Esposa por contrato.

By luanegra1986

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O casal Amaya e Vicente chega com uma cara nova, o livro foi lançado como Casamento por Contrato, resolvi que... More

SINOPSE
PRÓLOGO - VICENTE.
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10

CAPÍTULO 8

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By luanegra1986

AMAYA

Acordo assustada com o celular tocando, abro os olhos sem saber onde estou, sonolenta custo a acordar. Sento na cama com tanta rapidez que sinto minha cabeça girar, tateio a mesinha ao lado da minha cama, ainda de olhos fechados, em busca do aparelho que finalmente parou de gritar.

- Que merda, hoje é sábado!

Olho irritada a tela do celular, são sete horas da manhã, o numero desconhecido volta a ligar.

- Que número é esse?

Me questiono se devo ou não atender, tomo um susto quando o telefone volta a chamar pela terceira vez, vencida pela curiosidade, deslizo o dedo atendendo a ligação.

- Alô? - Minha voz sai sonolenta ainda.

- Até que enfim! - Impossível não reconhecer a voz e o tom arrogante, Vicente!

- Você não dorme não? Hoje é sábado! - Bufo irritada, por ele ter interrompido meu sono sagrado de sábado de manhã. - Quem te deu meu número? - Solto uma avalanche de perguntas.

- Até que pra alguém que acabou de acordar, você raciocina bem rápido! - Ele diz sarcástico.

- Idiota! - Reviro os olhos, querendo terminar o quanto antes aquela conversa sem fundamento. - O que você quer? Saco! Isso tudo é saudades?

Ele ri e o som é gostoso, afasto esse pensamento substituindo pelo de que ele é um idiota, essa é uma verdade que não vai mudar.

- Precisamos conversar sobre algumas coisas do contrato,  e ... - Ele faz uma pausa. - Pensei de vermos uma casa para morarmos, depois do casamento.

- E isso não podia esperar? - Ele ignora minha pergunta, voltando a falar.

- Você poderia vir aqui em casa, quem sabe eu possa te tirar algumas dúvidas e talvez algumas peças de roupa se você quiser, é claro. - Ele ri debochado do outro lado da linha, enquanto eu reviro os olhos, com a cara de pau que ele tem, só pode ser bipolar, uma hora insulta, depois me quer na sua cama. - Quem sabe a gente ...

- Você ainda está dormindo? - Pergunto cortando a cantada barata.

- Porque? - Ele pergunta confuso.

- Você está sonhando Vicente, é  mais fácil eu tentar te matar quando ficarmos sozinhos!

Ele ri, o som rouco da sua risada, vibrar dentro de mim, lembro dos dentes brancos, perfeitamente alinhados, preciso afastar esses pensamentos aleatórios.

- Foi só uma brincadeira, mas se você quiser já sabe né. - Ele ri do outro lado da linha. - Te pego em duas horas!.

A linha fica muda, olho a tela do celular sem acreditar.

- Idiota, desligou.

Deito na cama cobrindo minha cabeça, fecho os olhos, rolo de um lado para o outro. Me ergo em um pulo levanto o edredom comigo, bufo irritada.

- Merda!

Levanto para tomar café, não vou conseguir dormir outra vez! Tomo uma banho e desço.

- Bom dia. 

Meus pais estão sentados a mesa.

- Bom dia princesa, caiu da cama. - Meu pai fala, assim que o beijo.

- Não, fui acordada pelo meu noivo. - A ultima palavra sai como acido da minha boca.

- Por falar nele, como foi o almoço de ontem? - Minha mão pergunta, parecendo preocupada.

- Ele é um idiota, convencido. - Falo enquanto corto uma fatia de bolo.

- Imaginei que ele fosse ao menos um homem bem educado. - Minha mãe diz, se remexendo na cadeira. - Não sei nem o que dizer.

- Não se preocupe mãe, ele é quem deveria tomar cuidado comigo.

Papai me observa atento, ele segura minha mão, chamando minha atenção para ele.

- Se aquele moleque te ofender ou te fizer qualquer coisa não hesite em me dizer.

Coloco a mão sobre a de papai, na intenção de lhe acalmar, senti a raiva em cada uma de suas palavras.

- Fica tranquilo pai, é mais fácil eu matar ele primeiro.

Dou um sorriso para tranquilizá-lo.

- Tudo bem princesa, eu vou para a empresa. - Ele diz levantando. - A consultoria vai trabalhar hoje.

- Precisa de mim, pai?

- Não querida, você e sua mãe podem ver as coisas do casamento.

Ele se levanta depositando um beijo em meu rosto e um nos lábios de mamãe e se vai. Tento conter minha vontade revirar os olhos a cada coisa que minha mãe me mostra, minha sogra mandou um verdadeiro dossiê sobre casamentos, ela e a organizadora de eventos.

- Ela já escolheu tudo mãe.

Minha sogra é uma mulher muito adorável mesmo, a querida marcou tudo que ela gostou para que eu e mamãe pudéssemos "escolher".

- É um direito seu minha filha, decidir se quer assim ou não.

- Eu sei. 

O problema é que não quero. Não estou empolgada com nada que diz respeito a esse casamento, a não ser a parte que Henrique já está dando o suporte prometido a empresa, nada relacionado aos Albuquerque me interessa.

- Você quer mudar algo?

- Não mãe só as flores mesmo.

Minha sogra escolheu rosas, eu quero lírios, sempre amei lírios, me faz lembrar de um passado onde eu era feliz. Como fui me perder tanto ao longo do caminho.

- Vou encontrá-la, você quer ir.

- Não obrigada.

Minha sorri ao se levantar da mesa.

Meu telefone toca, é Vicente.

- O motorista está te esperando na porta da sua casa, você tem cinco minutos!

Reviro os olhos, vou acabar vesga desse jeito.

- Você sabe que eu tenho carro né!

- Cinco minutos!

O idiota desliga na minha cara mais uma vez. Quem ele pensa que é? Acha que pode me controlar?

- Babaca. Ele que espere!

Coloco meu telefone na bolsa, vou até a cozinha tomar água, quando vou guardar o copo na pia escuto um grito.

- AMAYA!

Com o susto o copo cai da minha mão e se quebra, fazendo um corte. Olho para trás é quando vejo o próprio capeta surgir na porta, procuro um pano para enrolar na mão.

- Você gosta de me irritar né! 

Vicente grita enraivecido ao se aproximar, me pegando pelo braço, ele sai me puxando. Em um solavanco puxo meu braço.

- Me solta agora seu .. idiota, bruto.

Ele me olha com raiva, então vê o corte em minha mão. Seu olhar se suaviza.

- O que foi isso?

- Me assustei com seu grito, o copo caiu e me cortei.

- Vamos dar um jeito nisso, onde tem uma caixa de primeiros socorros?

- Acho que no banheiro do meu quarto.

Nem termino de falar, Vicente já está correndo escada acima, ele é tão imbecil que nem perguntou qual é o meu quarto.

- Ah Deus me dê paciência, porque se me der força, fodeu!

Não demora quase nada, ele vem descendo as escadas com uma caixinha nas mãos, o que me surpreende, já que ele nem sabia qual é meu quarto. Vicente senta ao meu lado, pega uma gaze, o líquido antisséptico e passa na minha mão.

- Acho melhor chamar um médico ou te levar ao hospital.

Reviro os olhos, para o drama.

- Deixa de ser exagerado! Foi um corte pequeno, já foi, tá vendo. - Pego um curativo, coloco na mão e me levanto. - Vamos?

Ele me olha como se tivesse nascido um terceiro olho em mim.

- Você não estava com pressa Vicente?

Ele se levanta me olhando intensamente, segurando minha mão cortada.

- Tenho sido insuportável com você, me desculpe. - Ele passa a mão nos cabelos. - Você não merece isso, a culpa não e sua. - Ele suspira desviando o olhar. - Tem muita coisa que você ainda vai descobrir sobre mim, coisas boas.

Retiro minha mão da sua, como se tivesse levado uma picada de inseto. Não quero nenhum tipo de proximidade com ele.

- Estou pagando para ver Vicente!

Vou andando em direção a porta, sem olhar para trás. O carro estava estacionado bem em frente, abro a porta do carona, não tinha motorista, claro que não teria!

Seguimos o caminho de não sei para onde, em total silêncio, ele sentia que ele me olhava as vezes, não tive coragem de verificar.

Vicente é sempre imprevisível, quando nos conhecemos ele foi gentil, depois foi um babaca no nosso primeiro almoço, hoje começou como babaca e agora quer ser gentil? O que ele pretende? Me enlouquecer? Só pode!

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