Ninety Days

By GeovanaJackson

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Ela tem noventa dias para render-se... **ADAPTAÇÃO** More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Are you ready for the part two?
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Do you have frameworks for part three?
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Epílogo

Capítulo 36

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By GeovanaJackson

Anastasia

— Senhora Grey, é um prazer finalmente conhecê-la.

Uma moça na casa dos dezenove, vinte anos me cumprimenta na entrada de um galpão enorme. A neve cai sobre nós, me fazendo tremer sob o casaco de pele, mas ela não parece se importar, mesmo estando somente num terninho.

Ela fala alguma coisa nos seus fones de ouvido e sorri para mim, indicando a entrada através de portas largas. Uma fila extensa de pessoas esperam para entrar, mas sou liberada sem necessidade de espera.

Olho para trás e vejo Christian conversando com Francis Ford Coppola. Os dois riem e trocam abraços antes dele se aproximar novamente e deslizar a mão ao redor da minha cintura. Elliot vem logo atrás com Mia e nós recebemos pulseiras vermelhas escrito VIP.

Passeamos pelo corredor extenso até entrarmos num salão ricamente decorado com flores brancas, candelabros dourados e lustres suntuosos. A iluminação é baixa e as paredes são de cimento queimado, a mistura entre clássico e rústico dando um ar de sofisticação e modernismo ao local.

Garçons passam entre as mesas equilibrando taças de champagne e doses de whisky enquanto os convidados, na sua maioria pessoas ligadas as artes e bilionários de Wall Street, riem de piadas bobas e observam as prostitutas que desfilam despreocupadas.

Mia sorri satisfeita, seus olhos brilhando para a figura imponente de Tom Cruise a poucos passos de nós. Ela dá um gritinho e pega duas taças com um dos garçons.

— Tem algo sem álcool? — pergunto assim que o rapaz olha para mim. Ele assente e me entrega uma taça com suco de laranja.

Bom, melhor que nada.

Agradeço com um sorriso e me viro novamente para Christian. Ele escuta atentamente o que Elliot fala e me dá espaço, Alex aparecendo no meu campo de visão.

Bufo e reviro os olhos, puta da vida.

Eu falei que não queria esse idiota aqui, porra.

— Achei que tinha deixado claro que você não era bem vindo. — murmuro impaciente e meu irmão arqueia uma sobrancelha.

— Não fui convidado por você, irmãzinha, fui convidado pelo meu cunhado. — olho para Christian com uma careta.

— Nós vamos conversar mais tarde. — ele aperta os lábios numa linha fina e abaixa a cabeça. Olho novamente para Alex e aponto o dedo na cara dele. — E quanto a você tente ser minimamente civilizado e não faça um cena, minha paciência está curta hoje.

Elliot tenta quebrar o clima pesado que se estende entre nós com uma piada sem graça sobre os hormônios da gravidez, o que me deixa ainda mais nervosa. Christian dá um soco no ombro dele e Alex começa a rir, falando em italiano com o meu marido.

Quando esse desgraçado aprendeu a falar italiano?

Tento prestar atenção e entender alguma coisa. Meu italiano não é excelente mas tenho aprendido bastante durante esses últimos meses, mas não consigo entender praticamente nada.

Mia me puxa para uma mesa próxima e começa a tagarelar sobre os vestidos das convidadas enquanto folheio o livro de patrocinadores do evento.

Quando viro a penúltima página dou um grito e ela olha para mim assustada, se inclinando para ver o que me apavorou tanto.

Uma foto de Jack ocupa grande parte da página, suas últimas realizações e contribuições sendo listadas como se fossem feitos históricos.

Sério isso, destino?

Fecho o livro e o jogo do outro lado da mesa, bufando. Mia faz uma careta e olha em volta, provavelmente procurando pelo meu ex entre a multidão.

— É inacreditável. Por que as pessoas tendem a gostar de idiotas? — minha voz sai pesada de raiva e ela suspira.

— Ele é homem, Ana e não importa o quão escrotos sejam, eles ainda serão adorados. — Mia estremece. — Mas não se preocupe, tem uma infinidade de pessoas aqui. O Christian está aqui e nós nem sabemos se ele vai comparecer ao evento.

— Eu sei mas ele me irrita.

— Quem te irrita? — escuto a voz de Christian no meu ouvido, seguido de um beijo no meu ombro antes dele se sentar ao meu lado.

Seus olhos me olham com curiosidade  e sinto um bolo se formar no meu estômago.

— O garçom. Pedi um outro suco e ele esqueceu. Odeio quando isso acontece. — sorrio para ele e Christian arqueia uma sobrancelha.

— Eu posso ir pegar se quiser. — balanço a cabeça em negativa.

— Não precisa, ele já vai trazer. — olho para Alex e meu sorriso se desfaz. — Não tem nada melhor para fazer?

— Até tenho, mas prefiro passar um tempo com a minha família. — ele abre um sorriso sarcástico e eu aperto as mãos em punhos.

Tento argumentar, mas Mia segura o meu braço e sussurra um ignore antes de voltar a falar sobre vestidos e famosos que ela viu pela festa.

A moça que nos recepcionou mais cedo para ao meu lado com um sorriso aberto.

— A luta vai começar, queiram me acompanhar, por favor. — olho para Christian e ele abre um sorriso brilhante, se levantando num salto.

Ele me oferece o braço e me puxa para os fundos do salão até chegarmos à portas vermelhas que dão para uma escada. Seguro a barra do vestido e me apoio no meu marido, descendo os degraus um de cada vez.

Ao fim da escada atravessamos outro corredor e viramos à direita, entrando numa espécie de ginásio com cadeiras espalhadas, mesas de apostas, roletas de jogos e um tatame no centro onde mulheres seminuas dançam para os bilionários animados  jogando dinheiro.

Abro um sorriso excitado e aperto a mão de Christian com força. Ele olha para mim e acaricia o meu rosto.

— E então, o que acha? — eu dou um gritinho e balanço as mãos.

— Caramba, isso é incrível. E excitante também. — pisco para ele e os olhos dele ficam escuros.

Christian morde o lábio inferior e, ignorando a mulher ao nosso lado, me puxa pela cintura e enfia a língua na minha boca. Eu suspiro e jogo meus braços ao redor do pescoço dele, gemendo.

Sinto as mãos dele descendo pelo meu corpo até apertarem a minha bunda. Arfo e me esfrego nele, exigindo mais do nosso beijo.

— Deus, que coisa horrível. — escuto meu irmão resmungar e me afasto minimamente do meu marido, vendo ele seguir a mulher com uma careta.

Mia pisca para mim e vai atrás do meu irmão, puxando Elliot junto com ela.

— Você é uma coisinha quente, Anastasia. — Christian sussurra e me beija novamente, mais comportado dessa vez. — Agora venha, vamos nos sentar antes que eu desista de assitir a luta e te arraste para o banheiro.

Entrelaço meus dedos nos dele e me deixo ser guiada, rindo dele.

— Eu não iria reclamar disso, senhor Grey.

Andamos entre os convidados que calmante vão se ajeitando nos seus lugares até a primeira fileira, bem em frente ao ringue.

Mia lê atentamente uma cartilha com a foto de quatro lutadores e cochicha alguma coisa com Elliot vez ou outra.

Christian me ajuda a sentar na cadeira e me entrega um folheto igual ao da Mia, murmurando que as lutas começam em dez minutos antes de envolver Elliot numa outra conversa em italiano.

Às nove em ponto as mulheres saem do tatame e um homem de meia idade aparece, sendo ovacionado enquanto balança as mãos.

— Mohamed Divit. Um bilionário turco, excêntrico pra caralho. O maior investimento financeiro das lutas vem dele. — Christian sussurra para mim e aperta a minha coxa. — Vou te apresentar para ele mais tarde. Quero exibir a minha esposa muito linda e muito grávida. — reviro meus olhos.

— Eu sempre soube que me queria somente como um troféu. — Christian ri da minha falsa indignação e me dá um beijo no rosto.

— Te quero de todas as formas possíveis, dea.

Deus, esse homem é a minha vida.

O senhor Divit continua falando por vários minutos até finalmente sair do ringue da dar espaço para dois homens enormes subirem, um com calção vermelho e outro com um azul. Eles se olham e trocam um cumprimento sutil antes de começarem a se bater com fúria.

Me remexo na cadeira e acompanho cada movimento, excitação crescendo no peito ao ouvir o som de socos e ossos sendo quebrados.

A luta se estende por minutos até que o Calção Azul cai exausto no chão com o rosto inchado e machucado. Ele tenta se levantar, mas acaba desistindo e a vitória é declarada para o adversário.

Dois seguranças com ternos pretos pulam as cordas e puxam o cara de lá enquanto o senhor Divit volta para anunciar uma pausa de quinze minutos.

— Pode ir comigo ao banheiro? — chamo Mia e sussurro no ouvido dela.

— Claro, vamos lá.

Aviso Christian sobre onde estamos indo e puxo Mia para o banheiro. Na saída vemos um grupo de pessoas do evento correndo com garrafas de água e toalhas até o final de um corredor extenso.

Mia sorri para mim e agarra o meu pulso, me arrastado até lá.

— Mia, não. Nós temos que voltar. — ela me ignora e continua nos levando até uma porta de metal que dá para uma espécie de vestiário.

Passamos por várias pessoas que nos olham com curiosidade, mas ninguém pergunta quem nós somos ou o que estávamos fazendo ali. Um homem baixinho e calvo passa por nós e sorri para mim, entendendo a mão.

— Senhora Grey, é uma honra conhecê-la. Eu sou Lenny Donovan, treinador dos garotos.

— Anastasia Grey, prazer. Essa é a minha amiga, Mia. — ele sorri para ela e volta a atenção para mim.

— Preciso voltar a minha função mas por favor, sintam-se à vontade.

Ele se despede com um gracejo e some em meio a multidão, nos deixando novamente.

Mia continua bisbilhotando tudo, principalmente os caras seminus se trocando. Dou uma cotovelada nela e aponto para a saída.

— Você é uma chata as vezes, sabia?

— Não sou chata, Mia, sou casada.

Ela revira os olhos e sai marchando ao meu lado. Viramos à direita e bato num peito forte, perdendo o equilíbrio. Mia consegue me segurar antes que eu caia no chão e eu agradeço a ela, me virando para pedir desculpas.

— Eu não acredito. Você está aqui.

Não, porra.

É brincadeira, certo?

Jack abre um sorriso enorme e me puxa para um abraço, ignorando as minhas tentativas de afastá-lo.

— Eu tentei entrar em contato tantas vezes depois daquela discussão que tivemos em Seattle mas você nunca respondeu, achei que tinha te perdido definitivamente.

Espera, o que?

No dia em que eu fui no apartamento dele com Christian deixei bem claro que não tínhamos mais nada. Hora nenhuma omiti que estava apaixonada pelo meu marido e que o casal Jack e Anastasia não existia mais.

Ou ele achou que era piada ou ele é um idiota.

— Jack, pode me soltar, por favor? — murmuro com impaciência e ele finalmente se toca, tirando os braços de cima de mim.

— Me desculpe, eu só senti a sua falta. Caramba, já se passaram tantos meses e você está tão diferente.

— É... obrigado, eu acho.

— Três minutos para a próxima luta. — uma mulher grita na porta do vestiário e eu quase suspiro de alívio.

— Nós temos que ir. Adeus, Jack. — não me preocupo em ser cordial, só puxo Mia para fora dali.

— Porra, Ana, desculpa. Se eu tivesse a mínima ideia de que ele estaria ali não teria te arrastado até lá. — balanço a cabeça e continuo andando entre as pessoas, ignorando todas as que murmuram meu sobrenome.

— Nós não deveríamos ter ido até lá, Mia. A última coisa que eu quero é ver o Christian metido em confusão. Você viu o que aconteceu com o Elliot, não precisamos de outro problema desse tipo.

Christian levanta da cadeia num salto assim que nos vê. Abro um sorriso forçado para mascarar a minha irritação e vou até ele, beijando seus lábios.

— Quanta demora.

— O banheiro estava cheio, desculpa.

— Aconteceu alguma coisa? — ele franze as sobrancelhas e olha para mim, depois para a Mia e por fim para mim outra vez.

— Não, nada. Só o seu filho que estava com saudades do papai. — pego a mão dele e coloco sobre a minha barriga, o bebê retribuindo com um chute.

Christian relaxa diante da minha tática de distração e se enterte com os movimentos do nosso filho. Lanço um olhar feio para Mia e ela abaixa a cabeça, suas bochechas ficando vermelhas.

Trato de esquecer o encontro com Jack e tento ao máximo recuperar o meu bom humor, dando atenção ao meu marido e a luta que se iniciava, mas ouvir o nome do meu ex entre um dos lutadores trouxe um gosto amargo na boca novamente.

Deus, por que faz isso comigo?

Por que coloca no meu caminho as pessoas que eu mais detesto no mundo?

Uma versão remix de Eye Of The Tiger soa pelos alto falantes e Jack passa correndo pela multidão, pulando as cordas do ringue e pousando no chão com os braços levantados.

Eu faço uma careta e desvio os olhos, verdadeiramente enojada.

Nós ficamos juntos por anos, presos num relacionamento de merda sem nada de interessante. Eu estava insatisfeita mas não tinha coragem de terminar.

Hoje, na minha posição de mulher casada, apaixonada pelo meu marido e mãe eu só peço que nenhum dos meus filhos sejam egoístas como o Jack sempre foi e que minhas filhas não se relacionem com caras como ele.

O outro oponente, tão soberbo e exibido quanto Jack também sobe no ringue e eles se encaram com uma nada sutil passiva agressividade.

Enquanto o senhor Divit faz as suas considerações sobre ambos, vejo Jack olhando entre a multidão, possivelmente me procurando.

Me erra, caralho.

Divit dá lugar a uma loira alta que desfila num vestido dourado minúsculo enquanto segura uma placa escrito Primeiro Round. O sino toca e eles partem para cima, já trocando socos no estômago e mandíbula.

— Sua torcida vai para quem, dea? — Christian pergunta com um sorriso e aperta a minha coxa através da fenda do vestido.

— Tanto faz, só quero um pouco de caos e sangue essa noite.

A multidão começa a gritar e nós olhamos para o ringue, vendo Jack pegar o outro cara pelo cabelo e bater o rosto dele no chão. O som de ossos sendo moídos me faz estremecer e o juíz corre para separar, decretando a vitória de Jack.

— Porra, isso foi rápido. — Christian balança a cabeça meio estupefato e eu rio, deitando a cabeça no ombro dele.

— Eu também sei te dar um nocaute em segundo, baby. Chama chave de boceta. Posso mostrar mais tarde, se quiser.

Christian morde o lábio inferior e me puxa para um beijo. A comoção ao nosso redor fica mais intensa e Elliot grita no meu ouvido.

Me afasto do meu marido e começo a rir. Ele se vira para o meu irmão e começa a falar sobre fazer uma aposta para a última luta da noite.

Desvio meus olhos novamente para o octógono e vejo Jack segurando as cordas, olhando diretamente para mim. O corpo dele fica visivelmente tenso e eu dou de ombros.

O senhor Divit o chama para o centro do ringue e ele assente, me mandando um beijo antes.

— Ele te mandou um beijo? — Christian rosna ao meu lado e eu aperto minhas mãos juntas, as unhas quase perfurando as palmas.

— Não, claro que não. Eu estou cansada, já podemos ir?

— Não, não podemos. Você está tensa e brava desde que voltou do banheiro e eu quero saber o que houve, Anastasia. — Christian se abaixa na minha frente e segura o meu queixo. — Sou seu marido e tenho o direito de saber quando alguma coisa ou alguém te incomoda.

— Eu não quero te trazer problemas, é sério. Vamos voltar para o hotel e curtir o nosso resto de noite juntos.

Christian nega com a cabeça e murmura algo em italiano. Elliot passa por mim e corre em direção aos vestiários que estive com a Mia antes da luta.

— Isso é culpa sua. — grito com a minha amiga e ela se encolhe na cadeira.

— Me desculpa. Como eu poderia imaginar que o seu ex idiota não tem medo de morrer?

— Então passou da hora dele começar a ter. — Mia arregala os olhos e olha sobre os meus ombros.

Me viro para Christian e dou um passo para trás.

Eu sei que ele não vai me machucar, mas eu não gosto dessa versão dele. Prefiro o Christian amoroso e paciente que me enche de beijos e mimos.

Até do Christian mafioso eu gosto, principalmente quando ele está latindo ordens e sendo o dono do mundo.

Mas o Christian puto não é uma coisa bonita de se ver. Ele já é intenso por natureza, mas quando essa personalidade em especial assume o lugar a coisa mais inteligente a se fazer é manter distância.

— Eu não sabia que o Jack estaria aqui, Christian. — lágrimas vem aos meus olhos e ele balança a cabeça.

— Não precisa chorar, Anastasia. Sei que não é culpa sua, mas à partir do momento em que aquele filho da puta te insulta ele me insulta também e isso não é algo que eu perdôo.

— Christian, por favor, deixa isso pra lá. Não quero que aconteça com você o que aconteceu com o Elliot, só vamos para casa.

— Eu vou deixar, dea. Mas só depois de arrancar a mão que ele usou para te mandar aquele beijo. Nós vamos assistir a última luta, depois terá a festa e ele não vai te incomodar mais, eu garanto.

Christian me dá um sorriso sem humor e lança um olhar cheio de ódio para Jack, se afastando de mim.

Suspiro exausta e massageio minhas têmporas, uma pontada chata me fazendo gemer.

— Eu deveria ter deixado o Christian matar ele daquela primeira vez. — Mia faz um som de concordância e coloca uma garrafa de água na minha mão.

— Eu realmente não queria causar problemas, Ana. — os olhos dela se enchem de lágrimas e eu a abraço.

— Eu sei que não, Mia. Me desculpe por ter gritado com você. Eu só não quero ver o Christian se metendo em problemas estúpidos por minha causa.

— Não é sua culpa, Ana. Você não sabia que ele estaria aqui, muito menos que Jack seria tão imbecil. Você foi sincera daquela vez, falou a verdade mas ele decidiu ignorar.

— É, ele decidiu ignorar e eu não vou ficar me culpando por causa disso. Tomara que o Christian cumpra a promessa da bala na cabeça dessa vez, pelo menos eu teria paz.

Christian volta depois de alguns minutos, Elliot e Alex atrás dele. Os três não tinham expressões boas no rosto e eu preferi não perguntar.

Nem mesmo prestei atenção na última luta. Eu só queria sair daqui, pegar o avião e não atravessar o Atlântico por um bom tempo.

Christian voltou a ficar tenso enquanto voltávamos para a festa no piso superior. Eu não queria encontrar com Jack e ter que ouvir a voz irritante dele, então seguro o terno do meu marido e faço uma cena de mal estar digna de Oscar.

— Christian, espera. Eu não estou me sentindo bem. — fecho os olhos e esfrego minha barriga.

Ele arregala os olhos apavorado e me segura contra o peito, colocando as mãos na minha testa.

— O que aconteceu, Ana?

— Acho que minha pressão caiu, posso me deitar um pouco?

Ele assente e me levanta nos seus braços, passando rapidamente pelo corredor até uma saída de emergência. Elliot vem logo atrás de mãos dadas com a Mia e abre a porta do carro para Christian me sentar no banco.

— Eu preciso resolver esse problema, dea. A Mia e o Taylor vão com você, Elliot já chamou um médico para te atender.

— Médico? — Mia grita e me olha com medo.

— Eu estou fingindo, merda. Não quero ter que olhar para a cara do Jack. — eu grito em espanhol, sem me preocupar que o meu cunhado também entendeu o que eu disse.

— Eu sabia que conhecia aquele cara de algum lugar. — Alex enfia a cabeça na janela esquerda do carro e sorri para mim. — Acho melhor você não ir na festa, irmãzinha. Dizem que grávidas não podem se sujeitar a grandes emoções.

— Viu porque eu não gosto dele. — rosno para Christian e ele assente, olhando feio para o meu irmão.

— Isso vai ser rápido, Anastasia. Mia estará com você e prometo chegar em uma hora. — ele me dá um beijo na testa e sai puxando Elliot para dentro do galpão novamente.

Que confusão de merda.

Taylor entra no carro com sua pose de sempre e puxa para o trânsito com facilidade, dirigindo pelas ruas movimentadas em direção ao nosso hotel.

— Taylor, podemos parar num McDonald's, por favor. Não comi quase nada hoje. — ele assente e muda de pista, virando na Main Street.

Mia e eu evitamos qualquer comentário sobre a bagunça que foi a nossa noite e só nos preocupamos em comer nossos Big Mac com Coca-Cola e milkshake de morango.

Depois do nosso jantar, Taylor nos levou para o hotel, fazendo nossa escolta até o elevador.

— O senhor Grey espera por você no quarto, senhora. — assinto e digito o código do andar no painel.

As portas se fecham e começamos a subir, mas entre o sétimo e o oitavo andares o elevador para e as portas se abrem. Levanto a cabeça e vejo Jack puxar Mia para o corredor e entrar junto comigo.

Ele dá um soco no painel e as portas se fecham.

— Que porra é essa?

— Senti sua falta, Ana.

E antes que eu consiga me esquivar, Jack me pressiona contra a parede e me beija, seus braços me apertando num abraço sufocante.

Me contorço e tento afastá-lo, mas sem êxito. Ele enfia a perna esquerda entre as minhas coxas e beija o meu pescoço, me provocando ânsias de vômito.

Dou socos no peito de Jack e puxo o cabelo dele, mas nada surte efeito até que as portas se abrem novamente e ele é finalmente arrancado de cima de mim.

Respiro aliviada e me apoio no corrimão do elevador, vendo Christian arrastá-lo pelo corredor e avançar sobre ele com socos e chutes.

Jack se levanta e revida alguns dos golpes, acertando Christian no rosto e na barriga. Eu arfo e corro até eles, gritando a plenos pulmões, mas ambos me ignoram e continuam se batendo.

Aproveitando de um momento de distração, Jack dá um soco na mandíbula de Christian e eu aperto minhas mãos em punhos, inda para cima dele. Sinto um puxão no braço e me choco com o peito de Elliot, Taylor e Sebastian vindo logo atrás.

Os seguranças passam por nós e correm até os dois, imobilizando Jack enquanto Christian esfrega o queixo e desconta toda a sua raiva no meu ex namorado que não merece nada além da morte.

— Ficou louca? Eles poderiam te machucar. — Elliot grita e eu abaixo a cabeça, soluçando.

— Ele deu um soco no meu marido, Elliot. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Christian bate em Jack até seus dedos ficarem esfolados. Ele só para quando está respirando rápido e puxa um lenço do bolso, enrolando na mão enquanto os seguranças colocam Jack de pé.

Eu corro até o meu marido e envolvo meus braços ao redor da cintura dele. Christian me segura contra o peito e beija a minha cabeça, acariciando o meu cabelo.

Ouço Jack gritar uma série de ofensas enquanto é arrastado pelo corredor e eu me encolho, o som da voz dele me deixando ansiosa.

— Ana, olha para mim. — Christian levanta o meu queixo e acaricia o meu lábio inferior com o polegar. — Ele te machucou?

Balanço a minha cabeça freneticamente e sinto meus batimentos cardíacos ficarem irregulares. Meus olhos vão ficando pesados, minhas pernas perdem as forças e tudo fica escuro.

◕ ◕ ◕

A claridade nos meus olhos me desperta e eu gemo, minha cabeça pesando uma tonelada.

— Ana, baby. — ouço a voz ansiosa de Christian e pisco, vendo ele se ajoelhar no chão e segurar a minha mão. — Como se sente, amor?

— Bem. — sorrio e acaricio o mancha roxa na sua sua mandíbula. — Já você não tenho tanta certeza.

— Já tomei três tiros, dea, isso não é nada. — ele beija os meus dedos e acaricia a minha bochecha. — Mia me contou o que houve mas preciso que você me diga o resto. O Jack te machucou de alguma forma?

— Não, ele só tentou me beijar. Eu tentei afastá-lo mas não consegui. — meus olhos se enchem de lágrimas e eu me sento no colchão. — Eu não consenti, Christian. Eu nunca teria coragem de te trair.

Ele se senta na ponta da cama e me puxa para um abraço.

— Eu sei que não, Ana. Conheço muito bem a mulher com quem me casei e confio em você de olhos fechados. — ele seca as minhas lágrimas com beijos e eu sorrio.

— Você é o melhor marido do mundo.

Um rubor sutil colore as bochechas dele e eu quase morro de amores.

— Por que não me disse quem ele era desde o início? — abaixo a minha cabeça e fito os desenhos do edredom.

— Fiquei com medo de você fazer alguma coisa com ele em público e acontecer o mesmo que aconteceu com o Elliot.

— Eu sei me controlar, baby. — levanto minha cabeça e arqueio uma sobrancelha para ele. — Tudo bem, talvez eu não consigo totalmente.

— Você fez um estrago na cara dele, Christian. — nós dois começamos a rir. — Obrigado por me defender. Você é o meu herói.

Christian engatinha pela cama e me puxa para o seu colo, me embalando como um bebê.

— Você é o amor da minha vida. — ele sussurra num tom apaixonado e seus olhos brilham. — E justo por te amar tanto não vou matar o seu ex.

Eu dou de ombros e esfrego o nariz no peito dele.

— Eu não me importo, na verdade. Se quiser brincar de roleta russa com o Jack vá em frente, você tem o meu total apoio.

— Você é sádica, dea.

— Sou a senhora Grey, esposa de um capo e futura mãe de outro. O sadismo só faz parte do pacote.

— Isso é sexy, baby. — Christian morde o lábio inferior. — Mas infelizmente o Jack é intocável.

— O quê? Como assim?

— Ele é primo do Roger e não quero perder um bom negócio por causa de um idiota sem noção. — eu abro a boca e olho para ele pasma.

— Isso é sério? Tipo, o Jack era o cara legal que fazia doações para orfanatos. — Christian faz um biquinho e dá de ombros, acariciando o meu cabelo.

— Ninguém vem com uma estrela na testa, Ana. As vezes convivemos anos com uma pessoa e não sabemos realmente quem ela é.

— Eu sei quem você realmente é, senhor Grey? — ele ri de mim e me deita no travesseiro, puxando os cobertores até o meu queixo.

— Você me conhece melhor do que qualquer outra pessoa, senhora Grey. Agora volte a dormir, meu filho ainda está com sono.

◕ ◕ ◕

É pouco depois do meio dia quando acordo novamente.

Christian continua ao meu lado, concentrado na tela do computador enquanto digita furiosamente.

Ele desvia os olhos para mim e sorri, se inclinando para me dar um beijo casto.

— Você me parece cansado. Conseguiu dormir um pouco? — ele suspira e fecha o computador, colocando-o sobre o criado mudo.

— Minha esposa grávida estava inconsciente, não era exatamente o momento mais tranquilo para que eu conseguisse pegar no sono. — ele segura o meu queixo e levanta minha cabeça, seus olhos ficando mais escuros. — Ou talvez ver um filho da puta se impondo sobre a minha mulher tenha elevado tanto a minha pressão que não serei capaz de dormir por uma semana.

— Você fica tão sexy quando está puto com alguma coisa.

Mordo o lábio inferior e me arrasto sobre ele, sentando no seu colo. Puxo a minha camiseta sobre a cabeça e meus seios saltos livres.

Christian suspira e aperta a minha cintura, me arrastando para mais perto do seu pau. Seus dedos brincam com o elástico fino da calcinha e eu me inclino sobre ele, lambendo e mordendo os gominhos do abdômen definido.

— Você estava desfalecida algumas horas atrás. De onde veio toda essa energia? — ele pergunta com um sorriso enquanto vou descendo beijos pelo seu corpo, a calça de moletom vindo junto.

— Você tem o dom de me deixar ligada. — pisco para ele e me apoio nos cotovelos, lambendo seu pau da base até a glande.

Christian morde o lábio e seu quadril se ergue. Giro minha língua na ponta e desço até os testículos, sugando um de cada vez.

Ouço Christian ranger os dentes e sorrio satisfeita, continuando a minha tortura com pequenos chupões e mordidinhas.

O celular dele começa a tocar sem parar e Christian bufa, olhando para mim com culpa.

— Eu tenho uma videoconferência agora e não dá para remarcar, baby.

Bato meus cílios para ele e jogo a camiseta que eu estava usando.

— Vá em frente, Don. Eu continuo com o serviço daqui.

Christian engole e pega o notebook, posicionando-o no travesseiro num ângulo que não mostrava mais que seu rosto e ombros.

A voz animada de Elliot soa assim que a videoconferência começa, seguida de outras duas italianas. Eles começaram com cumprimentos cordiais e recomeço com as minhas provocações.

No momento em que Christian pegou alguns papéis da gaveta eu imaginei que o assunto ficaria sério. Sorrio divertida e abocanho o pau dele até a entrada da minha garganta.

Christian suspira e disfarça com uma tosse, suas mãos apertando o lençol num punho firme.

Continuo com o meu ataque, rindo de todas as tentativas falhas dele de parecer concentrado e certo das suas ideias.

O levo até a minha garganta novamente e volto, mordendo a glande. Christian arregala os olhos e arranha a garganta, me fitando com pavor.

Eu faço de novo por pura provocação, olhando nos olhos dele dessa vez e ele se contorce, chamando a atenção dos outros homens.

— Não é nada, está tudo bem. — ele murmura em inglês antes de balançar a cabeça e voltar para o italiano.

Eu sorrio vitoriosa e começo a masturba-lo rapidamente, a respiração dele acompanhando o ritmo das minhas mãos.

Ele dá um aperto de morte nos lençóis e goza com um suspiro elegante.

Faço um sinal de silêncio com os dedos e me deito na cama, arrancando a calcinha preta. Afasto minhas pernas e começo a me masturbar, esfregando meu clitóris com ímpeto. Sussurro o nome dele baixinho e puxo os bicos sensíveis dos meus seios num gemido silencioso.

Christian engole e tenta me ignorar. Bufo e me arrasto pela cama, puxando um vibrador da gaveta.

Os olhos dele quase saltam das órbitas quando ligo o brinquedo e o enfio de uma vez na minha boceta com um suspiro alto.

— Eu vou precisar deixá-los acabar de resolver isso com o Elliot. O que ele decidir será respeitado. — Christian murmura em inglês novamente e fecha o notebook, jogando-o para o lado antes de avançar sobre mim.

Ele sobe em cima de mim e afasta as minhas pernas mais amplamente, tirando o vibrador da minha boceta num puxão.

Eu grito e envolvo minhas pernas ao redor da cintura dele, lançando meus braços ao redor do seu pescoço. Christian se apoia para não colocar preso sobre a minha barriga e entra em mim numa única estocada.

— Porra, isso é tão bom. — eu suspiro e ele ri, segurando meu quadril.

— Por quê me provoca, Anastasia? — mordo o lábio inferior e puxo os cabelos dele.

— Porque eu posso.

Christian arfa e mete em mim com mais força, seu pau indo fundo. Aperto minha boceta ao redor dele e nós gememos alto, gozando juntos.

Eu suspiro satisfeita e começo a rir.

Christian desliza para fora de mim e me pega no colo, me carregando para o banheiro. Ele abre a torneira nos coloca sob o jato quente.

— Você é terrível, baby. Antes de você eu era um homem centrado e comprometido com os negócios, o que os outros vão pensar de mim agora?

Dou de ombros e beijo o queixo dele.

— Que você é um homem casado com uma mulher que gosta muito de te agradar. — Christian morde o lábio inferior e aperta a minha bunda.

— Acho que você pode me agradar ainda mais, dea.

Me afasto dele e rio, puxando a toalha e correndo novamente para o quarto. Escuto os passos pesados dele atrás de mim antes dos seus braços me envolverem e me jogarem na cama.

Começamos a rir como idiotas e o telefone toca novamente.

Christian revira os olhos a aceita a chamada, sua expressão de descontentamento dando lugar a uma risada.

— Gemidos? — ele pergunta com falsa inocência e seu sorriso cresce ainda mais. — Mova os hóspedes para outros quartos, quero o andar somente para a minha esposa e para mim. Tudo por minha conta.

Ele desliga e joga o celular no colchão, deitando ao meu lado antes de afastar a toalha do meu corpo.

— Deus, que vergonha. — escondo o rosto com as mãos e rio.

— Americanos são tão estranhos. Na Itália eles seguiriam o nosso exemplo.

— Nós latinos também gostamos muito dos prazeres carnais, baby. — ele arqueia uma sobrancelha e acaba de arrancar a minha toalha, afastando as minhas pernas.

— É ótimo saber disso, dea. Agora eu vou te foder até você gritar e incomodar o hotel inteiro. De quatro, baby.

[•••]

Jack não tem medo de
morrer, puta que pariu.
🤦🏻‍♀️
E fontes próximas afirmam
que ele ainda não desistiu
de fazer inferno na vida
da Ana e do Christian.
👀🍿

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