No limite da Dominação

By Legotosa

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Ambos começam a namorar muito cedo,com passados extremamente complicados. Onde um enfrenta abandono afetivo e... More

Personagens
Avisos
Epígrafe
O começo
Quem manda
Duas regras
A bolsa
Um sonho de liberdade
A punição
O quão profundo é seu amor?
Cardápio de irmãs
A chamada
Pé cortado
Desejo sombrio
16 quartos
Ladrão que roubava livros
Limite feroz e irrefreável
aviso importantíssimo

Nunca seria demais

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By Legotosa

O pensador, Pablo Neruda, costumava  falar que o livre arbítrio para suas escolhas, o fazia refém das consequências, porém naquele instante quando o último de três sinais soou para o final da rotina escolar na Lawrence Academy, em um verão escaldante, Catherine poderia ter ignorado o homem que a esperava junto ao seu Mclaren 720s azul metálico, mesmo que não fosse tão fácil faze-lo no entanto.

-Meu Deus!-suspirou eufórica uma das garotas com a qual Catherine simpatizava na aulas de química. Jéssica, apelidade carinhosamente pelo corredores como Jess, remunerava a monitoria que Catherine lhe lecionava quando tinha dificuldade em algumas matérias, embora fosse quase todas-Não olha agora!-privou Catherine de prosseguir seu caminho em direção aos degrais que dariam ao fim da maior escola elitista do Estado-Como eu estou?-questionou a negra com longos dreadlocks azuis e roxos em uma mistura degrade. Com seu rosto contornado por sardinhas e corpo curvilíneo, calças cintura baixa e piercing no umbigo, Jess era facilmente a garota mais desejada e decidida de Lawrence-Não olhe ainda!-comentou olhando sobre seus ombros-Finja que está me contando uma piada!-apertou os ombros de Catherine e riu descaradamente ao perceber a confusão em seu olhar.

-O que está acontecendo?-questionou confusa vendo todos as garotas que saiam pelas portas da academia estudantil suspirarem admiradas, ora apaixonadas.

-Os caras mais populares de Derry estão aqui, Caty!- suspirou impressionada-E são mais bonitos do que as histórias contam!-confessou.

Ao seu lado, logo após, Elizabeth e Abigail pararam em choque, com seus livros escolares sob os braços, aqueles aos quais Catherine já havia usado anos atrás. O suspirar pesado e a revirada de olhos que Bi deu foi o suficiente para que Catherine sentisse a presença de alguém ao seu encalço.

Os olhos de todas as garotas que passavam ao raio de um quilômetro de distância se arregalaram-Tem alguém atrás de mim?-murmurou para ambas as garotas e todas coreografamente sinalizaram em confirmação.

Catherine virou-se lentamente e encarou a figura iluminada pelo Sol, destacando seus fios sedosos de cabelo e o conjunto de esmeraldas fascinantes. Sua camiseta vinho destacava em letras maiúsculas a área  em que estadava na universidade mais famosa e elitista de Derry-Oi!-sussurrou corando esticando as mãos para comprimenta-lo. Porém o loiro não parecia fã de apertos de mão e seus lábios quentes repousaram pela segunda vez sobre as bochechas sardentas da outra.

-Olá meninas...-comprimentou todas parando seu olhar por alguns segundos, demais, em Abigail-Ei! Eu te conheço!-apontou sorrindo-Você não é a garota que jogou uma lata de tinta no carro do Dylan?-investigou arquiando uma das sobracelhas-E mostrou o dedo do meio quando te oferecemos carona pra casa?-apontou-Porra!-passou as mãos pelo cabelo-Noah ficou puto quando você denunciou nossa festa na fraternidade!-confessou sem tirar o sorriso do rosto pela surpresa expelida de Catherine que facilmente o impressionava.

-Espero que tenha prova do que esta me acusando, portanto, sem fundamento-contra-atacou corada e furiosa, apertando mais o material escolar contra si, ajeitando a moldura dos óculos que resaltavam seus olhos verdes.

-Acho que você está a confundindo...-argumentou Catherine preocupada e receosa-Abigail nunca faria esse tipo de coisa...

-É pode ser...-concluíu dando de ombros com as mãos nos bolsos-Os caras resolveram dar uma passada pela Lawrence para matar a saudade dos velhos tempos e eu acabei te reconhecendo no meio da multidão...Quer uma carona?-questionou mentiro. Noah odiava toda a pirralhada elitista do colégio, enquanto Dylan, fumando seu cigarro encostado no carro de Christian, questionava o interrese peculiar do homem em uma garota tão pacata e careta quanto Catherine. Seus olhos miticulosos não deixavam de notar a expressão corporal distorcida do homem.

Dylan com descendência afro-americana, possuía a pele negra demarcada por tatuagens fechando todo seu corpo, enquanto seus olhos azuis brilhavam na direção do recém casal. Noah por sua vez, distraído pelos sorrisos levianos e maliciosos que recebia, imigrante do norte do México, advindo de uma família de exportadores de petróleo, com seus longos cabelos tingidos por luzes e corpo escultural, metido a badboy com jaquetas caras de couro, olhar quente do âmbar mais caliente já visto, espera impaciente montado em sua moto.

-Obrigada, mas eu estou bem...-comunicou sorrindo em sua direção corando pelo olhar profundo que recebera-Eu não vou para casa de qualquer forma...-anunciou. Sabia por Abigail que moravam no mesmo condomínio.

-E para onde você vai?-curvou-se minunciosamente para parear seus olhares e Catherine achou por um segundo que ele estava tentando intimida-la.

-Eu-eu...-gaguejou.

-Nós vamos para uma festa na fraternidade!-Jess abraçou os ombros da garota tentando capturar a atenção do homem para si-Eu tenho um primo lá que vai nós colocar para dentro...-mascou seu ciclete ruidosamente. Christian se afastou semicerrando os olhos em direção a Catherine, quase como se repreendesse-a, fazendo-a corar de imediato, mas não recuar.

-E nós vamos estar por lá...-concluíu passando por Christian perturbado, uma vez descendo os degraus, enquanto Abigail sorria maléfica para o homem. Elizabeth puxou a garota e ambas caminharam na direção que Catherine tomava para casa todos os dias.

Dylan jogou seus cigarros ao chão pisando sobre eles logo em seguida. Seus olhos se cruzaram com os verde de Abigail e o homem atravessou a rua em sua direção gritando para que parasse de imediato quando a garota aumentou o passo se enfiando entre os adolescentes que iam e vinha de todas as direções.

-Aquela pirralha acabou com meu carro!-exasperou-se quando Christian chegou em seu encalço-Eu vou mata-la!-reverberou em fúria contida. Parando apenas para admirar o amigo inquieto e perverso-O que você está planejando?-questionou tomado por curiosidade.

-Nós vamos para uma festa!-bateu com as mãos em seus ombros empurrando-o na direção do carro.

Poucas ligações depois, Dylan sabia o horário, local e organizador de uma festa que acontecia na fraternidade Kappa. Christian acelerou o motor pontente de seu carro até localizarem os limites entre os ruído que tanto odiava do centro da cidade até o som estrondando de uma mansão de três andares com universitários bebados indo e vindo pelas portas e varandas. Garotas em sua maioria alcoolizadas a caráter, comum de uma festa na piscina e garotos de sungas, para os mais ousados e shorts de banhos despojados.

O trio era conhecido e respeitado por toda a cidade e quando caminhavam para adentrar a mansão, Christian procurava por todos os lados um gruopo de garotas específicas.

-Calma, cara!-argumentou Dylan em seu ouvido-As garotas não devem ter chegado ainda, sabe como é...-sussurou tomando um lugar no vasto sofá espantando alguns jovens bêbedos para que Christian e Noah também o fizessem-Caralho!-urrou para um adolescente desmaiado.

-Você nos mete em cada uma em...-comentou Noah analizando os corpos drogados chocando-se entre si em uma dança sinistra-Jesus!-observou bem o local antes de se sentar, vendo Dylan retirar uma camisinha enfiada contra o estofado usada-Merda Dylan! Jogue isto fora!-determinou.

-Caralho!-admirou olhando o plástico-Essa festa devia estar muito boa...-comentou arremessando sobre o menino desmaiado no tapete vermelho e dourado. O líquido respingou da camisinha caindo pela boca aberta do homem-Touchdown!-gritou tocando as mãos no ar com as de Christian.

Alguns minutos se passaram, talvez horas e a impaciência de Christian aumentava. Suas pernas batiam frenéticas contra o chão enquanto tentava se demonstrar descontraído. Noah já havia se agarrado com umas sete garotas enquanto Dylan procurava entre bolsas e carteiras espalhadas, sem nenhum dono, cigarros para fumar quando os seus haviam acabado.

Sua máscara não perdurou muito tempo, levantou-se do sofá, deixando a morena solicita ao colo de Noah, enquanto caminhava entre os corpos suados e a música estrondosa, ela. Subiu os andares vasculhando os quartos e salas, se deparando com hormônios à flor da pele mas nada da ruiva interressante. Desceu novamente, agora, para ala da piscina encontrando com sua prima Erika bêbada causando um tumulto desenfreado com uma menina, talvez à terceira antes da morena ao qual Noah pegava.

Ignorando, contornou a área da piscina encontrando com a morena de grandes dreadlocks encostada em uma das árvores, esperando que a ruiva voltasse.

-Christian!-comprimentou sorrindo jogando-se em seus braços-Duas vezes em um mesmo dia! Acho que é o destino...-flertou.

-O que você está fazendo aqui?-questionou curioso a garota inerte, em meio ao nada além de árbustos que serviam de motel rápido.

-Estou esperando a ruiva, ela acabou de entrar com um cara...-comentou e antes que pudesse perceber Christian quebrara todos os galhos que cruzavam sua frente, ao visualizar a garota ruiva aos amassos com outro cara, talvez um universitário. O homem a puxou pelos ombros em fúria preste a acabar com a existência do outro, seus músculos se tencioaram e suas veias bobeavam sangue desenfreado. Seus pensamentos beiravam ao abismo enquanto sua visão estava borrado em vermelho. Apenas o pensamento das mãos de outro cara sob a sua pele de porcelana o faziam querer se matar, mas subitamente cessaram quando Christian encontrou uma Elizabeth ofegante e assustada.

-Ei! Cara!-o outro protestou mas Christian já refazia o caminho tortuoso e escuro até a garota preocupada-Onde está Catherine?-questionou ao ponto de berrar, mas tentou conter sua irritação desmedida. Falhou.

-Catherine?-questionou franzindo o cenho-Ela não veio...-respondeu-Ela não frequenta esse tipo de lugar...-o sorriso que se seguiu fez a garota pensar que o homem estava louco ou apaixonado. Mas tempos depois concluiu-se que estava sofrendo pelos dois.

Christian correu para fora da mansão ligando seu carro em direção ao centro de Derry, eufórico, apenas para vê-la. Encontrou-a percorrendo as grandes estantes de madeira da biblioteca municipal e constatou por si mesmo que Catherine queria depista-lo. A sensação correndo por seu corpo crescente ao qual inflava seu peito, nunca foi sentida antes. Em nenhum momento de sua vida. Estranha e  adormecente, acabando com qualquer pensamento suícida.

Conforme analizava seu caminhar por entre os livros, passando pela seção erótica os olhos de Christian brilhavam pela penumbra que existia na enorme biblioteca vazia, se não pela própria bibliotecária. Catherine ousou se aventurar por um deles, foleando as páginas e corando logo em seguida, devolvendo logo após, rápida para que ninguém sequer descobrisse que passou por lá.

-Eu sei que está aí...-comentou ainda de costas-Estava pensando quanto tempo demoraria para descobrir...-soltou uma risada ingênua e os olhos do homem faiscaram sob as prateleiras-Eu não sou uma mentirosa...-admitiu sorrindo virando-se para averiguar seu esconderijo-Mas confesso que foi engraçado...

O homem caminhou sombrio e estupefato. Pela primeira vez, havia sido manipulado por uma jovem, contatou admirado ora e enfurecido em outrora. Ao perceber seu olhar ameaçador seu sorriso morreu rapidamente e já não parecia tão cômico. Um brilho profundo alcançou seus olhos fazendo-a retorcer os pés sobre os sapatos; medo. Puro. E incandecente.

-Como?-indagou e foi a única coisa que quebrara o silêncio mortal e pesado.

-Eu percebi que tem me seguido depois da escola. Normalmente apenas eu frequento a biblioteca neste horário...-confessou abaixando o olhar.

-E não tem medo?-questionou impressionado.

-Eu deveria?-retrucou tomando seus olhar abrasador com seus aconchegantes.

-Não se mexa!-ordenou caminhando lentamente, como um predador direto para sua caça, em passos calculados. Catherine permaneceu inerte sob seus calcanhares. De repente, toda a coragem que havia lhe tomado o ser, sumira subjetiva-Boa menina!-apressiou o acato, chegando a encocha-la em uma das estantes.

-O que você está fazendo?-murmurou com dificuldade.

-Você alguma vez foi beijada?-curvou-se, esticando os braços e prendendo-a sob sua jaula. Curioso e letalmente perigoso.

-N-não...-sussurou sem fôlego quando seus narizes se chocaram e seus lábios se prenderam uns nos outros. As mãos de Christian firmeram em seus cabelos em um puxam sôfrego fazendo-a gemer, seus lábios caminharam sobre sua mandíbula, agarrando suas mãos, mordendo seu antes braço, deixando sua marca incrustada.

-Por que você fez isso?-questionou vendo a pele atingir cores vermelhas, exitada.

-Para te marcar...-confessou, deixando metade de suas intenções obscuras. Queria puni-la por coagi-lo. Por seus pensamentos obscuros tomarem sua forma, não conseguindo pensar nada além. Por acabar com toda a escuridão que lhe perturbava. Por parecer perfeita e demarcar ainda mais suas imperfeições. Por lhe trazer a vida de volta. Por parecer enfeitiça-lo. Por nunca qualquer outra garota ter despertado os choques que agora percorriam todos os seus tecidos. Por Catherine se assemelhar a uma anjo enquanto era o próprio diabo querendo persoadi-la a pecar. E finalmente, por mentir sobre onde estava e ousar brincar com um jogo onde quem inventara as regras e as ditava era o próprio.

Se parasse para pensar demais, Catherine seria culpada por trazer o amor para sua vida, aonde apenas existia a dor. E puni-la nunca seria demais.

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