Heróis de Boreatia: A Perfídi...

By Goldfield

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Uma tempestade assolou recentemente o mundo de Boreatia... No decorrer de alguns séculos, a potência militar... More

BOREATIA - Cronologia
BOREATIA - Deuses
BOREATIA - Principais Raças
BOREATIA - Geografia
BOREATIA - Ordens e Organizações
Introdução
Prólogo
Capítulo I: Ventos de Outono
Capítulo II: Aqueles que vão a Feritia
Capítulo III: Um navio de histórias
Primeiro Interlúdio
Capítulo IV: A comitiva de Kal Sul
Capítulo V: Apuros em Tileade
Capítulo VI: A ponte do riacho Wildeen
Capítulo VII: O palácio do rei herege
Capítulo VIII: As clérigas de Tyrnan
Capítulo IX: Na calada da noite
Capítulo X: O imediatismo do imediato
Capítulo XI: Rimiryn e os orcs

Segundo Interlúdio

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By Goldfield

Segundo Interlúdio

A narrativa deste épico chega a outro ponto divisor de águas, e sinto-me na necessidade de realizar nova interrupção. Porém não se preocupem, pois serei o mais breve possível.

Acompanhamos os dois grupos de heróis já por considerável distância. A comitiva de Kal Sul deslocou-se de Feritia até Borenar, a gloriosa Cidade dos Imperadores. É daqui em diante que o clímax desta história se inicia, com as muitas adversidades e revelações que terão palco na capital. E a perfídia de Macker, que dá título à epopéia, mostrar-se-á clara aos leitores que anseiam por seu conhecimento.

O grupo de Caleb, por sua vez, não passará por menores aventuras. Já tendo seguido de Tileade à pequena Garuny, terá agora de vencer as Terras Altas no caminho alternativo até a mesma capital, mais longo que o percorrido pelos companheiros de Kal Sul. O momento em que saberemos se a visão do druida se cumprirá ou não se torna cada vez mais próximo.

Mas, sem revelar demais acerca dos acontecimentos vindouros deste tomo, faço reflexão sobre minha tarefa de registrá-lo. Acredito, desde o interlúdio anterior, ter sido tomado por certa ironia em minha escrita, ao descrever os fatos. Talvez esse sarcasmo, em alguns pontos até mesmo um tanto arrogante, seja fruto do nervosismo que vivo devido aos dias cada vez mais atribulados que passo neste palácio. Os eventos políticos do Reino Boreal mostram-se cada vez mais conturbados, e até me questiono se em breve serei obrigado a deixar a capital para conservar minha própria vida e, não menos importante, estes manuscritos.

Sendo assim, peço desculpas ao leitor se o houver ofendido caso minha linguagem tenha se tornado um pouco prepotente. Porém, é dito comum entre os poetas que a tinta na ponta da pena retrata de forma mais fiel o estado de nervos de quem a manuseia do que o próprio suor que escorre por seus poros. Esse provérbio cai muito bem aqui.

Preocupo-me também com as cenas de batalha por mim descritas. Sua crueza e, em alguns casos, até repugnância, podem não se mostrar muito harmoniosas em relação ao resto da narrativa. No entanto, é sabido que vivemos ainda em tempos regidos pelo fio da espada e a sutileza da magia – embora os mortais tenham criado leis e códigos para conviver – e não vejo muita razão para amenizar cenas que realmente aconteceram na jornada de nossos heróis, embates perigosos em que arriscaram suas vidas e que os tornam assim ainda mais dignos de admiração. Apesar da violência, sei também que há muitos apreciadores desses trechos, como disse anteriormente. A vocês dedico o gume de minha pena.

Por último, mas não menos importante, tenho sido questionado sobre a veracidade deste relato antes mesmo de seu término. Recentemente, recebi no palácio a visita da clériga Kirinak, que vivenciou muitos acontecimentos na companhia de Caleb Rosengard. Após ter passado uma noite no galinheiro, uma das dependências deste paço (apenas mesmo uma jovem com a personalidade de Kirinak para pernoitar num lugar assim, por escolha própria), ela, muito curiosa, pediu para ler parte deste meu trabalho em progresso. E, no capítulo V, "Apuros em Tileade", ela questionou, bastante irritada, a forma como retratei a reação da elfa Hachiko diante dos guardas galanteadores. Segundo ela, Hachiko teria se oferecido aos vigias, inclusive exibindo as pernas sob suas vestes, ao invés de retrucá-los. Porém, tal afirmação, que macula a imagem da arqueira, pode ser colocada em dúvida tanto devido ao fato da clériga, assim como eu, não ter testemunhado diretamente o que ocorreu no chafariz, quanto pela conhecida antipatia que Kirinak nutre pela elfa. O trecho em questão foi redigido com base num relato da própria e, caso ela tenha mentido, não cabe a mim julgar. Muito deste épico vem sendo criado a partir das versões de terceiros de fatos que não pude vivenciar e, caso os que deles participaram tenham agido comigo de má fé, responderão aos deuses – juízes últimos de todas as artes.

Findo este interlúdio, continuemos a narrativa, com as bênçãos de Mager e a ágil mão de seu irmão traquinas, Feger, tocando adiante a Roda da Fortuna...

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