelo de festa que estava usando na festa de abertura da minha loja.

Ouço som de vozes através da porta do quarto e meu coração acelera no peito, o sentimento de medo e pavor quase roubando o meu ar.

Vejo um espelho de maquiagem pequeno sobre a pia e o agarro, batendo-o com força contra o mármore. O vidro se quebra em vários pedaços e eu pego um deles para usar como arma.

Pode não ser muito, mas caso alguém tente alguma coisa vou conseguir me defender para pelo menos ganhar tempo.

As vozes vão ficando mais distantes até que os ruídos são substituídos pelo tilintar de chaves. Volto para o quarto e aperto o caco de vidro na minha mão, preparando corpo e mente para uma possível defesa.

A chave faz um barulho alto ao ser colocada na fechadura e a porta finalmente se abre de uma vez, forte o suficiente para bater na parede e voltar, mas uma mão tatuada aparece e impede que ela se feche novamente.

O rosto dele surge através da fresta aberta e um arrepio de pavor corre pelo meu corpo.

Ele sorri para mim como se estivesse realmente feliz de me ver e entra no quarto com passos firmes e um brilho maligno nos olhos.

— Finalmente acordou, Anastasia. Já estava começando a me sentir solitário. 

Ranjo os dentes e levanto o queixo de maneira atrevida.

Eu estou tremendo por dentro, mas não vou deixar ele saber disso nunca. Todo Grey é corajoso e não demonstra medo perante o seu inimigo.

Principalmente quando um Matos está na sua frente.

— Onde estamos? — pergunto firme, minha voz milagrosamente não falhando no processo.

Nacho dá de ombros com indiferença.

— Tenerife.

Espera, o quê?

Como esse desgraçado conseguiu me tirar da Itália?

— A quanto tempo? — engulo o desespero crescente e olho para ele com uma sobrancelha arqueada. — A quanto tempo você perdeu o amor à vida e me trouxe para cá?

Marcelo rompe em gargalhadas altas e para a poucos centímetros de mim, sua altura se sobressaindo a minha.

— Anastasia, você acha mesmo que o seu marido vai te achar? — ele balança a cabeça em negação e seu sorriso cai. — Melhor dizendo. Ele vai te achar, só não vai ser com vida.

Minhas pernas vacilam e eu me apoio no criado mudo atrás de mim. Respiro fundo como Christian sempre me instruiu e tento controlar as batidas descompassadas do meu coração.

— Você não conhece o meu marido, não sabe do que ele é capaz. Você se acha o fodão? — sorrio debochada para ele. — Christian é cruel e impiedoso. Tenho pena de você quando cair nas mãos dele.

— Cuidado com a sua língua, Anastasia. Eu posso cortá-la.

Dou de ombros e me aproximo dele.

— Tenta. Não sou como as prostitutas assustadas com que você está acostumado, Marcelo. Eu sou esposa de um Don e aprendi muito com ele.

Nacho arqueia uma sobrancelha e tomba a cabeça para o lado, cruzando os braços na frente do peito.

— Ele te sequestrou e te manteve ao lado dele contra a sua vontade. Que tipo de doente mental você é, Anastasia? — reviro meus olhos de maneira teatral e coloco as mãos na cintura.

— Eu acho que você deveria calar a sua boca.

— Sem argumentos para isso, em? — Nacho sorri zombeteiro e eu aperto minhas mãos em punhos, o caco de vidro perfurando a minha palma.

— O Christian não me sequestrou, ele só pegou algo que já era dele.

Marcelo estreita os olhos para mim e agarra o meu braço, puxando meu corpo contra o dele.

Eu grito e tento ferí-lo com o caco de vidro, mas ele é mais rápido e segura o meu pulso, forçando minha mão para baixo até a ponta afiada espetar a minha barriga.

— Então a sua boceta de ouro e a sua mente fodida gostam de serem dominadas por mafiosos? — ele sorri e pressiona o nariz no meu decote.

Meu estômago dá cambalhotas e eu me contorço para longe do seu aperto, mas ele envolve a minha cintura com o braço livre e me mantém cativa.

— Olha só, além de sequestrador e assassino você também é estuprador. Agora eu entendo porque o Christian matou o seu pai, aposto que era tão asqueroso quanto você. Ele só deveria ter feito o serviço completo.

Rosno para ele com dentes cerrados e vejo os olhos dele brilhando de ódio.

Marcelo me larga na mesma hora e eu respiro aliviada, mas ele não me dá muito tempo de liberdade e acerta um tapa forte no meu rosto.

Perco o equilíbrio pela violência do golpe e caio no carpete, o gosto de sangue na boca me fazendo querendo vomitar.

Dedos agarram e puxam o meu cabelo forte o suficiente até me fazerem sibilar de dor e sou arrastada pelo quarto até um canto livre perto de uma janela do chão ao teto.

— Comigo você não fala do jeito que bem quer, putinha. — Nacho ri e me empurra de costas no chão, embolando o meu vestido na altura da cintura enquanto arrebenta o elástico da minha calcinha. — Bem vinda ao inferno, Anastasia.

Arregalo os olhos e começo a gritar e chutar, tentando fugir dele.

— Me larga, desgraçado. Eu vou te matar, filho da puta.

Levanto o meu joelho e acerto o meio das pernas dele. Nacho rosna e alivia um pouco o aperto sobre mim, o suficiente para eu conseguir arranhar o rosto dele e me arrastar para longe.

— Que porra é essa?

Me viro para a voz assustada e vejo uma mulher loira parada na porta do quarto.

Ela deve ter mais ou menos a minha idade e está tão grávida como eu.

Ela olha para mim com olhos arregalados, depois para o bastardo nojento segurando suas bolas e finalmente corre até mim, me oferecendo apoio para levantar.

— Meu Deus, tudo bem com você? — os olhos dela se enchem de lágrimas e ela me abraça pela cintura enquanto meu corpo treme. — O que você estava fazendo, idiota?

Marcelo se levanta do chão e olha para mim cheio de ódio antes de desviar a atenção para a mulher e seus olhos suavizarem uma fração.

— Isso não é assunto seu. Deveria estar em casa com o seu marido, não aqui.

A loira dá de ombros e me leva até a cama, se sentando comigo no colchão macio. Ela segura as minha mãos e me fita com expectativa.

— Tudo bem com você? Ele chegou a, você sabe, te tocar?

Nego com a cabeça e fungo, as lágrimas correndo livremente pelo meu rosto.

Marcelo bufa e revira os olhos para nós duas, saindo do quarto com passos largos.

— Eu sou Amelia, Amelia Matos. Qual o seu nome?

— Anastasia Grey. — ela franze as sobrancelhas por um momento, confusão estampada no seu rosto.

— Acho que já ouvi o Marcelo falar esse nome algumas vezes. Você é namorada dele?

Espera, sério que ela não conhece o meu sobrenome?

Em que bolha essa mulher vive?

— Não, eu sou casada. Nacho me sequestrou e me trouxe para cá para se vingar do meu marido.

— Christian Grey. — ela murmura o nome dele como se fosse um palavrão e puxa as mãos das minhas, se levantando da cama num pulo. — Por favor, eu preciso de ajuda. Eu preciso sair daqui.

— O seu marido matou o meu pai. — ela grita e aponta o dedo na minha cara.

Reviro os olhos e esfrego as têmporas para aliviar a dor de cabeça dando seus primeiros sinais.

— Sim, o meu marido matou o seu pai e te garanto que a minha família ficou muito satisfeita com isso.

Amelia agarra o meu queixo e tomba a minha cabeça para trás, seus olhos brilhando de raiva.

— Pode ficar tranquila, o Nacho não vai te estuprar. Pelo menos por enquanto. Acho que vai ser mais divertido ele fazer isso enquanto o seu marido assiste com uma arma apontada para a cabeça.

E ela sai do quarto fechando a porta novamente.

Essa cadela me paga.

Ela e o seu irmão filhos da puta.

◕ ◕ ◕

O sol já está alto no céu quando a porta do quarto é aberta e Marcelo passa por ela, o arranhão profundo na bochecha me fazendo sorrir.

— Está na hora do café.

— Pensei que me matar era o seu plano, não me oferecer uns dias de férias. — arqueio uma sobrancelha.

— E é, mas pretendo fazer isso na frente do seu marido. Vai ser muito mais divertido.

— Primeiro você falou que o Christian nunca mais me veria viva, agora já quer me matar na frente dele. Acho que o seu plano não foi tão bem pensado.

Ele dá de ombros com um sorriso e se aproxima de mim, tocando o meu rosto suavemente.

— As coisas mudaram, Anastasia. Apareceu alguém que vai atrair o seu querido marido até aqui.

[•••]

Não me toca que
eu tô nervosa.
😬

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