Ensina-me A Viver Novamente [...

By NerwenHydrefShadow

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[EM PAUSA TEMPORARIA] Estelwen é uma meia-elfa que já viveu longos anos na Terra-Média. Devido sua origem com... More

Prólogo
Capítulo I - Retome Seu Reino
Capítulo II - O Condado
Capítulo III - Uma Festa Inesperada
Capítulo IV - O Início da Jornada
Capítulo V - Uma Noite Conturbada
Capítulo VI - Correnteza Perigosa
Capítulo VII - Florescer De Uma Nova Amizade?
Capítulo VIII - Perigo Ao Nosso Encalço
Capítulo IX - A Última Casa Amiga
Capítulo X - A Revelação
Capítulo XI - Cirth Ithil
Capítulo XII - Última Noite Em Valfenda
Capítulo XIII - Sombras do Passado
Capítulo XIV - Da Frigideira Para O Fogo
Capítulo XV - Depois da Tempestade Vem a Calmaria
Capítulo XVI - Irmão Urso
Capítulo XVII - Uma Dança Inusitada
Capítulo XIX - Uma Surpresa Inesperada
Capítulo XX - Até Logo Irmão Urso
Capítulo XXI - Sombras na Floresta
Capítulo XXII - O Reino da Floresta
Capítulo XXIII - Poeira Estelar
Capítulo XXIV - A Fuga
Capítulo XXV - Bard o Arqueiro
Capítulo XXVI - Esgaroth, A Cidade do Lago
Capítulo XXVII - Lealdade, Honra e um Coração Disposto
Capítulo XXVIII - Tudo de Acordo com o Plano
Capítulo XXIX - Onde quer que você vá...
Capítulo XXX- Inevitável Amargura
Capítulo XXXI - Para um Bem Maior
Capítulo XXXII - Na Soleira da Porta
Capítulo XXXIII - O Início de sua Queda
Nota de Esclarecimento

Capítulo XVIII - Melancolia

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By NerwenHydrefShadow

Nota do autor: Lembrando, esta é minha primeira fanfic, então vão com calma, haha, e se vocês se sentirem confortável e quiserem fazer críticas construtivas eu ​​ficaria muito grata. Aproveitem. ^^

Isenção de Responsabilidade: Eu não sou a autora de O Hobbit. Todos os direitos pertencem a J.R.R. Tolkien (referências dos livros) e Peter Jackson (referências dos filmes). Eu apenas possuo minha OC Estelwen.

Qualquer coisa que você reconhecer do filme / livro pertence completamente a eles. O mesmo vale para possíveis referências de outros livros de Tolkien e outras referências aleatórias que vocês podem vir a reconhecer.

Eu também não possuo nem reivindico a foto da capa. A atriz é Gemma Arterton de Hansel and Gretel: Witch Hunter. Um amigo meu (iAltoSax) encontrou fotos online que ficariam bem juntas e as combinou para corresponder à minha história.

A história mencionada por Estelwen é uma referencia a fic de O Hobbit escrita pela minha amiga (The Rebel por iAltoSax). Ela me deu permissão para mensionar sua fic neste Capítulo.

Capítulo XVIII - Melancolia


P.O.V de Estelwen

O sol raiou no horizonte e os animais já haviam acordado para trabalhar. As abelhas iam e vinham de suas casinhas, para levar o pólen fornecido pelas lindas flores que ainda sobreviviam ao outono e enchiam os jardins de meu velho amigo. Aproveitei para alimentar os animais do estábulo, com todo o cuidado para não acordar meus companheiros. 'Há tantos anos que não faço esta rotina. Senti falta desta vida tão simples mas tão rica.' pensei.

Ada foi o primeiro a despertar. Se arrumou rapidamente e veio a mim dizendo que iria sair para procurar nosso anfitrião, que ainda não havia retornado. Entreguei uma fatia de pão com geleia e uma caneca de leite a ele e disse que talvez fosse mais prudente se eu fosse, afinal, conhecia melhor a área, mas ele insistiu. "Só você será capaz de controlar estes anões querida, eu vou e você fica" ele disse. Comeu rapidamente e saiu logo em seguida, antes mesmo que eu pudesse dizer um até logo.

Comecei a preparar o desjejum para os demais. Eu podia ouvir meus amigos roncando no celeiro e aquilo me confortava. Relembrei de nossa viagem e de tudo que passei junto a estes companheiros incríveis. Senti que finalmente encontrei anões que, apesar de tudo, apesar de nossas diferenças raciais, apesar de meu passado e de tudo que eles sabiam sobre mim, eu ainda assim era querida por eles. E eu os amava da mesma forma.

Foi quando a realidade me atingiu. Estamos a apenas um dia de viagem da Floresta das Trevas. Estamos a apenas um dia do lugar do qual eu nunca mais deveria voltar. 'E se não conseguirmos chegar ao outro lado?' 'E se eu não conseguir mantê-los em segurança? Aquela floresta está repleta de criaturas do submundo'. 'E se formos capturados?'

O medo de reencontrar Thranduil. Eu já não me importava mais com o que ele poderia fazer comigo a esta altura da minha vida. Mas de forma alguma, iria permitir que ele fizesse algo aos meus amigos. Se algo acontecesse a eles. Se Thranduil nos aprisionase e nos impedisse de seguir viagem por minha causa... eu nunca iria me perdoar...

Foi então que senti uma mão em minhas costas e dei um pulo. Era Dori. "Bom dia, senhorita Estelwen. Está tudo bem?" Ele perguntou preocupado. "Eu a chamei algumas vezes, mas a senhorita não ouviu."

"Ah me desculpa Dori, bom dia eu... eu apenas estava perdida em pensamentos. O que deseja?" Eu perguntei, tentando ao máximo afastar aqueles pensamentos de minha mente.

"Vim ajudar a senhorita, vou colocar água para ferver. Nada como um bom chá para começar o dia." Ele disse sorrindo e eu concordei.

Sentamos à mesa e conversamos enquanto tomávamos nosso chá. Dori me contou histórias sobre ele e seus irmãos nas Montanhas Azuis, principalmente das vezes que ele recebeu Dwalin em sua casa carregando Nori pelo colarinho, após apanhá-lo roubando. Aquele momento me ajudou a esquecer um pouco meus medos. Mas eu sabia bem que a proximidade com aquela floresta ainda os faria retornar várias vezes nos próximos dias.

Com o tempo, um a um, os anões foram despertando e se juntando à mesa. Felizes e revigorados de um sono tranquilo. Na primeira noite que dormiram na casa, eles estavam aflitos com a possibilidade de eu não conseguir controlar o Urso e este acabasse invadindo a casa, então mal conseguiram pegar no sono direito. Thorin foi um dos últimos a acordar. Ainda sonolento, ele se aproximou da cozinha, olhou em volta e disse: "Onde estão Gandalf e Beorn?

"Bom dia meu rei. Beorn ainda não voltou então ada saiu para procurá-lo. Os dois devem voltar apenas ao final do dia." Respondi. Desviei meu olhar de Thorin e dirigi minha atenção a Bombur, enquanto enchia sua caneca de leite, pela décima vez. "Dessa vez é a última rapaz, senão não terá leite suficiente para os outros." Eu disse para o anão, o fazendo choramingar.

"Não podemos ficar muito tempo. Temos que chegar logo a Erebor." Disse Thorin, impaciente, ao sentar-se à mesa. Fui até ele e coloquei um prato e uma caneca de leite à sua frente.

"Eu sei que devemos partir logo Thorin, mas não podemos sair enquanto Beorn não voltar. Quando ele sai daquela forma é porque tem um motivo. Além do mais, precisamos de seus pôneis para chegar logo à floresta e não podemos de forma alguma pegá-los sem a permissão dele." O anão bufou como de costume mas para minha surpresa e alívio ele aceitou meu argumento... por enquanto... 'Eu realmente não sei como irei manter estes anões aqui por muito tempo' pensei.

"O que faremos enquanto isso?" Perguntou Fili, impaciente.

"Ora meu amigo, comer, e aproveitar para descansar, podem usar aquele pátio que estávamos ontem para treinar mais se quiserem. Temos também algumas ferramentas de carpintaria do lado de fora dos estábulos. Podem usá-la.".

"Podemos mesmo?" Perguntou Bofur animado.

"Claro, não vejo porque não. Beorn quase não a usa mais e quem usava era eu quando morava aqui." Eu disse sorrindo. "Meninos fiquem a vontade mas por Mahal não façam muita bagunça. Lembrem que Beorn está apenas tolerando nossa presença aqui então toquem música e se divirtam, mas não quebrem nada."

Os anões pareciam mais que animados com a possibilidade de poderem descansar um pouco mais. Com exceção de Thorin, é claro, o que ele mais queria era seguir viagem o quanto antes. Foi então que notei a ausência de um membro da companhia na mesa e concluí que Bilbo ainda não havia acordado. Resolvi apressá-lo, se não ele acabaria perdendo o desjejum.

"Bilbo? Bilbo acorde" Eu sacudi meu amigo levemente para não assustá-lo, foi então que ouvi o som de metal caindo de sua mão. Fiquei curiosa para saber o que era, mas quando ameacei pegar o objeto, Bilbo acordou de supetão, pegou seja lá o que fosse e colocou em seu bolso.

Pensei em perguntar o que era, mas senti algo vindo de meu amigo que não sabia descrever. Quase como uma ameaça em seu olhar. Resolvi deixar para lá, por enquanto, e apenas sorri para ele. "Bom dia Bilbo, ou devo dizer, boa tarde. Vejo que dormiu muito bem a noite, mas acho melhor se apressar, senão nossos amigos não deixarão nenhum desjejum para você."

"Desjejum!" exclamou ele. "Onde está o desjejum?" Eu ri com sua reação e o indiquei na direção da cozinha.

O tempo foi passando, mas nada de ada ou Beorn aparecerem. Passei uma boa parte da tarde treinando com Bilbo, ele estava ficando cada vez melhor em suas investidas. Ao terminarmos, voltei para dentro da casa, e me dirigi à estante onde estavam os livros de Beorn. Eu já havia lido todos eles. Mas haviam dois que eu gostava mais do que qualquer um que já havia lido em minha longa existência.

Vasculhei a estante e quando os encontrei, sorri e não hesitei em pegá-los. Caminhei até o jardim e me sentei apoiada em uma das pilastras que sustentavam o telhado da casa e comecei a ler o primeiro volume, com o mesmo entusiasmo que tive na primeira vez que pus as mãos naquele livro. Li alguns capítulos, até que vi Bilbo sair pela porta, se espreguiçando, sorridente enquanto observava o lindo jardim de Beorn. Parecia feliz por termos ficado um pouco mais.

"É bonito não é?" Eu perguntei, fazendo o hobbit dar um pulo, surpreso. Estava realmente perdido admirando a paisagem.

"Sim. Me faz lembrar um pouco do Condado." Ele comentou.

"Sente falta de lá, não sente?" Perguntei, com um meio sorriso.

Ele caminhou até mim e se sentou ao meu lado. "Sim. Sinto muita falta. Mas estou começando a gostar desta aventura. Vi lugares incríveis e conheci pessoas mais incríveis ainda." Ele disse sorrindo para mim. Eu sorri de volta.

"Fico feliz meu amigo. Sua mãe deve estar extremamente orgulhosa de você." Comentei, e voltei a ler meu livro.

"O que está lendo?" Perguntou o hobbit muito interessado.

"Uma das minhas sagas favoritas. O primeiro volume se chama "A Rebelde" e sua continuação, "A Rebelde e seu Rei". São um dos livros mais incríveis que já li e a protagonista é maravilhosa. Minha maior inspiração." Eu comentei, cheia de admiração.

"E sobre o que se tratava o livro?" Bilbo perguntou muito interessado.

"Conta a história de uma guerreira elfa, comandante da guarda real. Um dia, ela foi contra as ordens de seu rei para salvar a vida de um Rei Anão que ela conheceu. Com o tempo, eles acabaram se apaixonando. O segundo volume conta os desafios que eles tiveram de enfrentar para ficarem juntos."

"Puxa, parece realmente interessante. Imagino que tenha sido desafiador para eles, com todas as desavenças entre elfos e anões." Ele comentou.

"Na época em que o livro foi escrito, elfos e anões eram amigos, mas ainda sim a união das raças era proibida." Dei um sorriso desanimado e disse baixinho. "Mas é apenas um conto de fadas... Isso nunca seria permitido e... um rei anão nunca se apaixonaria por uma elfa." Bilbo ouviu, aparentemente, e pareceu extremamente triste e desapontado, o que o levou a desviar o olhar. Quando fui perguntar o porquê de sua reação, ele falou.

"E como termina a história?" Ele perguntou curioso.

"Não vou contar Bilbo, você terá que ler para saber." Eu comentei rindo. "Aqui estão os dois volumes. Pode ficar com eles e me conte o que achou depois." Eu disse e me levantei.

"Tem certeza? Disse que são seus favoritos." Ele perguntou.

"E são. Mas já os li tantas vezes. É a sua vez de lê-los. Garanto que não irá se arrepender. O livro é incrível." Eu comentei.

"Lerei." Ele disse. "Aonde vai?"

"Vou ver como estão os outros. Prometi a Beorn que garantiria que eles se comportassem. Nos vemos mais tarde." Eu disse, e acenei um até logo para meu amigo e ele retribuiu da mesma forma. Caminhei pela propriedade de Beorn, me certificando que todos estavam seguros. Fui até o pátio onde meus amigos estavam treinando e para minha surpresa, não vi Thorin em lugar algum.

Ele estava ficando mais e mais ansioso a cada minuto, devido ao atraso de nossa partida e aquilo estava me preocupando. Decidi procurá-lo, e para minha surpresa ele estava sentado trabalhando na mesa de carpintaria, junto com Bofur e Bifur.

"Olá meninos, o que estão fazendo?" Eu perguntei assim que me aproximei da mesa. Thorin rapidamente guardou o objeto que estava entalhando e se levantou, quase que de imediato.

"Vou treinar os meninos. Boa tarde para vocês." Ele disse e saiu, sem olhar para mim. Eu não entendi nada do porquê de sua reação e tive medo dele estar irritado comigo pelo fato de eu não permitir que saíssemos daqui. Foi quando Bofur falou.

"Não se incomode com ele, ele fica assim às vezes" ele disse rindo para Bifur que riu também, aparentemente os dois sabiam mais que eu. "Estamos esculpindo alguns brinquedos, apenas por diversão, se juntará a nós?" Ele perguntou. "Afinal você conseguiu terminar aquela sua escultura de lobo?"

"Ela está quase pronta, acho que vou terminá-la sim, assim eu po-" Pus a mão na bolsinha em que havia guardado minha escultura e não a encontrei. Comecei a ficar inquieta e vasculhei desesperadamente todas as bolsinhas de meu cinto, mas nem sinal da escultura ou de minha faca. Nem mesmo meu medalhão estava lá. "Não, não... será que eu perdi na caverna dos Goblins?!" "Eu disse e procurei mais um pouco e nada. Então sentei tristemente a mesa.

"A senhorita está bem"? Perguntou Bifur. Depois de saber sobre meu conhecimento sobre sua língua, tem conversado comigo mais vezes, já que eu consigo entendê-lo, pelo menos um pouco.

"Não meu amigo, perdi a faca que meu adad havia me dado quando eu era criança. E o medalhão que ada me deu também. Como eu pude ser tão descuidada." Eu comentei, tristemente. Bifur e Bofur se entreolharam igualmente tristes. Não havia possibilidade alguma de voltar aquela caverna para pegá-los. Foi quando Nori, que vinha em nossa direção, parou de repente e começou a dar meia volta.

"Nori?! Aonde pensa que vai?" Perguntou Bofur, se levantando e indo atrás do amigo que apressou o passo. "Nori, volte aqui agora mesmo e devolva as coisas de Estelwen."

"Nori? Está mesmo com você?" Perguntei ao me aproximar do anão, com voz de súplica e olhos de filhote. Ele se virou para mim mas não me encarou, fitando o chão, desconcertado.

"S-s-sim, foram as únicas coisas que consegui achar em meio aquela confusão, sua faca a escultura e esse medalhão..." Ele mexeu em seus bolsos e retirou os três objetos, mas pude ver outros objetos familiares lá dentro.

"Nori!" Eu gritei, peguei meus pertences de sua mão e o abracei. "Obrigada, muito obrigada por tê-los achado. Não sabe o quão importante eles são para mim." Eu disse dando um abraço apertado no anão. Eu me afastei dele e lhe dei um beijo em sua testa, agradecendo mais uma vez. Ele sorriu alegremente e se virou para sair, mas eu o impedi.

"A propósito, se vir algo desaparecer da casa de Beorn me avise, por favor. Ele devoraria a todos nós, pedacinho por pedacinho, caso algo assim acontecesse." Nori parou e olhou para mim em pânico, acenou que havia entendido e saiu tirando algumas coisas de seus bolsos, jogando-as no chão

Os meninos riram e eu só balancei a cabeça em desaprovação. Passamos boa parte da tarde esculpindo. Até que ada retornou, pouco antes do pôr-do-sol. Nós já havíamos posto a ceia e ele, sem cerimônia, se sentou e começou a comer.

"Onde está Beorn, ada? E onde esteve o dia todo?" Perguntei, enquanto enchia sua caneca com mais um pouco de Hidromel.

"Uma pergunta de cada vez, e nenhuma até depois da ceia!" Ele disse entre uma mastigação e outra. "Não comi nada desde o desjejum." completou.

Após terminar de comer, meu pai acendeu seu cachimbo e começou a falar. "Infelizmente não consegui encontrar Beorn, mas segui suas pegadas e me levaram a uma clareira com várias pegadas de ursos. Haviam pegadas de vários tamanhos, desde pequenas a gigantescas. Aparentemente houve uma reunião ontem a noite e que durou até ao amanhecer. Segui as diferentes pegadas e constatei que havia ursos vindo de praticamente todas as direções, exceto do oeste, do outro lado do rio, das Montanhas. Andei milhas até que ficou muito tarde para continuar e voltei para cá. O que me preocupou foram as pegadas que vinham da montanha de onde viemos." Ele concluiu.

"O que vamos fazer então?" Perguntou Bilbo aflito. "E se estes ursos atraírem os wargs e orcs até aqui? Seremos todos mortos! Pensei que ele havia dito que não era amigo dessas criaturas."

"E disse mesmo. E não seja tolo! É melhor ir para a cama. Sua inteligência está com sono." Ada disse um tanto quanto irritado.

"Não se preocupe Bilbo. Eu conheço bem Beorn e também conheço seus amigos. É muito provável que eles estejam neste exato momento caçando os orcs que tiverem entrado na floresta. É por este e outros motivos que ele ordenou que ficássemos aqui e o motivo pelo qual eu fiquei, para proteger vocês." Conclui.

Enquanto conversávamos, Kili se aproximou de Fili e cochichou em seu ouvido, dizendo que queria falar com o irmão a sós. Eles se levantaram e foram para os fundos da casa para conversar a uma distância da qual eu não conseguia ouvir. Continuei com meus afazeres, sem dar muita atenção para o que eles pretendiam fazer. Coisa de irmão talvez, mas Thorin quis levantar para descobrir. Ele foi atrás dos dois meninos e depois de um tempo os três voltaram, aparentemente aflitos.

"Vimos uma movimentação nos fundos da casa, perto do portão. Iremos ver o que é, talvez seja Beorn." Thorin comentou com os dois sobrinhos logo atrás. Eu me levantei de supetão. Como eu não ouvi nada? Estava tão distraída assim? Me repreendi mentalmente e disse.

"Não! Vocês fiquem aqui e tranquem tudo, mantenham as armas ao alcance. Eu verei o que é." Eu disse. Me transformei em um lobo e corri para fora da casa. Patrulhei os arredores várias e várias vezes mas não encontrei nada, nem sinal de algo fora do normal. Por um instante lembrei da reação de Thorin quando me aproximei da mesa de carpintaria e várias coisas me passaram pela cabeça, mas procurei descartar todas elas.

Quando me aproximei da casa novamente ouvi risos e todos os fantasmas de minha mente começaram a se manifestar. Me lembrei claramente de quando eu era criança e quando as outras crianças não queriam minha presença e inventavam coisas para me manter afastada.

Eu me repreendi novamente. Por que esses pensamentos agora? Pensei que já tinha superado isso. Além do mais, eles são adultos Estelwen e você não é mais uma criança. Pare de pensar nestas coisas. Mas ainda assim, senti meu estômago embrulhar e não me senti à vontade para voltar para dentro. Passei o restante da noite patrulhando e tendo certeza de que estávamos seguros. Mas infelizmente, as vozes continuaram a me assombrar.

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