The New Girl | Outer Banks

By ssummertxs

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Quando Maya é expulsa da escola, a família Montgomery se muda para uma pequena cidade na Carolina do Norte ch... More

Cast
Graphics
Prólogo
1.01- Outer Banks
1.02- Festa
1.03- O almoço
1.04- Cemitério
1.05- O envelope
1.06- Ferro velho
1.07- Royal Merchant
1.08- Cinema de verão
1.09- Solstício de Verão
1.10- Revelações
1.11- Casa dos Crain
1.12- O filme
1.13- O ouro
1.14- Casa de penhores
1.15- Conversa
1.16- Ele matou o pai do John
1.17- Tiro
1.18- Hospital
1.19- Phantom
PART TWO
2.01- Notícia
2.02- O acidente
2.03- Babás
2.04- C. Limbrey
2.05- Reencontro
2.07- Descendência
2.08- A fogueira
2.09- A cruz
2.10- A ilha
PART THREE
3.01- Lembranças
3.02- Brady
3.03- Poguelândia
3.04- Cattle Wash, n° 101
3.05- Carlos Singh
3.06- Lar doce lar
3.07- Espada Samurai
3.08- Às vezes só precisamos dar uma apertada no parafuso para tudo funcionar
3.09- Wilmington
3.10- Almoço com o papai
3.11- Desabafo
3.12- Gatinha
3.13- Neville Persaud
3.14- Brunch (PARTE I)
3.14- Brunch (PARTE II)
3.15- El Dorado

2.06- Tribunal

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By ssummertxs

— Sinceramente, Maya!- Joseph diz assim que entrou em casa com a esposa e a filha.- Ajudar um assassino? O mesmo garoto que mandou o seu irmão para o hospital?

— Eu já disse que não foi ele!

— Então quem foi?- ele a encarou.- Me diz.

— Rafe Cameron.

— Só pode estar de sacanagem.- Joseph balança a cabeça em negação e vai para seu quarto.

   Maya respira fundo, querendo controlar a vontade de gritar com seu pai e encara Mary, que estava encostada em uma pilastra, perdida em seus pensamentos.

— Mãe?

— Sim?- balança a cabeça e a encarou.

— Você acredita em mim, né?

   Mary respira fundo e vai até a filha, segurando suas mãos e olhando bem no fundo dos seus olhos.

— Como você tem tanta certeza de que foi o Rafe que atirou no seu irmão?

— A Sarah estava lá. Ela viu tudo.

   Mary fechou os olhos e soltou o ar que prendia, abrindo-os novamente e colocando a mão no rosto da filha.

— Vai descansar. Amanhã vai ser a audiência.

   Maya concordou e foi para seu quarto. JJ havia ficado n'O Castelo, e seu quarto nunca ficou tão vazio. Ela tomou um banho relaxante e depois se deitou na cama, fazendo carinho em Tequila.

   Ela estava perdida em seus pensamentos até escutar duas batidas na porta.

— Pode entrar.

   A porta se abre, revelando Marlee e Limão. Maya sorri e bate na cama, chamando a irmã para deitar junto com ela.

— É verdade que John B e Sarah estão vivos?

— E agora ele está preso.- suspirou e Tequila lambeu sua mão.

— Nossos pais estão brigando. A volta do John mexeu muito com nosso pai.

— Ele acredita mais nos outros do que na própria filha.- May bufou.

— Tenta entender o lado dele.- Mar encara a irmã mais velha.- Ward foi quem levou o Johnny para o hospital, e a família Cameron visitou o Johnny todo mês. Ele não quer acreditar que o filho de seu amigo atirou no filho dele.

— Mas eu sou filha dele, Mar.- Maya se senta na cama e aponta para si.- Ele deveria acreditar em mim, e não nos outros.

— É complicado. Muito complicado.- colocou o cabelo para trás.- Amanhã vai ter a audiência?

— Vai. Você vai?

— Vou com o Noah. John já tem advogado?

— Defensor público que trabalha para a polícia e que só vai foder com ele.- cruzou os braços emburrada.

— Já falou com a mamãe?

— Já falei, e ela disse que não vai defender o John B.- colocou as mãos no rosto.- Acho que no fundo no fundo, ela realmente acha que foi ele quem atirou no Johnny.

— Ela pelo menos vai na audiência?

— Não. Ela vai estar em Chapel Hill dando uma aula de direito a pedido dos donos da escola.

— Bem... Tenta descansar.- deu um beijo na cabeça da irmã.- Amanhã será um longo dia.

— Eu não consigo.- se virou para a irmã rapidamente.- Quer ir comigo no hospital?

— Agora?

— É, agora.

— Bem... Vamos então.

━──────≪✷≫──────━

   As duas estavam no quarto de Johnny, o  encarando. Maya estava meio aérea sentada no sofá enquanto Marlee estava sentada em uma poltrona ao lado do irmão, mexendo em seu cabelo. 

— Maya... Maya!

   A garota pisca os olhos voltando para a realidade e olha para a irmã, que estava chorando desesperada olhando para o irmão. Os aparelhos começam a apitar e ela se levanta do sofá rapidamente, correndo para o corredor.

— SOCORRO! UM MÉDICO!

   Maya voltou para o quarto e Joseph aparece com três enfermeiros e um carrinho com medicamentos.

— O que aconteceu?- seu pai perguntou checando o filho.

— O-os aparelhos começaram a apitar do nada.- Marlee diz por conta do choro e Maya a abraça.- E-eu não sei o que aconteceu.

— Liguem para sua mãe.

   May se segura para não chorar enquanto ligava para Mary. Ela precisava ser forte por sua irmã. Joseph e os enfermeiros começam a fazer exames e mexer nos aparelhos.

— Ei, o que estão fazendo?- Maya perguntou nervosa assim que um enfermeiro retirou o tubo da boca do irmão.- Ele precisa para respirar!

   Joseph vai até as filhas e as abraça fortemente.

— Pai o que está acontecendo?

— Ele está bem.- olhou para as garotas com lágrimas nos olhos.- Ele está rejeitando os aparelhos porque está conseguindo respirar sozinho.

   As duas se encaram e começam a chorar de alegria.

— E-ele vai acordar?- Maya perguntou esperançosa.

— Tudo indica que sim!

   As irmãs abraçam o pai. Talvez esse pesadelo da família Montgomery finalmente acabe.

   Algumas horas haviam se passado e Mary já estava com os filhos no hospital. A mulher já tinha chorado e agora os Montgomery estavam avisando para o resto da família que Johnny já estava respirando sozinho, sem a ajuda de aparelhos.

— Eu sei, não é o máximo?!- Maya diz para Jason ao telefone.- Tá bem... Eu falo, pode deixar. Te amo, avisa para o resto da família.- desligou o telefone e encarou a mãe.- Jay vem para casa amanhã de noite.

— Maravilha.- ela responde e volta a atenção ao telefone.- Melena!

Sim, tio Rick, ele está respirando.- Marlee diz pela terceira vez.- Sim tia Jo, o papai tem certeza!

Para de ser burro, Chris!- Joseph exclama indignado.- Estou vendo que a parte inteligente da família veio toda para mim.

Sério tia Maggie? Isso é ótimo!- Maya exclama animada.- Vou falar com a vovó, beijos.- ela desligou a chamada e ligou para a avó.- Oi vovó, sou eu... Johnny já está respirando sozinho... Tá bem, também te amo.

   Depois de um tempo, todos desligam o telefone e suspiram.

— Minhas irmãs estão vindo para cá.- Mary guardou o telefone no bolso da calça.

— Meus pais também.- Joseph informa.

— Olha que coisa engraçada, tia Jo e tio Rick também.

— Então vai ser uma reunião de família.- todos olham para Maya.- Porque a vovó também vem.

— Montgomery e Halliwell juntos?- Joseph encara a esposa.

— Isso não vai prestar.

━──────≪✷≫──────━

   Era o dia da audiência, e Maya estava com Sarah e Kiara sentadas em uma fileira na frente de Pope e JJ. O tribunal estava cheio, e noventa e oito por cento eram pessoas ricas querendo a prisão de John B. Marlee e Noah estavam sentados ao lado dos meninos, já que tinham chegado um pouco atrasados.

— John Booker Routledge.- começa a juíza, batendo o martelo.- Como o senhor não tem advogado, o governo de Kildare disponibilizou um para você.- John concordou.- Sem mais delongas, vamos começar o julgamento...

— Eu me proponho como defensora do réu.

   Uma voz é escutada e todos olham para trás, e os Pogues sorriram ao ver Mary de pé, com os dedos entrelaçados em frente do corpo. Burburinhos preenchem o tribunal, fazendo a juíza bater o martelo.

— Mary?- Ward a encara surpreso e a mulher continua encarando a juíza.

— Ordem no tribunal!- bateu novamente o martelo e o falatório diminui.- Quem é a senhora?

— Advogada Mary Piper Halliwell Montgomery, estou aqui para defender John B.

— John B, você concorda em trocar de advogado?

   John olha para os Pogues, que balançavam a cabeça em afirmação com um sorriso no rosto. Ele leva o olhar para Mary, que  encarava com um pequeno sorriso, quase imperceptível.

— Sim.

   Maya, Kiara e Sarah se abraçam felizes, JJ e Pope fazem um toque de mão animados. Mary caminha calmamente até John, sem se importar com os olhares fulminantes que recebia.

— Ele é todo seu.- a antiga advogada diz saindo.

   Mary vai até o garoto e segura as suas mãos, encarando no fundo dos seus olhos.

— John, eu preciso que me diga a verdade.- ele concordou com a cabeça.- Foi você quem matou a xerife e deixou o meu filho em coma?

— Não, Mary.- a olhou com sinceridade.- Nunca.

   Mary fechou os olhos e respirou fundo, abraçando o Rutledge.

— Obrigada.- disse ainda o abraçando.- Era isso que eu precisava ouvir.- ela tocou em seu rosto e os dois encaram a juíza.- Pode prosseguir, Meritíssima.

— De acordo com à seção 14 do estatuto da Carolina do Norte, você será acusado de quase homicídio e de homicídio doloso com circunstâncias agravantes.- encarou John.- Se condenado, a sentença máxima é a pena de morte.- bateu o martelo.

   As pessoas começam a conversar, e Mary segura a mão de John, o reconfortando.

— Excelência, ele é menor!- Maya se levantou.

— Ele só tem dezessete anos!- JJ gritou.

— Ordem no tribunal!- bateu novamente o martelo.

— Está de sacanagem?

— JJ, para.- Pope e Kiara o seguraram.

— John B, a gente vai dar um jeito.- JJ gritou, sendo parado por Pope, Kiara e Noah.

— John B!- Sarah começou a andar até ele, sendo parada por um policial.- John B!

— Sarah!- as irmãs Montgomery foram até ela.- Não encosta nela!- Maya gritou com um policial.

— Vem, Sarah.- Marlee a segura.

— Vamos sair daqui.- Maya diz levando a garota para fora junto com a irmã.

   Mary encara John e o segura.

— Você vai sair dessa, está bem?- ele concorda e um policial o leva.

   No lado de fora, os Pogues esperavam Mary sair, já que ela estava conversando com a juíza.

— Ainda bem que a justiça foi feita.- uma mulher diz.

— Isso é uma piada? Por acaso a gente está no inferno?- Kiara perguntou descendo as escadas.

— Eu não devia ter voltado.- Sarah desabafou.

— Vão matar ele, gente.- JJ falou.- Eu sei.

— O John não vai morrer, tá legal?- May o encara.

Sinto muito pelo o que você e a sua família passaram.- eles se viram e encontram um homem falando para Ward.- Que bom que o sistema funciona.

— Dá para você calar a boca?!- Kiara se exalta.- É claro que você acha que o sistema funciona, porque ele foi feito para proteger pessoas como você.

— Ele vai ter o julgamento dele, e o júri vai decidir.

— Ele nem deveria ser julgado!- Maya se intrometeu.- Você sim.- apontou para Ward, que se virou para ela.- Porque você e o seu filho são assassinos! É muita ousadia sua você aparecer aqui.

— Eu sei que você está chateada. Eu entendo que esteja, está bom?- se aproximou dela com Rose.

— Chateada? 

— Eu sei que ele te enganou, e enganou todos vocês.

— Você que enganou todos!

   Maya iria avançar em Ward mas todos a seguram.

— Soltem a minha filha!- Mary se aproximou.

— Garota, vê se me respeita!

— Respeitar?- Mary e Maya repetem incrédulas.- Por causa do psicopata do seu filho, o MEU está no hospital.- Mary gritou, colocando a mão no peito.- Por sua causa, o John B está em uma cela. Por causa da sua família, a minha filha, a sua e os amigos estão sofrendo.- Mary apontou para os Pogues.

— Mary, você está me acusando e acusando a minha família por algo que não fizemos.

— Não, Ward. Eu estou acusando vocês por tudo o que fizeram.- apontou para eles.- E eu sei de várias coisas, incluindo mentiras feitas sobre juramento.- encarou Rose.

— Essa família é louca!- Ward se virou.

— LOUCO É VOCÊ SEU FILHO DA PUTA!- Maya foi avançar novamente mas JJ a pega no colo.

— Segura a coleira do seu cachorro!- JJ falou para Shoupe, enquanto apontava para o Cameron.

— Chega!

— Por que não investiga os Kooks dessa vez, hein?

— Você quer ser preso?- perguntou para JJ.- Vão embora!

— Isso é um absurdo.

— Vem.- Sarah puxou Maya.

— Não é atoa que a sua filha ficou sentada com a gente.- Kiara gritou.

   Uma chuva de repórteres parecem e começam a tirar fotos e fazer gravações.

— Senhora Montgomery, é verdade que está defendendo o cara que deixou o seu filho em coma?

— Eu estou defendendo um menor de idade inocente. O responsável por deixar o meu filho em coma está solto por aí, mas logo será preso.- passou pelos repórteres.- Sem mais perguntas.

   Eles foram para um lugar mais afastados, onde estava o carro da mulher. Mary estava ligando o carro quando foi pega de surpresa pelos Pogues, que a abraçaram.

— Obrigada.- Sarah agradeceu com lágrimas nos olhos.

— Não tem de que, querida.- sorriu para ela.- Tenho que ir até a penitenciaria conversar com o John B, depois vou para Chapel Hill, está bem?- olhou para as filhas, que concordaram.- Maya, vai para onde? 

— Vamos para casa do John.- Mary concordou.

— Marlee?

— Vou pra casa do Noah.

— Está bem.- colocou a bolsa dentro do carro.- Vejo vocês no jantar. Sarah, depois precisamos conversar sobre o depoimento.- ela concordou.

━──────≪✷≫──────━

   A chuva caía fortemente, fazendo o cheiro de grama e terra molhada subir. Os Pogues estavam na varanda da casa de John B.

— Eu vou depor lá.- Sarah diz.- Sob juramento, eu estava lá! Eu só tenho que falar com a minha irmã agora.

— Sua irmã?- JJ pergunta incrédulo.

— Kiara, está com o celular?- ela lhe entregou.- A Wheezie é a outra pessoa que sabe onde o Rafe estava naquele dia.

— A Wheezie?- JJ perguntou novamente incrédulo.

— Eu não sei mais o que fazer. Eu meti a gente nessa, e eu vou fazer o possível para resolver.- entrou na casa.

— A Wheezie? Tá, vai dar certo.- JJ debochou.- Ela tem razão em uma coisa. A gente tem que agir.- tirou seu boné.- O nosso garoto está na corda bamba agora, tá bem? Ele está preso pelo inimigo agora e talvez até está com a execução marcada e a gente vai fazer nada?- perguntou com raiva.

— Então qual é o seu plano? A gente vai sequestrar o Shoupe?- Kiara se exaltou.

— Talvez. Essa não é a pior ideia.

— Ah não é?- Maya se levantou, encarando JJ.

— Não!

— Essa é a pior ideia que eu já ouvi na vida.- Pope se manifestou.

— É bem ruim.- Sarah diz de dentro da casa.

— Quer saber? Não se mete nisso.- JJ se virou para Sarah.

— Por que não, JJ? É o namorado dela!- Maya apontou para a amiga.

— Você também, Maya.- a garota deu uma risada indignada e se sentou, cruzando os braços.- Pope, a gente veio fazendo tudo do seu jeito, e não tá dando muito certo.

— Tá bom.- se levantou com raiva.- Qual é o seu plano? Vai invadir a cadeia e sair atirando?

— Olha, Pope.- falou com a voz mais calma.- Tudo que eu estou dizendo é que eles pegaram o nosso amigo. E a gente vai ficar aqui sem fazer nada? Não! A gente vai salvar ele. A gente vai fazer alguma coisa a respeito!

— JJ, a gente não vai invadir a cadeia. Isso não vai rolar.

— Tá legal, cara. Fica confortável aí sem fazer nada.- encarou Kiara.- Eu vou ver o que eu posso fazer. E eu vou fazer alguma coisa, nem que eu tenha que fazer sozinho.

— Vai lá Salvador da pátria.- Maya diz passando por ele, sem olhá-lo.

   Ela abriu a porta e saiu da casa, sem se importar com a chuva e os amigos a chamando.

— Maya!

— O que você quer, JJ?- se virou para ele com raiva.- Agora eu posso me meter?

— Eu não quis di...

— Foi exatamente isso que você quis dizer!- tentou tirar o excesso de água do rosto, falhando miseravelmente.- A minha mãe vai resolver...

— Quem te garante, Maya?- cruzou os braços.- Me diz.

— Quer saber? Dá um tempo, JJ.- ficou de costas para ele.

— Maya...

— Só não faça merda.

   Ela começa a andar.

— Mas que merda, Maya!- ela mostra o dedo do meio e continua andando. 

   Maya começa a andar até um táxi parar e a levar para casa. A chuva já tinha parado, e ela estava sentada no píer, olhando para a água.

— Tem lugar para mais um?

   Ela olha para cima e vê seu irmão Jason a encarando com meio sorriso. Depois de balançar a cabeça em afirmação, Jason se senta ao lado da irmã e olha para o horizonte.

— Achei que chegaria à noite.

— Consegui ser liberado mais cedo.- ela balança a cabeça em afirmação.- Por que está aqui?

— Gosto de vir aqui pensar.

— E o que essa cabecinha genial está pensando?- empurrou seu ombro, arrancando um pequeno sorriso dela.

— Na vida.- respondeu depois de um tempo.- Em tudo o que a gente está passando. No Brady.

   Jason trincou o maxilar de raiva.

— Maya...

— Semana passada foi a primeira vez em quase dois anos que eu dirigi. Eu estava nervosa, e quando eu olhava para o lado, a imagem do Brady morrendo voltavam com tudo.

  Os dois ficaram um tempo em silêncio e ela deu um pequeno sorriso.

— Mas ao mesmo tempo, eu me senti bem. Me senti feliz. Porque eu estava com as pessoas certas, e uma em especial conseguiu me acalmar.

— Deixa eu adivinhar.- Jason a encarou com um sorriso.- É loiro?

— Talvez.- finalmente o encarou e seu sorriso sumiu.- E tem todo esse lance do John B.

   Jason desviou o olhar e Maya suspirou.

— Eu sei que é difícil de acreditar, mas é a verdade. O John B não atirou no Johnny, foi o Rafe.

— Por que você cisma nisso? Tem testemunhas que viram o Routledge.

— Elas foram pagas, Jay.- segurou sua mão.- Você sabe muito bem o que o dinheiro pode fazer. A Sarah viu tudo. Acha mesmo que ela iria contra depor contra o irmão dela sem saber da verdade?

— A mamãe vai defender ele, não é?

— Sim.

— Papai não está nada feliz com isso. Ele afirma que o Cameron é inocente.

— Como você sabe?

— Antes de voltar para casa passei para ver o Johnny.- deu um pequeno sorriso para a irmã.- Ele parece estar bem. Com o Johnny acordando, ele pode falar quem que atirou nele. Não acha isso bom?

— Como se você se importasse com o que eu penso.- deu uma risada anasalada.

— Você é minha irmã caçula, é claro que me importo.- a abraçou de lado.

━──────≪✷≫──────━

   Já estava de noite, e Maya estava em seu quarto ignorando a existência de todo mundo. Seu telefone não parava de apitar, e ela finalmente o pega para ver quem insistia nas mensagens.

— Não sei se eu te odeio ou se gosto de você.

   Maya resmungou e guardou o telefone no bolso da calça. Descendo rapidamente as escadas, ela vai até onde ficam as chaves e respira fundo assim que pega a chave de seu carro. Maya corre para o veículo, coloca o cinto e o liga.

— E lá vamos nós.

   Respirando fundo, ela tira o carro da garagem, batendo em uma lata de lixo do vizinho e começa a dirigir para socorrer JJ. Aumentando a velocidade, ela escuta barulhos de sirene de polícia e deduz ser o Maybank.

   Maya pisa fundo no acelerador e depois para o carro em frente a ambulância.

— SAI DA MINHA FRENTE!- o homem que dirigia a ambulância pediu, fazendo gestos para ela tirar o carro.

   Maya abriu a janela e o encara.

— Desculpa, moço.- ela pede com falso pesar.- Eu sinto muito mesmo. Eu estava levando o meu gato para o veterinário e...- olhou para o retrovisor e viu JJ correndo.- Tchau.

   Maya deu um tchauzinho para ele e buzinou, dando uma volta pelo quarteirão. Ela destrancou o carro quando viu JJ correndo até ela, entrando logo em seguida no banco de trás.

— Vai!

   Maya pisou no acelerador e começou a dirigir.

— Eu nem vou perguntar o que aconteceu.

— Eu tirei o cara errado da cadeia.- falou ofegante.- Foi mal.

— Por que você faz essas merdas o tempo todo?- perguntou cansada, e sem tirar os olhos da estrada.

— Eu vou acabar sendo preso mesmo.- deu de ombros.- Qual o problema?

— Não, JJ, você não vai ser preso.

— Está no meu DNA.- colocou o boné na cabeça.- Não tem como negar o óbvio.

   O telefone de Maya começa a tocar.

— Pode ver quem é, por favor?

   JJ pegou o telefone que estava no banco de trás e vê as mensagens.

— É a Marly.

— O que ela quer?

— Dirige para o hospital. Agora.

27/11/2021

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