𝐴 𝑣𝑜𝑧 𝑑𝑜 𝑆𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖...

By ArmyWings36

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Liz Santini é uma escritora de 30 anos que se mantém anônima por conta de sua falta de autoestima, quando jo... More

The Fall of Innocence
Fragmentos
Sempre apressada.
Apaixonante.
Contemplação
Sentimentos novos
Orquídea roxa
Santuários
BORBOLETAS NO ESTOMAGO.
Fique
Inesquecível
No limite da Vida
Na sombra do medo
Minhas escolhas
verdades
Vila Bangtan
A Mudança
Corrompida
Felicidade plena

Medos.

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By ArmyWings36

NAMJOON ON

Eu já estava impaciente, nunca uma semana levou tanto tempo pra passar. Era bem verdade que nos falávamos sempre que nossas agendas permitiam , porém não era mais suficiente. Eu queria mais.
- Aí porcaria! - Grito ao bater o dedo do pé na quina da mesa por estar distraído demais.

- Olha a boca! - Diz jimin rindo.

- Você anda muito estranho essa semana. - Diz Yoongi.

- Tem haver com a Liz certo? - Pergunta Hobi me olhando com curiosidade.

‐ Sim... essa semana não passa. - Respondo sentando no chão e massageando o dedo.

- Vocês combinaram de se ver quando? - Pergunta JK me ajudando com o pé machucado.

- Sábado.

- Falta pouco agora, não precisa ficar assim. - Diz Jin

- Obrigada por se preocupar comigo. - Respondo sorrindo.

- Com você? Eu estou preocupado é com a nossa segurança. Você está duas vezes mais desastrado nos últimos dias. - Diz ele se sentando no sofá e tomando um grande gole de água.

- Isso é verdade, você quebrou a porta do meu quarto. - Diz Taehyung e ele prossegue. - Arrebentou o chinelo que o Hobi te emprestou, aquele que ele trouxe do Brasil, destruiu a garrafa d'água nova que compramos e por fim o vídeo game do salão de jogos.

- Falando nisso você está me devendo um par novo e tem que ser Brasileiro. - Fala Hobi se referindo aos benditos chinelos.
Não tinha como contestar os argumentos dos meninos, eu realmente estava completamente distraído e sendo um perigo ambulante.

- Só quero ver ela logo. Não sabia que alguém poderia me fazer sentir assim em tão pouco tempo. - Digo me lamentando quase.

- Eu acho incrível que você esteja se sentindo assim, mais lembre-se, precisa ir com calma. Ela pode se assustar. - Diz Jimin me alertando.

- Eu sei, eu sei. - Digo me esticando no chão. - Dois dias, faltam apenas dois dias.

LIZ ON

A semana foi muito tumultuada, eu estava sendo um perigo mesmo sem querer. Todas as vezes que Namjoon me mandava mensagem, meu coração saltava feito louco, algo muito estranho. Hanna passou cada um dos dias me enchendo de perguntas sobre meu " relacionamento" . Aí está uma palavra que nunca usei.
Finalmente o sábado chegou e ao abrir a porta só de baby-doll e com um fino roupão por que a única pessoa que tem a audácia de me acordar aquela hora era Hanna. Porém quando meus olhos batem nos de Namjoon sinto minhas pernas fraquejarem e lá iria eu ao chão novamente.

- Opa! Você está bem, - Pergunta ele já me segurando e ficando vermelho ao me olhar naquele estado.

- E-eu estou....estou sim. Só não sinto minhas pernas. - Digo sincera, talvez sincera demais visto que finalmente ele parece perceber oque estou usando.

- Wow.... desculpa eu não queria, Uau você está linda, quer dizer você é linda. - Diz ele atrapalhado me fazendo rir. - Quer dizer.  Ahh você entendeu né?!

- Calma Joonie, eu entendi. Bom,  acho que entendi.

- Acho que você precisa se vestir né? ! Quer dizer, trocar de roupa pra gente ir. - A voz dele vai sumindo e ele apenas levanta a cesta de piquenique, oque me faz sorrir.

- Quer que eu saia?

- Não precisa. Fique a vontade, eu vou ali no quarto e já volto. - Digo sem jeito.
Assim que entro no cômodo fechando a porta atrás de mim me jogo literalmente no chão pois minhas pernas não obedeciam. Eu sabia que estava com problemas, me sentia completamente atraída por ele, porém sentia muito medo desse novo sentimento. Mesmo assim me levanto e sigo para o closet, escolho roupas confortáveis e um tênis. Me olho uma última vez no espelho, dou um longo suspiro e digo a mim mesmo - Você consegue! Um passo de cada vez.

NAMJOON ON

Fico completamente sem jeito ao pensar que ela está a poucos metros de distância de mim, se vestindo no outro cômodo. Não é como se eu não conseguisse me controlar, ou se a visse apenas como algo sexual, era algo profundo. Como se eu sempre pertencesse a ela.  Não tinha uma explicação lógica e aquilo me incomodava um pouco.
Sou tirado dos meus pensamento quando ela surge na porta.
- Pronto! Já podemos ir. Estou morta de fome. - Diz ela sorrindo e assim seguimos rumo ao parque.
Escolhemos um local bem sossegado e reservado e lá estendemos a toalha, distribuindo algumas almofadas que eu havia trazido e por último comida.

- Espera! Isso é pão de queijo? - Ela pergunta assim que nos sentamos.

- Sim o Hobi tem um monte desses pacotes prontos sabe? Ele importa do Brasil,  então eu peguei um porque achei que você ia gostar.

- Gostar só não, eu amei! Amo pão de queijo! - Diz ela dando uma mordida no mesmo.

Ficamos ali conversando sobre muitas coisas, mais haviam questões que queria tratar com ela, apenas senti que talvez não era o momento.

- Sei que você está curioso a respeito do meu passado, do meu trauma. Não tenha medo de perguntar. - Mais uma vez Liz me surpreende com sua perspicácia. Faço uma careta engraçada por ser descoberto.

NAMJOON ON

- É que eu imagino e apenas isso, que não seja fácil,  quer dizer, você passou por isso e... - Era impressionante como ela conseguia me fazer perder a fala somente existindo.

- A verdade é que passei anos evitando o sexo oposto, eu não conseguia me envolver, nem mesmo deixar um homem se aproximar. Não tive uma adolescência normal e... - Nesse ponto percebo que talvez minha curiosidade tenha passado dos limites, já que ela está a com um semblante triste. Eu já estava sentado na sua frente e muito, muito próximo.

- Vamos mudar de assunto, talvez ainda não seja a hora de conversarmos sobre isso. - Digo lhe acariciando o rosto.

- Sim, porém tem algo que quero lhe dizer e tem que ser agora. - Ela fala me encarando com aqueles grandes olhos.
- Você foi o único que conseguiu quebrar a muralha que coloquei dentro de mim. - Aquelas palavras incendiaram literalmente meu peito e apenas a beijo com um desejo incontrolável. Lentamente a deito sobre aquela toalha sem nem me importar que estamos em público. Sinto sua respiração alterar e seus batimentos acelerarem.

- Espera, espera Jooniem eu não posso, ainda não! - Ela diz entre nossos beijos.

- Perdão! Eu não quero te assustar, perdão. - Digo saindo de cima dela e a ajudando a se sentar novalmente.

- Não precisa pedir perdão, e-eu sinto o mesmo, porém, eu nunca... - Então sua voz some

- Você nunca dormiu com ninguém? - Pergunto incrédulo.

- Não é isso Nam, sim eu já transei com alguém, porém nunca com sentimentos, entende? - Aquilo me deixou muito confuso.

- Como assim? Você nunca amou então.

- Isso, nunca senti uma conexão com ninguém, então todas as vezes em que estive com alguém, oque foram pouca diga-se de passagem, não havia sentimentos algum e eu nunca senti prazer entende? - Diz sem muita cerimônia. A sinceridade dela era algo facinante pra mim.

- Isso é muito triste. Não imagino como seria estar com alguém e simplesmente não sentir nada.

- São apenas etapas pelas quais tenho que passar. Faz parte do processo de cura. - Diz ela se aconchegando em meus braços.

- Te prometo uma coisa, se me permitir, irei te devolver tudo aquilo que te foi privado, irei com calma, no seu tempo. Que tal! - Ela então me olha com atenção e me beija.

- Eu preciso dizer que tenho a tendência a fugir quando começo a me envolver e sinceramente, não quero que isso aconteça com você.
Ficamos ali abraçados por mais um tempo e então a levo para casa. Nos despedimos na entrada de seu apartamento e sigo meu caminho. Chego em casa e estranho o silêncio.... então lembro que cada um iria aproveitar o final de semana.
Tomo um banho longo pensando em tudo que conversamos e naquele beijo.... tão intenso e cheio de amor. Sento-me na poltrona do meu quarto e continuo a ler oque Liz escreveu.
"Sabe quando você esta no meio de uma sala lotada de pessoas, mas se sente a pessoa mais solitária do mundo? Essa era a sensação que eu tinha, cada dia eu estava mais próxima do abismo eu só não tinha coragem de saltar. Nunca havia me sentindo tão suja, tão culpada. As horas viraram dias, os dias semanas e as semanas viraram meses. Com 13 anos eu afastava qualquer pessoa do sexo oposto, desconfiava até de meus irmãos, coitados não sabiam o por que da minha mudança repentina. Eu tinha pesadelos horríveis e toda festa que eu ia com meu pai, lá estava aquele traste, nojo, medo, raiva, angústia, ódio..... tantos sentimentos misturados ceifavam a menina alegre que um dia eu fui. Fui crescendo e vendo minhas amigas namorarem, se apaixonarem, coisas da adolescência, eu porém não fazia nada disso, não por que eu não sentia desejo e atração, mais por que sempre que tentava me relacionar, aquela lembrança vinha a minha mente e então eu me afastava e me fechava por completo. Com 15 anos finalmente meu pai decidiu vender o sítio, eu teria que mudar de escola e isso queria dizer que teria que retornar a noite pra casa e isso o preocupava. A venda foi fácil e a mudança me fez muito bem, afinal eu não viveria mais a sombra do medo constante de estar andando e cruzar com aquele monstro na rua.
Escola nova, casa nova, vida nova.... nos primeiros meses estava tudo indo bem , depois de um longo tempo, finalmente eu me sentia bem, fiz amizades e achei que estava pronta pra tentar me relacionar.... ledo engano, minha alma estava podre e aprisionada no trauma passado. Achei que nunca conseguiria seguir em frente. Tive dois "namorado" coloco entre aspas pois durou apenas alguns dias.... eu fugi, me senti suja e usada..... ser fragmentada é terrível. Ele havia conseguido, eu desisti..... desisti de sentir qualquer coisa..... eu estava morta em vida, acredite, não existe sensação pior. Apesar de sofrer tanto em silêncio, nunca me passou pela cabeça a ideia de acabar com tudo, eu amava muito meu pai para lhe causar essa dor."
Meu coração doeu e eu entendi completamente oque havíamos conversado mais cedo.

LIZ ON

Tudo tinha sido mais que perfeito, porém quando nos beijamos com toda aquela intensidade, meus medos me dominaram e eu o afastei..... droga! Eu queria estar com ele, queria me deixar levar..... mas a possibilidade de estar de fato vivendo um relacionamento me causou pânico. Apenas deito em minha cama e choro, fazia anos que não chorava assim. Avisto meu celular tocando em cima da cômoda..... Era ele.

Termino de responder sua mensagem e me dou conta que realmente estou completamente apaixonada por ele.

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||CONCLUÍDA|| O que fazer quando o tio da sua cunhada é Kim Taehyung? Bom... Pelo menos o que a Eliza vai fazer, é pegar o homem de 35 anos.