Da guerra ao Amor

By VGOliverAutora

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No início das guerras, forjado no calor da batalha, sem nenhum tipo de pudor, onde a violência impera e o san... More

AVISOS E EXPLICAÇÕES!
Personagens
Sinopse
Prólogo
A Guerra
O Demônio
O Começo do Tormento
Uma noite sem estrelas
Novos Caminhos
A Ira do Demônio
Assuntos de Guerra
Rio de Sangue
Intrigas - Parte I
Intrigas - Parte II
O Retorno
Saudade
Desejo
Os Visitantes
Olhos de Mar
Jardim do Entardecer
Declínio no Horizonte
O Grande Torneio
Encontros ao Acaso
Traições
Planos
Dor
Desamor
Despertar
Não me deixes
Desolação
Mentiras e Verdades
Distorções
Lírios de Sangue
Pensamentos sem fim
As flores pelas quais sangrei
Meu paraíso em sua escuridão

Memórias

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By VGOliverAutora

*Obs.: Capítulo contém cenas de abuso e agressão física.

"Omnis victor est bellator qui in dolore multarum cladium compositus est" (Todo vencedor é um guerreiro que foi forjado na dor de muitas derrotas)

- Leonarado Bresla

Mardok

Eu lutaria com Adonir um magnânimo guerreiro e estrategista, com toda certeza seria uma luta interessante. Aubalith poucas vezes resolveu participar desse torneio, nunca gostou de exibir-se, sempre preferiu guardar seus dons de luta para a hora da guerra , mas intrigantemente ele resolveu que participaria dessa vez e ele caiu com Assuma um jovem, porém valente guerreiro. As lutas prometiam grandes emoções eu só não esperava as surpresas que Marduk se encarregará em colocar no meu destino.

Quais tormentas os Deuses mais queriam me provocar? Depois de todo o meu suplício com o treinamento desumano do meu dito pai eu desconhecia algo que me fizesse cair de joelhos. Lembrei - me de quando me dei conta aos dez anos e nos anos seguintes a que se eu quisesse sobreviver nesse mundo, eu precisaria ser pior do que as pessoas que me causavam dor.

A lembrança arrebatou minha mente me levando de volto a quando eu era um garoto que não tinha nada, não importava ao Imperador Mardok I se eu era seu filho legítimo, me infligir dor e me fazer quebrar era o seu intento mais ferrenho, eu entendi anos depois. E eu me certifiquei que ele entendesse que nunca me subjugaria. Quando o demônio em mim foid espertado não havia homem no mundo capaz de pará - lo nem mesmo o homem que o alimentou com ódio.

Passado on

Mardok 10 anos de idade

Frio.

Fome.

Dor.

Meu corpo magro jogado de qualquer jeito em uma pequena gaiola. Estava a uma semana comendo os restos de pão e uma água que fétida, meu pai, o Rei queria me ensinar uma lição. Que lição era essa? Eu desconhecia. Ouvi a pesada porta abrir e o velho doente entrar com um sorriso sórdido no rosto acompanhado de mais dois homens. Suspirei engolindo minha revolta.

Era assim que os futuros reis eram tratados? Era esse o treinamento que recebiam? Eu não queria nada disso, não pedi por nada disso. Se eu pudesse escolher com toda a certeza eu não iria querer ser o primogênito de Mardok Uard I.

- Ora, o moleque está acordado. Vamos ver até onde ele consegui ir para defender a própria vida.- Mardok I falava com um sorriso afetado. Por experiência própria sabia que estava bêbado e quando ele estava nesse estado as coisas só tendiam a priorar para mim.

- Vamos ver como o garoto se sai lutando contra dois guerreiros feitos.- Encarei os dois homens que me miravam com um sorriso atroz e lascivo. Eu já havia visto esse sorriso antes. Mardok I tinha o costume de me por para lutar com outros garotos alguns um pouco mais velhos quem perdesse seria castigado. Teria o corpo ofertado para ser mutilado e violado pelos seus homens.

Eu nunca havia perdido uma luta, mas nunca precisei enfrentar soldados experientes e treinados antes, geralmente eram jovens mais velhos e quando eu não os matava os via serem torturados e ter seus corpos estuprados e invadidos pelos bastardos dos soldados de meu pai, assim que eu pudesse, se eu sobrevivesse mataria cada um, um por um.

Olhei bem no fundo dos olhos escuros daquele velho nojento e me enxerguei ali. Meu pai se é que posso chamá - lo assim queria me punir, mostrar - me o meu lugar de inferioridade, pois matei a mulher a qual amava.

Dentro de mim amaldiçoei ele e Nineveh por ser fraca e morrer deixando - me o fardo de aguentar a ira de um homem inescrupuloso e sem o mínimo de honra. Torci meu pescoço me preparando para lutar.

Decidi ali que se eu sobrevivesse não deixaria Mardok I, o flagelo da Assíria brincar comigo como se eu fosse seu fantoche, seu saco de pancadas regular. A partir de hoje se eu respirasse ainda eu seria seu pesadelo, não ele o meu.

Eu seria o caos, seria mais pérfido e vil que ele, e se algum da eu tivesse que matá - lo o faria. Se eu me salvasse eu seria grande, faria o nome Uard morrer, depois de mim não viria mais ninguém, e eu seria o senhor do mundo conhecido, cavalgaria tal qual um executor do submundo trazendo morte, devastação e destruição. Eu foderia o mundo. Derrubaria Reis e dizimaria nações. Eu mostraria aquele verme a minha frente que o material que me fizeram era muito mais resiliente que o dele.

Meu corpo jovem e debilitado seria um empecilho, apesar de ser um garoto muito grande para minha idade como diziam, não poderia contar com força ou com o meu porte, pois eram homens feitos e bem maiores que eu, além disso estavam em melhor condição, tudo que eu tinha era fome e revolta. Então resolvi encarar os dois homens a minha frente como presas. Eu os cercaria, me fingiria de fraco e depois os cortaria.

- Abram a gaiola e vamos ver do que esse verme é capaz. Depois vocês podem fazer o que bem entenderem com ele.

- O garoto tem longos cabelos, o rosto dele é de alguma forma feminino, és muito bonito. - Falou enquanto ajeitava seu pau no meio das pernas. Aproveite para tocá - lo muito, pois será a última vez que o terá grudado no corpo velho asqueroso.

- Deve ser uma delícia me fartarei dele. Está ouvindo garoto? Não lute muito e quem sabe eu seja delicado quando invadir seu corpo. - Vi um lampejo de dor passar pelo rosto do que se diz meu pai. Muitos dizem que eu ostentava os traços de Nineveh apesar de as características mais marcantes serem desse ser asqueroso a minha frente. Trinquei os dentes ocultando minha fúria.

- És mudo? - A gaiola foi aberta e eu puxado bruscamente pelo homem que dizia tamanhas asneiras. Eles não sabiam quem eu era? Provavelmente se eu não os matasse ambos seriam executados depois. Eram apenas peças no jogo que meu pai fazia comigo. Para me destruir. Para me quebrar. Para me aterrorizar.

Quando consegui levantar - me tive meus cabelos puxados com força para trás. O bafo fétido de merda e bebida do infeliz próximo as minhas narinas fez meu estômago embrulhar. Dei um sorriso cruel não permitiria que ninguém me humilhasse. Eu humilharia, eu subjugara e aniquilaria hoje e sempre.

Eu já tinha notado a faca longa que o velho carregava em seu cinto, o porco gordo se distraiu tentando me tocar inapropriadamente e puxei o objeto afiado em um movimento rápido enfiando - a na barriga dilatada dele.

Não satisfeito alavanquei a faca rasgando todo o caminho até o seu externo, sua carne se abriu como as poucas flores de lótus que observei no Aquitu, a celebração do ano novo Assírio no festival da primavera, me dando o prazer de ver suas vísceras escorregando de dentro de seu corpo imundo, seu sangue nojento manchando minhas mãos e braços.

O cheiro de morte tomando o ar e me dando uma sensação de poder. Eu estava fascinado em como o velho convulsionava, se debatendo enquanto sua vida se esvaia. Eu percebi que havia uma apelo na morte, na guerra e no sangue, um fascínio tentador.

Observei analítico o outro homem que se encontrava abismado, paralisado e acuado. Parecia - me com medo e esse medo renovou as forças do meu corpo debilitado. Me sentia revigorado, como se tivesse passado por um tratamento.

- Disse - me majestade que o escravo estava debilitado. Alguém debilitado não eviscera um homem com o dobro do seu tamanho... - Falou voltando - se para o meu velho pai. Eu estava certo Mardok I não havia dito que o garoto que estava trancado em uma gaiola como um escravo ou um animal selvagem era o seu filho, o herdeiro do trono Assírio. Velhos covardes e capciosos.

- Garoto... - O homem praticamente implorou ao dizer meu nome olhando novamente para o meu pai que assistia a tudo estático, parecia que o álcool havia escapado do seu corpo finalmente. Andei a passou lentos e comedidos até o segundo suposto algoz.

- Ele está... Está possuído ele é um demônio... Um de-mô-nio Assí-rio. - O covarde gaguejava. Pensei que seria mais difícil dete - los, os jovens aos quais eu matava eram mais fortes e corajosos que esses vermes que Mardok I trouxe para "punir - me" por ter nascido e matado sua esposa. Eu não desviei os olhos do covarde magro e fétido defecando e urinando de medo, talvez eu tenho algo escuso e doentio dentro de mim.

Avancei sobre ele segurando a faca com firmeza a enfiei no peito do homem e girando - a com facilidade - os olhos dele vidrados, apavorados pareciam não absorver o que se passava. Lambi o sangue na faca, limpando - a e enfiei minha mão onde o cortei e arranquei seu coração. Senti o órgão desprendendo de deu corpo ainda quente, eu jurava que ainda o sentia pulsante e ativo. E eu o comi. Mordi, mastiguei saboreei o coração sangrento de quem seria meu inimigo.

Banhado de sangue virei - me para o meu pai que ainda se fazia estático, pavorosamente rígido, os olhos saltados, mirando - me incessantemente. Andei até ele.

- A próxima vez que me colocar abaixo de quem sou será seu coração sendo mastigado e cuspido. Ouviu bem, papai. - O velho nada disse apenas deixou - me passar.

A partir desse dia meu treinamento foi focado apenas em como matar, resistir e liderar. Barsim tomou as rédeas totais dos meus ensinamentos e eu quase não via Mardok I. E eu estava bem com isso.

Passado off

Fui trazido pelos gritos das pessoas esperando o espetáculo. Olhei a arquibancada vagamente e vi Kassandra com as mãos em concha no peito, aflita. Aflita por mim? Sorri, isso estava se tornando muito frequente, sorrir era algo que eu estava fazendo muito ultimamente. Mas era inevitável sentir-me feliz ao olhar a face angelica e linda dessa menina. Tão pura.

"Tão linda... Tão minha, sempre serás minha" - Pensava ao olhá-la, logo me recompôs e encarei meu adversário que era alto, parecia também ser audaz e forte. Não duvidava disso nunca desdenhei do mais aparentemente fraco guerreiro com quem quer que fosse lutava demonstrando respeito.

Eu queria e ansiava que a armadura de Kassandra caísse e ela me desse sua lealdade, a nuri era reticente comigo e eu não poderia culpá - la. Hoje eu tinha a consciência que a queria por vontade própria e não faria nada que ela não quisesse, tudo seria consentido e prazeroso, ela mesmo que sem perceber gostava dos jogos que fazíamos da tensão e erotismo que nos cercava quando estávamos juntos - Sim, que tinha certeza que a pequena nuri ela gosta de mim se não gostasse não ficaria preocupada, Kassandra não era dissimulada, eu estava depositando o pouco de confiança que me restava na vida em sua lealdada - Pensava enquanto ia em direção ao mostruário das armas onde escolheríamos nosso instrumento de batalha.

Adonir escolheu uma massa com crivos presa a uma corrente na ponta que possibilitava manuseá-la a uma distância considerável do seu oponente. - Boa escolha... - Pensei olhando - o com um meio sorriso e se virou para o público, seus súditos. Se tinha uma coisa que um bom assiriano gostava era de uma boa luta e nós iríamos dar isso a eles.

- Meu povo, eu Mardock Uard II, o demônio assírio, lutarei sem nada em minhas mãos, lutarei perante todos vocês de punho limpo contra esse forte e destemido guerreiro. - Falei excitado em lutar, a luta, a guerra me deixava em estado de alertar depois do torneio eu trataria de descarregar a adrenalina restante na minha nuri, eu gostava de impor respeito e sentia que de certa forma seus homens estavam afrouxando por conta de seu envolvimento com a cigana e o demônio em mim não poderia permitir que isso acontecesse, seus guerreiros o respeitavam porque o temiam e a ousadia deles estava cada vez mais notória. Eu era temido, sempre foi e continuaria a ser no que dependesse de mim.

Que os ventos do destino desviem os tentáculos do caos... Ouvi como um agouro a voz similar ao assobio do vento, um assobio do além. Sacudi a cabeça me concentrando na minha luta.

Aubalith

Meu primo era a personificação da exibição. Olhei - o dar um meio sorriso enviesada para a arquibancada e revirei os olhos. Suspirei concordando que por mais que achasse essas demonstrações de poder cansativas eram boas para pressionar os soldados que estavam cada vez mais relaxados, o boato sobre Mardok e a cigana se espalhou por Assur e abismou todos na cidade - estado. Mardok está impondo o limite e mostrando que o demônio continua pulsando dentro dele.

Observei a jovem Kassandra arregalar muito os olhos e apertar a mão de Andreyna que também encarava a revelação do imperador no mínimo abismada. Olhei novamente para Mardock e notei que sutilmente meu primo tentava acalmar sua serva, talvez Mardok fosse arrogante demais para entender ou até assumir, mas ele já estava perdido no amor pela jovem cigana.

Olhei minha Andreyna e ela me deu um raro sorriso que fez o meu coração acelerar e suspirei resignado - Será que Mardok estava certo e essas ciganas traziam consigo algum tipo de feitiço - eu estava tentando uma nova abordagem com ela, dispensei minhas amantes habituais para me dedicar a ganhar sua confiança. Sabia que seria difícil, desde Sabine apareceu em minha casa tirando satisfações que eu não devia a ela e dizendo estar com um filho meu no ventre, todos os avanços que eu fiz com a minha cigana regrediram para um limbo de amizade e cortesia.

Maldita hora que eu não ouvi meu primo e me cuidei mais, cai na conversa de messalina golpista e estava constrangido, por isso ainda não havia comunicado sobre esse problema ao Mardok, porque eu sabia que ele iria querer que a vagabunda fizesse um aborto compulsório.

E por mais que eu não quisesse essa criança e tivesse odiando com todas as minhas forças a mulher que a estava gerando, jamais a obrigaria a tirar sua criança, para mim era antinatural, se fosse uma escolha dela eu ficaria aliviado e daria um jeito que fosse feito, mesmo sendo ilegal perante a lei do conselho Assirio.

Infelizmente não é o caso só me resta arcar com as minhas responsabilidades, depois que o curandeiro me confirmar o tempo de gravidez e eu me certificar se a vadia não tinha outro bem feitor eu faria uma acordo financeiro com a prostituta e criaria o bastardo da melhor forma possível.

Voltei - me novamente para a arena analisando as inconsequências do meu primo, pensando bem sua peripécia seria útil para eu conseguir avaliar o quão forte Mardok estava, pois lutar com um guerreiro tão forte e experiente como Adonir de mãos limpas poderia ser uma loucura, ainda mais com o guerreiro rival armado de um instrumento de luta tão poderoso.

Olhei de canto de olho para a pequena cigana e a vi se revirando na luxuosa e confortável cadeira do camarote real, estreitei os olhos para o evidente sentimento nos olhos de Kassandra. O que inferno Mardok fez para a garota se apaixonar por ele? Seus olhos umedeceram involuntariamente, definitivamente a cigana estava apAixonada.

Inadmissível. Eu tentando ser o melhor homem possível, apesar dos meus deslizes óbvios, que não deveriam afetar o julgamento dela já que nunca tivemos um compromisso por falta de vontade da própria sempre fugindo de mim como se eu fosse o próprio cão das portas do inferno. E o Mardok que deveria estar com saldo negativo ganha o coração da sua cigana fazendo simplesmente nada de bom. Suspirei invejando a sorte do meu primo insano.

Mardock aparentemente notou a preocupação da sua menina ao ver o gesto negativo que ela fez com a cabeça, ele olhou diretamente para ela como se para acalmá - la a vi respirar fundo e relaxar. Era estranho que eles se comunicassem com o olhar, eu havia perdido algo tentando resolver os problemas em que eu me meti. Meu primo estava completamente e de todas as formas possíveis apaixonado e um demônio como ele não sabia amar pacificamente, tinha medo que essa paixão trouxesse o caos.

Olhei meio com pesar Kassandra traria o melhor e o pior de Mardok bastava saber se ela conseguiria lidar com o homem, o imperador e o demonio que dividiam espaço no interior dele.

Vi o guerreiro Adornir olhar o imperador surpreso pela audácia de seu Soberano, ele era um exímio guerreiro sabia a dimensão da força de seu soberano, era um movimento arriscado do meu primo, mas aquele ali não dava ponto sem nó, vi o Adonir pegar uma massa pesada de crivos, mesmo com a diferença óbvia de armamento não seria desonra caso por um milagre esse guerreiro derrotasse o grande e impiedoso demônio Assírio.

Sorri de canto com a petulância de Mardok, sabia que ele não perderia a luta, vi meu primo lutar no campo de batalha e fora dele com os mais devastadores guerreiros, dos mais variados povos e ele venceu todos, se o demônio Assírio achava que conseguiria vencer Adonir de mãos limpas, poderia apostar toda sua fortuna como ele conseguiria.

O vi se posicionou na arena concentrado em lutar, definitivamente decidido a vencer. Adonir o olhava feroz, determinado e amedrontador. E finalmente a luta começou seu adversário correu em uma velocidade considerável girando fortemente a massa que tinha em mãos ao alto da cabeça.

Assim que Adonir jogou a arma para acertá-lo com um impressionante reflexo o imperador desviou rapidamente, prostrando-se de joelhos a alguns metros do oponente que novamente corria para atacá-lo e mais uma vez com impressionante reflexo Mardock desviou.

- Ele está cansando o Adonir... - Constatou Aubalith para si mesmo.

Mardock continuou nesse ritmo defendendo-se, esquivando-se até que os ataques de seu oponente tornaram-se cada vez mais lentos, menos frequentes, cansados... Quando espertamente o imperador viu que seu oponente poderia ser abatido esperou por mais um ataque dele e quando esse o fez segurou fortemente a corrente que segurava a massa.

Adonir puxou com toda a força a corrente de volta para si tentando livrá-la das mãos de Mardock. Meu primo deve ter esfolado as mãos eu já o tinha feito antes, o público estava extasiado a luta estava saindo melhor que o esperado. Mardock apertou mais forte a corrente e puxou apenas uma vez contraindo os músculos e fazendo com que Adonir caísse soltando a massa.

Mardock jogou o objeto longe incentivando a luta direta, corpo a corpo. Adonir levantou-se e iniciou - se uma luta corporal brutal, eles lutavam ferozmente socos, chutes eram trocados de maneira violenta. Kassandra e Andreyna assistiam a tudo assustadas cada uma de um lado meu.

Adonir era um pouco mais baixo que Mardock, em num golpe certeiro Adonir conseguiu atingir meu primo no abdome fortemente, mas o imperador não se abateu e conseguiu girar o corpo por trás do outro guerreiro o travando num mata leão perfeito.

Adonir ficou vulnerável e sem conseguir livrar-se do golpe bateu três vezes no braço de Mardock e levantou a mão logo em seguida acabando a luta e fazendo com que mais uma vez o soberano Assírio saísse vitorioso de uma luta que foi épica. A arquibancada em peso aplaudiu e o reverenciou, o próprio Adonir o comprimento e saudou ao exímio guerreiro que ele era.

Dado momento desci para a Arena a fim de me preparar para a minha luta deixando as ciganas com alguns guardas. As demais lutas correram normalmente, lutei contra Assuma e o venci numa luta memorável. Encontrei meu primo sentado nas acomodações internas da Arena limpando o corpo ainda suado da luta e passando um unguento nas mãos fodidas.

- Aubalith com Ador incapacitado, penso que Alaha recuará por agora. - Mardock fez uma constatação que eu nãoa creditava ser certa.

- Acredito que acontecerá o contrário, fique em alerta você demonstrou interesse e apreço por Kassandra para toda a aristocracia Assíria. Alaha vai atacar onde ele acha que está vulnerável e Kassandra é o elo fraco da sua corrente. Sugiro que dobre seus cuidados com ela. - Ele me encarou pensativo e preocupado.

- Seguirei seu conselho, primo. Kassandra tem os sombras a seguindo. Confio que sua integridade está segura. - Assenti calmamente.

Eu temia que algo acontecesse com a jovem cigana e com isso Mardok saísse de seu centro. Homens como nós que não nos agarramos a nada ou a ninguém quando achamos o que nos prensa podemos ser irracionais ao extremo e com tudo que está em jogo uma escorregada do intempestuoso do meu primo e todos os nossos esforços estarão perdidos. Eu precisava buscar meios de alcançar esse maldito traidor e acabar com as revoltas internas.

Que os céus estejam a nosso favor.

Narrador

Ao longe em um lugar escondido de todos Alaha olhava a tudo irado, essa era a chance de seu filho se o imprestável do seu sobrinho não tivesse quase matado-o, lutar de mãos limpas contra os mais imponentes e experientes guerreiros do reino era praticamente pedir para morrer, e se seu querido e amado sobrinho queria morrer ele poderia facilmente fazer esse favor para ele, mas com Ador incapacitado tudo ficou mais difícil o único aliado de relativa confiança era Bail, não poderia arriscar-se a ser pego. Se fosse seu filho no lugar desse estúpido e honesto guerreiro teria envenenado a espada de Ador e apenas um corte fundo e certeiro o suficiente para não levantar suspeitas e todos os anos de exilio e batalhas inglórias seriam recompensados, o trono que lhe era de direito finalmente seria seu, mas por conta da incompetência de seu filho essa oportunidade valiosa escapou das suas mãos.

Obs.: Aquitu ou Aquitum era um festival de primavera da antiga Mesopotâmia. O Aquitu da Babilónia teve um papel fundamental no desenvolvimento das teorias sobre religião, mitologia e rituais, porém o seu propósito continua a ser causa controvérsia entre historiadores de religião e assiriólogos. Celebrava o ano novo Assírio.

Sorry a desculpa to organizando my life que esta caótica. Vou tentar postar Inesperadamente grávida hoje de noite. Bjs.

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