Poder e Anarquia

By medus444

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Egocêntrica, louca, inconsequente. Há muitas palavras para descrever a filha mais velha da família Haruno, um... More

Capítulo 2 - O Diabo Em Pessoa
Capítulo 3 - O Filho Mais Velho
Capítulo 6 - Caos Em Família
Capítulo 4 - Jogos Tentadores
Capítulo 7 - Rússia E Seus Problemas
Capítulo 5 - Sala De Jogos
Capítulo 8 - Café Da Manhã Em Paz
Capítulo 9 - Mentiras Gostosas De Pagar
Capítulo 10 - Freiras Também Pecam
Capítulo 11 - Facilmente Manipulável
Capítulo 12 - Eu Odeio Querer Tanto
Capítulo 13 - Trêmula Da Cabeça Aos Pés
Capítulo 14 - A Itália
Capítulo 15 - A Luz Da Lua
Capítulo 16 - Outro Dia De Paz
AVISO
Capítulo 17 - A Humilhação É Revoltante
Capítulo 18 - O Troco
Capítulo 19 - Curvas Perigosas
Capítulo 20- Alto Mar
Capítulo 21 - A Volta Pra Casa
Capítulo 22 - Demonstrações Violentas
Capítulo 23 - Choque De Revelações
Capítulo 24 - Por Inteira
Capítulo 25 - Acertamento De Contas
Capítulo 26 - Me Ameace E Me Ame
Capítulo 27 - Uns Traumas Esquecidos
Capítulo 28 - As Confusões Dela
Capítulo 29 - Reaproximação
Capítulo 30 - Eu Não Amo Aquela Maluca
Capítulo 31 - Covardia
Capítulo 32 - Uma Obsessão Passada
Capítulo 33 - Me Dê Outra Oportunidade
Capítulo 34 - Eu Estou Bem
Capítulo 35 - Manda Quem Pode

A Filha Mais Velha

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By medus444

Europa, Inglaterra


A risada alta ecoava naquele apartamento gigante enquanto ela se debruçava, quase que de forma perigosa, no parapeito de vidro do décimo quinto andar. Se levantou arrumando o cropedd tomara que caia e dando um gole na taça de champagne, caminhava quase de forma tropega no meio das pessoas que ainda dançavam, independente de já passar das cinco da manhã.

- Alguém pode pegar mais bebida pra mim? Estou tão... — se jogou no sofá erguendo a taça para qualquer coitado que achasse que tinha a menor chance de tê-la.

Ah.. Eles eram tantos e ela adorava ter aqueles homens ao seus pés, não passavam de tolos desesperados por um pedaço de carne feminina, ao menos não teriam a dela, nunca. Mas era divertido vê-los tentar.

- Cansada... — choramingou e a taça foi retirada de sua mão por um rapaz alto e cabelos platinados que lançava um olhar nada descente, Sakura se remexeu endireitando a postura para lhe dar uma visão mais elegante de seu rosto.

- Pode beber do meu copo, linda. — ele estendeu o que seria provavelmente whisky, apesar de conhecer as lições de que não se deve aceitar nada de estranhos, Sakura negou esse instinto e aceitou o copo — Posso me sentar com você?

- É claro, senhor..? — indagou desejando saber seu nome.

- Me chamo Kabuto e vamos esquecer o lance do senhor, pode ser!? — perguntou dando um sorriso galante vendo-a ingerir o líquido do copo — Eu perguntaria o seu... se eu já não soubesse.

Sakura cerrou os olhos e sua desconfiança começava a gritar em sua mente, mas naquele momento a ação já tinha sido concretizada, sua visão começou a ficar turva e ela então se levantou um pouco cambaleante.

- Me drogou?

- Até esperei que o álcool a apagasse mas você é bem resistente, o meu pessoal realmente queria uma festa então não foi difícil organizar esta ceninha. — ele sorriu com a forma que a garota estava em sua frente, mas numa última tentativa de se defender Sakura tirou um canivete que se encontrava escondido em sua perna — Surpreendente, sabia que a herdeira do Kizashi não era iria me decepcionar!

- Sabia que é muito errado drogar garotinhas em festas? — ela sorriu de uma forma que Kabuto jamais havia visto uma mulher sorrir, ainda mais uma que já deveria estar muito tonta, de uma forma sádica — Vou te ensinar alguns modos!

Sakura usou da pouco força que ainda lhe restará para atacá-lo, primeiro a faca foi em direção ao braço que foi desviado, segundo para o pescoço causando um leve corte, apesar de lenta ela ainda conseguia machucá-lo. Mas Kabuto possuía mais força, e no momento, mais agilidade. Deitou Sakura com um único e certeiro soco, a garota recaiu tonta no sofá, já pensando que aquele seria seu fim.

No entanto, ouviu o barulho estrondoso da porta sendo aberta a força. Sakura levantou num impulso rápido ao ver a figura de seu pai invadindo o local acompanhado de seus seguranças que começavam a atirar para todos os lados, causando mortes rápidas. Ela sorriu para Kizashi com a pouca consciência que possuía, mas o homem a olhou com reprovação.

Kizashi fez um pequeno sinal para que um de seus seguranças fossem pegá-la. Tobirama, seu segurança mais confiável tirou Sakura do sofá, os olhos dela estava revirados e ela fraca demais para contestar, colocando o corpo quase inconsciente sob seu ombro sem muito esforço logo em seguida voltando a caminhar para perto de seu chefe. —Você me envergonha, Sakura Haruno. Leve ela para a mansão, eu mesmo quero cuidar disto... — disse indo em direção a Kabuto que estava imobilizado.

- O grande Kizashi Haruno.. — Kabuto zombou — O que vai fazer? Me torturar ou me matar de uma vez?... Saiba que nada adiantará, eles querem sua filha!

- Eles quem? — disse ríspido.

- Seus piores inimigos! — Kabuto ainda sorria.

- Por que estão atrás da Sakura? Sou eu quem tem o poder.

- Kizashi... não sejamos tolos, todos sabemos que para destronar um rei, é preciso destruir o seu reino. — antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa o velho Haruno começou sua série de socos, furioso.

[...]

- Não me leva pra mansão, por favor. — Sakura pediu com a voz fraca sendo colocada no banco traseiro do carro.

- São as ordens do seu pai.

- Preciso de água! — ela tossiu, sequer conseguia manter seus olhos abertos.

- Cale a boca, Sakura. Não vai fugir da minha vista de novo, seu pai já está cansado de ficar atrás de você.


Sakura foi levada para a mansão Haruno, acordou depois de horas constatando que estava em seu quarto, odiava ficar naquela mansão, tanto que já havia tentado atear fogo nela, infelizmente não deu certo. Estava aliviada por seu pai ter chegado a tempo, mas por outro lado sabia que aquilo era culpa dele.

- Que bom que acordou! — seu pai abriu a porta assim que se sentou na cama tentando afastar o pensamento de que ele sempre chegava nos piores momentos. — Nós receberemos visitas está noite, portanto é melhor que se levante e vista algo adequado, Sakura. — ela sabia o quão seu pai gostava de manter as aparências e não iria contra, estava apenas esperando o sermão. — Isso não teria acontecido se não tivesse fugido como uma adolescente birrenta, você estava bêbada num apartamento de pessoas desconhecidas e eu não preciso nem te dizer que está de castigo!

- Fala como se eu não tivesse vinte e quatro anos, pai. — ironizou e se levantou da cama.

- Uma mulher de vinte e quatro anos já deveria estar casada ou no mínimo participando da sociedade. Você não faz nem um nem outro direito, mas espero que não faça nenhuma de suas gracinhas está noite. — ele começou a se afastar mas olhou para trás pela última vez antes de ordenar — E use uma de suas perucas, não quero você chamando atenções desnecessárias com esse cabelo!

Kizashi deixou o quarto.

Sakura ficou imóvel por alguns segundos, passou a mão pelos fios de cabelo o encarando com certo desgosto. A coloração naturalmente rosa deixava seu pai irritado e ela sabia exatamente o motivo, fazia com que ele lembrasse de sua mãe, mas não do afeto que sentia por ela, mas sim de que havia sido ela, Sakura, quem causará sua morte ao nascer.

Foi até o banheiro e adentrou a banheira, a água estava fria mas sequer se importava, pegou o cigarro que estava ao seu lado e o acendeu, ali era o único lugar onde tinha paz aparentemente. Ou talvez.. nem tanta paz assim já que após segundos que se sentiu relaxada uma demasiada falante e loira apareceu.

- Por onde se meteu? Papai disse que se meteu em encrenca, é verdade? — a voz feminina gritou abrindo a porta do banheiro, Sakura fechou os olhos e puxou a fumaça despreocupadamente. — Estou falando com você, idiota.

- E eu estou te ouvindo, irmã, só não irei responder o que quer que for.

Sayuri Haruno, a garota de dezoito anos que odiava a meia-irmã mais velha. Felizmente, o sentimento era recíproco. Sakura não nutria nenhuma afeição pela segunda filha de seu pai, a garota que veio de um casamento feito apenas para tapar um buraco gigante na vida de seu pai.

- Eu soube que você estava bêbada e por isso tentaram pegar você, o papai deve ter achado tudo isso ridículo. Onde está sua peruca? Gosto mais quando está com ela. — Sakura ainda a ignorava, já não ligava mais com as implicâncias daquela garota petulante, principalmente em relação a sua aparência — Não importa, o papai te proibiu de aparecer com esse cabelo na festa hoje... — sorriu como se fosse uma vitória  — Sabe quem vai estar aqui hoje?

- Não, Sayuri... — disse cansada daquele falatório — Não sei quem estará aqui hoje ou amanhã, só me deixe em paz.

- São os russos, Itachi Uchiha estará aqui e espero que não me envergonhe, imagine a reação dele se te ver com esse cabelo cor de rosa. Meu Deus eu quero muito pegar aquele homem! — ela se aproximou sentando na beirada da banheira, Sayuri falava tanto e Sakura odiava, mas a mínima palavra que a mais velha ussase contra ela e ela não gostasse, a queridinha do papai abriria a boca e o castigo recairia sob a mais velha. — O pai dele morreu tem seis meses e agora Itachi é quem comanda todos os negócios da família Uchiha, ele é tão gato...

- Esse cara não tem quase o dobro da sua idade? — Sakura a analisou finalmente, Sayuri era a queridinha da casa e consequentemente a mais mimada, nosso pai jamais a deixaria se envolver com um homem mais velho, ainda mais um criminoso como Itachi Uchiha.

- Não, Itachi é o irmão do meio, tem apenas vinte e cinco e já está fazendo sucesso como sucessor.

Pela primeira vez algo chamou atenção em Sakura, ela conhecia a família Uchiha, eram velhos amigos de seu pai mas ela nunca chegou a conhecer os dois filhos mais velhos, apenas Sasuke o caçula. Mas avaliando a situação, quando um líder cai, automaticamente seu poder é passado para o primeiro filho, herdando tudo; no entanto, levando em conta o que Sayuri diz, Itachi não era o primeiro filho. Ela tentava recordar qual o nome do primogênito mas já fazia tanto tempo desde que ouvirá falar sobre eles que era quase impossível.

- Itachi não é o sucessor, o primogênito dos Uchiha é. Porque o segundo filho herdou o comando?

- Han.. — Sayuri deu uma risada estranha — Não me admira você querer saber sobre ele, é um brutamontes que não se importa com ninguém além do própria status, o pai morreu tentando consertá-lo, por isso o poder ficou com Itachi, ele é melhor. Mas o mais velho.. faz seu estilo!

Sakura se estressou por fim, não queria mais ouvir aquilo, se levantou da banheira deixando a água recair sob seu corpo, Sayuri deu uma longa olhada no corpo da irmã, sempre lhe chamava atenção, mas não por invejar, e sim por motivos óbvios, repulsa. As marcas da cicatriz que descia no meio de suas costas, a pele feia e arroxeada que revelava o pior de Sakura.

Aquela cicatriz nada discreta que causava repulsa nas pessoas que a viam e por mais que Sayuri fingia não notar, Sakura sabia que ela também sentia algo parecido com nojo.

- Se já terminou, saia.

- E-estou indo. — ela gaguejou e antes de se retirar encarou de novo as queimaduras na irmã mais velha.

Sakura suspirou tentando recobrar quem ela realmente era e esquecer as palavras de sua irmã. Por alguns segundos seus olhos desviaram para o lado onde um enorme espelho evidenciou a sua figura, saiu da banheira e caminhou para mais perto, analisando novamente o machucado antigo que cobria seu ombro esquerdo até onde ela podia olhar e metade de seus costas, aquela pele grossa e marcada que ela odiava, a derme arroxeada e vermelha, e se estendia pelos lugares que ela odiava. Não deveria ser tão feia mas as complicações que teve após a operação fez com que ficasse daquele jeito irreversível. Horrendo para quaisquer olhos e nada atraente para homem algum.

Pegou a toalha e parou de se encarar antes que destruísse aquele espelho novamente, nem entendeu o porquê seu pai mandou que colocassem outro daquele tamanho depois dela ter destruído o primeiro. Talvez ele também gostasse de torturar a filha mais velha, talvez gostasse de que ela olhasse no espelho e não gostasse do que via.

As horas passaram-se e ela se vestiu adequadamente, prendeu os cabelos "excessivamente chamativos" como seu pai dizia e o escondeu, desta vez com uma peruca preta. O terno preto desconstruindo lhe davam um toque tão elegante quanto sexy, seu pai não apreciava tanto aquele estilo, dizia que uma dama da sociedade não se vestia daquela maneira, mas ela adorava contrária-ló. Da janela de seu quarto ela via os veículos se aproximarem, antes de sair de seu quarto ela foi até a escrivaninha e tirou da caveta um belíssimo canivete karambit cor de rosa. O último presente que ela havia ganhado de sua mãe, um ótimo presente. O colocou em sua cintura, escondendo de qualquer desavisado.

Se demorou um pouco mais antes de descer as escadas, sabia que seu pai fazia cerimônias e odiava participar delas. Porque seu pai nunca a exaltava, ela sempre a...

"Conheça minhas filhas, está é a adorável Sayuri e está.. É a Sakura!"

Sempre havia um tom ruim quando se tratava dela. Quando resolveu descer as escadas começou a escutar as conversas e a música clássica.

Haviam muitas pessoas na casa, alguns rostos conhecidos e outros novos, os italianos tinham uma presença forte e não era difícil reconhecê-los. Era incrível como a atenção era completamente roubada para a caçula, seu pai gostava de expor Sayuri como um troféu, a princesa do papai. Revirou os olhos enquanto via Kizashi com o braço ao redor da caçula falando sobre as habilidades dela.

- E onde está sua outra filha? -— Sakura se virou assim que escutou alguém perguntando para seu pai que sequer olhou o espaço em sua volta para procurá-la e ver que ela estava li, um pouco atrás — A mais velha, me lembro bem dela e soube do ataque de hoje cedo, como ela está?

- Ah.. Sakura deve estar se arrumando ainda, só pensa nisto, não foi bem um ataque... Foram só alguns homens que tentaram embebedar uma garota bonita. — Kizashi mentiu e gargalhou na mesma proporção, como se aquilo não passasse de uma piada e o homem em sua frente também. — Você deveria ver a Sayuri no golfe este fim de semana, traga seu filho, verá que ela é.. extraordinária!

Um som não muito agradável ecoou quando a taça que estava na mão de Sakura se partiu um pedacinhos. O salto alto passou por cima do vidro na direção oposta e após chamar a atenção das pessoas e ela se retirou, lentamente. Se enfiou em qualquer espaço daquele corredor, quis fugir daquela situação mas antes precisava mostrar para seu pai que ela estava ali.

Ela não era invisível, porra.

Identificou que estava na biblioteca e caminhou até uma garrafa de conhaque que seu pai costumava deixar por ali, entornou a garrafa de uma única vez ingerindo o máximo que podia. Sua mão doeu assim que devolveu o litro no lugar, havia sangue e provavelmente cacos haviam adentrado em sua pele. Foi só então que escutou um pequeno ruído e no mais puro alerta tirou o canivete que estava em sua calça, se posicionando para qualquer coisa que ocorresse nos próximos segundos.

- Os convidados deveriam estar no salão. — disse com convicção, não demonstrando medo algum, apenas se colocando em alerta já que após o "ataque" do dia anterior, toda paranóia era pouca.

- Então o que faz aqui? — aquela voz tão grave petrificou Sakura, era um homem afinal é a julgar pela maneira que se aproximava pelas sombras, era uma homem alto. Ela não conseguiria derrubá-lo tão facilmente.

- Essa casa é minha, eu posso ficar onde quiser!

- O que leva alguém a andar armada dentro da própria casa? — ele pareceu provocá-la.

- Apareça, eu estou ficando impaciente.

- Ah.. que adorável — o tom sarcástico se aproximou e Sakura focou sua visão naquela sombra, até que ela se revelasse por completo — A filha mimada dos Haruno...

Sakura não estava preparada para sentir a intensidade do olhar que a encontrou, muito menos a força que ele emanava.

Sakura o fuzilou com o olhar, mas nem isso era capaz de mudar o que se passava pela sua mente. Aquele homem era terrivelmente atraente. Desde ao terno impecável ao cabelo que recaia sob seus ombros. Não havia outra explicação para aquele estranho estar ali, ele também tentaria levá-la ou até mesmo matá-la, mas dessa vez ela não resistiria a uma boa luta. Já que seu sangue fervia para descontar sua raiva em qualquer um.

- Deve estar me confundindo. — ela correu na direção dele, passos firmes e decididos, seus olhos o encararam de um modo desafiador.

Como esperado o homem desviava facilmente de seus ataques, num deles ela riscou o canivete na bochecha dele, pegando um pouco em seu lábio inferior. O olhar dele se virou para ela causando quase um fervor em seu íntimo, refletia raiva e dominação, Sakura não era de estremecer facilmente mas pôde dizer que pela primeira vez um homem despertava aquilo nela.

- Ops.. — zombou com um sorriso irônico que sumiu ao não conseguir reagir aos seguintes movimentos dele.

O homem a segurou pelos cotovelos a girando por completo até que a empurrasse contra a estante de livros. O choque do corpo de Sakura a fez arfar, remexeu os braços que agora se encontravam presos, o aperto era forte demais, certamente deixaria marcas. E o pior era a sensação de dominância que ela sentiu ao ter o canivete tirado de suas mãos enquanto ele a segurava com apenas uma, sem esforço.

- Kizashi não deu modos às filhas dele. — afirmou, a voz grossa se arrastando próximo demais do rosto dela.

Sakura se remexeu de novo, dessa vez ela impulsionou a nuca para trás acertando o homem mais uma vez. Ela até achou que o golpe o faria pelo menos afrouxar o aperto, mas não, piorou. Sentiu o corpo dele pressionar o seu de uma única vez, um grunhido escapou de sua boca ao sentir-se esmagada por ele.

- Se conhece tanto Kizashi.. — tentou manter a postura em sua voz mas era impossível, a imponência dele a esmagava — Deveria saber o que acontece quando alguém toca as filhas dele dessa maneira!

E então ela sentiu a respiração dele junto à uma risada sarcástica e curta. — Acha que eu tenho medo do seu pai?

Sakura se calou por um instante, tempo suficiente para ele erguer o canivete que havia roubado apenas para passar suavemente pela pele dela. A lâmina fria desceu pela bochecha e em seguida para o pescoço dela, deslizando causando um arrepio por onde trilhava. Qualquer outra mulher em seu lugar acharia aquela situação a mais ameaçadora e talvez perturbadora do mundo, mas Sakura não. Ela era instável, louca demais para sentir cada célula de seu corpo implorar pelo toque. Um sentimento quase sádico que a arrebatava de uma maneira que ela nunca havia sentido.

-... Quem é você? — perguntou hesitante, com a respiração pesada.

Sentiu o olhar dele a queimando, enquanto o canivete seguia deslizando por cada parte exposta de seu corpo. Até que ele se movimentou, como se fosse possível estar ainda mais perto, o homem se abaixou minimamente até que sua boca estivesse suficientemente próxima ao ouvido dela.

O cheiro dele inebriou cada sentido dela, forte e másculo. Ou como ela preferiu chamar: cheiro de Homem.

- Madara Uchiha!

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