Perverso

By Wennie_welley

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Obra inspirada em A bela e a fera šŸŒ¹ Jade perdeu seus pais muito cedo. Engana por May, ela foi parar em um pa... More

Aesthetic + vibes
PrĆ³logo
CapĆ­tulo 02
CapĆ­tulo 03
CapĆ­tulo 04
CapĆ­tulo 05
CapĆ­tulo 06
CapĆ­tulo 07
CapĆ­tulo 08
CapĆ­tulo 09
CapĆ­tulo 10
CapĆ­tulo 11
CapĆ­tulo 12
CapĆ­tulo 13
CapĆ­tulo 14
CapĆ­tulo 15
CapĆ­tulo 16
CapĆ­tulo 17
CapĆ­tulo 18
CapĆ­tulo 19
CapĆ­tulo 20
CapĆ­tulo 21
CapĆ­tulo 22
CapĆ­tulo 23
CapĆ­tulo 24
CapĆ­tulo 25
CapĆ­tulo 26
CapĆ­tulo 27
CapĆ­tulo 28
CapĆ­tulo 29
CapĆ­tulo 30
CapĆ­tulo 31
CapĆ­tulo 32
CapĆ­tulo 33
CapĆ­tulo 34
CapĆ­tulo 36
CapĆ­tulo 37
CapĆ­tulo 38
CapĆ­tulo 39
CapĆ­tulo 40
CapĆ­tulo 41
CapĆ­tulo 42
CapĆ­tulo 43
CapĆ­tulo 44
CapĆ­tulo 45
CapĆ­tulo 46
CapĆ­tulo 47
CapĆ­tulo 48
CapĆ­tulo 49
CapĆ­tulo 50
CapĆ­tulo 51
CapĆ­tulo 52
CapĆ­tulo 53
CapĆ­tulo final
Agradecimentos + notas finais

CapĆ­tulo 35

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By Wennie_welley

Nota da Autora: capítulo não revisado!

Passei o resto do dia no quarto, revirando os livros e rabiscando revistas. Fazia tempo que não ficava o dia inteiro aqui, geralmente jogava damas com Marília ou ficava no jardim, mas assim como meu humor o clima estava fechado.
Debrucei-me na janela, soltando um suspiro aprisionado.
Tristeza tomou conta do meu coração, já esqueci como é doloroso.
Marília adentrou o quarto com a mesma postura de sempre.

— Senhora, o jantar está servido.

— Não estou com fome, obrigada.

Ouço ela suspirar.

— Aconteceu algo? — Pergunto sentando na borda cama.

Deito minha cabeça em meus braços olhando para ela.

— Sebastian. — Marília permanece com os ombros erguidos, como se já esperasse por isso. — Ele ainda contínua com aqueles planos. Por favor, não diga que me avisou.

Ela abriu a boca para dizer algo, porém não o fez.

— Realmente tinha expectativas de que seríamos um casal de verdade, foi tudo uma mera ilusão. — Pisco para não deixar as lágrimas caírem. — Ele queria apenas meu corpo. Justo quando lhe disse que o amava.

— Você disse isso?

Assenti.
Marília olhou-me com compreensão, de forma doce e suave, como nunca fizera antes.

— Pessoas como o Sebastian não sabem o que é isso, talvez ele sinta o mesmo, mas está tão acostumado a ser rígido que sentimentos parecem algo estúpido, um sinal de fraqueza. Não fique parada esperando que ele note que também a ama, você realmente não merece isso.

Uma gotícula escorreu do meu olho.

— Venha cá. — Marília bate no espaço livre ao seu lado.

Sentei ao lado dela, a mesma passou seu braço ao redor do meu e eu encosto minha cabeça no seu ombro.
Não segurei minhas lágrimas, elas desceram aquecendo minhas bochechas.
Após algum tempo inconsolável, Marília teve que sair, ainda tinha suas obrigações.
Fiquei sozinha novamente.
Horas mais tarde, quando já estava na cama sem conseguir dormir, alguém abriu a minha porta, a claridade vinda do outro lado me fez abrir os olhos imediatamente.
Olhei para a porta, era ele, me observando.

— Marília disse que não quis jantar.

Permaneci em silêncio.

— Há algo de errado? — Balanço a cabeça — então vamos.

— Eu não quero, Sebastian.

Respirou fundo novamente, como se buscasse paciência.
Tínhamos andando para trás.
Ele entra no quarto e fecha a porta. Mordo meu lábio inferior quando o vejo sentar no sofá, tão distante de mim, parecia estar com medo.

— Por que está agindo desta forma? Aconteceu algo?

— Estou cansada, apenas isso.

Os olhos azuis dele fitam os meus com intensidade.

— Não ter chamado você hoje de manhã te chateou tanto assim? — Sorriu como se fosse ridículo.

— Já disse que não é nada.

Ele coça a têmpora com o mindinho, então se aproxima da minha cama em passos lentos, de longe eu podia sentir o forte cheiro de álcool e cigarro emanando de seu corpo. Sebastian puxou o lençol de mim e deitou atrás de mim, puxando meu corpo para perto dele.

— Talvez eu possa resolver isso. — Ele passa sua mão pela minha coxa, mas seu toque parecia áspero.

Levanto da cama com raiva, sentindo meu rosto arder. Ele olhou-me sem entender.

— Você é muito egoísta. — Minha voz saiu trêmula.

Ele umedece os lábios, arfando.

— Não deixou de planejar a porcaria da sua vingança em nenhum momento que esteve comigo, não é? Me sinto uma idiota por acreditar que te faria desistir e viver algo normal comigo.

— Não prometi nada, nunca disse que iria desistir disso.

— É — maneio a cabeça —, você realmente não prometeu, mas disse que nunca deixaria alguém que ama no meio disso.

Reconhecimento despontou seu rosto.

— Seus sentimentos por mim não são fortes o suficiente para se importar com o que vai acontecer comigo depois que for preso? — Enxugo a lágrima da minha bochecha. — Talvez nem tenha sentido nada, você só queria o meu corpo, e eu acreditei que fosse mais, depois de todo esse tempo.

Ando de um lado para o outro.

— Jade...

— Eu me abri para você — sorrio amargurada —, todos tinham razão, você é um egoísta de merda!

Sebastian levanta da cama com astúcia, então se aproxima de mim, segurando meu pulso.

— Já disse para não me xingar!

— Vai fazer o quê? Me bater ou voltar a me prender?

Ele solta meu braço a medida que seus olhos parecem mais perdidos.

— Não somos um casal normal, isso — olho para meu braço vermelho após seu toque — não é amor.

Sua expressão amoleceu, os ombros caíram, parecia que ele estava me dando razão, mas isso não me faria baixar a guarda.

— Vai embora daqui. — Falo firme. — Aguardarei ansiosamente o dia que você vai me libertar disso ou quando for preso. Enquanto isso, vou permanecer como sua prisioneira, como sempre fui.

Sebastian saiu do quarto batendo a porta, porém não trancou.
Joguei-me na cama apertando os olhos, forçando para não mergulhar em lágrimas.
Meu corpo doía, meu coração também.
A culpa disso tudo era minha, unicamente. Eu me deixei levar por essa situação. Gostar dele não faria seus sentimentos por mim, serem automaticamente recíprocos.
Como fui burra.
Abraço as pernas em cima da cama, com os olhos cheios.

•  •  •

Não consegui adormecer, passei a noite inteira olhando a paisagem através da janela. Com mil pensamentos e a respiração acelerada.
Por que as coisas tinham que ser tão difíceis para mim? Desde sempre, nunca vivi nada bom, ou pelo menos que durasse mais de meses, parecia que o universo me odiava.
O quarto vermelho parecia se fechar ao meu redor, tomando assim o resto de ar nos meus pulmões. Eu queria sair dali, tudo me lembrava o Sebastian e aquele maldito plano de vingança.

Caminhei pelo quarto observando as paredes e cama com lençóis vermelhos, a mesma cama cujo me deitei com ele e vivi momentos bonitos, mas que têm um significado terrível por trás.
Puxei os lençóis para baixo, deixando apenas a colchão branco, fiz o mesmo com as fronhas e as almofadas.
Joguei no chão tudo o que pude, até mesmo as roupas naquela tonalidade, queria que pelo menos o espaço que passo a maioria do tempo fosse limpo de qualquer plano do Sebastian.
Ergui o queixo respirando fundo, tudo estava amontoado em uma pilha no canto da parede.

Marília entrou no quarto horas depois, olhou ao redor assustada e por fim para mim. Ela caminhou na minha direção em passos largos, preocupada com o que quer que tenha acontecido.

— Que bagunça é essa? — Perguntou-me.

— Não quero absolutamente nada vermelho aqui dentro.

— Mas...

— Quero que me ajude a pintar essas paredes ou me tire daqui, pouco importa o que Sebastian vai pensar sobre.

Ela não costumava falar uma coisa duas vezes, então um canto da sua boca elevou-se e ela assentiu suavemente.
Marília levou os lençóis embora e a empregada colocou novos na cama, estes eram brancos, tiraram a escuridão do quarto. Enquanto isso, eu me arrumava para descer e confrontar Sebastian novamente.
Desci as escadas com um nó na garganta, a medida que nos aproximamos da sala de jantar meu estômago revirava.
Marília abriu as portas para mim, segui até meu acento sem encará-lo, mesmo com seu olhar inflamando sobre a minha pele.
Sentei tirando o guardanapo de cima do prato.

— Quero pintar o quarto.

Sebastian deixou o jornal de lado.

— Tem certeza do que quer fazer?

Olho para ele.

— Do que está falando?

Fungou.

— Acabar o que temos porque você é contra o que eu faço.

— Não dá para acabar algo que nunca existiu. — Rebato.

Uma veia saltou para fora do seu pescoço.

— Não entende que isso fere meus princípios? Só eu sei o que vivi, ver minha mãe... — ele passa a mão na barba crescida.

Ficamos em silêncio enquanto ele parecia lembrar de todo o terror que passou. Eu sabia que Sebastian tinha razão em querer isso, mas não entrava na minha cabeça o fato dele também acabar com sua vida nesse processo, me importava demais para deixá-lo viver a propósito disso.

— Não estou pedido para escolher entre mim e sua vingança.

— É justamente isso que está fazendo.

Ele aproxima seu torso de mim.

— Me diga, sei não achou bom o tempo que passamos, mas, porque não é suficiente?

— Porque começou errado, e eu tenho certeza que mereço mais! — Friso. — Cresci em meio a violência, tudo na minha vida tem base nisso, então não fique com raiva por eu não apoiar a sua represália.

— Certo — ele levanta da cadeira jogando o guardanapo com força em cima do prato —, pode pintar o que quiser.

Parecia que ele não queria abrir mão de ambas as coisas, mas no fim, decidiu o que era sua preferência.

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