Perverso

By Wennie_welley

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Obra inspirada em A bela e a fera šŸŒ¹ Jade perdeu seus pais muito cedo. Engana por May, ela foi parar em um pa... More

Aesthetic + vibes
PrĆ³logo
CapĆ­tulo 02
CapĆ­tulo 03
CapĆ­tulo 04
CapĆ­tulo 05
CapĆ­tulo 06
CapĆ­tulo 07
CapĆ­tulo 08
CapĆ­tulo 09
CapĆ­tulo 10
CapĆ­tulo 11
CapĆ­tulo 12
CapĆ­tulo 13
CapĆ­tulo 14
CapĆ­tulo 15
CapĆ­tulo 16
CapĆ­tulo 17
CapĆ­tulo 18
CapĆ­tulo 19
CapĆ­tulo 20
CapĆ­tulo 21
CapĆ­tulo 22
CapĆ­tulo 23
CapĆ­tulo 24
CapĆ­tulo 25
CapĆ­tulo 26
CapĆ­tulo 27
CapĆ­tulo 28
CapĆ­tulo 29
CapĆ­tulo 30
CapĆ­tulo 31
CapĆ­tulo 32
CapĆ­tulo 33
CapĆ­tulo 34
CapĆ­tulo 35
CapĆ­tulo 37
CapĆ­tulo 38
CapĆ­tulo 39
CapĆ­tulo 40
CapĆ­tulo 41
CapĆ­tulo 42
CapĆ­tulo 43
CapĆ­tulo 44
CapĆ­tulo 45
CapĆ­tulo 46
CapĆ­tulo 47
CapĆ­tulo 48
CapĆ­tulo 49
CapĆ­tulo 50
CapĆ­tulo 51
CapĆ­tulo 52
CapĆ­tulo 53
CapĆ­tulo final
Agradecimentos + notas finais

CapĆ­tulo 36

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By Wennie_welley

Nota da Autora: capítulo não revisado.

Marília me ajudou a pintar o quarto, apesar dela querer chamar uma equipe para fazer isso, não aceitei, pois, tinha tempo de sobra.
Pintamos o quarto inteiro de uma cor pêssego, era fraquinho, mas incrivelmente conseguiu cobrir todo aquele vermelho sangue.
Foi divertido ver Marília movimentando o rolo, tive que ensiná-la, já que costumava ajudar Ethan com as reformas na boate.

No fim da tarde, os raios de sol entraram pela janela fazendo um belo contraste no quarto inteiro.
Marília pediu limonadas para tomarmos enquanto apreciamos nosso trabalho.
Sentei no chão, com o sol batendo no rosto, sentindo meu coração voltar a doer lentamente.

— Fizemos um ótimo trabalho. — Disse Marília.

Assenti, sorrindo.
Ela suspirou e levantou da cama, então sentou no chão ao meu lado, reclamando dos joelhos já gastos.
Olhei para ela agradecida, nunca imaginei que estaríamos juntas dessa forma.

— Tem visto ele? — Pergunto.

Ela balançou a cabeça.
Fazia dias o Sebastian não aparecia, já estava acostumada com aquilo, mas desta vez era diferente.

— Talvez seja melhor assim, ficar um pouco longe. — Percebo que estou batendo o indicador no copo freneticamente. — Espero que ele não volte a me aprisionar.

— Ele não vai fazer isso, você não é mais uma prisioneira.

— Então por que ainda estou aqui?

Ela calou-se.

— Toda essa situação é muito estranha, ele prefere sair de casa ou invés de me deixar ir. — Suspiro — não sei qual vai ser o final disto, mas estou com medo do que vai acontecer depois que ele chegar.

Ficamos em silêncio, então olhei ao redor mais uma vez, admirando tudo.
Ergui a mão para Marília, ela demorou para perceber que eu queria um toque, mas de forma desajeitada bateu sua mão na minha.

— Formamos uma boa equipe.

Ela sorrir.
Mais tarde, enquanto estava na biblioteca antes do jantar observei um movimento estranho do lado de fora, o carro do Sebastian entrava na garagem.
Afastei a cortina para ver melhor, era ele mesmo. Desta vez não havia sangue seco no seu supercílio ou hematomas em seu rosto, mal parecia estar bêbado como das outras vezes.
Apertei os olhos, parecia haver mais alguém no banco do carona, talvez fosse um de seus amigos.
Cruzei os braços desviando o olhar, peguei o livro e saí de lá antes de vê-lo, queria ter o mínimo de contato possível.

Estava no banheiro, finalizando meu banho quando Marília adentrou o quarto para me avisar que o jantar estava servido.

— Ele chegou. — Avisou ela.

— Eu sei, vi mais cedo.

Tinha algo mais em seu olhar, ignorei pensando ser sua preocupação.
Vesti algo simples, por mais que não quisesse manter contato com ele, de alguma forma eu queria não parecer abalada com as coisas que aconteceram.
Passei um rouge com a Marília me observando por trás, estava tão quieta que quando nos conhecemos.
Virei de frente para ela.

— Aconteceu algo?

Ela piscou algumas vezes e balançou a cabeça.

— Está mais estranha que o normal.

Marília saiu do quarto batendo os sapatos no chão, deixei a maquiagem de lado e corri atrás dela. Para uma mulher de meia-idade ela andava bem rápido, por isso corri a maior parte do tempo.

— O que houve, Marília? — Pergunto.

Ela fez um gesto com a mão ainda andando, desci as escadas batendo os pés descalços nos degraus. Colidi nas costas da Marília quando ela parou para abrir a porta que dava acesso à sala de jantar, observei pela fresta Sebastian sentado.

— Ele não está sozinho, Jade. — Respondeu ela seca.

Marília quase me empurrou para dentro da sala fechando a porta atrás de mim, o barulho tirou Sebastian de seus devaneios, mas havia apenas nós dois lá dentro.
Ele olhou-me por baixo das pestanas, sem levantar a cabeça, como se já soubesse ser eu.
Caminhei em passos lentos até o meu habitual acento, arrastei a cadeira, porém ele fez um gesto para mim.

— Sente-se em outra, minha convidada já ocupa este lugar. — Avisou ele.

Olhei bem para seu rosto, sentindo raiva pinicar meu corpo.
Empurrei a cadeira de volta para o lugar causando o máximo de barulho que pude. Ele apertou os olhos com força, bufando.
Passei por trás dele e sentei do outro lado, olhando para o terceiro prato posto.
Uma interrogação formou-se no meu rosto.

— Sua tia está aqui?

Ele olha-me, mas não responde.

— Ótimo, é bom sermos tão comunicativos. — Coloco o guardanapo em meu colo.

— Você nunca sabe a hora de ficar calada? — Disse ele.

— Já você sabe bem o momento de ser um grosso estúpido! — Rebato enfurecida.

Pensei que Sebastian fosse surtar, bater as mãos na mesa e agarrar meu pulso xingando mil vezes meu nome, mas o que ele fez foi mais estranho ainda.

— Você verá, querida.

Após ele terminar de falar, nossas atenções vão para as portas se abrindo do outro lado que saí. De lá, uma mulher loira apareceu, vestindo um vestido tubinho preto. Seus olhos eram castanhos, um rosto perfeitamente harmonioso com sobrancelhas finas e corpo de modelo.
Olhei para Sebastian, pedindo a confirmação se era a mesma loira do hotel. O sorriso vitorioso surgindo em seus lábios fez meu estômago revirar.

— Quase não encontro o banheiro, precisei que um empregado me orientasse — falou ela não notando minha presença, assim que notou abriu um sorriso.

Sebastian levantou da cadeira suspendendo a mão em direção a ela que segurou sentando no meu antigo acento.

— Jade, essa é Lola. Você já deve conhecê-la. — Seus lábios curvaram-se em um sorriso maquiavélico.

Meu rosto inteiro pegava fogo, um misto de sentimentos apareceram no meu peito. Controlei-me para não sair dali quebrando tudo, eu não lidava bem com o ciúme, mas Marília havia me dito que fingir é melhor que demonstrar.

— Claro, querido. — Respondo finamente.

Lola sorriu para mim, sua pele morena era tão iluminada quanto o sol.

— Sou modelo, então vivo viajando e acredita que ele foi me buscar em Londres? Ele fez isso por mim! — Indagou ela animada.

Segurei minha respiração descompassada, ele tinha mesmo feito tudo aquilo por ela. A quanto tempo Sebastian mantinha relação com essa mulher? De repente tudo parecia mais confuso ainda, as muralhas de ilusões da minha cabeça estavam caindo.

— Sim, meu esposo é um lorde. — Sorrio sarcástica.

As sobrancelhas dela se juntam.

— Vocês... Uau — exclamou —, eu adoro casais poligâmicos! Acho incrível.

Sebastian passa a mão no rosto com força.

— Vi vocês no resort e pensei que fossem irmãos.

— Infelizmente, somos casados — Falo entre dentes —, mas não é de verdade. Você sabe, negócios.

Os lábios volumosos dela formaram um "o".

— Caramba! Acho isso super interessante, muita maturidade. — Ela diz.

Olho para Sebastian ligeiramente, seus olhos estavam em cima de mim, buscando qualquer sinal de revolta.
Levanto da cadeira e jogo o guardanapo no prato.

— Você já vai? — Perguntou o loira.

— Sim, estou sem apetite. — Miro os olhos nele, com total nojo.

Lola me lança um olhar malicioso.

— Não estaria disposta a se juntar a nós? — Sua voz manhosa me fez entender o que ela queria.

Sebastian soltou o ar entre os dentes, meu queixo caiu e eu pisquei poucas vezes sorrindo. Balancei a cabeça de forma tão negativa que meu pescoço doeu.

— Jamais, aproveitem sem mim. — Digo por fim. Sebastian estava com o rosto totalmente voltado para mim — boa noite para vocês.

Saio do salão batendo a porta, subi as escadas sentindo a presença da Marília atrás de mim, agora ela quem estava correndo atrás de mim.

— Jade, espere! — Pediu ela.

Continuei correndo, temendo chorar mais uma vez na sua frente.
Entrei no quarto batendo a porta, usando toda minha força para que ninguém abrisse.

— Por favor, Marília, me deixe sozinha. — Falo segurando o choro.

— Certo, caso precise de mim toque o sino.

Caí no chão com as lágrimas quentes escorrendo na bochecha, me perguntando mais uma vez quando aquele inferno teria fim.

•  •  •

Mal consegui pregar os olhos e quando dormi, já estava na hora de levantar.
Marília não apareceu esta manhã, parecia que eu estava sozinha novamente. Eu sabia que precisava descer, encarar Sebastian e Lola, mas meu estômago revirava só de pensar.
Sai do meu quarto juntando coragem de onde não tinha, desci as escadas, receosa.
Sebastian estava na sala de estar com um cigarro entre os dedos, olhando para a janela, usava as roupas sociais escuras e o cabelo estava cortado desta vez, era possível observar a cruz em sua têmpora.
Rolou os olhos azuis até mim e desviou, desdenhando minha presença.

— Onde está Marília? — Perguntei.

Ele solta a fumaça pelas narinas.

— Ela está ocupada.

Continuei plantada no chão esperando uma resposta mais plausível.

— Talvez a Lola esteja precisando mais dela do que você — continuou.

Minha mandíbula endureceu.
Sebastian queria tirar de mim a única pessoa que falava comigo aqui.
Cerrei os punhos com o peito exasperado.
Ele passou o cigarro de uma mão para a outra esmagando a ponta no cinzeiro e olhou para mim.

— Está com raiva, Jade?

Não respondi.
O mesmo, por sua vez, levantou aproximando-se de mim e se posicionando na minha frente, continuei olhando para o lado.

— Não precisa ficar com ciúmes, querida. Eu não sou monogâmico.

Levantei a cabeça para cima, fitando.

— Só está facilitando as coisas para mim, cada dia eu gosto menos de você!

Dou as costas para ele o deixando sozinho, com meu corpo ardendo em adrenalina.

Nota da Autora: vocês gostariam de um POV do Sebastian? Ficaria muito bagunçado ou não se importam?

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