Corte de Amores e Segredos...

By ledaisyy

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Quatro irmãs. Duas caçando para sobreviver, duas aproveitando o que tivessem. Uma maldição. Duas delas levada... More

HISTÓRIA ANTIGA
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music
prologue
one - the begin
two - the beast
three - she isn't human
four - your majesty
five - brother from another mother
six - high lord
seven - my real "me": a queen
eight - they were fine
nine - violet eyes
ten - you're shine
eleven - what are you?
twelve - back to the old house, or hell
thirteen - hello, did you miss me?
bonus - I lost
fourteen - they need us
fifteen - under the mountain
sixteen - all this for a riddle
seventeen - a deal, that's all
eighteen - sweet dream
nineteen - balls and wines
twenty - we were supposed to be dead
twenty one - no, one it's enough
twenty two - i can rest now
bonus - she is... was my sister
bonus - i felt her dying
bonus - she cannot go
epilogue
thanks
new book
RECADO

bonus - for her

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By ledaisyy

Por ela

‗‗‗‗‗Rhysand‗‗‗‗


Era ela, eu tinha certeza. 

No dia do Calanmai, algo me chamava. Tive que inventar uma desculpa à Amarantha para ela me deixar sair, para que eu pudesse descobrir se o que me chamava era o que eu pensava. 

Estava na floresta da Primaveril quando senti aquela sensação dentro de mim se tornando mais forte. Tentava a encontrar pelas sombras das árvores, apenas para ter certeza se realmente era ela. Foi nesse momento que vi três feéricos encurralando uma mulher humana, de início pensei que fosse ela – era malditamente parecida com a mulher que habitava meus sonhos por inteiros três anos –, mas não. Não era para ali que aquele retumbar dentro de mim me chamava. Do mesmo jeito, não deixaria aquele mulher ali. 

A cara desses feéricos já estavam marcada. Amarantha poderia dar o final que quisesse à eles. Mereciam. E eu faria questão de entregar a cabeça de um deles na Primaveril.

Estava conversando com a humana quando me senti algum tipo de magia me prendendo. Talvez se Amarantha não tivesse aprisionado meu poderes, poderia me libertar facilmente; se eu tentasse agora talvez conseguiria. Mas não o fiz. Não quando aquele cheiro adentrou pelas minhas narinas, ou quando aquela sensação no meu peito pareceu se acalmar. 

E quando aquela voz tilintou, suave como a neve que caía nos primeiros dias, indicando que o inverno chegava, mas determinada. Eu soube. 

Era ela ali.

Minha parceira. 

A mulher que habitava meus sonhos há três anos. A mulher que me salvava de um destino cruel. 

«——————⁜—⁜——————»

Havia acabado de voltar da Corte Primaveril. Ver Tamlin ajoelhado foi extremamente gratificante, mas ver as duas irmãs abraçadas – que se pareciam ao extremo; ver o quanto se amavam e o quanto aquele abraço foi reconfortante para as duas... Bloquei a lembrança de minha irmã comigo, de minha Luna e eu correndo por toda Velaris. 

Não. Eu não lembraria disso na presença de Amarantha.

Ela haviam mentido sobre os nomes e era óbvio, eu tinha escutado no Calanmai elas se chamando de Feyre e Layla. Mas, se fosse para salvá-la e salvar sua irmã, eu mentiria. E não era necessário nenhum acordo para isso. 

Layla. Bela como a noite

A Mãe realmente tinha humor.

Desejei do fundo do meu coração que aquelas irmãs estivessem longe de Prythian, longe da muralha. Porque Amarantha atacaria e, talvez, eu pudesse impedi-la de ir até as terras mortais encontrar Clare e Paige, seja lá quem elas fossem. Estava cansado de mortes. 

— Vamos atacar a Primaveril primeiro. Talvez elas não tenham ido embora, mas, de qualquer jeito, o prazo da maldição acabou e o Grão-Senhor não conseguiu. — Relatou Amarantha, sentada em seu trono em Sob a Montanha. — Parece que terá que viver aqui por mais anos, Rhysand. 

Ah, eu mataria Tamlin por isso. 

— Sempre será um prazer passar meu tempo com você. — Depois de tantos anos visitando a Cidade Escavada, esconder os sentimentos e mentir não era uma tarefa muito difícil. 

— Será mesmo? — ela levantou do trono e veio andando até minha direção. Só parou quando sua boca estava próxima do meu ouvido. — Te espero no quarto. 

Eu definitivamente mataria Tamlin. 

«——————⁜—⁜——————»

A mansão da Corte Primaveril estava destruída. Vidros estilhaçados, madeiras quebradas e sangue estava espalhado por toda a casa. Tamlin, Lucien e alguns criados ainda estavam ali, mas elas não. Se foi o aviso que eu dei ou outra coisa, não importava; estavam longe. Longe das garras de Amarantha. Mas era exatamente por isso que a ruiva iria atacar nas terras mortais, queria encontrar as duas humanas que quase livraram Prythian do destino que ela planejava. 

Eu havia ficado encarregado de encontrar Paige Clarke. Mais uma morte inocente na minha costas. Iriam queimar a casa dos Beddor, mas eu teria que destruir a mente dos Clarke. Que bela morte. 

«——————⁜—⁜——————»

Os gritos de Clare Beddor ainda ecoavam na minha mente. Havia deixado Paige fugir junto com os pais, não queria mais aquelas mortes, mas talvez o trauma fosse grande.

Deitado na minha cama, observando o teto cinza, procurei aquele laço – ainda extremamente fraco – e tentei sentir algo. Ela não poderia voltar, não mais. Prythian há anos não era mais segura, não com Amarantha no poder. 

O laço estava mais fraco que o normal, e a única emoção que passava por ele era a mais profunda tristeza. Queria fazer tudo para mudar esse sentimento, mas ela não estava dormindo, não daria para mandar alguma imagem do céu da Corte Noturna ou de Velaris. Eu poderia apenas torcer que ela melhorasse.

Lembrar-me de Velaris fez com que imagens de Mor, Cassian, Azriel e Amren adentrassem minha mente. Eu não conseguia me lembrar nitidamente de suas vozes e risadas, nem conseguia lembrar da minha própria risada. Mas eu tinha certeza que Velaris ainda estava segura, senão Amarantha já teria atacado e eles já estariam aqui comigo. Se eu saísse dessa maldita montanha alguma vez, quando eu estivesse livro, a maldita ruiva pagaria. Pagaria por cada lágrima que eu ainda não havia conseguido derrubar, pagaria por toda dor que já senti. São promessas, e eu faria questão de cumprir cada uma delas.

E agora eu havia feito um acordo, marcado por um céu noturno na minha pele. Eu não contaria a verdade e ela fugiria de Prythian, sem data de volta. As duas partes foram cumpridas, mas, por algum motivo, sentia como se aquela história não estivesse terminada. 

As vezes conseguia escutar ela conversando com Lucien e uma mulher, quando ela sem querer gritava coisas pelo laço, prometendo que os salvaria; que os tiraria do pesadelo em que viviam. Nas noites mais difíceis, permitia-me acreditar naquelas palavras, mas, no fundo, eu sabia que não era verdade. Ninguém poderia nos livrar desse pesadelo, e se alguém tentasse morreria no processo. Porque era a mais completa loucura. Estávamos destinados a viver dentro dessa montanha, a viver e morrer aqui. Sem rota de fuga.

Passos no corredor chamam minha atenção, deixo todo meu corpo em alerta. Não eram nada delicados, queriam que eu soubesse que estava ali. 

— Grão-Senhor, Sua Majestade lhe chama na sala do trono — a criatura vai embora em seguida. Attor. 

Coloco a túnica preta e calço as botas, também pretas, que chegam até meu joelho. De baixo da calça, uma montanha com três estrelas estão tatuadas em cada joelho. Não me ajoelharia à ninguém. Essa era uma promessa que eu cumpriria. 

Ando por inúmeros corredor até chega na sala do trono – lugar, também, que Amarantha fazia suas torturas –, a réplica da Cidade Escavada. Evitei olhar para o corpo pregado de Clare, já morto. Segui em direção ao trono, deixando apenas um pouco de escuridão me rodear, como faria na Corte dos Pesadelos. Não virei para encarar ninguém, apenas continuei andando. 

— Sabe, Rhysand, — começou a ruiva — ontem chegou duas pessoas aqui que, como posso dizer, me surpreenderam um pouco. Com força de vontade, uma mais que a outra. Devem estar dormindo agora — ela deu um risinho, mandei para baixo a vontade de vomitar. — Daqui a pouco devem chegar, chamei-as. Gostaria que estivesse aqui.

Apenas concordei com a cabeça e fui na direção do outros feéricos e grão feéricos. Passou um tempo até Attor entrar na sala, duas pessoas foram atiradas no chão. Duas mulheres. Uma delas, mesmo com hematomas pelo corpo, fez questão de não ficar ajoelhada. Lembrei da montanha nos meus joelhos e do que havia dito na Primaveril: você não deveria se ajoelhar à ninguém. 

Não. 

Observei melhor as duas garotas, ambas com orelhas redondas. Completamente humanas. Mas os rostos eram parecidos, o cabelo castanho-dourado, a pele de uma mais clara que a outra. 

Não. 

A que fazia de tudo, usava suas últimas forças, para não se ajoelhar... Layla. 

Era ela, eu tinha certeza. 


⁙⁛⁙——————⁕——————⁙⁛⁙

Esse bônus foi menor do que os capítulos porque eu só queria dar uma mostrada no que o Rhys pensava. Além de querer postar logo, para vocês não ficarem sem capítulo por muito tempo. 

Esse foi o último da maratona. Obrigada pelas 1K, agora já 3, de visualizações. Pode não parecer, mas significa bastante. 

Agora as coisas ficam interessantes. Mas só para fazer um pouco de sentido, no capítulo 12 a narrativa volta a ser da Layla e ela vai estar indo para as terras mortais ainda. 

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