- POV AYLA –
Acordo as 4:45 da manhã ao som de meu despertador, o desligo e vou para a cozinha procurar algo para o café. Escuto alguns passos na sala, pego uma frigideira e fico em posição de ataque, sei lá, vai que é um ladrão. Quando chega perto dou uma frigideirada na cabeça da coisa, ou melhor... do Felipe.
Felipe: Ótimo jeito para dar bom dia. – Diz com a mão na cabeça.
Ayla: Me desculpa, achei que era um ladrão, ou sei lá o que. – Digo abrindo o freezer e, colocando alguns gelos em um saquinho e logo em seguida dando o saquinho para Felipe.
Felipe: O que ta fazendo acordada tão cedo?
Ayla: Daqui a pouco vão vir me buscar. – Digo sentando na mesa mastigando um pão francês com manteiga.
Felipe: Hum... Gostei da sua camiseta, onde comprou?
Ayla: Não comprei, peguei do Samuel. – Dou mais outra mordida no pão.
Felipe: Samuel? O baixista? – Afirmo com a cabeça. – Hum, entendi. – Ele parecia com ciúmes.
Termino de comer meu pão e vou escovar os dentes, vou trocar de roupa, mas antes recebo uma ligação.
Ayla: Alô? Quem é? – Atendo a ligação e Felipe fica me encarando, o que ele tem comigo hein?
Xxx: Oii xuxu, é o Samuel. Posso ficar aí até os meninos virem de van nos buscar?
Ayla: É claro que pode.
Samuel: Ta bom to indo. Até já, já. – Desliga a ligação.
Felipe: Quem era?
Ayla: Não é da tua conta. – Esqueço de trocar de roupa e vou passar um cafezinho pra dar uma acordada.
{Quebra de tempo}
Termino de passar o café e a campainha toca, era a única pessoa que eu esperava, Sam. Chamo ele para a cozinha, e ofereço uma xicara de café. (NOTAS DA AUTORA: Uma vibe mais dona Florinda e professor Girafales. Entenderam a referência?)
Ayla: Quer um café? Acabei de fazer.
Samuel: É claro. – Ele se serve. – Acho que conheço essa camiseta de algum lugar.
Ayla: Você tem certeza? Acho que ta se confundindo. – Dou uma risada no final da frase.
Samuel: Sua vó não acordou ainda?
Ayla: Ainda não, se ela não acordar eu deixo um recado. – Sam termina de tomar o café e vamos até o meu quarto pois eu iria trocar de roupa. OBS: Eu troquei no banheiro.
Visto uma camiseta larga do AC/DC, um short de malha que vai até a metade da coxa, um All Star preto de cano baixo e um lenço preto na cabeça.
Samuel: Você ficou linda Ay! – Sam me abraça pelas costas enquanto eu fazia uma maquiagem bem leve.
Felipe: É... o que ta acontecendo aqui? – Olho para o lado e Felipe está escorado no batente da porta com braços cruzados e cara de deboche.
Ayla: Ah, eu esqueci de te apresentar. Sam, esse é o Felipe, um colega do ensino médio. Encontrei ele por acaso ontem saindo do hotel, daí minha vó insistiu pra ele dormir aqui. – Na hora o Samuel fecha a cara. – Contra minha vontade, é obvio. – Falo sussurrando só para Samuca ouvir, depois de escutar isso ele volta ao normal.
Felipe: Então era com ele que falava no telefone? Prazer Felipe. – Diz estendendo a mão para Samuel. – Não precisa se apresentar, já te conheço.
Samuel: O prazer é meu. – Dava pra ver claramente que ele estava estranho. Aquele não era o normal do Samuca.
Ayla: Que hora vamos sair mesmo Sam? – Falo tentando quebrar o clima estranho.
Samuel: Agora são 5:10 né? – Afirmo com a cabeça. – O Julio me disse que iria passar aqui as 5:30.
Felipe: Espera, você vai viajar com ele?
Ayla: Si... – Sou interrompida por Samuel.
Samuel: Sim, algum problema?
Felipe: Nãão, claro que não. É que ontem ela não queria me falar com quem ela ia.
Samuel: Hum. Xuxu, já checou suas malas?
Ayla: Sim, fiz isso ontem depois que eu cheguei.
Felipe: Não queria desviar o assunto não, mas já desviando, Ayla, você tá uma gata hoje hein.
Samuel: Ei, ei, ei! Sai fora.
Felipe: Uii, ta com ciuminho da Ayla?
Samuel: E se eu estiver, é da sua conta? – Diz indo pra cima do Felipe.
Ayla: Sam, se acalma. – Coloco minha mão em seu ombro, segurando-o, não quero uma briga.
Com todo esse papo nem vimos que já tinha dado 5:30, só percebemos quando escutamos a campainha. Quando vou atender vejo o Ju parado em frente do portão e o resto do pessoal dentro da van.
Ayla: São vocês, espera um minutinho pra mim fazer uma coisa. – Entro na casa. – SAM! Já chegaram.
Samuel: Ta bom, deixa que eu levo sua mala.
Felipe: Tem mais gente?
Ayla: Sim. – Digo escrevendo um bilhete para minha vó.
Felipe: Quem?
Ayla: Tu é curioso hein? Dinho, Bento, Sérgio, as namoradas deles e a produção.
Felipe: Nossa essa eu tenho que ver depois.
Termino de escrever o bilhete e colo na porta do banheiro, pois sei que é o primeiro lugar que minha vó vai depois de acordar. Checo a casa inteira pra ver se não esqueci nada e saio pra fora.
Ayla: Tchau Felipe, até breve. – Aceno para ele e entro no banco de trás da van junto com Samuel.
Samuel: Não gostei nada dele.
Ayla: Também não gosto nem um pouquinho dele, minha vó nem perguntou se eu queria ele em casa.
{Quebra de tempo}
Não sei como aquela van estava quieta, todos os meninos da banda estavam dormindo. Val estava dormindo com a cabeça encostada no Dinho que estava no mesmo jeito. Bento dormia com a cabeça encostada na janela e Aninha cochilava encostada no ombro de Bento. Sérgio dormia com a cabeça caída pra frente e Julio apoiado em seu braço. Eu estava acordadíssima, já Sam dormia com a cabeça encostada no meu ombro.
Eu olhava a paisagem ficando para trás pela janela... como isso podia estar acontecendo? Nunca imaginei que estaria em uma van com a banda mais popular do momento e ainda gostando de um baixista, que coisa louca...
{Quebra de tempo}
Estávamos quase chegando em SP, os meninos iriam participar do Domingo Legal, um programa apresentado pelo Gugu.
O curto e precioso tempo de silêncio acabou, todos os meninos haviam acordado, e já acordaram fazendo a bagunça de sempre. Eu estava com saudades disso, esse tempo que eu fiquei na casa da minha vó só ajudando-a com tarefas domésticas, tocando violão e olhando o movimento da rua, não era nada agitado comparado a bagunça dos meninos.
Julio: Acho que chegamos! – Escuto o rapaz de cabelos de fogo falar em um tom de animação.
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Continua...
Oii xuxus, td bom?
Gostaram do capítulo? Tomara que sim :)
Fiquem bem, beijinhoss <3