Chamas na Escuridão - Flame W...

By TamiresBarcellos

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Sinopse Christian Wolf foi criado pelo seu pai para se tornar o Prez dos Flame Wolves MC, perdendo boa parte... More

PERSONAGENS + AVISOS
Hierarquia + glossário
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14

Capítulo 7

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By TamiresBarcellos



Oi, amoreees!
Cheguei com mais um capítulo e esse aqui vai deixar vocês assim 😱
Estão preparados? Espero que sim 😌
Beijos e até terça 💕💕💕

Consegui escapar da sede dos Flame Wolves depois de me despedir de todo mundo, sentindo como se houvesse um alvo no meio da minha testa. O atirador, no caso, era Christian. Nossa última conversa naquele corredor vazio me perseguiu pelo resto da noite, enquanto eu revirava na cama, sem conseguir encontrar uma posição confortável para poder dormir.

O motoqueiro — como ele mesmo fez questão de se intitular — parecia ser um pouco bipolar. Em um momento, estava todo nostálgico compartilhando algo importante sobre a sua infância e, no segundo seguinte, já estava com aquele tom sarcástico de novo. Era difícil interpretá-lo e eu não conseguia entender o porquê de uma parte minha querer não apenas entender o que se passava em sua cabeça, como, também, o conhecer melhor, o que era uma total loucura da minha parte. Eu não deveria me aproximar de Christian, já não bastava o fato de ser amiga de Connor e de frequentar, às vezes, a sede do MC. Não queria colocar em risco a relação que tínhamos, portanto, sentir qualquer coisa pelo Wolf mais velho era suicídio.

Sem contar que ele não era o homem mais fácil do mundo para se lidar. Além de ser perigoso — só de olhar para ele, dava para sentir que Christian não era nem um pouco parecido com os garotos da minha faculdade —, me despertava sensações que eu não queria admitir nem para mim mesma. Seu olhar me causava um frio na barriga, aquelas sobrancelhas sempre franzidas, que lhe davam uma cara de mau, me deixavam arrepiada e a sua voz me torturava. Ainda havia o sorriso, que ele quase nunca dava e, justamente por isso, me causava coisas. Coisas que eu não queria nem assimilar o que eram.

Eu não estava me apaixonando, porque realmente nunca senti algo profundo por ninguém, mas sabia o que era desejo e atração. Christian Wolf, o cara que nem deveria cruzar o meu caminho, me causava os dois.

— Oi, me vê um caramelo latte desnatado e um muffin de chocolate, por favor.

A voz de uma cliente me despertou e eu lutei para deixar meus pensamentos de lado e focar no trabalho. Para a minha sorte, Mia estava enfurnada no escritório, falando com fornecedores, e não tinha como testemunhar a minha distração. Não que ela fosse uma chefe carrasca, mas ainda era a minha chefe e eu não poderia bobear. Havia muitos universitários que dariam um braço por esse emprego, principalmente aqueles que viviam nos alojamentos da faculdade. Não recebia o melhor salário do mundo, mas, para quem estava iniciando a vida adulta, qualquer quantia importava.

Registrei o pedido da cliente e fui logo preparar a sua bebida, pois estava sozinha naquele dia. O movimento após o feriado era tranquilo e eu sentia que Mia sairia mais cedo justamente por conta disso, deixando por minha conta o fechamento da cafeteria. A mulher agradeceu assim que lhe entreguei o café e o muffin e aproveitei o lugar vazio para poder dar uma olhada em meu celular.

"Tudo certo para hoje à noite?"

"Sim. Você me busca aqui na cafeteria?"

"Claro. Você sabe que não precisa se dividir entre estudar e trabalhar, não sabe? Se está precisando de grana, eu posso te dar."

Fiz uma careta ao ler aquilo.

"Dispenso esse tipo de ajuda."

"Qual é, Maya, eu estou aqui dentro agora e não é tão ruim."

"Duvido muito."

"Tô falando sério. Por que eu mentiria para você?"

"Preciso ir, chegou mais um cliente aqui."

Cumprimentei a mulher que entrou com uma garotinha que não devia ter mais do que oito anos e ficou babando na vitrine. Após anotar os pedidos das duas, fui agilizar o café da moça e o milk shake da menininha, tentando fazer de tudo para não sentir meu estômago embrulhado com a última conversa que tive por mensagem. O resto da tarde passou na velocidade de uma lesma e ainda precisei recusar o convite insistente de David para sairmos naquela noite. Como previ, Mia se despediu de mim uma hora antes de encerrarmos o expediente e fiquei responsável por fechar a cafeteria. Já estava terminando de contabilizar o caixa, quando o nome de Connor apareceu na tela do meu celular. Ri ao ouvir o seu áudio:

— Passei o dia todo achando que iria morrer. Nunca mais vou beber na minha vida.

— Eu avisei a você ontem à tarde, mas não quis me ouvir. Está melhor agora?

Enviei o áudio para ele enquanto desligava as luzes da cozinha. Do lado de fora, vi o momento em que uma moto estacionou em frente à cafeteria.

— Estou vivo, é o que importa. Minha cabeça ainda parece que vai explodir. Vou tentar dormir um pouco, por que não vem pra cá dormir comigo? Ainda estou na sede do MC.

Nem se eu não tivesse nada para fazer, aceitaria o seu convite. Ir até à sede dos Flame Wolves dois dias seguidos poderia ser perigoso e ainda tinha o seu irmão mais velho, que havia passado o dia inteiro perturbando os meus pensamentos.

— Não posso, combinei de sair com um amigo. Fica bem, tá? Ah, não sei se o seu irmão te contou ou se você consegue se lembrar, mas Oliver foi correndo nos ajudar a te levar para o quarto. Ele parecia todo preocupado com você.

— Eu me lembro vagamente da vergonha que passei ao ser carregado por ele. Meu cérebro me fez o favor de apagar os detalhes.

— Não foi vergonha alguma. Até parece que ele nunca tomou um porre na vida.

— Acho que o único pecado que Oliver já cometeu, foi matar alguém, mas como era um inimigo dos Flame Wolves, nem foi algo tão grandioso assim.

Foi impossível conter o calafrio que me tomou ao ouvir aquilo, enquanto olhava pelas portas de vidro da cafeteria. Uma parte minha quis saber mais detalhes sobre aquilo, mas preferi ser racional e fingir que Connor não havia acabado de revelar que Oliver era uma espécie de matador justiceiro dos Flame Wolves — ou o que quer que a sua posição dentro do moto-clube implicava.

— O que importa, é que ele se preocupou com você. Talvez, você não seja o único a sentir alguma coisa diferente. Agora eu preciso ir, nos falamos mais depois. Beijo e te amo!

Connor me enviou um coração em resposta, ignorando tudo o que eu disse anteriormente, provavelmente porque não queria se iludir — palavras que sempre usava quando Madison dizia que Oliver poderia, sim, sentir alguma coisa por ele. Meu amigo sempre foi apaixonado pelo motoqueiro loiro e calado do moto-clube, mas parecia disposto a não alimentar mais o sentimento.

Apaguei todas as luzes da cafeteria, peguei minha bolsa e finalmente saí, trancando as portas. Assim que me virei, encontrei Jacks parado em frente à sua moto nova — uma Harley-Davidson Low Rider ou o que quer que isso significasse, pois não entendia muito de motos —, usando um jeans despojado, tênis cinzas e regata preta. Em seu pescoço, pendia uma corrente fina toda prateada, com pequenas pedrinhas brilhantes. Um sorriso incrédulo se abriu em meus lábios quando encurtei a nossa distância e a peguei nas mãos.

— Isso não é o que estou pensando, é?

— Se está pensando em diamante, acertou.

Não consegui acreditar. A pedrinhas minúsculas brilhavam demais de encontro a sua pele negra e a blusa escura que usava, quase como um farol.

— Você é louco de andar com isso pendurado no pescoço, Jacks!

— Quero ver quem vai ter coragem de mexer comigo — falou, dando um beijo rápido em minha bochecha. — Posso não estar usando o colete agora, mas deve dar para perceber que eu não sou mais qualquer um.

— Não gosto quando você fala assim.

— É a minha nova realidade, Maya. Vai ter que se acostumar, assim como eu. — Virando-se, ele tirou um capacete do guidão e o estendeu para mim. — Vamos dar uma volta.

— Você me procurou justamente porque queria fugir dessa sua nova "realidade"— relembrei.

— Verdade, mas vai ser uma fuga de poucas horas, não posso me esquecer disso.

Resolvi não estender o assunto naquele momento, montando na moto logo atrás dele depois de colocar o meu capacete. Após eu segurar firme em sua cintura, ele deu partida e nos tirou de frente da cafeteria. Jackson O'Hurn — ou Jacks, como eu preferia chamá-lo —, era o meu melhor amigo de toda uma vida. Crescemos juntos, pois ele era meu vizinho, e, mesmo sendo filho de quem é, nunca demonstrou que seguiria os passos do pai, até ter sido convocado por aquele homem que me causava arrepios e embrulho no estômago.

Não gostava de Jason O'Hurn, muito menos do seu moto-clube. Sempre fiz de tudo para ficar o mais longe possível do seu caminho, mesmo quando meu pai trabalhava em sua oficina. Eu era apenas uma menininha, mas já conseguia entender muita coisa, principalmente o fato de ele ser um homem ruim, que falava e fazia coisas ruins. Quase nunca ficava em sua presença, Jason nunca foi até a minha casa, mas, raramente, quando visitava o filho mais novo, eu o via e não gostava do que sentia quando ele me olhava. Gostava muito menos do fato de ele ser um pai ausente para Jacks e preferir o filho mais velho.

Agora que Erick estava morto depois de ter sofrido uma overdose, Jason havia se lembrado que possuía um outro filho e resolveu reivindicá-lo, como se ele fosse uma coisa que ele poderia tirar do armário e usar quando sentisse necessidade. O que me espantava era perceber que Jacks não parecia enxergar toda aquela situação da mesma forma que eu.

Atravessamos Beavertown e Santa Clara, até pararmos em uma cidade mais afastada, onde não havia tanta vigilância dos dois MCs rivais. Jacks parou em frente a uma lanchonete bonitinha, decorada no estilo dos anos 50, e nos sentamos em uma mesa mais afastada dos demais. Após fazermos os nossos pedidos, finalmente olhei para o meu melhor amigo de infância e me obriguei a confidenciar:

— É uma droga, mas você está um gato todo estiloso desse jeito.

Jackson abriu um sorriso convencido e apoiou o braço no encosto da poltrona vermelha onde estava sentado de frente para mim.

— Eu sei. Já perdi a conta de quantas garotas já pediram o meu número.

— Ótimo, agora você vai se tornar insuportável!

Ele soltou uma risada e voltou a apoiar os dois braços na mesa, deixando de lado a pose de metido.

— Você sabe que eu não sou assim, estou só brincando com você.

— Será? Você está mudando, Jacks — lamentei, perdendo um pouco da graça que estava sentindo. Tomando sua mão em cima da mesa, falei: — Não quero perder o meu melhor amigo.

— Você nunca vai me perder, Maya, para com isso. Eu continuo sendo o seu melhor amigo.

— Meu melhor amigo não gostava dos Outlaws, assim como eu.

— Eu era uma criança quando falava isso.

— Eu já sou adulta e ainda sinto a mesma coisa.

— Você não é filha dele. — Jackson chegou no ponto principal. — Jason precisa de mim.

— Jason precisa de você? Jackson, Jason nunca ligou para você! Quantos aniversários seu ele não perdeu? Quantos dias dos pais ele te deixou de lado? Quantos natais vocês passaram juntos? Não é possível que você tenha se esquecido disso!

— Eu não me esqueci, Maya, mas estou disposto a deixar o passado onde ele precisa estar. Lá atrás — falou, apontando para trás figurativamente. — Minha mãe está morta, Jason é a única pessoa que eu tenho.

— A única pessoa que você tem? E quanto a mim? Não tenho valor algum para você? — questionei, ficando magoada de verdade. Ao perceber a besteira que havia falado, Jackson balançou a cabeça e segurou minha mão com mais força.

— Não é nada disso, claro que você é importante para mim, Maya. O que eu quis dizer, é que Jason é o meu único parente vivo. Não posso simplesmente virar as costas para ele.

— Mas pode virar as costas para tudo o que a sua mãe te ensinou? Você sabe que Andy não queria essa vida para você, Jacks.

Andy sempre foi uma mãe dedicada a Jackson e nunca quis que ele se envolvesse com os negócios do pai. Deixava que Jason participasse da vida do filho — ainda que fosse óbvio que Jason não ligava para Jackson —, aceitava o dinheiro que ele dava para dar uma vida melhor para Jacks, mas sempre deixou claro que não o queria envolvido com os Outlaws. Infelizmente, ela havia partido cedo demais, vítima de um AVC aos quarenta e quatro anos, e, agora, Jacks estava cercado pelo pai.

— Eu sei, mas Jason é meu pai. Os filhos da puta dos Flame Wolves acabaram com a sede dos Outlaws e toda ajuda é bem-vinda para reerguer o moto-clube. Querendo ou não, eu fui sustentado pelo dinheiro que vinha deles, não posso ignorar isso, Maya.

Senti um arrepio ao ouvir a raiva em seu tom de voz quando falou dos Flame Wolves. Sua mandíbula contraída e a postura irritada também me deixaram chocada.

— Você já está falando como eles — murmurei, tirando minha mão da dele. Seus olhos escuros e bravios encontraram os meus.

— O que quer que eu diga, Maya? Eu vi como os Flame Wolves deixaram a sede do MC, eles atacaram sem pena, havia pessoas inocentes lá dentro, praticamente todas foram mortas.

— Pessoas inocentes? Dentro dos Outlaws? Por favor, Jackson! — Ri da sua cara por ele pensar que eu cairia naquele papinho.

— Estou falando sério. Tinha mulheres lá dentro e elas não tinham nada a ver com aquela merda. Eu sei que os Hells Bikers MC estavam no direito de retaliar o clube, mas os Flame Wolves se aproveitaram disso para atacar. Foram covardes, Maya!

Eu fiquei alguns segundos em silêncio, lembrando-me de todas as mulheres na sede dos Flame Wolves MC. Claro que elas sabiam que ao aceitarem morar ali, estavam correndo certo tipo de perigo, mas não conseguia enxergar nelas alguma culpa pelo que o clube fazia. Como podia fazer isso com as mulheres dos Outlaws? Ainda assim... Algo me dizia não eram os Flame Wolves que eram os vilões, mas eu sabia que Jacks também não era. Senti minha mente entrar em curto-circuito com todas aquelas informações.

— Quem são esses Hells não-sei-o-quê? — perguntei, tentando parar de pensar tanto.

— Os Hells Bikes MC é um moto-clube de Nevada. Eles e os Flame Wolves são parceiros, um apoia o outro em algumas missões e quando estão em guerra.

— Isso tudo é uma loucura — murmurei no mesmo tom que Jackson, pois, ainda que estivéssemos afastados, não queríamos correr o risco de que alguém nos escutasse. — Não está se ouvindo? Missões, guerras... Isso não é a porra de um filme, Jackson! Sem contar que eu sei que tudo o que acontece dentro dos Outlaws, é contra lei. Nunca quis saber detalhes, mas já escutei conversas do meu pai e da minha mãe.

— Você não precisa saber de detalhes para ter certeza de que tanto os Outlaws, quanto os Flame Wolves, são moto-clubes fora da lei, Maya. Por que acha que há anos, eles brigam para tentar dizimar o outro? São rivais desde sempre, querem dominar não apenas todo o território da Califórnia, como o tráfico de armas.

Quis tampar os ouvidos para não ter que ouvir tudo aquilo. Sempre segui à risca o lema de que, se eu não sei de nada, não tenho nada a esconder. Agora, era obrigada a ficar escutando detalhes do que os dois clubes faziam, justamente quando eu era a melhor amiga de Jackson e Connor. Mesmo sem querer e sabendo que eu não tinha nada a ver com os negócios dos dois MCs, senti uma espécie de corda em meu pescoço.

— Não quero saber nada sobre isso.

— Você é minha melhor amiga, confio cegamente em você, Maya. — Suas mãos pegaram as minhas de novo e eu engoli em seco. — Por favor, não se afaste de mim. Eu sei que estou indo na contramão de tudo o que prometi a você, a minha mãe e a mim mesmo, mas não posso te perder. No meio desse mundo louco, você é a única pessoa que eu tenho que me lembra o meu passado. É a única que eu preciso ter ao meu lado para não me perder.

A garçonete chegou naquele momento com os nossos pedidos e quase abri a boca para agradecê-la pela interrupção, pois sentia que precisava de alguns segundos para poder respirar fundo. Não queria ter que analisar nada do que estava acontecendo em minha vida, o perigo que implicava eu ser melhor amiga do filho do Presidente dos Outlaws MC e de um dos herdeiros direto dos Flame Wolves. Em que momento eu achei que seria uma boa idade deixar tudo isso acontecer? Dei um longo gole no meu milk shake de morango e precisei ser honesta comigo mesma. Eu amava Jackson, ele era importante demais para mim. Ainda que fosse perigoso, eu jamais o deixaria.

¬— Você é meu irmão de alma, Jacks. Eu jamais vou te virar as costas.

Jackson soltou o ar que eu nem percebi que estava prendendo e deu um beijo em minhas mãos.

— Eu sabia que podia contar com você.

— Só promete que vai se cuidar, por favor! Não quero que se machuque, nem que seja preso... Tudo isso é muito perigoso!

¬— Eu prometo fazer o possível.

— E não mude a sua essência — implorei. — Não importa o que aconteça, não mude quem você é para se adequar a eles, Jacks.

— Eu prometo.

Confiei nele cegamente.

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