- POV DINHO –
Dinho: Ô narizinho, onde você se meteu na festa?
Samuel: Em um lugar que chama não te interessa.
Julio: Nossa, voltou a dar patada de 5° ano?
Sérgio: Pô maninho, nem pro seu irmão querido vai contar? – Sérgio diz passando o braço em volta do ombro de Samuel.
Samuel: Não vai me convencer, Sérgio.
Dinho: Vai Samuel, somos seus amigos, seus brothers, conta meu.
Samuel: Tava em um lugar aí.
Bento: Uau, contou tudo. – Diz irônico.
Sérgio: Desembucha Samuel.
Samuel: Ta boom. – Dá um suspiro. – Eu saí com uma garota pra um lugar que eu achei bonito, só isso.
Julio: Ah, mas e a Ayla? Eu deixei você junto com ela lá no quarto antes de sair. Não vai dizer que largou a coitada sozinha aqui? – Julio tenta ser o mais sério possível.
Samuel: É-é... Eu deixei ela na casa da vó dela antes.
Dinho: Ih, gaguejou, tem alguma mentira aí no meio hein.
- POV AYLA –
Valéria: E quando você ia contar pra gente?
Ayla: É... amanhã?
Valéria: Eu te conheço, você não ia contar.
Ayla: Ah, eu nem ia contar por que parece que vocês já sabiam né?
Ana: Temos um super extinto que faz a gente descobrir. Ou apenas o fato que você e o Samuel sumiram na metade da festa.
Ayla: Ficou tão na cara assim?
Val e Ana em um uníssono: Sim.
Ayla: Nossa, então como vocês já descobriram vamos mudar de assunto. – Digo tentando sair rápido da conversa.
{Quebra de tempo}
Estávamos andando até uma pizzaria para jantar, estava eu, Dinho, Samuel, Sérgio, Julio, Bento, Valéria e Aninha. Val e Aninha conversavam com Dinho e Bento, Sérgio conversava com Julio e só estava sobrando eu e Samuel, mas não estávamos conversando.
Samuel: O que ta fazendo aí sozinha no canto?
Ayla: Nada. – Dou uma leve risada.
Samuel: As meninas também ficam fazendo um questionário pra você né?
Ayla: Como você sabe? – Falo olhando pra ele.
Samuel: O pessoal da banda fica me enchendo o saco também, eles acham que eu deixei você sozinha e saí.
Ayla: Ata que eles acham isso, as meninas já sabem, como eles não descobriram ainda?
Samuel: Mas você que contou pra elas, não é?
Ayla: Não.
Samuel: Então eles estão fingindo que não sabem, porque eles fazem um monte de perguntas sobre você.
Ayla: Provavelmente, mas mudando de assunto, como foi seu dia?
Samuel: Cansativo, e o seu?
Ayla: Tedioso. As coisas da banda estão indo bem?
Samuel: Sim, a gente nunca imaginou que iria chegar aonde está hoje.
Ayla: Estou feliz por isso, sempre confiei que vocês um dia chegariam aonde queriam. – Dou um sorriso sem mostrar os dentes.
Samuel: Acho que deveria entrar pra banda.
Ayla: O que? Claro que não, Sam.
Samuel: Você toca e canta muito bem xuxu, pra que ficar desperdiçando esse talento?
Ayla: Samuca, a banda tá ótima assim, vocês não precisam de mais uma pessoa. E se eu estragar a banda?
Samuel: Claro que não princesa. – PERA, ELE ME CHAMOU DE PRINCESA?
Ayla: É- é, melhor não Sam. – Sinto ele me segurando pela cintura e puxando pra mais perto, ah... as borboletas de novo. Continuamos assim o caminho inteiro. – Chegamos! – Olho para o pessoal e sou nocauteada com vários olhares focados em mim e Sam, até que ele percebe e tira a mão de minha cintura. – O que estão olhando? Vamos entrar.
Garçom: Sejam bem-vindos, nome da reserva?
Ayla: Ayla Ferri.
Garçom: Uma mesa para oito, certo?
Ayla: Isso mesmo.
Garçom: Nossa garçonete irá acompanhá-los até a mesa.
Ayla: Obrigada. – Olho para a garçonete e ela olha de volta, só que com uma cara de deboche mascando um chiclete que nem vaca. Ela nos leva até a mesa e nos sentamos.
Garçonete: Qual será o pedido? – Nossa que raiva que eu estava ficando dessa garota... não basta ficar de deboche comigo, ela agora não parava de encarar Samuel, só que com uma cara beem diferente da de antes, me entendem?
Ayla: O que vão querer de bebida? – Todos respondem que querem uma coca. – E de comer?
Dinho: Você que conhece aqui melhor que a gente, qual sabor é o melhor?
Ayla: Todos são ótimos, mas eu gosto da de quatro queijos e pepperoni.
Dinho: Então pega essas duas. Acho que aqui todos gostam desses sabores. – O pessoal responde que sim.
Ayla: Ok então. O nosso pedido vai ser oito cocas de latinha, uma pizza de quatro queijos e outra de pepperoni. Ah, tem como cortar as pizzas em oito pedaços?
Garçonete: Sim. – Diz com uma voz de desprezo anotando o pedido. – Algo mais?
Ayla: Não, é só isso mesmo. – A garçonete sai e escuto ela resmungando "Aff, menina exigente." Vejo Dinho cochichando algo com Julio, que olhava para minha direção.
Julio: Eita Samuel, a garçonete tá se jogando pra você hein. Pede o número dela depois. – Ele fala dando umas olhadinhas pra mim.
Samuel: Mas eu não to me jogando pra ela, muito obrigado pela dica, mas não vou pedir o número dela.
Dinho: Vai lá meu, para de ser besta. Se tu não for, eu vou lá falar que você ta com vergonha de pedir.
Samuel: Se você for lá a gente se acerta no hotel.
Sérgio: Ta bravinho hoje em. – Depois da fala de Sérgio todos dão risada da cara de Samuel.
Lá vem a vaca mascando grama, quer dizer, a garçonete com as bebidas. Na hora de entregar para Samuel ela colocou um guardanapo de papel com um número de telefone escrito, fiquei com um pouco de ciúmes por dentro, mas tentei não transparecer por fora. Bento que também estava ao lado de Samuel percebeu e não ficou calado.
Bento: Nem precisou pedir o número, já veio de brinde. – Todos caem na risada, menos eu que dou um risinho desconfortável, mas Sam percebe.
Depois que o pessoal tinha parado com esse assunto eles começaram a tagarelar, pelo menos estavam no modo normal deles.
Samuel: Você ta muito quieta, aconteceu algo?
Ayla: Nada não, é só fome.
Samuel: Ay, eu sei que não é fome, você não fica assim quando ta com fome.
Ayla: É sério Sam.
Samuel: Não é não. É pelo número de telefone que recebi?
Ayla: Talvez.
Samuel: Eu nunca que vou ligar pra ela, xuxu. Você viu o jeito que ela masca o chiclete? Parece uma vaca comendo grama. E outra, eu já estou interessado em outra pessoa. – Na parte da vaca ele me fez rir, como esse garoto é incrível!
As pizzas chegaram, aquele cheiro entrava pelo meu nariz e me fazia flutuar que nem em desenho animado. Atacamos as pizzas e não sobrou nenhum pedaço das coitadas, pelo menos elas estão em um lugar melhor... nos nossos estômagos.
Voltamos andando, os meninos me deixaram na casa da minha vó que era perto da pizzaria e eles voltaram pro hotel. Amanhã eles teriam show em uma cidade próxima e teriam que ir embora pra outra cidade... queria que esse meu momento com eles fosse infinito, não aguento mais ficar longe deles, mas não quero deixar minha vó sozinha de novo.
Chego em casa umas 21:15 e vejo minha avó sentada no sofá fazendo tricô.
Ayla: Oi vó, a senhora tá bem?
Vó: To ótima minha querida, como foi a noite com os amigos?
Ayla: Muito boa. – Digo tirando o sapato e indo pro quarto. Tiro meus brincos e coloco na cômoda, vejo a carta que Bento havia mandado entregar, tinha esquecido completamente. Sento na cama, abro o papel e começo a ler.
"Oi Ayla,
Preciso pedir desculpa pelo que eu disse na festa, fui um tremendo bocó pelas coisas que eu te disse. Eu estava meio bêbado também, isso não ajudou muito. Se não aceitar o meu perdão, tudo bem, te entendo, fui um vacilão. Quando tivermos mais tempo irei te pedir desculpas pessoalmente."
Fica bem, tá? Beijos.
ASS: Alberto Hinoto.
Eu também não ajudei nada com isso, se eu não tivesse bebido, eu não teria ido tirar satisfação com o Bento e ele não teria dito essas coisas. Vou desculpá-lo, todos erram, não somos perfeitos, mesmo assim as palavras dele me machucaram, mas vou tentar esquecer.
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Continua...
Oii xuxus, como estão?
2k de leituras? Como assim?
Eu queria agradecer pelas pessoas que estão interagindo tanto comentando, votando e lendo, muito obg msm! Nunca imaginei que essa fic ia chegar a 2k.
Fiquem bem e bebam água <3