antes que seja tarde

By autoraisaa

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Desde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean... More

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mayagrace&dean
prólogo
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
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presente: maya grace
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By autoraisaa

PASSADO:

5 anos antes:

O dia do jogo de lacrosse é o mais agitado do colégio e costumava a ser em minha casa também. Quando eu me levantava, meu pai estava terminando de preparar o café, vestido com a camisa do time e o boné, extremamente feliz. Posso dizer que ele era meu maior apoiador e sua escolha até minha mãe entrar na onda. Mas hoje pela primeira vez em anos, não me senti animado para um jogo. Os acontecimentos das últimas semanas retiraram a minha alegria, principalmente por saber que não haveria nenhum tipo de festa no café da manhã como sempre acontecia.

Só que fui bem surpreendido assim que coloquei os pés na cozinha e deparei-me com minha mãe em pé entre as cadeiras da mesa da sala de jantar que já estava posta com o café da manhã, balançando os pompons verdes, que me fez dar muita gargalhada. Ela fez questão de fazer a nossa tradição, com ou sem meu pai aqui, além dela ter sacado muito bem que não estava animado para o jogo de hoje por conta dos últimos acontecimentos e sabia que isso iria me animar, o que funcionou muito bem.

Porém isso não foi apenas o que me surpreendeu pela manhã, meu pai também apareceu para a nossa tradição, trazendo meus cupcakes favoritos com a decoração com o símbolo do tempo do colégio, que é uma águia. Foi o nosso primeiro encontro como uma "família" desde a noite da briga e pela nossa tradição minha mãe cedeu em estar no mesmo ambiente que meu pai, o que me entendeu que ninguém estava preparado para a nossa primeira reunião depois de tudo.

Realmente achei que a nossa tradição iria acabar a partir do momento que meu pai colocou os pés para fora de casa, definindo que era ele iria embora, mas eu sempre serei a pessoa que por um momento irá os unir, independente da ocasião e isso é um fato que precisarão carregar, se não, não terei mais os dois por completo, apenas metade de um dos dois e isso é algo que não quero, jamais.

O silêncio reinou entre nós boa parte do tempo, mas os comentários em relação ao meu avô John sobre ele ser apaixonado por lacrosse, nos rendeu boas risadas, por conta de nos recordarmos da vez em que ouvi os gritos irritados do vovô no campo, xingando até mesmo o treinador, principalmente quando perdemos, que apesar de ser raro, as vezes acontece. Irritada com as irritações do vovô John, Diana pediu para que ele maneirasse nos próximos jogos se não iria proibir a vinda dele, que obedeceu de imediato, ou melhor, ele está tentando obedecer.

No entanto, o clima tenso retornou entre nós no momento em que minha mãe abriu a boca para falar sobre o divórcio, que ela havia dado a entrada no dia seguinte em que retornou da casa de vovó Diana.

— Eu já dei a entrada para o divórcio. — mamãe falou rapidamente, cortando outra vez o silêncio. Concentrado em meu café, olho para ela.

— Mãe... — digo baixo, quase que implorando para que ela não falasse disso, pelo menos não agora.

— Eu preciso aproveitar que seu pai está aqui para dizer. — respondeu indiferente.

Dave não respondeu nada, apenas balançou a cabeça como se estivesse concordando com a sua ação. Ele respirou fundo, se encostando na cadeira, cruzou os braços e então olhou atentamente para a minha mãe.

— Não iria falar isso agora, mas já que você deu o gancho... — Dave coloca a mão no bolso da calça e retira de dentro um molho de chave, colocando em cima da mesa e de preferência na frente de minha mãe, que franze a testa sem entender.

— O que é isso?

— A minha chave da casa.

— E o que eu tenho haver com isso?

— Ela é nossa, mas quero que você fique com a casa. Eu não vou brigar com você por ela, na verdade não vou brigar com você por nada. Não faço mais parte daqui e por isso não tenho o direito de ter uma cópia da chave. A partir de hoje, apareço aqui apenas como um convidado. Só quero que tudo isso termine em paz.

— Você teria paz se nosso casamento tivesse terminado de outra forma. — arqueou a sobrancelha, cruzando os braços também. — Se você acha que vai chegar aqui dentro dessa casa e irei te olhar ou te tratar de outra maneira está enganado, não consigo fazer isso e só irei fazer quando sentir que meu coração estará totalmente curado. — assim como ela, engulo em seco. Suas palavras são fortes, como se quisesse atingir e magoar meu pai de alguma forma. — Eu falo isso, porque me odeio por ainda amar você e essa é uma maneira deu acabar com a dor. — ela olha o molho de chave em cima da mesa. — Aceito as suas condições.

Então, se levanta pegando as chaves e caminha de volta para a cozinha, recolhendo seu prato e xícara de café. Suspiro alto depois disso, percebendo que toda a sua fala causou um clima ainda mais pesado entre nós.

— Também preciso pedir desculpas para você, Dean... — uma das mãos de meu pai vai até meu ombro que o aperta com força. — Me desculpa por aquele dia que te bati, eu fiquei muito nervoso.

— Eu te perdoo, apesar de tudo você ainda é meu pai. — dou-lhe um sorriso de canto. — Mas pela minha mãe, ainda estou magoado com você. — ergo o ombro, mordendo um pedaço do meu bacon. — Você nos destruiu e isso é forte demais para ser superado de uma hora para outra.

Depois disso, a nossa tradição do café da manhã em dia de jogo perdeu a graça e me preparei para ir ao colégio onde teria um pouco de paz e todos os pensamentos em relação a divórcio dos meus pais teria um fim, ou pelo menos achava que teria.

Á noite, estou parado em frente à casa de Maya Grace. Dentro do carro está quente, porém do lado de fora estava ventando bastante, um vento gelado e gostoso, o que tornou a noite maravilhosa. Buzinei mais duas vezes, a esperando aparecer. A porta da casa foi aberta e Maya Grace apareceu, como sempre deslumbrante. De longe, dava para enxergar o quão linda estava, com sua jaqueta de couro preta e seu coturno. Hoje, ela deixou seu lado princesinha. Porém para mim, ela ainda era uma princesa, com vestido ou jaqueta de couro.

Tive que respirar fundo conforme ela ia se aproximando e quando se sentou no banco do passageiro e fechou a porta, Maya Grace me olha com um grande sorriso no rosto e tive uma enorme vontade de beijá-la aqui mesmo, neste exato momento.

— Uau! — digo ao dar uma suspirada. Maya Grace abaixa a cabeça dando uma risadinha, mas logo a levanta mordendo os lábios cobertos por um batom de cor nude. — Você está linda.

— Obrigada! — respondeu depois de alguns segundos.

Tive que suspirar fundo de novo, colocando as mãos no volante e aperto com força.

— O que foi? — pergunto ao perceber que ela parecia um pouco envergonhada.

— É impressionante como você me deixa envergonhada. — mordeu outra vez o lábio inferior.

— É por que eu mecho com o seu coraçãozinho. — disparo uma piscadela que a faz soltar uma alta gargalhada e dá um tapa em meu braço. Maya Grace não disse mais nada, a deixei envergonhada o suficiente para isso. Então, ligo o carro, pronto para dar partida.

Chegamos rapidamente no colégio, porém foi difícil achar um estacionamento em meio à multidão de carros estacionados. São muitas pessoas que vem nos prestigiar. Suspiro fundo quando vejo o ônibus do Garbin High School, o colégio do nosso time adversário estacionado e foi justamente ao lado dele que consegui uma vaga. Maya Grace percebeu meu desconforto e logo senti uma de suas mãos tocando na minha que ainda estavam em cima do volante.

— Você está bem? — perguntou, com uma voz de preocupação. Desvio meu olhar do ônibus para poder encarar seu belo rosto.

— Sim. — assenti com a cabeça. — Acho que estou só um pouco nervoso.

Maya Grace deu um sorriso de lado.

— Não se preocupe, você vai arrasar como sempre. — toca delicadamente o meu rosto, acariciando minha pele com seus dedos. Fecho os meus olhos sentindo a suavidade de seu toque, que me deixa louco.

— Não te contei, mas meu pai apareceu lá em casa hoje.

De imediato, ela franziu a testa.

— O que ele queria?

— Veio para a nossa tradição de café da manhã em dia de jogo e conversar com a minha mãe. — explico.

— E ocorreu tudo bem? Você não me parece muito feliz. — o tom de preocupação ainda não havia desaparecido de sua voz.

— E não estou, mais vou ficar. — ergo os ombros, sorrindo de canto para ela, como uma forma de demonstrar que realmente iria ficar tudo bem, assim quem sabe parava de ficar me encarando da maneira que estava. — Não adianta forçar nada entre eles, minha mãe deixou bem claro que tudo mudou, que não vai agir como se nada tivesse acontecido, pelo contrário vai agir como se quisesse e tivesse intenção de atingir os sentimentos do meu pai.

— Não tiro a razão dela, Dean. — Maya Grace deu uma leve mordida em seus lábios, tornando impossível não fitá-los. Perfeitamente desenhados. Sem dúvida, os lábios mais bonitos que já vi. — Ela está machucada, ainda é muito recente e apesar de tudo seu pai tem que ter consciência do que fez, tem que ver que escolhas erradas tem consequências e com essa não seria diferente. — foi a vez dela erguer o ombro. —Ele abriu o zíper da calça e perdeu a mulher que sempre esteve ao lado dele.

Olhei para Maya Grace com os olhos arregalados, completamente surpreso com as palavras que havia acabado de sair diretamente de seus lábios, a deixando levemente desconfortável. Ela deu um riso, achando engraçado a maneira que a encarava.

— O que foi? — perguntou, franzindo a testa outra vez.

— Estou surpreso com suas palavras. — digo com o tom de voz mais amigável possível, mas ainda assim, sério.

— Não disse nenhuma mentira. — deu de ombros.

— Sim, mas... Estou impressionado com a sua maneira de dizer que meu pai não aguentou ficar com o pau dentro da calça.

Então, uma alta gargalhada sai da boca de Maya Grace. Pisco várias vezes consecutivas, até que começo a gargalhar tanto quanto ela que está relaxando as mãos na barriga, e curvando o corpo para frente.

— Não sou de falar palavras de baixo calão, não como você.

— Vai me dizer que nunca saiu nenhum tipo de palavrão de sua boca? — arqueio uma das sobrancelhas.

— Nunca é uma palavra muito forte.

— Meu Deus, quem olha para você, com esse estilo, nem imagina a garota inocente que é por dentro.

— Um estilo nunca define o que a pessoa é por dentro. — Maya Grace morde o lábio inferior e em seguida retorna seu olhar para mim. — E aliás, eu não sou tão inocente assim.

— Não?

— Não. E posso te provar.

É impossível não erguer a sobrancelha, a encarando como um tom de desafio e sabia que ela odiava se sentir desafiada. Surpreendentemente, Maya Grace curvou o corpo para frente, pegando impulso para se sentar em meu colo. Desço minhas mãos, que ainda seguravam forte o volante, para suas coxas, agarrando-as fortemente. Vê-la tão perto me faz estremecer e querer ter sua língua quente em contato com a minha, porque todas as vezes que estamos assim, quero sentir essa sensação. Nossos olhos estão grudados um no outro e ela com uma de suas mãos traça o contorno do maxilar com o dedo indicador. Sua mão se movimenta para cima e para baixo.

Minha respiração acelera ainda mais no instante segundo que os lábios de Maya Grace desceram para o meu pescoço, beijando cada cantinho e percebo que não foi apenas minha respiração que acelerou mais meu coração também, de maneira incontrolável e o estômago parece estar rodopiando. A mão de Maya Grace cai apertando meus braços fortemente enquanto as minhas vão até seu cabelo repuxando os fios da nuca. Sua boca desce pelo meu pescoço depositando leves beijos pela pele, subindo até sua orelha onde passa a língua. Tombo a cabeça para trás apenas sentindo meu desejo ficar cada vez mais forte, principalmente quando se remexe em meu colo.

Quando ela para de beijar minha pele, ergue a cabeça para nossos olhares se encontrarem novamente. Nossos lábios estão a poucos centímetros de diferença e isso faz com que eu sinta sua respiração quente em meu rosto. Minha mão vai até seu cabelo, o colocando para trás da orelha, então toco seu rosto com a ponta dos dedos e a vejo fechar com aquela carícia.

— Por favor me beija logo. — sussurro baixinho, fechando os olhos.

— As pessoas estão passando do lado de fora. — comenta, numa tentativa de me fazer desistir de ter seus lábios contra os meus.

— Não ligo se as pessoas vejam, desde que eu tenha você, aqui e agora, já é o suficiente.

Roçar os lábios dela nos meus e me beijar, foi a resposta de Maya Grace. Quando sua língua pede passagem, abro a boca, a sentindo dominar, assim como a minha. Nossas línguas trabalhavam tão bem assim como nosso beijo se encaixava maravilhosamente. Minhas mãos vão até sua cintura e meus dedos apertam sua pele por cima da camisa. Meus cabelos estão sendo bagunçados enquanto Maya Grace dá um pequeno rebolado me fazendo gemer, mas não é apenas eu. É o suficiente para fazer uma de minhas mãos descer até sua coxa e a apertar com força.

Afasto meus lábios do dela. Meu peito subia e descia de forma descompassada. Nossos olhos se fixam um no outro. Seus olhos possuíam um tom diferente, suas íris estavam escuras, refletindo todo o seu desejo por mim. Sua respiração estava pesada e parecia desesperadamente perdida pelo prazer.

— É eu percebi que você consegue não ser tão inocente quando quer. — digo, puxando o fôlego e dando um sorriso sacana.

— Você é um cara de sorte, porque poucos tiveram essa chance. — Maya Grace piscou para mim.

Sorrio por um tempo com suas palavras.

— Então..., — aproximo meus lábios do seu ouvido, e sussurro: — eu não vou parar até conseguir despertar o seu lado selvagem que sei que tem se mantido escondido. Eu quero ver o quão selvagem você pode ser quando quer. — um sorriso malicioso se forma nos seus lábios. — Mais na verdade, não vou parar nem mesmo quando eu descobrir.

Maya Grace permaneceu me encarando, até que nossos lábios se encontraram, outra vez, a centímetros de distância.

— Em breve... Muito em breve.

A porta do carro foi aberta, depois que ela esticou o braço para trás e tocou na maçaneta. Em poucos segundos, Maya Grace estava para fora, enquanto eu ainda me encontrava sentado a analisando.

— Eu acho melhor nós irmos, antes que você se atrase e o treinador faça o que ele faz quando você se atrasa. — tentamos conter o riso, mas não consigo quando me recordo do dia que Maya imitou o treinador para mim, perto do seu armário. Nunca mais me esqueci.

Concordo com a cabeça e saio do carro, fechando a porta e ativo o alarme. A parte do estacionamento onde estacionei é um pouco afastada da entrada do colégio e já não há muitas pessoas, o que me faz perceber que talvez já esteja um pouco atrasado, porque devem estar todos na arquibancada, prontos para mais um jogo.

Maya Grace ainda me espera para entrarmos juntos e por um instante, as minhas mãos vão até as dela para podermos caminhar de mãos dadas, porém seus olhos se arregalam quando sente o meu toque, me fazendo achar que acabei fazendo besteira.

— E o nosso papo de irmos devagar? — arqueou a sobrancelha, mais seu semblante não está tão sério, pelo contrário, é de forma brincalhona.

— Está bem. — ergo o ombro e dou passos para frente. Não demora muito para sentir a mão de Maya Grace indo de encontro a minha, fazendo-as se entrelaçarem. Um largo sorriso pode ser visto de meus lábios, assim como os dela.

— Eu não ligo. — sussurrou e é de mãos dadas que caminhamos para dentro do colégio.

Não havia muitas pessoas no estacionamento, mas o suficiente para olhar e verem a novidade que estava acontecendo em sua frente: Maya Grace e Dean de mãos dadas. Algumas garotas até se perguntavam entre si como era possível se eu estava namorando Angel, enquanto outras começavam a rir, dizendo que havíamos terminado a muitas semanas atrás, o que era a verdade. Hoje, é a primeira vez que mostramos o que pode estar rolando entre nós.

A surpresa foi até mesmo para nossos amigos. Jazmyn e Lee estavam abrindo a porta de vidro quando chegamos perto da entrada do colégio. Os dois se entreolharam, extremamente surpresos e perfeitos "O" se formaram em seus lábios. No mesmo segundo olho para Maya Grace, que está com os olhos fixos na amiga, porém de forma envergonhada. Na verdade, qualquer um ficaria se visse o que Jazmyn estava fazendo, o que é para envergonhar qualquer um.

— Eu estou precisando de óculos ou Maya Grace e Dean estão de mãos dadas? — perguntou Jazmyn de forma brincalhona.

— Independente da situação, você nunca perde a piada. — digo, revirando os olhos em seguida.

— Mais é claro. Isso é uma enorme novidade, irei até tirar uma foto para deixar registrado.

Jazmyn pegou o celular no bolso da calça branca que estava usando e o posicionou. Por um momento, acreditei que ela estivesse apenas brincando que iria tirar a foto. Quando percebi que Maya Grace entrou na onda e fez uma pose, a imitei e por isso a foto foi tirada.

— Que lindos. — Jazmyn mostrou a foto para Lee, que se mostrou estar apaixonado por nós, fazendo um coração e um lindo bico.

— Um dia, estão dizendo para irem com calma, no outro aparecem na escola de mãos dadas, vai entender. — Lee disse, sendo atingido por um tapa no braço vindo de Jazmyn no mesmo segundo. Seus olhos arregalados mostrou como se tivesse dito algum segredo. — Acho que falei demais.

— É melhor nós entrarmos. — disse Jazmyn rapidamente.

— O que vieram fazer aqui fora? — perguntou Maya Grace que se mostrou curiosa em saber.

— Ver se vocês já tinha chegado. — Lee olhou para mim. — O Preston está doido lá dentro procurando por você.

— Eu devo estar realmente atrasado. — dou uma alta gargalhada.

— Não muito. — Jazmyn confirmou. — Acho que é mais para ver a escalação do time.

Assenti com a cabeça, lhe dando um sorriso como forma de agradecimento por ter me avisado. Jazmyn puxou o braço de Lee e os dois retornaram para dentro, mas não o seguimos.

— Contou para eles? — perguntei ao olhar para Maya Grace, referindo-me ao minuto que Lee disse sobre um dia estarmos dizendo para irmos com calma e no outro aparecendo na escola de mãos dadas.

— Eu conto tudo para eles. — deu de ombro. — Não com todos os detalhes... — piscou. — Mas conto.

Confesso que imaginava isso, já que os três são amigos a anos e Maya Grace tem muita confiança neles, assim como acontece entre eu, Preston e Maximus.

Fui puxado pela garota ao meu lado para adentrar ao colégio, mas logo nos despedimos com um selinho para que eu pudesse ir para o vestiário e ela para a arquibancada encontrar com Jazmyn e Lee, onde quer que estivessem sentados. A caminhada até o vestiário não foi muito longa, mas me surpreendi quando vi que eu era o único jogador que ainda não estava ali. Preston e Maximus estavam sentados no banco de madeira e ambos analisavam, certamente, as estratégias para o jogo.

— Finalmente você apareceu. — disse Preston ao erguer o olhar, percebendo que havia chegado alguém perto dele.

— Cheguei faz um tempo, mas estava no carro com Maya Grace. — digo a verdade. Os dois esboçaram um sorriso malicioso nos lábios.

— Como sempre. — respondeu Maximus em um tom sacana.

— Vai se trocar logo porque temos bastante coisa para conversar antes do jogo.

Assenti com a cabeça ao ouvir o comando de Preston e imediatamente fiz o que havia me pedido. Vesti todo o uniforme do time, peguei meu taco de lacrosse, assim como dentro do armário preto, o capacete e retornei para onde meus amigos estavam, só que dessa vez o treinador também estava conversando com Preston, analisando o que estava escrito no papel grudado na prancheta.

Como capitão do time, Preston repassou todos os lances feitos e os planos de defesa para vencermos, esboçando num papel os pontos de defesa de cada jogador. Ao explicar, consentimos com tranquilidade e assim como eu, todos estavam relaxados.

— O jogo de hoje é muito importante e todos sabem disso. É importante que mantemos nossas vitórias consecutivas contra esse time adversário que é o nosso maior inimigo a muitos anos. Os erros que foram cometidos no jogo passado não devem ser repetidos. Se vocês realmente são Wild Dover estão preparados para vencer. — o treinador disse enquanto nós, jogadores, estávamos sentados nos bancos do vestiário. — Eu tenho muito orgulho de vocês. Eu quero ver todos vocês arrebentando naquele campo. — nos levantamos dos bancos formando uma roda, colocando as mãos uma em cima da outra. — Quem somos?

— Wild Dover! — dissemos todos juntos.

— Quem somos? — treinador repetiu.

— Wild Dover! — repetimos e levantamos nossas mãos em um pulo comemorando.

Neste exato momento ao sentir toda a euforia da equipe, senti-me animado para jogo e a vontade ver o time da escola de Reesewood saindo daqui totalmente derrotado aumentou dentro de mim e isso era algo que eu tinha muito prazer em presenciar. Wild Dover me seguiu pelo corredor onde caminhávamos rumo ao vestiário, mas algo nos impediu de continuar: os Lions de Reesewood estavam a nossa frente, ou melhor o capitão deles, Bratt. Ele deu um sorriso debochado assim que nos viu e como sempre caminhou até nós para nos convencer de que ganharia.

— Ora, ora, ora, Wild Dover. — assim que começou a dizer, o seu tom de voz me irritou, aliás tudo nele me irritava. — Preparados para saírem daqui derrotados?

— Só nos seus sonhos, né Bratt. — respondi de maneira debochada.

Bratt soltou uma alta gargalhada.

— Eu acho melhor vocês não nos subestimarem, não hoje. Nós conhecemos muito bem o jogo de vocês e dessa vez viemos com armas muito poderosas. Vai ser maravilhoso ver vocês saírem do próprio campo com cara de derrota.

Aproximo-me dele, o peitando, furioso.

— Sempre foi um prazer ver vocês saírem de Doverwood com cara de derrota, o único perdedor aqui é você ou quer contar nos dedos quantas vezes saímos com a vitória? — seu semblante logo se transformou igual ao meu. — E hoje não será diferente, pode ter certeza disso.

Bratt iria me retrucar, mas ouviu a voz do treinador dos Lions de Linderwood, o que lhe fez recuar imediatamente.

— Isso é o que vamos ver.

Foi a última coisa que disse antes de virar os calcanhares e prosseguir rumo ao campo. Para não deixar a esperança dos jogadores lá em baixo com as palavras de Bratt, olho para a minha camisa e me bate um enorme orgulho e apesar deu não ser o capitão, acabo gritando:

— HOJE A VITÓRIA VAI SER NOSSA, WILD DOVER! — ao mesmo tempo, peitamos um aos outros num pulo, apertando as mãos e abraçando com alguns tapinhas nas costas de motivação. — Vamos lá!

Seguimos organizadamente e na mesma velocidade. Ao pisarmos no campo, toda a arquibancada se levantou gritando e demonstrando o quão animados estavam, levantando dedões de espuma e as líderes de torcida iniciaram a coreografia praticada e organizada por Angel, gritando os nossos nomes e incentivando a plateia a gritar ainda mais, balançando os pompons e fazendo piruetas em comemoração a nossa entrada.

A maioria das pessoas na arquibancada utilizava as nossas camisetas verdes com o símbolo de águia.

Era simplesmente maravilhoso quando os jogos aconteciam em nosso campo do colégio, dando direito a todos os alunos marcarem presença e torcer por nós, sem contar que os Lions de Reesewood possam se sentir intimidados, que é o que sempre causamos em outros times. Eles são um oponente bastante ambiciosos e fortes o que não nos assusta, na verdade só aumenta a nossa vontade para vencer.

Corremos ao centro do campo e beijamos nossas camisetas demonstrando o orgulho que tínhamos pelo nosso time.

— Wild Dover, Wild Dover! — era o que a torcida gritava euforicamente. 

Não foi difícil identificar Maya Grace no meio de todos. Ela estava ao lado de Jazmyn e Lee na primeira fileira da arquibancada, esboçando um enorme sorriso no rosto, mostrando também estar muito orgulhosa de nos ver ali. Maya Grace abaixa a cabeça envergonhada quando repara que eu estava a encarando.

Meu olhar sobe um pouco para cima onde consigo enxergar minha mãe e meus avós, Diana e John que estavam segurando um cartaz escrito "Boa sorte, grande Cameron" que vovó sempre amava decorar. Surpreendentemente, meu pai estava ao lado deles, com sua camisa do time e boné e assim que reparou que o encarava, gritou algo, porém com os gritos cada vez mais altos, não consegui entender absolutamente nada. Me senti feliz por vê-los ali, superando por um instante os acontecimentos que destruíram a nossa família, mas unidos por um único motivo: eu.

Do outro lado da arquibancada, estava a torcida dos Lions de Reesewood que competiam os gritos com a nossa quando os mesmos entraram, pulando e gritando, levando todos ao delírio e a desaprovação da nossa plateia. Ajudamos a ecoar fortemente o nome do nosso time por todo o campo, aumentando o tom da voz e estampando o time adversário, que ficaram estressados, principalmente Bratt, que adentrou ao campo nos fuzilando com o olhar.

Sentamos na bancada, bebemos um pouco de água e nos aquecemos enquanto ouvíamos as dicas do treinador que em um instante olhou para todos nós com a testa franzida e começou a vagar por todos os cantos como se estivesse procurando por alguém.

— Cameron, venha aqui. — o treinador me chamou com o dedo, me fazendo sair do meu lugar e o acompanhando apressadamente. Seu braço passou pelo meu ombro, mantendo-me perto dele. Faltava apenas um minuto para o jogo e o time se organizou no centro do campo. — Cadê o Preston?

Foi apenas quando o treinador disse o nome do Preston que me toquei que ele não estava conosco.

— Eu não sei, agora que reparei que ele não está aqui. A última vez que o vi foi no vestiário.

— Pelo amor de Deus, vai procurar por ele, antes que eu me arrependa de tê-lo colocado como capitão. Aliás, isso já acontecendo. Vou enrolar o juiz, não podemos começar o jogo sem nosso capitão por aqui.

Assenti e antes de me retirar do campo com a esperança de encontrar Preston o mais rápido possível para que o treinador realmente não se arrependa de tê-lo colocado como capitão, o que seria o fim para meu amigo, olho para arquibancada na direção de Maya Grace, que ao ver que eu ia me retirar do campo, estava com a testa franzida, sem entender. Apenas mexendo os lábios, digo o nome de Preston e imediatamente ela entende. Apressadamente, ela sai as arquibancada, disposta a me ajudar a procurá-lo.

— A última vez que o vi foi no vestiário. — aviso a ela.

— Então é no vestiário que você deve começar a procurar por ele. Se Preston não estiver lá, ai rodamos a escola toda.

Concordo com ela e corremos até o vestiário, porque realmente a pressa era muita. Não tinha certeza se o treinador não conseguiria enrolar por muito tempo o juiz. A porta do vestiário estava fechada, o que logo achei estranho, porque geralmente a deixávamos aberta por conta de toda a euforia de quando saímos. Ela não fazia muito barulho quando abríamos, mas o que mais me deixou surpreso é ver a luz ligada. Essa eu tinha certeza que apagamos quando saímos.

Olho para Maya Grace assustado no instante segundo que algo se choca no armário fazendo um enorme barulho ecoar pelo ambiente silencioso. Seu semblante se encontra da mesma forma que o meu. Caminhamos devagar na direção do barulho, o que deixou chocado quando vi o verdadeiro motivo do choque contra o armário. Angel estava encostada no móvel, com os braços em volta do pescoço de Preston, que segurava fortemente com uma das mãos a sua cintura e a outra os cabelos de sua nuca. Os dois se beijavam com muita paixão e desejo. Era ela. Angel é a garota que ele havia comentado comigo dias atrás. Ela era a cheerleader que ele tanto olhava no campo.

Eu queria sair correndo dali, sem que os dois visse que havia os flagrado aos amassos no vestiário no horário em que Preston deveria estar em campo. O choque foi muito grande porque jamais imaginaria que eles estavam tendo um caso, sem ao menos saber quando tudo isso começou. Porém, Maya Grace me impediu de fazer isso quando tropeçou em algo, fazendo o barulho que foi suficiente para os dois se separarem e me olharem com os olhos arregalados.

— Dean... — Angel falou meu nome com a voz falha. Os dois se entreolharam e de imediato se separaram.

— O... — minha voz também está fraca e sinto um nó em minha garganta. — O treinador quer você em campo, Preston.

Eu juro que segurei todas as lágrimas que queriam escorrer por minhas bochechas, mas nesta situação decidi me mostrar forte e a única coisa que fiz foi simplesmente sair dali e seguir o caminho de volta ao campo de lacrosse, já que a minha missão de achar Preston havia sido concluída. Nem ao menos me importei de olhar para trás para ver se Maya Grace me acompanhava, porém ao ouvir passos atrás de mim me faz ter a certeza de que ela está atrás de mim. Ao analisar bem, percebo que não havia passos de uma pessoa, mais sim de mais duas.

— Dean, por favor, espera. Nós podemos explicar. — é Preston quem diz, no entanto não ouço seu pedido e continuo caminhando. — Dean, espera! — me irrito da forma mandona que ele me pede tal coisa, só que acabo parando.

— Dean, por favor nos escuta. — agora é Angeline que diz, porém seu tom de voz era de súplica. Viro-me bem devagar, vendo os dois parados um ao lado do outro e Maya Grace está um pouco mais a frente, virada de lado, como se estivesse dando espaço para que pudéssemos nos encarar. Não consigo desviar meu olhar das lágrimas que escorrem pelas bochechas de Angel, deixando-as evidentemente vermelhas.

— Desde quando isso tem acontecido? — respiro fundo, apontando o dedo indicador intercalando entre Preston e Angel. — Desde quando? — aumentei o tom de voz.

Os dois se entreolharam como se um quisesse pedir permissão ao outro para finalmente começar a revelar o que tem acontecido entre eles. O que mais me dá raiva é saber que tudo era um segredo.

— Desde antes de terminarmos pela última vez. — Angel revela. Pisco algumas vezes, tentando assimilar tudo o que ela me disse.

Dou um riso mediante a suas palavras.

— Então naquela noite eu servi de capacho para você? O Preston te dispensou e você correu atrás de mim? — pergunto, referindo-me a noite da festa de casamento dos meus pais.

— Não, Dean, é claro que não. — ela dá um passo à frente para aproximar-se de mim, mas nego com a cabeça, dando um passo para trás, a fim de permanecer afastado deles. — Aquela noite eu só queria ter certeza dos meus sentimentos. Nós dois sempre nos divertimos juntos, apesar de sempre terminarmos, mais ainda voltávamos porque gostávamos um do outro, porque tínhamos uma boa amizade e por esses motivos eu sempre pensei que pudéssemos acabar mesmo juntos. Mas, entre nossas últimas idas e vindas, eu e Preston começamos a nos tratar de maneira diferente, e naquela noite eu vi a maneira que olhava para Maya Grace — olhei para a garota ao meu lado, que estava atenta as palavras de Angel e pareceu ter gostado do que havia acabado de dizer. — Tive a certeza de que não existia mais nada entre nós, você já estava louco por ela e nem ao menos percebia e por isso não tinha mais a mínima chance de nada rolar. Então, foi a partir daí que nós — apontou o dedo indicador entre ela e Preston, que ainda permanecia calado. — Finalmente aconteceu.

Permaneço piscando muitas vezes, eu queria muito assimilar tudo o que ela estava me dizendo, mas estava muito em choque para conseguir fazer isso.

— Nos últimos dias você me dizia que havia uma garota, sempre olhando para as cheerleaders durante os treinos, mas ainda era um mistério... Quem seria a garota do Preston? — digo, como se eu tivesse anunciando o nome de um filme. — Quem seria?... E era ela... Angel, a minha ex-namorada. Porque não me contou? — finalmente fiz a pergunta que estava querendo saber a resposta desde o início.

Preston engoliu em seco. Angel limpou os olhos cheios de água e fungou o nariz.

— Nós achamos que isso te magoaria ou que ficaria chateado quando soubesse que eu estava afim de sua ex-namorada. Mais nada disso aconteceu quando vocês dois estavam juntos, tudo começou depois, eu juro. Jamais trairia você, Dean.

Faço uma pausa breve, pensando no que dizer, pensando nas palavras certas.

— Não estou chateado com o que está rolando entre vocês, eu não ligo. Vocês podem ser felizes, não sinto mais nada por ela. — então, olho para Maya Grace que sorri de lado para mim. — Eu estou chateado pelo simples fato de vocês terem cogitado esconder isso de mim, vocês mentiram esse tempo todo. E tenho certeza que nem pensaram em me contar, e só estão dizendo agora porque eu flagrei vocês.

— Não, Dean. Nós cogitamos sim em contar para você e nós iriamos contar, mas é que realmente não queríamos que ficasse chateado. Nós estávamos esperando o seu lance com a Maya Grace ficar sério. Como iriamos contar assim que nós terminamos de vez?

— Quem deveria estar fazendo as perguntas sou eu. — digo de forma ríspida e grossa. — O que o meu lance com a Maya Grace tem a ver com isso? Com ou sem lance, era direito meu ficar sabendo do que estava acontecendo entre vocês. Deveriam ter pensado mais em como eu iria ficar magoado quando descobrisse que esconderam esse segredo de mim durante tempos do que com a situação em si. O nosso lema sempre foi que amigos não mentem, e vocês descumpriram essa promessa.

Angel me encarava incrédula, pálida, e com os lábios entre abertos.

— Dean, nos perdoa. — agora é Preston que dá alguns passos para se aproximar de mim, mas faço a mesma coisa que fiz com Angel, dou passos para trás. — Nós não queríamos que ficasse chateado de todas as formas.

— É tarde demais. — confesso e em seguida olho para Maya Grace que permanecia de cabeça baixa, ela não me pareceu em nenhum momento surpresa com o que viu, o que me deixou desconfiado por alguns segundos. — Você não me parece surpresa. — digo diretamente a ela, que percebeu, erguendo a cabeça para me encarar. Maya Grace intercalou o olhar entre eu, Preston e Angel. — Você sabia? — ela não me confirmou, mais seu silêncio já significava uma resposta. — Você sabia. — eu mesmo confirmo.

Viro-me levando as mãos até o topo de minha cabeça, puxando os fios do mesmo com muita mais muita força.

— É, Dean, eu sabia. — finalmente a confissão saiu de sua boca. — Eu descobri no dia da festa no píer, vi os dois se beijando entre as árvores.

— E você também nem pensou em me contar, preferiu entrar no segredinho deles? — aumentei o tom da minha voz. Estufo o peito e travo o maxilar, tensionando os músculos de meu corpo e os fuzilo com o olhar.

— Nós pedimos para que ela não contasse, justamente para que nada fosse dito antes da hora. — Preston explicou.

— Quer saber eu já estou cansado de ficar ouvindo as desculpas de vocês e não quero nem ouvir a desculpa que você tem para me dizer. — lanço as últimas palavras para Maya Grace, que está com os olhos arregaladas e surpresas com elas. — Estou cansado de mentiras e vocês me magoaram mais do que se tivessem me dito logo a verdade. E quer saber o que eu tenho para fazer lá fora é muito mais importante do que ficar olhando para a cara de merda de vocês. Eu tenho um jogo para ganhar.

Digo firme e basicamente cuspindo as palavras. Caminho de volta ao campo de lacrosse mais rápido do que imagino e quando chego ali o treinador levanta as mãos para o céu aliviado por eu ter chegado, mas na verdade, quando olho para trás, ele está aliviado por Preston ter chegado, já que ele permaneceu me seguindo mesmo depois deu ter encerrado a discussão. Estou nervoso e furioso com tudo o que acabou de acontecer. O divórcio dos meus pais e agora isso. É demais para a minha cabeça.

Logo, o treinador pede para que Preston e eu vamos até o centro do campo, juntamente com o restante do time para o jogo ser iniciado. O juiz apitou o apito dando início da partida. Nós, os Wild Dover, estávamos com a posse de bola. Ryan sempre foi um ótimo driblador e é ele quem está correndo com a bola até o meio do campo, ao ver que a pressão já estava demais, simplesmente a jogou e consegui a pegar, e corri para estar quase de frente do gol. Vi que Preston estava sozinho, mas simplesmente joguei a bola até o gol, porém a distância era longa demais. A plateia reclamou quando a bola não entrou.

Faltando três minutos para terminar o primeiro tempo, nós estávamos perdendo, o que era péssimo. Estou ofegante e o peso do cansaço caiu sobre mim, o suor escorrendo pela testa e os músculos sentindo a tensão praticamente imploravam por um descanso. O treinador ainda reclamava alto pelas bolas que eu deveria ter passado para Preston e que certamente seriam gol, mas estava com muita raiva dele para deixar isso acontecer.

Outra vez Ryan jogou a bola longe e apenas eu e Preston estávamos a uma boa distância capaz de conseguir pegá-la, porem nenhum dos dois teve capacidade suficiente para isso, já que acabei perdendo o equilíbrio e isso fez Preston tropeçou em mim, caindo diretamente ao chão. O som das pessoas preocupadas com o susto foi a única coisa que deu para ouvir, porque foi alto o suficiente.

— Qual é, Dean! Está ficando louco? — agora não era apenas eu que estava nervoso, mas Preston também estava. — A gente está perdendo por sua causa, joga direito! — além de estar nervoso, resolveu jogar as palavras em minha cara.

— Se a gente está perdendo, é porque você não sabe montar os esquemas direito. — aumento o tom da minha voz. O juiz apitou o apito indicando o tempo e o treinador veio até nós completamente aflito com a situação para separar eu e Preston.

— Dá para vocês dois pararem de discutir e se dedicarem a ganhar esse jogo. Parecem duas crianças!

— A única criança aqui é o Dean, que agora resolveu levar nossos problemas para dentro do campo. Se estamos perdendo a culpa é dele que não passa a bola por pura birra.

Incrédulo, encaro Preston, porém em seguida rio forçado.

— Quer saber, pode colocar outro no meu lugar.

Então, me viro jogando meu taco no campo e saio caminhando. Olho rapidamente para a arquibancada e todos estavam com as testas franzidas sem entender o porquê estava me retirando. Minha última olhada vai para Maya Grace, que se levanta do banco, enquanto nossos olhares se encontram. Ela mexe os lábios dizendo a palavra "desculpa" porque sabia que eu estava chateado com sua pessoa. Se eu não estava animado para o jogo de hoje agora sei o motivo, tudo apenas se acumulou.

Olá meus leitores! Como vocês estão?

Mais um capítulo lindo saindo para vocês.

Era para o capítulo ter sido postado ontem mais eu não consegui porque acabei indo para São Paulo (capital) e voltei tarde da noite para a minha cidadezinha. Mais hoje ele está ai lindo e maravilhoso para vocês.

O que acharam da atitude do Dave em entregar a casa deles, definitivamente, para Viola?

Pelo menos alguma atitude boa ele teve, não é mesmo hahahahaha. Apesar de tudo eles ainda são uma "família" não é e ainda se encontrarão em muitas ocasiões como viram ao longo do livro.

O dia do jogo de lacrosse chegou e bom... Com eles as bombas também vieram.

Quem diria que a garota do Preston seria a Angel. Vocês desconfiavam que era ela ou achavam que era outra pessoas?

MAS, em um capítulo eu disse nas notas finais que se vocês prestassem atenção já saberiam que era ela, porque em um capítulo do presente os dois aparecem juntos como namorados...

Mais falando nisso, Dean está bravo com todo mundo agora. Vocês acham que ele está no direito disso?

Para falar a verdade eu me colocando no lugar dele, odiaria que meus amigos escondessem uma coisa tão importante de mim. Vamos ver no que isso vai dar.

Porque a braveza atingiu até mesmo a Maya Grace. Em um dia estão dizendo para ir com calma, no outro estão de mãos dadas e no mesmo dia brigam... Vai entender hahahaha.

O que vocês acharam do capítulo?

O que estão achando do romance entre Dean e Maya Grace?

E vendo os outros capítulos, quero saber como teorias que vocês tem em relação a história. Me contem tudo aqui !!!!!

Desde já agradeço por estarem aqui. Pelos votos, leituras e comentários.

Não deixe de votar e comentar porque isso pode me ajudar na divulgação. Também não deixe de compartilhar para seus amigos e conhecidos para que mais pessoa conheçam a história.

Comentem, por favor, o que acharam do capítulo e se estão gostando da história!

Capítulos todas as sextas-feiras.

Um beijo no coração e até breve <3


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