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By Millabarrosbr

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Livro 2 jรก estรก disponรญvel no perfil๐Ÿ’œ ๐๐ž๐ฆ-๐ฏ๐ข๐ง๐๐จ๐ฌ ๐š๐จ ๐”๐ง๐ข๐ฏ๐ž๐ซ๐ฌ๐จ ๐๐ž ๐‹๐š๐ฎ๐ซ๐š ๐’๐ญ๐š๐ซ๐ค! ... More

Laura Stark - A Filha Perdida Do Homem De Ferro
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CAST
The Start
X-13
Training
Happy Birthday
Salรฃo das Naves
2 anos depois
Iniciativa dos Vingadores
Nรณs jรก podemos vรช-la.
Terra - S.H.I.E.L.D.
bem-vinda, Laura.
os agentes de Jรบpiter
โš›recadoโš›
Oficialmente Agentes da S.H.I.E.L.D.
como ela conseguiu?
a descoberta.
estranho Tony.
abalos.
preocupaรงรฃo
primeira parada.
manipulation.
they want me.
they want me ยฒ
we have a mission.
Creation
estranha.
CHEGA!
worry
um mรชs se passou
Sr. Stark
surpresa
flashback { vocรช me ensinou a coragem das estrelas antes de partir }
{ eu te manterei segura }
observados
safe house { vocรช estรก apaixonadoโ™ช }
Daughter
we fight
estamos voltando.
Destroรงos
Book Trailer 2
Onde estรก o seu chefe?
Levem ela.
Pรฉ atrรกs
Desconfiados.
Distraรญdos
Fight the fire
Secret Area
โš ๏ธATENร‡รƒOโš ๏ธ
Cรบpula
Vocรช?!
strange feelings
O Jardim
De qual lado vocรช estรก?
Vamos atrรกs dele
um novo membro
- Soldado! | - Garota!
Ele a levou
I'm back!
O que Loki fez?
Mudando a rotina
Ele se foi.
Luzes do Norte
Estepe
Losin' control
Sou digno desse sentimento?
You're not a monster
a new war is coming
โš ๏ธ S.O.S -PRECISO DA AJUDA DE VOCรŠS โš ๏ธ
Who's Thanos?
The truth to be told
+๐Ÿ”žDecididos, Assumidos e Surpresas
O afastamento de Clint Barton
As emoรงรตes do hospedeiro
Viagens e novos amigos.
Titรฃ
Wakanda
O Universo ou vocรช?
20 days in Jupiter
WHAT WE LOST (๐ญ๐ก๐ž ๐ž๐ง๐ ๐ฉ๐š๐ซ๐ญ๐Ÿ)
๐“๐ก๐ž ๐‹๐š๐ฌ๐ญ ๐Ž๐ง๐ž (๐˜ต๐˜ฉ๐˜ฆ ๐˜ฆ๐˜ฏ๐˜ฅ ๐˜ฑ๐˜ข๐˜ณ๐˜ต2)

Foi um erro

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By Millabarrosbr

Insta do livro: @laurastarkbook sigam lá 😍❤️

•••

Como eu amo, como eu amo de novo?
Como eu confio, como confio novamente?
Song: Dancing with your ghost.

Laura treinou três dias seguidos, sem parar. Em um deles, saiu da base e foi até a cidade, novamente, comprar mais livros. Ela e William conversaram e tiveram um ótimo tempo juntos. Ao voltar para casa, Laya a viu chegar com o mesmo sorriso da outra vez, mas preferiu não se meter na vida da filha.

O dia amanhecia na base. Todos tomavam café e conversavam. Laura decidiu levar as crianças de Clint para um treino. Eles ficaram super animados e Loren consentiu. A manhã passou e depois do treino, Laura levou as crianças de volta para mãe. Eles amaram.

Mais tarde, naquele dia, Laya procura Laura pela base. A mulher vai até o quarto da filha e se surpreende com o que vê.

— vai sair? - pergunta ao ver Laura se arrumando em frente a penteadeira

A jovem olha para a mãe, que estava parada na porta do seu quarto.

— sim. - diz Laura sorrindo e colocando o segundo brinco na orelha — tenho um encontro.

— uau! - Laya sorri fraco — e posso saber com quem?

— com William. - diz a moça

Laya não sabia nada sobre esse rapaz, nem quem ele era, o que a preocupava. Não queria que Laura acabasse do mesmo jeito que ficou quando as coisas com Steve deram errado.

— e quem é ele? - pergunta — por acaso ele é o cara que você conheceu na semana passada, quando chegou super tarde e não me deu satisfações do por quê?

Laura olha para mãe.

— sim. William é o cara que eu conheci naquele dia. - diz e pega o batom a sua frente

Laya respira fundo e tenta não deixar sua preocupação materna atrapalhar a noite da filha. Ela caminha devagar e se senta na beirada da cama, enquanto olhava a filha se arrumar.

— e o que vai dizer a ele? - pergunta Laya — sabe que não vive uma vida normal onde ele pode te buscar e trazê-la em casa, não sabe?

— Eu sei, mãe. Relaxa! Eu nunca colocaria em risco o nosso esconderijo. - diz Laura sorrindo

— então pretende sair de casa e voltar sozinha? - pergunta a mulher

Laura a fita.

Laya percebe que estava passando do ponto.

— me desculpe! - pede a mãe — só estou preocupada.

— não precisa, mãe! Sério! - diz Laura

Laya assente e se cala por alguns segundos.

— e eu posso pelo menos saber como se conheceram? - pergunta sorrindo depois de um tempo

— claro! - diz Laura e se levanta, caminhando até o espelho para olhar o vestido — eu fui até a cidade e entrei numa dessas lojinhas de livros. - diz olhando para a mãe — era a lojinha do William. Ele foi super legal e atencioso comigo. Até me levou para ver as luzes do norte, algo que eu nunca tinha visto antes. - Laura sorri e volta a se olhar no espelho

Laya franze o cenho.

— as... - ela faz uma pausa — as, o que? - pergunta

Laura a olha e repete.

— luzes do norte. - diz

Tudo o que Laya menos queria estava começando a acontecer. Ela não queria que sua preocupação ficasse no meio da felicidade da filha, muito menos da relação que as duas estavam criando, mas o que acabara de ouvir a deixou com um pé atrás... ou melhor, com os pés e as mãos.

— querida, - ela diz e caminha até a filha — tem certeza que não confundiu o que viu? - pergunta

— não, mãe. - a jovem diz — eu comprei um livro sobre as luzes e acabei comentando que nunca havia visto elas. Ele resolveu me levar até o topo da cidade para vê-las, e foi isso.

Laya não entendia.

— eu não entendo. - diz — não temos as luzes do norte aqui na Carolina do Sul. Como as viram se elas não são comuns aqui?

Laura sorri.

— mãe! Você está procurando pelo em ovo. - pergunta rindo — tá legal, talvez não eram as luzes. Talvez foi algum fenômeno muito parecido, mas eu amei a companhia dele, por isso vou encontrá-lo novamente.

Laura não estava dando ouvidos às preocupações da mãe. Ela achava aquilo muito exagerado.

— por favor, não me faça dizer que você está sendo inocente! - pede Laya

— eu não estou, tá legal? - pergunta a jovem enquanto procurava um casaco para colocar por cima do vestido

— querida, esse cara com certeza quis te enganar sobre as luzes e... eu não faço ideia do porquê, mas não gosto disso. - disse a mãe

Laura bufa. Ela escolhe o casaco e veste, caminhando até a mãe.

— sabe o que eu acho? - pergunta e para em frente a mulher — eu acho que há alguém aqui morrendo de ciúmes da filha. - diz sorrindo — é natural que esteja assim. Sua filha, indo a um encontro pela primeira vez e você tendo a oportunidade de participar disso...uau! - Laura ri e coloca a mão no braço da mãe, fazendo um carinho — se meu pai estivesse aqui, estaria ainda pior.

Laya ri fraco.

— Laura, não se trata de ciúmes. - fala — não é como se você estivesse conhecendo alguém pela primeira vez. Eu sei que você entende bem disso, aliás, já teve um namorado. - diz ela e vê a filha respirar fundo

— mas quando você chegou, já estávamos juntos. Você não precisou ver essa fase que eles chamam de "se conhecendo melhor". - diz a jovem e se afasta da mãe — para completar, ele não está mais aqui, então...

Laura pega sua bolsa de ombro e a coloca.

— eu entendo que esteja animada com esse cara, eu só... - Laya faz uma pausa e vê Laura caminhando na direção da porta — não quero que se machuque como da última vez. - diz e a filha para

Laura olha para a mãe. Sabia que a frase dela fazia sentido, se pensada por aquele lado. A jovem respira fundo.

— me desculpe, mas não estou indo a esse encontro pensando no que pode se repetir... gostaria que fizesse o mesmo. - A pede e a mãe suspira

— me desculpe! - pede a mulher

Laura assente.

— tudo bem... pode me levar e me buscar se quiser. - diz — mas eu vou a esse encontro.

Laya respira fundo, mas não havia nada a fazer se a filha estava determinada a isso.

— Eu pego o carro. - diz ela e passa pela filha para sair do quarto

Laura sorri ao ver a mãe indo buscar o carro para levá-la até a cidade.

•••

Ao chegarem na cidade, Laya para o carro há alguns metros da livraria.

— não acha que estão indo muito rápido? - pergunta a mãe

— como assim? - Laura pergunta

— vocês mal se conhecem e já estão tendo o primeiro encontro! - diz, ainda incerta de que aquilo era bom para filha

— e não é isso que duas pessoas fazem para se conhecerem melhor? - pergunta a jovem dando de ombros

Laya a olha e suspira.

— eu só acho que devia esperar mais antes de dar esse passo. - diz ela

— não foi você engravidou de um rapaz que também mal conhecia? - pergunta Laura, cansada daquela conversa

Laya a olha séria. Ela balança a cabeça e sorri fraco, sentida com o que acabara de ouvir.

— e você sabe muito bem como isso terminou. - diz a mãe

Laura respira fundo.

O silêncio no carro chegava a incomodar.

— estou atrasada. - diz Laura — mas antes de ir, só quero que saiba que... eu preciso viver. De uns meses pra cá tem sido maravilhoso pra mim. Estou me sentindo completa, como se não faltasse absolutamente nada mais. - diz e sua mãe prestava atenção em suas palavras — eu preciso viver. E eu não vou esperar nenhum minuto a mais para fazer algo que quero, e principalmente... - ela se interrompe

— diga! - pede a mãe

— deixa pra lá... - Laura diz e ajeita a bolsa no ombro para sair do carro

— Laura, diga! - pede com a voz mais firme

Laura bufa e a olha.

— eu não vou esperar nenhum minuto a mais por alguém que eu sei que não vai mais voltar. Eu não me admito isso. - fala e sai do carro

Ela bate a porta e segue até seu destino. Laya suspira e a olha caminhar. A mulher volta para a base.

•••

Laura entra na livraria e, como sempre, o soninho da porta avisa sua chegada. Ela respira fundo. Todas as palavras que ela e sua mãe haviam trocado estavam presas em sua cabeça, mas não queria que aquilo estragasse a noite que teria.

— olá! - Laura ouve e se assusta ao sentir alguém atrás dela e se vira

Ela sorri ao vê-lo.

— são para você. - ele diz e estende um pequeno buquê com 5 rosas brancas

— uau! - diz ela rindo — obrigada, Sr. Surpresa. - diz e pega as mesmas

— sei que deve estar se perguntando o por quê de tão poucas rosas. - ele diz dando de ombros

— sim, você é bom. - ela fala e eles riem

— na verdade, tem um significado... - fala — é uma rosa para cada dia que lhe vi.

Laura sorri tímida.

— mas, nós só nos vimos três vezes, - ela diz sorrindo — e aqui tem cinco. - fala e ele sorri

— considere a primeira vez digna de três rosas. - fala e ela ri

— tá legal. - fala e caminha até as prateleiras

— é... eu... arrumei essa mesa para gente. - diz ele mostrando a mesa

Estava bem arrumada. Forrada com uma toalha branca que ia até o chão. As taças postas e a garrafa de vinho no meio da mesa. William também havia acendido algumas velas. A luz estava baixa e o clima bem romântico. Ele ligou o som e uma canção romântica começou a tocar.

William estava um pouco sem graça e tímido, mas tentava não demonstrar. Assim como ela. Também estava nervoso em seu primeiro encontro com Laura.

— aqui, tome. - ele diz e entrega uma das taças para ela após de encher com a bebida

— obrigada. - Laura sorri e da o primeiro gole

— espero que goste! - ele diz

Ela assente.

— hm... está uma delícia. - diz ela — é envelhecido?

Ela pergunta sobre o gosto do vinho.

— não, é vinho... - responde William, sem ter entendido a pergunta da garota

Ela ri e ele a acompanha, sem entender.

— nossa comida deve chegar em alguns minutos. Desculpe não ter cozinhado, eu mesmo. - pede

— não se preocupe. - diz ela — cozinhar as vezes é um saco. - ela fala e sorriem

Ela ainda olhava os livros na prateleira. Ele se aproxima dela e pega um lá do alto.

— já que tem interesse pelo espaço, achei que gostaria desse. - ele a entrega

Ela olha o livro e o segura.

— "Galáxia, onde estamos?" - ela lê o nome do livro — bom, pelo título já me conquistou. - fala e sorri

Ela olha a sessão infantil e algo lhe chama atenção.

— oh, Meu Deus! - diz caminhando até lá — você tem Pinóquio? - pega o livro e mostra ao rapaz

Ele sorri.

— não poderia faltar na sessão infantil. - diz ele se aproximando dela novamente

— caramba! - ela diz folheando o livro

— gosta de Pinóquio? - pergunta ele

Ela sorri e disfarça.

— eu não diria gostar, é só que... ele me lembra alguém. - ela fala

— jura? O boneco de madeira com um nariz enorme? - pergunta William rindo e se encostando na prateleira

— não é por isso... - ela diz rindo e se encosta perto dele — Pinóquio é um mentiroso, mas as vezes nem é por maldade. Talvez tenha se acomodado tanto com as mentiras, que... nem sente mais quando as conta. - fala olhando para o livro

— e isso te lembra alguém porque... - William esperava uma explicação mais coerente ao seu ver

Ela o olha e sorri ao ver sua cara confusa.

— conheci alguém como ele. Como Pinóquio. - ela suspira colocando o livro de volta no lugar.

— alguém que mente como o Pinóquio? Uau! - diz sorrindo e ela o acompanha — deve ser a pior pessoa do mundo.

Ela sela os lábios.

— não. - diz — não é, não. - ela sorri — é uma pena ele não saber disso. - fala e William a olha, sério

Ela olha nos olhos dele. Num impulso, Laura chega mais perto dele, e num impulso, William aproxima seu rosto do dela. Os dois se olham e o rapaz procura a boca dela.

Assustando-os e interrompendo o momento, o entregador da comida acaba assustando os dois. William se afasta e vai até a porta receber os pedidos.

Laura respira fundo e tenta entender o que havia acabado de acontecer ali naquele momento. Ela caminha até o rapaz e vê ele colocando as comidas na mesa.

— está com fome? - pergunta ele, tentando disfarçar o clima que havia ficado no ar

— muita. - diz ela e se senta à mesa

Os dois jantam enquanto conversavam sobre outras coisas. Nenhum dos dois tinha coragem de tocar no assunto do momento interrompido, e em como ele teria acabado caso não houvesse sido interrompido.

Após o jantar, William levou Laura para a praça da cidade. Ali a noite não haviam muitas pessoas. Ele caminhou com ela até um pequeno gazebo e os dois ficaram ali em baixo.

— aqui é lindo! - diz Laura olhando em volta — faz tempo que mora na cidade? - pergunta

— nem tanto. - ele diz sorrindo — e você? - pergunta

— há alguns meses. - fala e encosta na madeira rodeada de luzes

— está gostando daqui? - pergunta ele, chegando mais perto dela

— até agora não há do que reclamar. - fala sorrindo e ele a acompanha

— onde morava antes? - pergunta ele

Laura sorri fraco e olha o lago, que estava perto de onde estavam.

— ahm... em Washington. Depois passei um tempo em Nova York e agora estou aqui. - fala

"Acho que deu para disfarçar", pensou ela.

— legal! - diz ele

— e você? - pergunta ela — sempre morou aqui, ou... - ela olha para ele

— não. Não sou de ficar no mesmo lugar por muito tempo. Estou sempre pulando de galho em galho. - diz sorrindo

— um nômade? - ela pergunta brincando e eles riem

— talvez. - diz ele — gosto de apreciar lugares diferentes. Há sempre uma coisa nova para fazer.

Ela assente.

Os dois permanecem em silêncio por alguns segundos, olhando a lua e as estrelas, que, ali, apareciam e brilhavam mais do que em qualquer outro lugar que Laura já havia pisado.

— gosta de constelações? - pergunta ele quebrando o silêncio

— não conheço muito sobre elas, mas acho um espetáculo! . - diz ela o olhando

Laura tinha as mãos apoiadas na cerquinha do gazebo, quando William se aproximou ainda mais dela. Ele colocou sua mão sobre a dela. Ela olhou.

— está vendo aquela ali? - pergunta apontando com a outra mão

— onde? - pergunta ela e ele a olha

William se afasta e fica atrás dela. Ele para e segura a cabeça dela delicadamente, virando-a na direção da constelação. Depois, coloca uma das mãos na cintura dela e passa o outro braço por cima do ombro dela, apontando para as estrelas.

— acompanhe meu dedo. - diz no ouvido dela

Laura respira fundo, sentindo um arrepio percorrer seu corpo, e olha na direção que o dedo dele apontava. Ela acompanha William desenhar a constelação na frente de seus olhos.

— conseguiu ver? - pergunta

— sim. - ela responde sorrindo — como se chama?

— Ursa Maior. - ele diz e segura em sua cintura com a outra mão também — mas esse não é o único nome dela. Nas regiões nórdicas ela é conhecida como "A Carruagem de Odin".

— Odin? - pergunta Laura ao virar-se para ele

Seus olhos se encontraram.

— sim. Eu estudei muito sobre elas. Sobre várias outras, na verdade. - ele diz

— conhece sobre Odin? - pergunta Laura, sem prestar atenção na resposta anterior — se conhece ele, deve saber sobre Thor e Loki. - diz

William sorri fraco.

— o que? Quer uma aula sobre mitologia nórdica agora? - pergunta e Laura sorri

— me desculpa... - diz tampando o rosto pela vergonha — estou estragando nosso encontro.

— hey! - ele diz e tira as mãos dela da frente do rosto — se quiser falar sobre isso, por mim tudo bem. - ela sorri — conhece sobre esses deuses?

Laura respira fundo.

— conheço a história dos irmãos. Filhos de Odin. - diz ela e sorri ao lembrar dos dois

— eu também. Loki e Thor. - ele fala e ri balançando a cabeça.

— se pudesse encontrá-los, ao menos uma vez, diria algo para algum deles? - pergunta ela

William dá um passo à frente, ficando ainda mais perto dela.

— bom, pelo que já li, e ouvi falar, eu diria ao Thor que, talvez devesse parar de querer ser o centro das atenções, sempre. - diz e sorri

Laura o acompanha.

— e você, quem escolheria? - ele pergunta

— Loki. - ela diz e ele fica sério

— jura? - pergunta ele — por que logo ele?

— porque sim. - ela diz dando de ombros

Ele franze o cenho.

— e o que diria? - pergunta ele

— que talvez, devesse parar se martirizar tanto. Diria também que, não precisa viver buscando a aprovação dos outros, e que ele é especial do jeito dele. — Laura suspira — Que não há nada errado em ser diferente e que... não importa quem o pai escolheu, isso nunca o fez menor que Thor, e que todas as coisas que aconteceram depois disso foi porque ele deixou que o controle da situação escapasse de suas mãos. - ela termina

William a olhava sem piscar. Laura olhou no fundo dos seus olhos. Ela ajeitou a postura. Ele, sem saber do certo ou errado, segurou em sua cintura e a puxou para mais perto de si. Ela respirou fundo e envolveu seus braços ao redor de seu pescoço. Os dois se olharam por mais alguns segundos, sem falar nada, antes de Laura grudar seus lábios nos dele.

Ela sentiu sua boca macia por alguns segundo, antes de senti-lo se afastar.

— me desculpe. - ele diz com a mão na boca

— o que? O que houve? - pergunta ela sem entender a reação dele

— eu... eu não posso. - diz ele virando-se de costas para ela

— como assim? - ela pergunta — achei que também quisesse isso.

Ele respira fundo.

— não, isso foi um erro. - ele diz, ainda sem olhar para ela

— um erro? - pergunta ela com a voz falha

Laura não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Ela tenta segurar as lágrimas de vergonha e decepção. Ela olha para os lados, esperando que ele a olhasse. Quando teve a certeza que ele não faria isso, disse:

— tudo bem... - engoliu seco — vou embora. - falou — mas preciso passar na livraria antes. Preciso das flores que me deu. Preciso chegar em casa com elas. - ela diz ainda lutando para não desabar

— claro. - ele diz e finalmente se vira para olhá-la — mas por que precisa delas para voltar?

Seu coração partiu ao vê-la naquele estado, mas era para o bem dela.

— porque quero que minha mãe acredite que eu tive uma noite incrível. Isso significa que eu estou evitando chegar em casa e receber o olhar de "eu te avisei", e ter que dizê-la que ela estava coberta de razão sobre o que me disse mais cedo. - Laura diz

Ele apenas assente.

Os dois voltam para a livraria em silêncio. Nenhum quebrou o gelo. Laura pegou as flores e antes de sair da loja, ouviu William se despedir.

— adeus, Laura!

Ela não virou para trás para olhá-lo, muito menos respondê-lo. Ao invés disso, Laura continuou caminhando e chorando, com as flores na mão.

Sua mãe tinha razão. Sua mãe tinha razão?
Talvez ela não estivesse pronta para se relacionar com ninguém, com mais ninguém, pensou. Mas será que esse pensamento estava certo? Será que estava escolhendo mal? Ou talvez não devesse esperar das pessoas o amor que deveria receber dela mesma.

Uma raiva tomou conta dela ao chegar na cúpula. Ela se identificou e abriram passagem para ela. Ao caminhar na direção da mansão, pensou que a partir daquele dia não iria se relacionar com mais ninguém. Secou suas lágrimas. Pensou que se quisesse o amor de alguém, recorreria ao pai ou a mãe, e ao seu próprio. E se quisesse beijar alguém, beijaria a vontade, sem sentimento envolvido. Não iria cair por ninguém. Saberia diferenciar isso.

Quando estava se aproximando da mansão, alguém abre a porta para ela. Ela o olhou, e pensou que, se ia realmente viver sem se apegar a mais ninguém, aquele seria o momento perfeito para treinar isso. Ela sobe os degraus até a porta.

— o que está fazendo sozinha por aí uma hora dessas? - Shane a pergunta — achei que Laya fosse te buscar.

Ela finalmente caminha até ele e:

— vou avisar a ela que você cheg... - antes de se virar, ela segura seu rosto e o interrompe com um beijo que o surpreendeu de todas as formas possíveis

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