A Questão não era Rose-Scorbus

By debbie353

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A questão nunca seria Rose. Para ser sincero, Albus poderia atribuir o que quisesse para tornar a situação m... More

Prefácio
"Nada é eterno"
"Tudo bem?"
"Verdadeiro inferno"
"Invisibilidade"
"Melancólico"
"Você está chorando?"
"Ajudá-los!"
"Maldito sonho (maldito Scorpius)"
"Teatrinho"
"Inocente"
"Motivos reais"
"Albus, acorda"
"Onde está James?"
"Ministério da Mag... Espera"
"Sonhos"
"Melissa"
"Doce Rose"
"Só tenta não ficar surpreso"
Concurso Golden Butterfly
"Uma garota"
"Maldito"
"Profecia"
"Garotinha assustada"
"Ela"
"Sobre aquilo"
"Atacar"
"Talvez mortais"
"Anna"
"Tudo naquele corpo era Voldemort"
"Lírios brancos"
"Rose..."
"Será real?"
"Rua Oliveira 25"
"Eu teria o matado"
"Albus Potter"
"Só se lembre da Melissa"
"O homem"
"Albus não tinha voz"
"Ela sabe o que temos que fazer"
"Daqui a alguns dias"
"Não há expelliarmus que possa salvá-lo"
"Pagando pelos próprios pecados"
"Sou eu. Scorpius"
"Nunca"
"Próximos dias"
"Eu acho vocês adoráveis juntos"
"Melissa, eu te amo"
"Agora você é meu"
Extra 1: A alma gêmea de Rose

"Se Albus Potter queria jogar, ele jogaria"

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By debbie353


Eles imaginavam não se tratar de um momento bom e não se tratava, obviamente. Os flashbacks passavam diante dos olhos de Rose e de Scorpius enquanto eles tratavam James do ferimento grotesco em seu calcanhar. Eles não sabiam o motivo para ela, a garota, não tê-los tentado matar.

Por algum tipo de milagre, James conseguiu aparatar com eles antes que qualquer feitiço ou maldição perigosa fosse usado pela garota estranha. Infelizmente, ela lançara algo que pegou no calcanhar de James. Aquele algo eles não sabiam o que era, mas conseguiam, de alguma maneira, tratar sem precisar de um contra feitiço.

Rose estava se sentindo preocupada, mas não era novidade levando o fato de ela sempre estar preocupada. Não sabia onde aquela voz estranha que lhe levara até a mansão havia parado e nem sabia como que haviam conseguido sair da mansão através da aparatação. Da forma que aquele lugar era protegido, aparatar não deveria ser possível. Aquela voz poderia ter ajudado, claro, mas Rose não queria pensar no quão poderoso aquilo era. Ela já havia chegado à conclusão de que não era uma pessoa, obviamente, mas também não fazia ideia do que ela poderia ser.

Depois de todos os comensais da mansão terem caído num sono profundo, bem profundo, porque quando Rose foi sentir a pulsação de um deles, ao procurar a varinha de Scorpius, não sentiu nada. A garota não conseguia imaginar no que aquela voz estranha não era capaz. Rose não sabia se ela faria os comensais voltarem a viver ou se os deixaria mortos, mas ela não queria pensar nisso. Ela estava se sentindo bastante assustada.

--A gente ainda não agradeceu.--Só com a voz de Scorpius que Rose nota que eles não haviam falado nada desde a fuga. Ela lança um olhar para o rosto agoniado de James e outro para a expressão impassível de Scorpius.--Sem você teríamos morrido...

Scorpius não faz a pergunta que Rose pensou que ele fosse fazer, tampouco a garota. Ela não perguntaria sobre a aparatação, não quando a aparatação fora a única coisa capaz de salvá-los. Queria deixá-la como um mistério, era bem melhor assim.

James não diz nada irrelevante como "não foi nada" ou "vocês teriam feito o mesmo por mim", ele apenas dá de ombros antes de ir direto ao assunto que realmente importava:

--Qual é o plano de vocês? Quer dizer, imagino que vocês estejam planejando algo, pelo o que me levaram a pensar. Ah, e eu imagino que o local em que eu os trouxe seja seguro... Papai costumava nos trazer para jogar Quadribol aqui.

Rose não havia parado para olhar o lugar em que se encontravam. Ela havia pegado logo a varinha e alguns curativos de dentro de seu casaco quando a aparatação acabou. Ela imaginara que James havia os levado até um local seguro, então não se importara. James havia salvado a vida deles, devia confiança ao primo.

Ela e Scorpius aproveitaram a deixa para olhar o arredor, sem falar sobre o plano que ela nem ele tinham formado. Tudo bem que eles queriam encontrar Albus, mas não faziam ideia de onde ele estava nem como conseguiriam a informação. Eles sabiam que o garoto se movia rápido demais, mudando de lugar com facilidade, então, quando conseguissem alguma informação, era provável que ele já não estivesse no local. Nunca o alcançariam, essa era a questão. Mas eles não podiam desanimar, se desanimassem nunca chegariam em um resultado.

Eles estavam em uma floresta e os pássaros cantavam nas árvores. Aí só haviam pinheiros e logo ao lado uma enorme carreira. Parecia um bom local para plantar um campo clandestino de Quadribol para jogar entre a família. Também parecia um bom lugar para acampar, com o som de um riacho por perto, mas claramente não era um local tão seguro. Estas florestas gostam de abrigar ursos.

--É um lugar bonito.--Rose comenta, pondo-se a andar em direção à clareira.--Se tivéssemos vassouras e seu calcanhar não precisasse descansar, poderíamos apostar corrida. Também seria bom ter algumas bolas.

A tentativa de animação de Rose não fez James mais feliz do que ele já estava. Desde que ele vira a garota parada no corredor, a felicidade que sentira ao ver Rose e Scorpius evaporara. Rose não imaginava aquela maníaca sendo importante para James. Não que ela tivesse visto a garota assustadora mais do que por um minuto, mas imaginara que ela fosse completamente louca pela forma que se portara. Fora de arrepiar.

--Certo...--Scorpius quebra o clima tenso que se instalara.--O que acham de tomarmos um banho no riacho? Estou muito sujo!

Rose não tomava banhos a dias, ter escutado aquilo era como ver um sonho se realizando. Toda a atmosfera ruim evapora automaticamente.

--Ótima ideia, Scorpius! Quer ajuda, James?


Havia algo no ar, um clima tenso e uma bolha prestes a explodir. Hermione lia os papéis em sua mesa com olheiras gigantescas abaixo de seus olhos. Não havia sinal de sua filha em lugar algum e também não havia sinal para o fim da catástrofe que Albus Potter estava causando. A preocupação corrompia seus pensamentos e a fuga de Rose piorara sua situação a um nível extremo. O que ela pensa que está fazendo? Qual seu plano, Rose? Hermione se perguntava toda a noite, a cada maldito minuto, sem obter resposta alguma. Rony ficava acordado ao seu lado e eles tentavam discutir a respeito de tudo durante as madrugadas lentas e irritantes, mas nunca chegavam nas respostas para suas perguntas.

Todo o dia mais papéis surgiam em sua mesa, todo o dia mais palavras falsas de incentivo saiam de sua boca. Ela não sabia mais o que dizer, porque se não pegassem Albus Potter e o prendessem logo, a guerra seria perdida. Aquela profecia não podia se concretizar, ela não deixaria que aquela maldita profecia se concretizasse. Mas era tão difícil pensar assim, quando tudo parecia estar perdido.

Havia muita coisa a ser feita e ela não podia se dar ao luxo de não lutar e viver os últimos dias sem outro Voldemort no poder com Rony e Hugo. Afinal, sem Rose não havia como ela querer fazer isso.


Melissa... Ops, Voldemort, deslizava pelo campo verde e florido como se estivesse deslizando. Que lugar bonito para Albus Potter matar alguém! Pensava. Seus olhos vermelhos deslizavam como seus pés ao redor do local. Ele procurava o garoto... Nunca imaginara que fosse usar um Potter para cumprir seus fins, mas aquele erro de seus comensais idiotas renderia grandes recompensas para a sua pessoa. Claro, se ele conseguisse domar a ferra. Pelo o que sabia, ninguém o mantinha sob controle.

Se perguntava quem Albus Potter havia matado dessa vez e sabia que logo obteria a resposta. Estava cada vez mais perto, sentia isso. O cheiro de sangue estava incrivelmente forte. Como ele amava esse cheiro! Claramente, preferia matar pessoas usando o bom e velho Avada Kedrava, mas o cheiro de sangue de trouxas sempre fora um belo aperitivo.

Voldemort se aproxima a passos curtos, já vendo o corpo do garoto ao longe. Albus estava sentado acima de flores brancas a alguns poucos metros, ao redor de seu corpo, nas flores, havia sangue e, no chão, logo à sua frente, uma família de trouxas se encontrava morta, com claros sinais de assassinato brutal. Voldemort sorri com aquela cena e se aproxima até está perto o suficiente para Potter notar sua presença.

O garoto se levanta. Seus olhos verdes, agora sem vida, analisam Voldemort como se ponderassem se valia a pena matá-lo. Voldemort sabia que ele via apenas uma garota de 16 anos, não como ele realmente era. A cabeça do garoto se mexia de um lado para outro, analisando a situação. Ele o mataria? Não mataria? Voldemort teria que matá-lo? A situação tinha vários desenrolares.

Por incrível que seja e pareça, o garoto não o mata. Ele começa a andar na direção contrária de onde Voldemort chegara, não vendo utilidade em ficar aí. Voldemort acha isso divertido, se Albus Potter queria jogar, ele jogaria.

Seus passos em direção ao garoto são pesados, altos o suficiente para Potter parar de andar e olhar em sua direção irritado. Seus olhos mostravam um claro sinal: Ou você vai embora, ou eu te mato. Voldemort não era de desistir com facilidade. Sairia daí com Albus Potter amarrado em seus calcanhares.

--Você gosta de matar trouxas, pelo visto, eu também. Eles são criaturinhas nojentas que não deveriam fazer parte da biosfera do planeta.--Isso parece chamar a atenção do que habitava o corpo de Albus, pois suas sobrancelhas se elevam.--E você também mata traidores de sangue, sangue-ruins e mestiços que se oponham a causa de um mundo melhor. Eu tenho seguido seus passos, Albus Potter, sei o que você quer. Você quer limpar o nosso mundo de coisas ruins, mas não conseguirá fazer isso sozinho...

--Quem é você?

A voz grave, pouco parecida com a de Albus, corta Voldemort.

--Lorde Voldemort. E o seu, meu caro?--Voldemort sabia jogar.

Os olhos de Albus analisam o corpo da garota. Ela era lorde do quê? Ele não estava com paciência, queria sair daí e matar outro alguém. Sentia um cheirinho de bebida ao longe, deveria ser um daqueles trouxas bêbados nojentos. Não seria divertido matá-lo, mas ele precisava sentir mais sangue fresco.

--Você não precisa saber meu nome, apenas precisa saber que eu não sou alguém para brincadeiras, Lorde Voldemort.--O que habitava o corpo de Albus desdenha. Ele não sabia por que não sentia vontade de matar essa criaturinha nojenta em sua frente. Sentia que já havia visto-a uma vez e tentado matá-la... Mas não tinha certeza. Quem sabe ela não fosse o tipo para ser morto.

A risada de Voldemort é pesada. Ele estava perdendo um pouco da paciência, mas ainda se divertia às custas do garoto assassino.

--Eu sou líder de uma organização que detesta pessoas que não possuem magia, sangue-ruins, traidores de sangue e qualquer escoria. Você não deseja uma raça limpa desse nojo? Quer fazer algo para mudar isso?

Lhe disseram que Albus Potter estava incontrolável. Disseram até que ele não falava com ninguém que ousasse chegar perto. Disseram que ele apenas decidia se matava ou se ia embora. Agora aí estava ele, dialogando consigo como se fosse controlável, não uma máquina descontrolada qualquer. Albus Potter era controlável, obviamente. Comensais bons estavam em escassez, precisava de novos urgentemente... Novos comensais que fizessem as coisas certas, não que criassem criaturas como a criatura em sua frente, sem pensar nas consequências futuras.

--Posso matar quem eu quiser?

Os olhos vermelhos cintilam, os verdes eram quase escuros demais para cintilarem. Albus Potter estava aceitando seu futuro e Voldemort obtendo sucesso em algo sem volta.

--Toda a escória que encontrar.

Quando voltasse para a mansão Malfoy naquele dia, com Albus Potter em sua cola, ele encontraria todos os comensais presentes na mansão mortos e três adolescentes estranhos no segundo andar. Sua tentativa de torturá-los com maldições e depois matá-los, não obteria sucesso.

Quem sabe ele devesse ter usado Avada Kedrava logo, assim um deles teria morrido. Ele não sabia o que havia o impedido, mas um impulso reprimiu que qualquer maldição realmente perigosa saísse de sua varinha.

Ele não sabia o que fora e nem tinha o desejo de saber.


Severus Snape segurava o pequeno emaranhado de roupas em seus braços. Estava frio, mas ele sentia medo de está-la sufocando, então mexia em suas roupinhas a cada minuto. Ele balançava na cadeira de balanço em frente ao fogo, a ninando depois de um dia cheio. Nunca imaginara que fosse se tornar pai, mas agora aí estava ele, segurando uma menininha frágil em seus braços. Em que se metera? Em qual mundo poderia proteger aquela criança? Ela corria riscos sendo sua... Ela era sua e nada mudaria esse fato cruel.

Ela era parecida consigo, tinha os seus olhos, sua pele e seu cabelo. O nariz era um pouco menor, mas nada que escondesse os outros traços marcantes.

Ela havia nascido a pouco mais de uma semana, de um parto difícil, depois de uma gravidez difícil. A mãe quase morrera, mas continuava viva e bêbada no quarto. Ele não pôde impedir que ela bebesse durante a gestação e duvidara muito que a criança fosse nascer viva... Mas ela estava viva e já nascera gritando entre as lágrimas. Ela era forte, muito forte. Severus gostava de saber que ela era forte o suficiente para sobreviver à dor no mundo, mas temia jogá-la nesse emaranhado de coisas ruins. Ter seu sobrenome não era um bom presságio.

Se, ao menos, Lídia tivesse abortado a criança... Ele não gostava de pensar nisso, principalmente agora que a tinha. A menininha ficava tão calma em seus braços e Severus sabia que logo ela acordaria pedindo leite. Ele prepararia uma mamadeira e daria para ela beber, depois sofreria para cumprir o próximo passo. Sem contar, que fora ele que impedira Lídia de abortá-la. Ele falou que cuidaria da criança, e estava cumprindo o que prometera, não?

Ele quase não sabia como ser pai! Esse era o problema. Ele se errava todo ao trocar as fraldas e nunca sabia como fazê-la arrotar após a mamadeira. Ele comprou um livro de auto ajuda e derramou café nele no dia seguinte. Para apenas uma semana, ela era bem chorona de madrugada... Mas ela era fofa e Severus sentia um amor tão irreal quando a pegava nos braços. Ele podia olhá-la 24 horas por dia e não cansaria.

Ela era sua filha, sua menininha. Ele faria qualquer coisa por ela, moveria montanhas se isso fosse a única coisa capaz de fazê-la ter uma vida feliz.

Ele só não sabia o futuro e esse futuro não costuma bater na porta. 

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