𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 | 𝐕�...

By Thay_Lopesnc

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◩ 𝐓𝐡𝐞 𝐄𝐱𝐜𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 ◪ 𓏲໋ׅ ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ. A tímida e insegura Allice Smith, passou a infânci... More

CAST
PRÓLOGO
01 | Capítulo Um
02 | Capítulo Dois
03 | Capítulo Três
04 | Capítulo Quatro
05 | Capítulo Cinco
06 | Capítulo Seis
07 | Capítulo Sete
08 | Capítulo Oito
09 | Capítulo Nove
10 | Capítulo Dez
11 | Capítulo Onze
12 | Capítulo Doze
13 | Capítulo Treze
14 | Capítulo Quatorze
15 | Capítulo Quinze
16 | Capítulo Dezesseis
17 | Capítulo Dezessete
18 | Capítulo Dezoito
19 | Capítulo Dezenove
20 | Capítulo Vinte
21 | Capítulo Vinte e Um
22 | Capítulo Vinte e Dois
23 | Capítulo Vinte e Três
24 | Capítulo Vinte e Quatro
25 | Capítulo Vinte e Cinco
27 | Capítulo Vinte e Sete
28 | Capítulo Vinte e Oito
29 | Capítulo Vinte e Nove
30 | Capítulo Trinta
31 | Capítulo Trinta e Um
EPÍLOGO

26 | Capítulo Vinte e Seis

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By Thay_Lopesnc

Alice Point Of View

Vinnie me fita sob a luz da varanda, depois de Charli nos colocar para fora, dizendo um malicioso divirtam-se. Sinto-me um tanto tímida, como se estivesse indo ao meu primeiro encontro com um cara. E, por um momento, desejo que seja exatamente assim. Que Vinnie seja um homem que acabei de conhecer e que a gente esteja saindo pela primeira vez, com um milhão de possibilidades à nossa frente. E não o marido da minha irmã por quem eu estava apaixonada, além de estar vivendo uma grande farsa. Pensar nisso tira um pouco da doce ansiedade que sentia desde que comecei a me arrumar para aquele encontro e que se transformou em frio na barriga quando vi Vinnie me esperando, tão lindo como num sonho.

- Você parece triste.

- Eu só queria que este fosse realmente nosso primeiro encontro. Que não houvesse nada nem antes nem depois. Apenas este momento. Seria possível?

- Você acha que seria? Você acredita em segundas chances? É o que estamos fazendo?

Quero dizer que esta é a primeira chance na minha vida. Talvez a única.

Ou última.

Sei que nossas horas estão contadas. Que meu sonho dourado com Vinnie estava terminando. Só de pensar nisso me faz querer transformar aquela noite em algo memorável, de que me lembraria para sempre.

- Você gostaria? De uma segunda chance para ser feliz?

Ele parece hesitar. Parece ter medo.

Eu o entendo.

E ele nem faz ideia.

Então, ele sacode a cabeça quase imperceptivelmente. Como se não ousasse dizer em voz alta.

Dou um passo à frente e seguro sua mão.

- Vamos fingir que acabamos de nos conhecer. E não temos nada a perder.

Ele hesita novamente. E de novo eu tenho medo. Talvez Vinnie já esteja farto daquele jogo. Talvez esteja cansado de lutar por sua felicidade com Alinna.

Porém não é Alinna que está ali. Queria tanto que ele soubesse.

Então ele solta o ar lentamente, sua mão aperta a minha e sorrio timidamente, buscando seu olhar. É tão intenso, tão cheio de esperança, tão ávido por acreditar, que me faz querer ser a pessoa que vai realizar todos os seus desejos.

- Certo, Ali. Vamos viver esta noite como se fosse única - diz por fim e me puxa para o carro. - Aonde quer ir? - pergunta quando o carro entra na estrada escura.

- Eu não sei... não queria que fosse algo clichê como um restaurante ou algo do tipo. Acho que não estou com humor para ver mais ninguém.

Espero que Vinnie entenda que prefiro que fiquemos sozinhos e ele parece entender.

- Tive uma ideia.

Uma hora depois estamos caminhando pela areia fofa da praia, na qual estivemos com as crianças faz poucos dias. Vinnie estende um cobertor e eu coloco o que compramos para viagem num restaurante da cidade.

A praia está escura àquela hora e somos iluminados apenas pela lua e a lanterna que mantemos ligada.

Ele estende a mão e me puxa para sentarmos.

- Está sendo suficientemente não clichê para você? - pergunta, divertido, e eu rio.

- Acho que está de bom tamanho.

- Ainda pode mudar de ideia e te levo de volta ao restaurante.

- Por que acha que eu iria querer? - Nós começamos a comer.

Ele dá de ombros, abrindo um vinho.

- Não achei que gostaria de algo tão rústico. - Ele parece inseguro ao fazer essa colocação, enquanto me passa um copo de plástico com o vinho.

- Sério? Acho que não me conhece.

Ele não fala nada.

- Mesmo depois de dez anos, as pessoas podem não se conhecer o suficiente - digo. Afinal, talvez não esteja falando uma mentira. Pelo que sabia do relacionamento de Vinnie e Alinna, eles se casaram mal se conhecendo e não se esforçaram muito para mudar nada durante o tempo que ficaram juntos.

- Acho que tem razão - diz, meio sombrio. E me arrependo um pouco de ter dito aquilo. Não quero que fique carrancudo lembrando dos dias sombrios de seu casamento. Quero manter nossa promessa de pensar só no agora.

- Então, como é nosso primeiro encontro, acho que podemos nos conhecer melhor.

- É justo! - Ele volta a sorrir.

Respiro aliviada.

- Conte-me algo sobre você que nunca contou.

Ele fica pensativo me encarando.

- Todos os dias penso na vida que não tive... - Sua voz é baixa e cheia de nostalgia e culpa.

Parece que não era só Alinna que era infeliz pelas escolhas que foi obrigada a fazer.

- Amo as crianças, não consigo imaginar minha vida sem elas, mas...

- Também gostaria de ter vivido os sonhos que abandonou por causa delas - completo.

Ele me encara.

- Sim, e me sinto horrível por pensar desse jeito.

- Não sinta. Às vezes a gente passa a vida sonhando com o impossível.

- Você sonha com o impossível?

- Você não faz ideia.

- Sinto muito - ele diz de repente. E sorrio tristemente.

- Seus sonhos, Vinnie, não são impossíveis.

- O que você sabe sobre eles?

- Você queria ser médico. Por causa do casamento você deixou seu sonho de lado. Mesmo sendo difícil, ainda pode correr atrás deles. Não vê?

- Não é tão fácil assim...

- Nada é fácil, mas nós podemos tentar. Você passou tempo demais se abstendo de ser feliz para ser responsável.

- Não é o que os pais devem fazer? - Sinto certa reprovação em suas palavras. Ele está falando de mim. Ou melhor, de Alinna.

- Sim. Porém os filhos não serão felizes se os pais não forem. Deve saber disso.

Ele suspira pesadamente.

Nós ficamos em silêncio por um tempo, olhando as ondas batendo na areia.

- E quais os seus sonhos, Ali? - pergunta de repente, e eu abaixo o olhar.

O que posso dizer?

Não posso falar dos meus sonhos para Vinnie, meus verdadeiros sonhos, não os de Alinna, os que ela estava vivendo neste exato momento em algum lugar do mundo.

Queria dizer a ele sobre meu desejo de ter uma família para amar.

O sonho que vivi ali com ele, que não passava de uma ilusão.

Talvez eu devesse ser corajosa e dizer que meu sonho, desde que me apaixonei por ele, era que ficássemos juntos para sempre.

Não seria justo.

Porque era um sonho impossível.

Então, sem poder falar eu me inclino o beijo.

Ele acaricia meus cabelos e encosta a testa na minha.

- Por favor, me fale alguma coisa - ele insiste e tenho vontade de chorar.

- Eu queria que este momento durasse para sempre - sussurro e ele me beija outra vez. E eu permito que meu mundo seja transformado naquele beijo.

Naquele momento, meu mundo inteiro é aquele homem.

Suspiro quando ele me puxa para mais perto, suas mãos acariciando minhas costas com um carinho infinito mesclado com um desejo suave.

Apenas uma promessa de paraíso.

- Espero que tenha gostado do nosso encontro - Vinnie diz, e sorrio o encarando, minhas mãos se infiltrando em seus cabelos.

Deus, ele é tão lindo que faz meu coração doer de mil maneiras diferentes.

- Sempre sonhei em tomar vinho ruim num copo de plástico. - Rolo os olhos e ele ri.

- Me desculpe.

- Não se desculpe. A perfeição que almejo não é sobre comida ou vinho.

- E o que seria perfeição para você?

- Você.

Ele toca meu rosto e vejo a incredulidade em seu olhar.

- Nunca pensei em ouvir isso.

- É verdade - digo baixinho.

- E o que faremos? - Sei que não está falando apenas daquele encontro, mas prefiro manter as coisas naquele nível.

- Não quero ir para casa ainda...

- E o que sugere? - Ele está beijando meu rosto, trilhando um caminho por minha pele, até a minha orelha.

Sinto meu corpo inteiro arrepiar.

- Está quente aqui?

Ele ri roucamente em meu ouvido e então fica de pé me puxando.

- Temos o mar bem a nossa frente.

Arregalo os olhos.

- Nem pensar!

Mas ele já está rindo e tirando a roupa.

E não tenho alternativa a não ser fazer o mesmo. Vinnie me pega no colo e me leva para a água gelada até que estejamos mergulhando sob as ondas.

- Que frio! - Emerjo, tiritando e rindo, Vinnie me abraça.

- Vamos ver se isto ajuda... - Então ele está devorando minha boca e realmente seu calor me esquenta por inteiro.

Gemo em sua boca, passando meus braços por sua nuca e me colando inteira a ele.

Este era um bom exemplo de perfeição.

Até que Vinnie me solta e afunda minha cabeça rindo e emerjo cuspindo.

- Vinnie!

Ele continua rindo e nada para longe, vou atrás, mergulho e puxo seu pé. E é a vez de ele emergir tossindo. Continua rindo. E acho que nunca o vi rir deste jeito, com uma inocência quase infantil. É lindo de se ver.

Nós ficamos um bom tempo nadando e nos beijando, entre risos e brincadeiras. Até que, cansados, nos abraçamos, deixando a onda nos acariciar.

Vinnie me aperta mais, beijando meus cabelos e eu o encaro.

O que vejo em seu olhar faz meu coração falhar.

- Era assim que devia ter sido - diz baixinho, e sinto vontade de chorar.

Apenas encosto a cabeça no seu ombro e sussurro:

- Nunca fui tão feliz.

- Está gelada! - Vinnie diz depois de um tempo. - Vamos sair!

Nós saímos do mar, colocamos nossas roupas e arrumamos as coisas, correndo para o carro.

Vinnie coloca tudo no porta-malas enquanto espero no banco do carona, ainda tremendo. Quando ele entra, percebo que me encara preocupado.

- Está com os lábios roxos. - Toca minha boca e sorrio, segurando sua mão e beijando seus dedos.

Seu olhar escurece de desejo.

- Talvez devesse me esquentar?

Vinnie não precisa de uma segunda sugestão, pois me beija com força, neste momento não há mais nada além do mais puro desejo correndo entre nós.

- Quero você agora - sussurra entre beijos eu apenas assinto.

- Sim, por favor - respondo contra seus lábios, derretendo com suas palavras, não ofereço resistência quando ele me leva para o banco de trás.

Em meio a meu enlevo, me lembro que foi assim que ele transou com Alinna um dia, quando ela ficou grávida. E constato que tinha desejado a mesma coisa desde que vi sua foto em meu apartamento.

É meu último pensamento coerente porque Vinnie já se apressa em tirar minhas roupas do caminho, apenas as necessárias, beijando-me com força, gemendo em meu ouvido quando me penetra fundo, roubando um pouco da minha alma enquanto se move rapidamente dentro de mim. Agarro-me a ele deixando aquele desejo insidioso me tomar por inteiro, até a estocada final, quente e doce, me fazendo gritar alto e adorando ouvir Vinnie gozando.

- Acho que nunca mais vou conseguir me mexer - digo um tempo depois, quando nossas respirações estão voltando ao normal e me dou conta da posição desconfortável em que estamos.

Vinnie ri enquanto se move, puxando-me para junto dele.

- Por um momento pensei que tinha dezesseis anos novamente.

- Ah é? Transou com muitas garotas dentro do carro? - pergunto, ocupando-me em colocar minhas roupas enquanto Vinnie faz o mesmo.

Ele dá de ombros.

- Meu histórico não é tão grande.

- Transou com a Faith dentro do carro?

Oh, merda, porque eu tinha perguntado isso?

Vinnie não parece zangado.

- Parece que existe algo irresistível no banco de trás que atrai as garotas, o que posso fazer? - Ele dá de ombros e eu rio. Adoro vê-lo assim, descontraído, mesmo sentindo ciúme de pensar nele com Faith.

Também não posso esquecer que já tive uma experiência no banco de trás com um cara na faculdade, mas nem de longe tinha sido tão incrível quanto com Vinnie.

- Suspeito que você seja irresistível e não o carro - digo, indo para o banco da frente, e Vinnie apenas ri, indo para o banco do motorista e dando partida.

Enquanto vamos chegando em casa a realidade vai voltando pouco a pouco e percebo que ele sente a mesma coisa.

Mesmo assim, ainda reluto em deixar a magia ir embora totalmente.

Charli aparece na varanda quando chegamos.

- E aí? Tudo bem? - Ela olha de mim pra Vinnie.

- Obrigado por ter cuidado das crianças - Vinnie diz simplesmente.

- Sim, estão todas dormindo. Nailea já foi e eu preciso ir também.

Ela acena e vai embora.

Nós entramos em casa, passamos nos quartos das crianças para nos certificar de que estão todos dormindo tranquilamente e meu coração dói um pouco ao imaginar que aqueles podem ser meus últimos momentos com elas.

- O que foi? - Vinnie pergunta ao me encontrar no corredor quando saio do quarto de Elisa.

- Nada. - Eu me aproximo e o beijo.

- Acho que precisa de um banho. - Ele me leva para o banheiro e nos despimos, entrando juntos sob o chuveiro. Nada mais é dito. Como se soubéssemos que tudo era mais frágil agora.

E novamente fazemos amor, sob a água quente, deixando nossos temores serem levados pelo vapor que nos envolve.

Depois vamos para a cama e Vinnie me abraça, encaixando seu corpo no meu. Fecho meus olhos sentindo um aperto horrível no peito, como um presságio ruim.

Acordo de repente e o quarto ainda está escuro. Vinnie, abraçado a mim, ressona tranquilamente.

Abro os olhos e meu coração para de bater quando vejo Alinna me olhando.

Continua...

Notas Finais:

➺ Dã Dã Daaaaaaa, até o próximo Capítulo!

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