Perverso

Wennie_welley द्वारा

141K 11.1K 1.5K

Obra inspirada em A bela e a fera 🌹 Jade perdeu seus pais muito cedo. Engana por May, ela foi parar em um pa... अधिक

Aesthetic + vibes
Prólogo
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo final
Agradecimentos + notas finais

Capítulo 37

2K 176 36
Wennie_welley द्वारा

POV Sebastian Stan:

Desde que a ouvir cantar, pela primeira vez em anos senti paz. Enquanto virava uma garrafa inteira de vodca na boca, jogado em uma das mesas daquele bar fedido, parecia haver apenas nós dois, que ela cantava apenas para mim. Embora os homens ao meu redor estivessem mais encantados com as mulheres rebolando em seu colo, Jade me chamou atenção apenas com sua voz.
Uma luz iluminou seu rosto maquiado, os lábios possuíam uma cor vermelha que fazia um belo contraste com os olhos extremamente verdes e sofridos, talvez isso tenha me feito sentir tanta atração, por mais mórbido que seja. Quando seu rosto pálido não saía dos pensamentos foi que percebi estar obcecado.

Passei as semanas seguintes visitando a boate com a desculpa de "resolver  assuntos" só para ouvi-la. Em uma noite, quando um homem foi mais rápido que eu e a levou para o quarto, surtei. Briguei com a primeira pessoa a minha frente e fui por um caminho que me levou ao terraço, May não interromperia, ela devia-me até sua alma.
Acendi um baseado e traguei, ouvindo sua voz em meus pensamentos.
Uma pedra caiu no chão, roubando minha atenção. Era ela.
Frente a frente senti ainda mais vontade de agarrá-la, mas não podia fazer aquilo perante a situação. Jade estava prestes a tirar sua vida. Senti-me traído, como se sua vida já pertencesse a mim e ela estivesse tirando-a sem meu consentimento.
Como poderia deixar a garota que assombrava meus devaneios morrer sem ao menos tocá-la? Fiz a promessa de tirá-la daquele sofrimento, hoje estamos aqui e ela está tão distante quanto naquela época.

Olho para a aliança em meu dedo.
Jade deu as costas para mim com os olhos marejados, senti verdade em suas palavras e vergonha pela vontade de confortar seu corpo frágil.
Essas semanas foram duras, perceber que minha plena felicidade dependia de um sorriso dela foi um baque e tanto, mas meu orgulho ferido conseguia sobressair.
Havia um rio de sangue nos separando.
Eu queria machucá-la de alguma forma, trazer Lola aqui foi apenas uma tática para fazê-la perceber que também precisa de mim, mas as duas coisas que mais odeio estavam acontecendo, eu estava apaixonado e perdendo o controle.

Essa situação não poderia se estender, pessoas apaixonadas não pensam, elas se tornam seu lado mais animal e fazem besteiras sem pensar. Eu tinha uma empresa e negócios nas mãos, não podia deixar me levar por uma bobagem.
Passo as mãos no rosto.
Meus níveis de cortisol continuam aumentando.

Olho pela janela, Lola e Marília já havia chegado com diversas sacolas.
Reviro os olhos.
Lola não parava de falar, ontem a noite quase costurei sua boca para abafar os gemidos escandalosos.
Tentar esquecer a Jade tinha um preço alto, e não estava funcionando.
Olho para Herald, ele estava no canto da sala com as mãos em frente a barriga.

— Amanhã você deixa a Lola onde encontrou, não aguento mais essa vadia! — Ordeno.

Ele assentiu calmamente.

— Prepare meu carro, tenho assuntos para resolver.

— Certo, senhor Stan.

Herald saiu da sala me deixando a sós, bebi o resto de uísque no copo em apenas um gole.
Estava na hora de seguras as rédeas novamente, meu pai estava a polegadas da morte e em poucos dias a empresa seria completamente minha.
Saí de casa sem que Lola notasse, odiaria ter que ouvir sua voz por mais algum tempo.
Meu carro, um BMW de última geração, percorria a estrada a 100 por hora, era tão deserto que seria impossível acontecer algum acidente.
Seguro firme o volante abafando um suspiro.

Eu parecia ter a Jade nas mãos, mas, ao mesmo tempo, ela era livre o suficiente para escolher se ficaria comigo ou não. Jade é uma egoísta, tanto quanto eu. Ó sim! Pelos céus, ela é. 

Eu não importava com seus olhos cheios de lágrimas quando me viu com Lola, com seu queixo tremendo ao dizer o quanto me odeia ou se fico duro só de pensar em tê-la novamente em meus braços. Merda, eu me importava, e foi a partir daí que surgiram meus problemas. Talvez o nosso distanciamento tenha sido bom, pois a dias atrás eu poderia facilmente dizer que a amo sem pensar duas vezes.

°  °  °

Suor pingava no ringue. Michael dava pulinhos de um lado ao outro da lona, eu mirava meus olhos em seu rosto, sua boca sem proteção alguma, seria um excelente local para um soco bem-dado, mas não seria covarde a esse ponto.
Michael tenta me acertar um jeb, mas sou mais rápido e acerto seu estomago. Ele apertou os olhos engolindo o ar entre dentes, a adrenalina em seu corpo lhe fez ignorar a dor e ele voltou a proteger seu rosto da mesma maneira de antes com uma expressão de dor. Aproveitando seu momento de fraqueza vou para cima dele e despejo uma série de socos.
Minha boca tinha gosto de sangue.
Meus olhos não focavam mais no mundo ao nosso redor, apenas em Michael.
Ele se protege caindo no chão em posição fetal, e eu continuo em cima dele exalando raiva. Michael bate duas vezes no ringue com a mão, então paro com muita relutância.

Isso costumava acontecer, na escola eu era temido por todos, não por carregar um sobrenome importante e sim porque comprava briga a todo custo. Quando via os adversários caídos no chão, meus olhos pareciam mudar, não ouvia mais as vozes ao meu redor e quando ele já estava tão ensanguentado que mal podia desviar dos meus socos, implorando para eu parar, me sentia um deus.

— Seu filho da puta — murmurou Michael se sentando no chão, apesar de proteger seu rosto a todo custo escorria sangue do seu supercílio —, você disse que queria treinar, não me matar.

Sorrio desenrolando a faixa da mão, com o peito exasperado.

— É para isso que está aqui, não?

Michael bufa.

— Sou seu treinador, não saco de pancadas.

Estendo minha mão para ajudá-lo a levantar, porém, ele a empurra para o lado e levanta sozinho.

— O que aconteceu? Você está mais estúpido que o normal.  — Não respondo e continuo tirando a faixa da mão. — Brigou com a sua esposa?

Solto um sorriso nasal.

— Virou vidente?

Deu de ombros.

— Se eu tivesse uma alguém como a Jade em casa não estaria aqui vendo homens suados se esmurrando, estaria em casa fodendo

Lanço-lhe um olhar ameaçador. Ele sabia risco que tinha em começar com esse assunto, já havia lhe dado bofetadas após ele mencionar os seios marcando na camisola da Jade. Michael costumava fazer esse tipo de piadas com a namorada de todos, mas ele sempre ultrapassava o limite quando se tratava da Jade, parecia adorar me ver perder a cabeça por ciúmes.

Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, ele segura as cordas do ringue e empurra seu quadril para frente e para trás ritmicamente, como se estivesse a enfiar em alguém. Meu peito arde em raiva quando o mesmo dá um tapa no ar fazendo os outros rirem.
O empurro e ele cai para trás rindo, isso me dava ainda mais raiva. Vou para cima dele com um soco pronto no punho, para realmente machucá-lo, mas ele ergue as mãos implorando para eu parar.

— Era brincadeira! — Cerro o punho apertando a mão. Os homens ao redor esperavam por um soco meu, mas brigar pela Jade parecia ainda mais ridículo quando eu pensava sobre. — Você precisa relaxar, cara.

Saí de cima dele respirando fundo, sentei no chão apoiando o antebraço no joelho. Michael olhou-me percebendo minha fúria e sentou ao meu lado. 
Cuspo o protetor de dentes no chão.

— Ainda estão brigados? — Perguntou estendendo uma garrafa com água para mim.

Assenti a cabeça cautelosamente enquanto bebia a água.

— Vai mesmo liberar ela depois que seu pai morrer? 

Rolo os olhos até ele.

— Pensa que sou idiota? Ela sabe demais. 

— Vai mesmo matá-la? 

— Esse não era o plano desde o começo? — Jogo a garrafa do outro lado do ringue. — Por que, está com pena? Ultimamente você ta defendendo muito ela.

Michael ergue as mãos.

— Uma hora você está louco por ela, depois brigam e se odeiam. Não me culpe por ficar confuso com esse seu relacionamento doentio.

— Nada me impede de matá-la.

Ele sorrir.

— Sei.

— Topa mais um round? — Pergunto.

Michael franze o cenho e levanta do chão.

— Vai se foder, Sebastian.

Ele me ajuda a levantar do chão com um puxão, eu o empurro e começamos a rir. Depois fui contar-lhe sobre a noite com Lola, eu queria que parecesse ter sido ótimo, seu corpo bem voluptuoso em cima de mim, os belos cabelos tingidos e a sede incansável por mais. Mesmo assim, Michael pareceu perceber o que eu estava tentando fazer e mudou de assunto como o bom amigo que é.

Horas mais tarde, após mais um dia no escritório negociando alucinógenos com alguns compradores, voltei para casa. Já estava tão chapado que mal conseguia enfiar a chave na ignição, mesmo assim consegui chegar sem ocasionar nenhum acidente.
Fui para a sala de jantar, não havia ninguém lá além da empregada, limpando a poeira da mesa. Andei até a sala de estar, abri as portas de forma abrupta, fazendo a Jade, que segurava um livro, saltar em um pequeno susto.
Quando percebeu ser eu, voltou sua atenção para o livro com o peito descendo e subindo.

— O que faz aqui? — Pergunto olhando bem para ela.

Ela ergueu o livro como se fosse óbvio.

— Marília não lhe avisou que é hora de dormir?

Um sorriso sarcástica se formou em seus finos lábios, os olhos verdes rolaram até mim.

— Ela passou o dia inteiro servindo aos caprichos da sua... garota. — Desdém era evidente em suas palavras.

— Certo. Não deveria estar aqui nesse horário, vá para seu quarto.

Jade levantou do sofá com a mandíbula travada, segurando o livro nas pontas dos dedos, bufando. Não pude deixar de notar a camisola de seda que desenhava bem o contorno do seu corpo, era possível observar o bico dos seios rígidos.
Ela passou por mim com pressa, mas coloquei meu braço a sua frente, impedindo a passagem. Jade olhou para cima, com os lábios semiabertos, costumava fazer isso quando estava intrigada.
Cerrei os punhos contendo a vontade de beijá-la, pelos céus, sua boca parecia ainda mais cativante quando ela estava com raiva.

— O que você quer? — Sussurrou ela.

Engoli a seco.
Abri a boca para dizer algo, mas não saía nada.
Virei o rosto para o lado e saí do caminho.

— Lola vai embora amanhã, não se preocupe, Marília continuará sendo sua governanta. — Digo por fim.

Ela ficou algum tempo parada na mesma posição, digerindo a situação, mas em seguida saiu do local. Ouvi seus pés descalços batendo nos degraus, até o som parecer imperceptível.
Passei a mão no pescoço, respirando fundo.
Meu corpo parecia pegar fogo, as drogas sempre fazem as situação parecerem mais intensas do que são.
Fui para meu quarto após virar um copo de uísque, assim que abri a porta avistei Lola dormindo.
Tirei os sapatos, a camisa e por fim me joguei ao seu lado.

— Por onde esteve? — Perguntou ela com a voz sonolenta. — Você demorou.

— Já tenho uma esposa, Lola, e ela é a menos interessada no que faço. — Respondo ríspido.

Ela arqueia as sobrancelhas.
Fecho os olhos soltando o ar pela boca, tudo ao meu redor girava.

— Vou embora amanhã, o que acha que finalizarmos isso com chave de ouro? — Sinto sua mão descendo pela minha coxa. — Não nos veremos por bastante tempo.

— Não estou afim.

Exclamou um "humpt".

— Você não era assim.

Ela levanta da cama indo em outra direção do quarto, sento na cama revirando os olhos.

— O que quer dizer com isso?

— Quero dizer que você nunca me negava sexo.

Mordo o lábio inferior com força, merda odiava ser cobrado.
Lola parou no canto do quarto, segurando sua bolsa, pensativa.

— Você gosta dela, não é?

Franzo o cenho.

— Do que tá falando?

Ela se aproxima novamente de mim, em passos lentos, parando na borda da cama.

— Da sua esposa, você realmente gosta dela. — Finalizou.

Ergui meu tronco e coloquei minha mão ao redor do seu pescoço com um pouco de força, a principio ela se assustou.

— Você não sabe de nada.

Ela sorrir provocando.
A puxo para cima de mim, rapidamente nossos lábios se encontram em um beijo feroz.
Apertava sua cintura com força invertendo as posições.
Não demorou para os gemido escandalosos começarem, coloquei minha mão em sua boca na tentativa de abafar.

De repente não era mais a Lola ali, Jade invadiu mais uma vez meus pensamentos. Os gemidos passaram a ser mais calmos, era seu corpo perfeitamente frágil embaixo de mim, era suas unhas arranhando minhas costas e seu pescoço cujo deixava marcas.
Juntei nossas testas fitando seus olhos verdes.
Queria despejar todos os meus sentimentos ali, mas tinha ciência de que ainda era Lola com seus gritos escandalosos embaixo de mim.

Na manhã seguinte acordei com uma ligação do hospital que meu pai estava internado, ele havia falecido nessa madrugada.

Nota da autora: não sei se ficou muito bagunçado a narração, mas seria impossível colocar toda a personalidade do Sebastian em apenas um capítulo. Pensei em fazer uma duologia contando a história narrada por ele após finalizar a obra, mas vou ver conforme o resto dos capítulos.

Espero que tenham gostado, deu um pouco de trabalho escrever isso aqui.

Qualquer coisa posso escrever outro POV dele, porque assim vocês conhecem mais da vida dele antes da Jade.

पढ़ना जारी रखें

आपको ये भी पसंदे आएँगी

1M 6.7K 5
NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!!!! PLÁGIO É CRIME!! UMA SAGA DA FAMÍLIA MATARAZZO. AQUI VOCÊ IRÁ CONHECER OS PRIMOS MATARAZZO. E SUAS AVENTURAS! 🚨Este livro...
1.9K 104 27
Rubi uma jovem de 18 anos que vive com os pais e o irmão mais novo, ela vivia normalmente como uma adolescente normal. Até que um dia uma mensagem u...
974 151 10
[CONCLUÍDA] Caçadores humanos atacam Transilvânia, - a cidade dos monstros - e usando seu aparelho de teletransporte, Lucy, uma jovem vampira, acaba...
126K 8.4K 47
1° livro da trilogia Profanação. Lilith River é uma garota tímida e retraída. Sem amigos, ela sempre sentiu que era sozinha no mundo, não era mereced...