antes que seja tarde

By autoraisaa

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Desde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean... More

AQST: não pule este capítulo
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mayagrace&dean
prólogo
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
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presente: maya grace
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presente: maya grace

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By autoraisaa

PRESENTE:

O pai de Dean está parado na porta do quarto do hospital. Algumas lágrimas descem sem controle pelo seu rosto ao ver o estado de seu filho. Apesar de — por um milagre — não ter sido nada muito grave, toda a situação era completamente assustadora, se para nós que estamos perto dele o impacto foi enorme, imagina para Dave, que se encontrava em Nova York. Receber a notícia do acidente de Dean pelo telefone, mexeu muito com ele, e é nítido.

Mesmo sem querer, afasto os braços de Dean que me abraçavam e traziam certo conforto durante alguns minutos para poder me levantar da cama e ficar em pé, dando a liberdade para que Dave se aproximasse. Ele não dirige nenhuma palavra a minha pessoa, os seus olhos estavam apenas focados no filho que foi completamente o seu alvo para um abraço.

Surpreendo-me ao ver Elena adentrando o ambiente. Apesar da surpresa, um sorriso se forma em meus lábios e caminho até ela, abrindo os meus braços, abraçando a mesma, que retribui com muito carinho. A namorada de Dave sussurra algumas palavras em meu ouvido, palavras que de certa forma trouxeram muito conforto e me levou a agradecer novamente por meu noivo estar bem e a salvo.

O último exame pedido pela doutora Wayne apontou que Dean teve um leve traumatismo craniano, mas segundo ela não é motivo para muitas preocupações. Isso era algo que a própria já estava desconfiando, por ele ter reclamado de dor de cabeça, tontura e ao observá-lo, percebeu que a área lesionada estava inchada. O alívio dominou meu coração quando afirmou outra vez que não era algo grave e que geralmente a recuperação era rápida. No entanto, ela preferia que Dean permanecesse no hospital por pelo menos dois dias, para que se houvesse qualquer alteração no sintomas fosse notada rapidamente.

As horas pareciam passar devagar dentro do Saint Dover e apesar de Dean insistir por bastante tempo para que eu fosse para casa descansar melhor, negava todas as vezes. Me recusava a deixar o meu noivo sozinho. Ninguém da nossa família, na verdade, havia ido embora, apenas Esther e Machine, que precisavam dormir para levantarem cedo e irem trabalhar. O restante parecia ignorar completamente seus afazeres do dia seguinte.

Depois do exame de Dean, a última pessoa que entrou para vê-lo foi Jude, que brigou constantemente comigo por não ter ligado informando sobre o acidente e me fez pedir desculpas diversas vezes por ter esquecido completamente de avisá-la. Após a sua saída, ficamos a sós dentro do quarto, deitei-me na cama ao seu lado e ficamos fazendo carinho um no outro, aproveitando a nossa oportunidade de estarmos mais uma vez juntos.

Só percebemos que as horas — que pareciam estarem passando devagar — passaram rapidamente quando vimos Dave parado na porta e estarmos presenciando a atual cena:

Dean está abraçando o pai, que está quase que jogado em cima dele. Os dois estão chorando e sinto que isso é muito mais por outras coisas do que pelo próprio acidente, principalmente depois do que meu noivo contou sobre como se sentia em relação a Dave e por tantas coisas terem contribuído para que os dois se afastasse e talvez, agora, a ficha sobre tudo o que perderam, esteja caindo. Ou ainda mais a ficha de Dave.

Muitas vezes é quando a dor chega que enxergamos os nossos erros.


Dois dias se passaram e Dean não teve nenhuma alteração de sintomas, pelo contrário, apenas apresentou melhoras e como combinado, recebeu alta do hospital.

Antes da liberação, a doutora Wayne me deu algumas orientações sobre como cuidar do seu ferimento, já que agora eu que deveria trocar o curativo com muito cuidado para que não ocorresse nenhuma inflamação. Ela pediu para que a enfermeira trocasse o curativo pela última vez e nos demonstrasse tudo o que precisava ser feito, assim até mesmo o próprio Dean seria capaz de observar tudo, e quando eu não pudesse fazer, ele pelo menos também saberia. Poderia ser uma preocupação a menos.

Um tempo antes disso, fui para casa, tomei um banho quente e trouxe peças de roupa para que Dean pudesse sair bem vestido do hospital. Viola foi embora assim que retornei, porque segundo ela, também estava precisando de um banho quente.

Durante os dois dias de estadia, houve um rodízio entre eu, Viola e Dave, para ficar lhe fazendo companhia. Eu durante a noite, Dave durante a tarde e Viola pela manhã. E agora, estava apenas eu. Com a expectativa de alta, ninguém havia o visitado durante o dia.

Ajudo Dean a descer da cama e a caminhar para o banheiro. Como a doutora havia dito, ele apresentou dificuldades para andar por conta do curativo e por isso procurei ir atrás de uma muleta como ela também havia aconselhado, mas meu noivo, com a desculpa de que o caminho até o banheiro era curto, preferiu ir pulando com um pé só e se segurando com os braços em volta do meu pescoço para não se desequilibrar.

Quando Dean sai do banheiro, bato palmas ao ver que ele realmente estava bonito e que acertei em cheio na escolha das roupas. Ele apenas passa os dedos no cabelo e coloca seu boné azul do New England Patriots que tem desde a adolescência. Dean ama este boné e por isso o trouxe, porque sabia que optaria por usá-lo. Vê-lo com o boné faz os meus pensamentos irem até o passado e me recordar do dia do Recital Natalino que fomos assistir no Teatro Municipal. Um dos dias mais especiais da minha vida.

Um sorriso se abre em meu rosto e caminho até Dean para ajeitar a gola de sua camiseta. Ele olha diretamente para o meu rosto e fica estagnado durante alguns segundos. Sinto-me um pouco sem jeito e fico ainda mais quando de repente, ele me rouba um selinho. Solto uma gargalhada alta e gostosa, demonstrando a minha surpresa. As palavras que saem de sua boca são simples e diretas: Obrigado por não ter saído do meu lado. Dean não precisava nem falar, a maneira como me encarava, já demonstrava isso. E a minha resposta, foi lhe dar um selinho demorado e sussurrar um eu te amo.

Eu o amava. Como eu o amava.

E fazia questão de sempre o lembrar disso.

Rapidamente, nos despedimos da doutora Wayne e da enfermeira Lina, as duas responsáveis por Dean receber o melhor tratamento. Não é fácil ficar dias em um hospital, mas pelo menos tudo pode não ser tão horrível quando temos pessoas que fazem questão de cuidar bem de nós. E foi exatamente isso que elas fizeram com ele.

Dessa vez, Dean utilizou as muletas. Ele ia caminhando com a ajuda delas na frente enquanto eu ia atrás procurando em minha bolsa as chaves do caminho. Apesar de tantas coisas dentro dela, não demorei muito para encontrá-las. Adentrei-me para o lado do motorista e fiquei esperando ele entrar pelo lado do passageiro. Assim que fechou a porta do carro, Dean encostou a cabeça no banco e deu um longo suspiro.

Apesar de ter finalmente recebido alta, algo parecia incomodar Dean, por ele estar um pouco cabisbaixo. Seu longo suspiro havia o entregado.

— Então, como está se sentindo? — viro o meu corpo para o lado para que ele fosse o meu foco total.

— Cansado — foi sincero — Eu só quero deitar na minha cama — cobriu o rosto com as mãos.

— Você esperaria mais um pouco? — levo minha mão direita até a sua nuca, mexendo, com os meus dedos, nos fios de cabelo. — Quero te levar para um lugar.

Dean retira as mãos do rosto para olhar para mim.

— Para onde? — franziu a testa.

— É surpresa. — mordo o lábio, evitando que eu solte um sorriso expressivo demais.

— Você e suas surpresas — riu pelo nariz, virando o rosto para frente.

— Prometo que você irá gostar.

Ainda fiquei alguns segundos esperando a sua resposta.

— Está bem — ele finalmente falou — Eu posso esperar mais um pouquinho e ir curtir a surpresa com você — Dean levou uma das suas mãos até o meu rosto e acariciou a minha bochecha delicadamente. Sorrio para ele.

Em seguida, meu olhar vai até sua mão vendo os arranhados. Por isso, a retiro do meu rosto e a minha atitude o assusta, mas assim que beijo um dos arranhados, dessa vez, é ele que abre um lindo sorriso no lábio e se mostra, de certa forma, aliviado.

Fomos o silêncio o caminho todo enquanto me concentrava em olhar a cidade afora intercalando entre a janela e o retrovisor. De vez em quando, olhava para Dean também, que ainda se encontrava cabisbaixo e isso começou a me preocupar, porque em nenhum momento se mostrava feliz e ele deveria estar radiante.

— Porque está assim tão cabisbaixo? — resolvo perguntar ao invés de ficar apenas criando teorias em minha cabeça — Achei que estaria feliz de sair do hospital — brinquei, mas isso fez com que ele desse uma risada.

— Claro que estou, amor. É impossível não ficar feliz.

Dessa vez, sou eu que dou uma risada.

— É por uma outra coisa — confessou — Mas vamos deixar para falar sobre isso quando chegarmos em casa.

Resolvi não insistir, por ter a certeza de que não adiantaria em nada, ele não falaria. Então, apenas volto a atenção total à estrada.

Não demoramos muito para chegar em frente ao Elliot 's Bar. Já estava anoitecendo e as luzes que iluminam a placa com o nome já estavam acesas. Mas mesmo que não estivessem, Dean saberia que estávamos em frente ao nosso lugar sofisticado favorito, depois de tantos anos vindo aqui, se tornou algo totalmente reconhecível de longe.

— Elliot's? O que estamos fazendo aqui? — ele franziu a testa ao me olhar, sem entender o porquê de estarmos aqui. — Essa é a sua surpresa? — riu pelo nariz.

Ergui o ombro, mordendo o lábio.

— É — sorri sem mostrar os dentes

— Se a sua surpresa era você me levar para jantar no Elliot ́s, era só ter me falado. — deu uma gargalhada e eu cerrei os olhos.

— Estava esperando outra coisa? — arqueei uma das minhas sobrancelhas. Dean apenas ergueu o ombro, mas não abandonou a risadinha. — Você estava debochando da minha surpresa? — perguntei de forma espontânea.

— Não, mas...

O interrompo.

— Cala a boca e só me segue.

De brincadeira, Dean ergueu as mãos como forma de defesa e a única coisa que faço é lhe dar um soquinho de leve no ombro e o mesmo reclama de dor no mesmo instante. Saio do carro e fiquei esperando estar ao meu lado para que pudéssemos atravessar a rua juntos. Ele dispara na frente e corro atrás dele enquanto o mesmo ria sem parar.

— Está fechado — comentou ao observar a placa escrito "Closed".

Reviro os olhos mediante a sua teimosia.

— Já disse para você apenas me seguir.

Aproximei-me ainda mais da porta para abri-la. O ambiente estava totalmente escuro. Dou algumas olhadas para Dean, que permanece sem entender absolutamente nada. De repente, uma palavra é ouvida em uníssono e em alta voz:

— SURPRESA!

A luz se acende revelando cada pessoa importante para Dean no ambiente, com sorrisos radiantes, soltando confetes para cima e batendo palmas em conjuntos. Jazmyn está apenas a alguns passos distante de nós, apresentando um sorriso capaz de rasgar sua boca. Atrás estão Viola, Clive, Dave e Elena. E ao lado, só que um pouco afastados dele estão Preston, Angel, Maximus, além da minha família, Carol, Peter e Abby. E um pouco mais longe, só que não menos importantes, estão Machine, Esther, Jude e Robert Saunders, mais conhecido como Capitão Saunders, o chefe de Dean. Todos estavam ali. Há uma faixa escrita pendurada acima deles escrito "Bem vindo de volta, Cameron."

O semblante de Dean Cameron é impagável. Ele realmente ficou muito surpreso e é perceptível que não é fingimento. Posso até ver seus olhos começando a lacrimejar, por conta da emoção.

— Meu Deus! Eu não acredito! — Dean tampa a sua boca porque o "O" estava aumentando cada vez mais. — Não acredito que fizeram isso para mim!

— Vai continuar debochando da minha surpresa? — provoquei, arqueando uma das minhas sobrancelhas. Dean deu risada.

— Não estava debochando — ele revirou os olhos — Só que não estava se passando na minha cabeça que seria isso.

— Eu sei muito bem disso. — cruzei os braços na altura do peito. Dean me puxou com um braço para ficar mais perto dele e depositou um beijo no topo da minha cabeça.

— Vocês conseguiram mesmo fechar o Elliot's. — o observo acenando para duas pessoas um pouco afastadas de nós e apenas depois percebo que se tratava de Elliot, o dono do bar, e a sua esposa. — Quem teve essa ideia?

— A sua noiva como sempre — Jazmyn se pronuncia rapidamente.

— E Angel que organizou tudo — digo alto para dar mais crédito de tudo para Angel, porque se não fosse por ela, a festa surpresa nunca teria acontecido. De longe, é possível ver um lindo sorriso se abrir em seus lábios.

Angel novamente havia acertado e muito na decoração. Há buquês de balões espalhados pelo estabelecimento, além de uma mesa decorativa com um bolo que aparentava estar delicioso apenas pela maneira que foi confeitado. Em cada uma das mesas do próprio bar, havia um arranjo de bexiga com varetas, azul escuro e com bolinhas brancas para diferenciar do buquê de balões que continham apenas a cor azul escuro.

— Porque vocês fizeram tudo isso? — Dean pergunta. A essa altura do campeonato, ele ainda não havia entendido o porquê de termos feito uma festa surpresa, logo após sua saída do hospital. Depois quando falo para o próprio que sua lerdeza em alguns momentos o atrapalhava, ele fica irritado. Pelo jeito, Dean é esperto apenas em questões de investigações. Nisso, até agora, não havia errado em nenhum ponto.

— Nós aceitamos a ideia da Maya Grace, porque vimos a oportunidade de comemorarmos a sua saída do hospital — eu iria explicar o porquê da ideia, mas Dave foi mais rápido. Ele caminhava até o filho enquanto dizia as palavras — Além do fato de você ainda estar entre nós — Dave deu uma pausa para colocar as mãos no rosto do filho, que está novamente com os olhos lacrimejando, assim como pai. É perceptível o quanto Dean estava se segurando para a emoção não tomar conta de si, mas estava cada vez mais se tornando impossível — Então, acho que você merece comemorar isso. E nós também — houve mais uma breve pausa — Eu te amo, meu filho.

— Eu também te amo, meu pai.

Dave deposita um beijo na testa dele e ao se afastar não demora muito para que ambos se abracem e deixem as lágrimas rolarem pelo rosto. Um sorriso se forma em meu rosto quando Viola se aproxima e os abraça também. Mesmo que tantas coisas os destruíram ao longo do caminho, eles estão dispostos a tentarem se sentir como uma família outra vez.

Hoje, ambos estão seguindo em frente, e por incrível que pareça, estão com seus pares neste ambiente, visualizando tudo isso. E isso é bom para fazer com que Dean perceba que ele também pode seguir em frente. Não importa como, mas sempre terá os dois inteirinhos para ele. Mesmo que a relação com seu pai esfriou com o passar dos anos, ainda sim, Dave sempre estaria ali para ele.

— Então, vamos comemorar — Maximus grita, minutos depois. Suas palavras fizeram todos também gritarem um longo "uhul" — E ainda para deixar a noite melhor, vocês podem soltar a voz no karaokê. Todos, sem exceção, irão participar.

Foi apenas depois de Max que eu percebi o grande palco arrumado para o karaokê. Elliot sempre preferiu a música ao vivo, mas em algumas noites bem animadas, ele também se animava para montar o karaokê e deixar seus clientes mais livres.

Dean deu uma risada baixa depois que Maximus terminou de falar. Todos nós sabíamos que ele era o único que mandava melhor no karaokê.

Minutos depois, estamos nos misturando, cumprimentando todos os nossos familiares e amigos que ainda não havíamos visto no dia. Alguns já estão até se sentando em uma das inúmeras mesas do bar, levantando dois dedos, em um sinal para a garçonete, que anota os pedidos.

Antes de nos sentarmos com nossos amigos, Dean e eu fomos conversar com o dono do bar, o Elliot, e agradecer pela gentileza de deixar fazermos a festa surpresa em seu estabelecimento, que é um dos mais famosos de Doverwood, e fechá-lo para realizar esse tipo de evento, era algo complicado pela quantidade ser enorme, mas Elliot encontrou espaço na agenda e por isso seremos eternamente gratos.

Nos sentamos na mesma mesa que nossos amigos estavam. Preston está ao meu lado, bebendo sua cerveja e batucando com os dedos no tampo de madeira, seguindo o ritmo da música. É um country animado. Maximus está ao lado de Preston e à nossa frente estão Dean, Jazmyn e Angel, nesta respectiva ordem. A garçonete, uma garota de baixa estatura, cabelo curto e pintado de rosa, vem até nós e anota o pedido de batata-frita com bacon e cheddar e dois refrigerantes.

— Obrigada de novo pela festa, Angel, ficou maravilhoso. Você caprichou em tudo — direciono a minha fala a minha amiga, que por conta de estar silêncio entre nós, conseguiu ouvir perfeitamente. Um sorriso se abre em seu rosto.

— Obrigada novamente por confiar em mim — respondeu. Na maioria das vezes, era Angel que comandava os preparativos das festas e demonstrava este talento desde o colégio. Tanto que para os alunos as melhores festas eram dela, apesar de Preston também ocupar este posto. Eu, particularmente, nunca fui de frequentar, mas comecei quando Dean e eu começamos a namorar, logo que retornamos do recesso de natal. — Fiz tudo com muito carinho e espero que o Dean também tenha gostado.

— Sim, eu gostei — ele olhou para ela e sorriu. Meu noivo coça o queixo no mesmo segundo — Obrigado — agradeceu, mas logo voltou a estar em seu mundinho. Estava começando a achar que Dean estava distraído demais e por isso novamente sinto que havia algo o incomodando.

A música country foi finalizada, dando a vez para a melodia de I Want It That Way do Backstreet Boys. Surpreendo-me ao ver que haviam três pessoas em cima do palco do karaokê, tirando o microfone do suporte. Dean teve a mesma reação que a minha, já que estavam sua mãe e meus pais em cima do palco. Viola começa a chamar Clive que ainda permanece sentado na cadeira, para os acompanhar na música.

Foi o suficiente para Maximus começar a gritar incentivando o médico a atender o pedido da namorada. Aplaudimos quando ele finalmente se levantou. Apoio os cotovelos na mesa, tapando a minha boca de surpresa, quando Viola começa a cantar. Eles intercalaram a música entre os quatros e de fato não ficou ruim, souberam cantar direitinho no ritmo da música.

— Não é que eles mandam bem — Jazmyn disse com os olhos brilhando por ver a diversão deles.

— E você falando que eles seriam os piores. Capaz de nós sermos inferiores a isso — Preston disse debochando de Jaz, que mostra a língua sutilmente para ele.

As sobrancelhas de Maximus quase alcançam o couro cabeludo.

— Ah, então quer dizer que você vai cantar hoje, Preston — Max o pega no pulo.

Preston resmungou um palavrão e deu um soquinho na mesa. Solto uma curta risada.

— Não falei isso. Falei por vocês — deu a desculpa — Vocês que vão passar a humilhação — deu um gole na sua cerveja e em seguida gira o indicador ao redor da borda do copo, evitando olhar para qualquer um de nós.

— Nossa, como você é legal, Bullock — semi cerrei os olhos para ele, dando um leve empurrãozinho pelo ombro.

Deu de ombros.

— Eu sei, não consigo evitar — sorriu de forma cínica, me fazendo revirar os olhos.

— Se pensa que vai ficar assim, está muito enganado. Comigo, pelo menos, você vai cantar — meus amigos não conseguem segurar a risada diante das palavras de Angel e a careta de Preston feita durante.

— É por isso que a Angel é minha amiga — Jazmyn começa a ser a primeira a cessar a gargalhada — A garota é um doce, uma princesa, mas no momento certo sabe te fazer ficar na palma da mão dela — fez o gesto e Preston ainda mostra estar de queixo caído.

Neste exato momento, a música que Viola, Clive, Carol e Peter estavam cantando acaba, nós ficamos de pé para bater palmas. Os microfones são devolvidos nos suporte e Angel parece estar empolgada para ser a próxima.

— Vamos cantar meninas — Angel não faz nem a pergunta, já diz afirmando como se realmente fossemos.

A minha sorte é que a garçonete se aproxima com o meu pedido no mesmo segundo. Ela deixa a porção de batatas-fritas em cima da mesa e os dois copos com refrigerante. Agradeço e também lhe mostro um sorriso, dirigindo a minha atenção para Angel depois:

— A minha comida chegou — solto um sorrisinho, colocando uma batata frita na boca. Toco na mão de Dean que está quieto e assim que ele me olha, apontei para o prato. Angel revira os olhos por ter sido ignorada, no entanto, Jazmyn também não havia dito nada.

— Vocês também não vão escapar.

E de fato não escapamos, assim que terminamos de comer — apesar de ter me alimentado muito pouco — Angel insistiu novamente para sermos as próximas a cantar. Depois de inúmeras insistências, Jazmyn e eu acabamos aceitando. Pela primeira vez, vi meu noivo realmente animado. Ele bateu palmas desde o momento em que me levantei e só parou quando subi em cima do palco.

Como outras vezes que fomos a um karaokê, a música escolhida foi "Dancing Queen" presente na trilha sonora do filme de Mamma Mia. Um dos meus filmes favoritos. E essa pode ser uma das principais curiosidades sobre a minha pessoa: sei todas as músicas desse filme, de cor e salteado. Eu faço a parte da Donna, Angel da Tanya e Jazmyn a Rosie.

Angel e Jazmyn começaram, fazendo a parte em que Rosie e Tanya cantam juntos. Todos que estavam ali prestavam atenção em nossa cantoria, apresentando sorrisos no rosto, mostrando que estavam gostando da nossa apresentação. E eu cantava também, mas apenas mexendo os lábios e batucando o pé, extremamente animada. Fico preocupada do ar faltar em meus pulmões na hora em que cantarei a parte solo de Donna, mas afasto esses pensamentos, dizendo para eu mesma aproveitar o momento.

O esperado aconteceu, no refrão em que começamos a cantar em uníssono, todos começaram a cantar juntamente conosco, principalmente as mulheres, que se mostraram também saber de cor, Dancing Queen.

You are the dancing queen... — Jazmyn, Angel e eu, gritamos com toda a força que tínhamos e começamos a pular em cima do palco, dando risada uma para a outra.

A música avança mais um pouco depois do refrão, chegando a parte do solo da Donna e acabo me empolgando mais ainda, fazendo uma breve coreografia. Dean me encarou totalmente malicioso e assobiou para mim. Ele está sentado, certamente preferiu por conta do curativo que o atrapalhava a todo momento.

Cantarolamos novamente o refrão e assim que a música termina, nossos fôlego parecem ter ido embora, mas somos aplaudidas e muito aplaudidas. Nós nos curvamos em forma de agradecimento e Angel me puxa assim como Jazmyn para nos abraçarmos. Sendo bem sincera, não sei o que eu faria se não tivesse elas na minha vida. Elas me fazem passar momentos únicos como esse que irei guardar com todo o carinho em meu coração.

— Eu amo vocês — digo, ao sentir meus olhos começarem a lacrimejar.

— Nós também te amamos — as duas disseram em uníssono, mas de forma baixa e apesar dos assobios e aplausos, consegui escutar com clareza — Agora chama o Dean para cantar, para começar a sessão dos casais — Jazmyn continuou a falar, dando a ideia.

— E para animar ainda mais ele — complementa Angel.

— Eu posso fazer isso, mas não agora, estou um pouco cansada — puxo o ar.

— Você está bem? — Angel pergunta, mudando seu tom de voz para um tom mais preocupado.

— Estou. — sorrio — Só preciso de uma pausa — as duas assentiram. Passo meu olhar pelo estabelecimento, até que encontro a minha irmã, sentada em uma das mesas, um tanto isolada. Ela dedilha os dedos sobre a tela do celular, prestando atenção no que aparece em suas redes sociais, certamente.

Afasto-me de minhas amigas, disposta a ir conversar com Abby e ficar um tempo com minha irmã, mas antes caminho até a mesa em que meu noivo está, pegando o copo de refrigerante e tomando um longo gole, para tentar acabar com a sequidão de minha garganta. Dean me olha com um grande sorriso.

— Você foi perfeita.

Preston está prestando atenção em nossa conversa.

— Verdade, até que não teve humilhação — soltou uma risada. Jazmyn e Angel passam por trás de mim, indo se sentar em seus lugares.

— Caramba, como você é chato — Jazmyn resmunga, mal-humorada.

— Também te amo, Davis — Preston se estica e toca o queixo dela, mas ela logo trata de retirar a mão dele dali, mas para aliviar a situação, lhe lança um beijo no ar.

— Só vim avisar que vou falar com a Abby — voltei a minha atenção para Dean.

— Ah, tudo bem. Vou conversar com o Capitão Saunders por alguns minutos.

Assenti com a cabeça e antes de me afastar, depositei um selinho em seus lábios.

— Já voltamos — aviso nossos amigos, que sutilmente concordam.

Meus passos até Abby são breves, olho algumas vezes para trás e vejo Dean indo até o Capitão Saunders. Os dois se cumprimentam outra vez e a conversa logo começa. Minha irmã não nota por nenhum segundo a minha presença e preciso estalar os dedos para fazer isso acontecer. Ela me dá apenas um meio sorriso.

— Você está bem? — sento-me na cadeira ao lado dela.

Abby me encara de novo, mas apenas balança a cabeça em concordância.

— Tem certeza? — ergui uma das sobrancelhas. Ela ergueu o ombro. — Você sabe que pode falar tudo para mim. — toquei delicadamente em sua mão.

Minha irmã respirou fundo.

— Ah, aconteceu algumas coisas entre eu e o Alex. Você se lembra dele, não é?

Assenti com a cabeça. Alex era o garoto que ajudava o papai a cortar o gramado da casa e o conheci quando fui visitar meus pais.

— Vocês brigaram?

— Não — ao mesmo tempo que falou, Abby balança a cabeça, também em negação. — Mas aconteceu algo entre nós.

Já havia entendido tudo. Ela não precisava dizer absolutamente nada.

— Ah... — ergui as sobrancelhas. — Já entendi... Vocês se beijaram. — não fiz nem a pergunta, já lancei uma afirmação.

Abby mordeu o lábio e em seguida balançou a cabeça em afirmação e disse:

— Sim. A gente se beijou.

— E isso deveria ser algo ruim?

— Não, jamais. Não foi ruim — ela mordeu o lábio outra vez — Eu só não sei se foi o certo.

— E por causa disso que você está angustiada... — mais uma vez, afirmei de primeira. — Como tudo aconteceu?

Minha irmã respirou fundo.

— Quando você ligou para a mamãe dizendo que o Dean havia sofrido um acidente, eu e Alex estávamos estudando no quarto. Fiquei muito mal com a notícia e assim que comecei a chorar, ele correu para me abraçar. Nós ficamos assim e em um instante ele pegou o meu rosto com as duas mãos e a gente se olhou tão profundamente... — ela soltou um sorriso bobo — Até me arrepia... — mostrou os braços arrepiados e a acompanhei na risada — e simplesmente do nada ele me deu um beijo e disse que tudo ficaria bem.

— Uau... — suspirei. — Uau.

— Não foi apenas isso. A mamãe entrou no quarto e disse que iríamos vir para cá e ver como você estava — Abby arrumou o óculos em seu rosto — Comecei a me arrumar e o Alex desceu porque o papai iria o acompanhar até a casa dele por já estar escuro. Só que antes, assim que desci, ele me chamou para conversar em um canto e eu já percebi que estávamos estranhos, envergonhados pelo que aconteceu. Mas assim que ele começou a se desculpar, acabei dando um beijo nele. — ela ergueu o ombro. — Não sei o que deu em mim.

— A resposta é simples, Abby: você gosta dele — foi a minha vez de erguer o ombro — Não tem outra alternativa. O que ele, certamente sentiu, você também sente e gostou disso.

Abby franziu a testa.

— Eu sei — em seguida ela soltou uma risada envergonhada.

— Mas você está preocupada em que sentido?

— Eu não sei como agir agora... Não faço ideia do que falar com ele quando a gente se encontrar de novo. Tenho medo que toda essa merda estrague com a nossa amizade.

Passo a língua entre os lábios, olhando-a seriamente.

— Olha Abby, não foi à toa que ele te beijou. Se ele fez isso, alguma coisa ele sente por você. Fugir não vai adiantar em nada. Eu te aconselharia a conversar com ele, colocar todas essas ideias no lugar — pausei, parecendo-me pensativa — Com certeza esse é o conselho que tenho para te dar, somente não fuja.

— Como você se sentiu com o Dean?

— Nós fugimos — fui direta e minha irmã gargalhou baixinho por conta da minha sinceridade. — Durante algum tempo nós fugimos dos nossos próprios sentimentos, negando a qualquer custo... Por medo. E por causa disso, nossa relação foi quase por água abaixo, porque o medo tem força, ele pode destruir — engulo em seco — O medo pode te impedir de conversar com ele, fazê-lo se sentir rejeitado e aí sim a amizade de vocês nunca mais pode ser a mesma. Então, não coloque um fim naquilo que nem começou.

Um sorriso sincero surgiu em seus lábios. Abby curvou o corpo para me abraçar.

— Você sempre sabe o que dizer.

— Então promete que vai seguir o meu conselho — ela balançou a cabeça em confirmação — A única coisa que eu quero é a sua felicidade, minha irmãzinha.

— Eu prometo.

— Da próxima vez que vier me visitar, traga o Alex como seu namorado.

Abby se afastou de mim, encarando-me com a testa franzida.

— Caramba, parece que você está com uma expectativa maior do que eu.

— Não custa colocar pressão ou já se esqueceu de como você era quando foi a minha vez? — ergui a minha sobrancelha. Minha irmã colocou a mão no rosto, disfarçando a vergonha. — Você era exatamente assim.

— Me desculpe, mas neste momento a minha memória está falhando.

Brincou, conseguindo me arrancar altas gargalhadas.

— Bem esperta você!

Alguns minutos depois, a voz de Maximus dominou o ambiente quando ele começou a falar ao microfone:

— Eu iria fazer meu grande espetáculo, mas ainda não tivemos o melhor da noite. Todos nós estamos esperando o dono da festa e sua linda noiva cantarem para nós, não é? — ele perguntou e em uníssono gritaram bem alto "sim". Tenho vontade de matá-lo agora mesmo — Só assim para a nossa noite ficar ainda melhor, então, Maya Grace e Dean, nos deem a honra.

Semicerro os olhos para ele, mas em seguida procuro com os olhos Dean, o encontrando encostado no balcão, a muleta está ao seu lado, assim como o capitão Saunders que está de braços cruzados. Os dois não estão com um semblante agradável, o que dá a entender que a conversa não foi muito boa e me desperta a curiosidade do porquê, já que o desânimo de Dean aumentou ainda mais.

Nossos olhos se encontram e eu o chamo com o dedo indicador, surpreendendo-me quando ele negou com a cabeça, fazendo ao mesmo tempo uma careta. Olho para o lado torcendo para que mais ninguém tenha visto, porém estava errada.

— Vamos, Dean, sem desânimo, não nos deixe na mão. — Maximus disse ao microfone.

No entanto, mais uma vez ele negou com a cabeça. Faço um gesto de "só um pouquinho" com os dedos, insistindo algumas vezes, até que aceitou. Com dificuldade, Dean vai até o palco e caminho atrás dele. Ele ficou apoiado em uma das muletas e com a outra mão, pegou o microfone da mão de Max. Pego o outro microfone e cochicho algumas músicas no ouvido de meu noivo, mas nenhuma parecia legal o suficiente. Até que Teenage Dream da Katy Perry vem à minha mente. Era a única animada de nossas opções até agora e por isso ele aceitou, ficando aliviada com isso.

Além de ser uma música que combinava conosco.

Eu começo a cantar e somente no refrão Dean me acompanha e através disso todo mundo vibra. Era bonito ver o quanto estavam animados com a festa, ela além de ser para Dean, é para nós também, para que esfriem a cabeça depois de tantos dias ruins que nos rodeiam. Pelo menos agora a nossa atual preocupação havia acabado e a gente merecia comemorar.

Depois que a música terminou, Dean e eu estávamos com nossos rostos colados um no outro. Digo baixinho que o amava e ele me mostra um lindo sorriso, fechando os olhos e achando agradável o que havia dito. Ele também diz que me ama.

Logo, Dean se afasta e seu semblante abatido retorna, talvez pelo cansaço que sentia, até porque saímos do hospital e viemos direto para cá. Nada de descanso. Mas alguma coisa falava dentro de mim que era muito mais que isso.

— Será que podemos ir embora? — aproximou-se de novo, cochichando baixinho.

— Mais já? — as horas passaram voando, mas haviam cerca de apenas uma hora e meia que estávamos aqui.

— Estou cansado — reclamou, fechando os olhos, mostrando que estava com sono.

A diversão acabaria com o dono da festa indo embora, mas não posso reclamar, Dean está realmente visivelmente cansado e não quero que ele fique mais doente. Então, apenas assinto com a cabeça.

Como já havia previsto, ninguém entendeu nada quando anunciei que estávamos indo embora, por estarmos a pouco tempo ali, apesar das horas terem voado. Mas Dean explicou que estava exausto e precisava descansar. Agradecemos Angel novamente por todo o esforço de organizar a festa enquanto estava no hospital com ele e sou retribuído com um abraço apertado.

Dean entrou primeiro que eu no carro, no lado do passageiro. Assim que me sento no banco do motorista, observo meu noivo com a cabeça encostada na janela e os olhos fechados, parecendo que estava pronto para dormir.

— Dean... — o chamo e de imediato olhou para mim — Não tem haver apenas com o cansaço, não é? Você está visivelmente abalado.

Engoliu em seco.

— Eu iria contar quando chegássemos em casa, mas parece que você não vai deixar, né? — riu pelo nariz e o acompanhei, concordando em seguida.

— Estou preocupada demais para esperar. — ergui o ombro.

Dean respirou fundo para iniciar a história. Então, ele me conta sobre seu afastamento da polícia por conta do caso dos Skulls. A decisão foi tomada pelo Capitão Saunders, que segundo ele, é para o próprio bem de Dean. Os ataques para cima dele estão o colocando em risco, muito mais do que eles pensaram no início.

Eu sei que no fundo desejei muito que Dean largasse esse caso, justamente pela vida dele estar sendo colocada em risco. Mas não posso ser egoísta a ponto de ficar feliz agora, por ser algo que o próprio nunca desejaria e mostrou estar visivelmente abalado, principalmente pelo fato de não saber quando retornaria. É seu primeiro caso e ele deseja do fundo do coração finalizá-lo. Lembro-me de quantas vezes fiquei frustrada por não conseguir pintar ou finalizar um quadro por causa do bloqueio criativo. O que ele está sentindo agora é a mesma coisa que sinto quando isso acontece.

— Então é por causa disso que você estava desanimado na festa.

— É. Eu gostei da festa, gostei mesmo — sorriu sem descolar os lábios — Mas tem horas que parece que nada consegue levantar o nosso astral. Nada. Ainda tentei conversar com o Capitão Saunders, fazer ele mudar de ideia, só que não consegui. Segundo ele, é a melhor coisa a se fazer por enquanto. Eu quis desabar ali mesmo.

Só que ele não desabou e preferiu desabar agora mesmo. Meu coração se partiu no mesmo momento.

— Caramba, como eu odeio chorar na sua frente. — diz, limpando os olhos cheios d'água e fungando o nariz.

— Ei, você não tem que odiar fazer isso — aproximo minha mão de sua face Seus olhos concentram-se em mim podendo ver com clareza as suas íris brilharem por conta do acúmulo de lágrimas — Eu sou a sua companheira, não apenas para os momentos de alegria, mas para os de tristeza também. Você pode derramar quantas lágrimas quiserem, estou aqui para enxugá-las e se for preciso, chorar junto contigo. As suas dores, são as minhas também.

Permito-me limpar suas bochechas molhadas, deslizando meu polegar gentilmente por sua pele.

— Você é tão perfeita, Maya Grace. Tem horas que te olho e penso no quanto sou grato de te ter comigo.

Então, eu sorrio.

— Vai ficar tudo bem. Você vai voltar na hora exata.

Dean me abraçou e o aperto em meu peito parecia aumentar a cada instante. Sentia uma necessidade enorme de chorar porque odiava vê-lo daquela forma. O amor é isso e nos faz sentir a dor da outra pessoa como se fosse nossa. Estar em meus braços era um porto seguro para ele e mesmo que o próprio não sabe de nada do que está se passando comigo, eu sentia exatamente a mesma coisa. 

Olá meus leitores! Como vocês estão?

Mais um capítulo lindo saindo para vocês.

Era para o capítulo ter saído na semana passada, mas fiquei com bloqueio criativo. Cheguei na metade dele e não há dias saindo do lugar, lute. Quem me acompanha no Instagram sabe, cheguei a postar uma foto dizendo sobre o bloqueio, mas consegui terminar.

Eu vou postar no início da semana, mas decidi esperar até sexta, no caso hoje, para postar.

Novamente, me perdoem pela demora <3

Um capítulo super leve para vocês, foi com o propósito mesmo de fazer o Dean e o Dave se "reconciliarem" e curtir uma festa surpresa. Espero que tenha gostado. O karaokê foi tudo!!!

EU AMO A JAZMYN DE UM JEITO KKKKK ela respondendo o Preston acabou com tudo.

ABBY FINALMENTE NOS CONTOU O QUE ROLOU COM O ALEX. Será que da próxima vez ela aparece namorando? :)

Dean ainda está por conta de seu chateado. O que vocês acham que vai dar isso?

O que vocês acharam do capítulo?

O que está achando da história? Está gostando?

Desde já por estar aqui. Pelos votos, leituras e comentários.

Não deixe de votar e comentar porque isso pode me ajudar na divulgação. Também não deixe de compartilhar para seus amigos e conhecidos para que mais pessoas conheçam a história.

Comentem, por favor, ou que acharam do capítulo e se estão gostando da história!

Capítulos todas as sextas-feiras.

Um beijo no coração e até breve <3


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