Da guerra ao Amor

Par VGOliverAutora

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No início das guerras, forjado no calor da batalha, sem nenhum tipo de pudor, onde a violência impera e o san... Plus

AVISOS E EXPLICAÇÕES!
Personagens
Sinopse
Prólogo
A Guerra
O Demônio
O Começo do Tormento
Uma noite sem estrelas
Novos Caminhos
A Ira do Demônio
Assuntos de Guerra
Rio de Sangue
Intrigas - Parte I
O Retorno
Saudade
Desejo
Os Visitantes
Olhos de Mar
Jardim do Entardecer
Declínio no Horizonte
O Grande Torneio
Memórias
Encontros ao Acaso
Traições
Planos
Dor
Desamor
Despertar
Não me deixes
Desolação
Mentiras e Verdades
Distorções
Lírios de Sangue
Pensamentos sem fim
As flores pelas quais sangrei
Meu paraíso em sua escuridão

Intrigas - Parte II

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Par VGOliverAutora

*Palavras tiradas de um antigo dialeto mesopotâmico

Nuri - cigana

"Sapere Aude" ( Ouse saber)

─ Horácio


Mardok

O dia já estava nascendo em aos pés do Rio Tigre e já era hora de arrancar a verdade dos traidores. Fui até a tenda de Aubalith e o encontrei com duas prostitutas. Assim que entrei as mulheres saíram quase que correndo.

Encarei - o com estranhamento, ele não era de se deitar com prostitutas em acampamentos ou em qualquer outro lugar, Aubalith tinha amantes fixas que ele trocava de tempos em tempos, e as mantinha muito bem de vida em uma casa afastada e própria para suas atividades de cama.

Amantes eram uma dor de cabeça desnecessária, eu nem tinha realmente uma e a mulher que eu esporadicamente fodia sem nada prometer já estava confabulando contra mim imagina se eu oferecesse o mínimo de esperança - Pensei comigo.

Aurya.... Aurya.... Em que demônios você está metida?

Meu querido primo que inclusive sempre me julgou pelas orgias que eu promovia, agora se mostra tão devasso quanto eu. Como posso chamar isso além de algo como hipocrisia?

─ Resolveste se render aos prazeres da carne? ─ Olhei - o indagativo.

─ Minha vida sexual agora és do seu interesse, primo? ─ Aubalith falou enquanto colocava suas vestes.

─ É do meu interesse quando atrapalha suas obrigações de General e membro da família real. Você é o mais próximo de um herdeiro que eu tenho. ─ As feições do meu primo foram de pavor a desespero. Sua perturbação diante do fato era impagável.

─ Não ousarias me declarar seu herdeiro. ─ Dei de ombros encarando - o.

─ Mardok... ─ Aubalith advertiu.

─ Fiques tranquilo primo só farei isso se um dia concordares.

─ Se depender da minha concordância já pode providenciar um herdeiro do seu sangue, pois não almejo ser seu sucessor ou nada parecido. ─ Aubalith não era ambicioso, tinha sonhos quase prosaicos. Éramos dois pontos extremos e acreditava que por isso nos dávamos tão bem desde a infância.

─ Aurya me procurou na minha tenda mais cedo. ─ Ele arqueou a sobrancelha não entendendo o meu ponto.

─ Sem ser chamada e insistindo em se deitar comigo. Senti algo fora do lugar. ─ Aubalith estreitou os olhos pensativo, ele tinha uma leve aversão a Aurya, não gostava dos trejeitos da mulher.

Meu primo analisava o conjunto da obra e era cauteloso, já eu quando olhei para Aurya vi apenas buracos em que podia me enfiar com facilidade e sem cuidado.

─ O que achas? ─ Ele me perguntou avaliativo.

─ Penso que a puta está fodendo com alguém que almeja me derrubar, provavelmente prometeu uma posição de destaque a burra quando se livrasse de mim. ─ Falei sério. Eu tinha uma leve noção de quem poderia ser o maldito, mas ele tinha um grande poder quanto aos outros conselheiros e o bons olhos dos cidadãos da Assíria.

Barsim e Aubalith estavam certos sobre precisar controlar o prazer que eu sinto em derramar o sangue assírio e aristocrático desses covardes que só sabem criticar minha forma de dominação, mas não rejeitam o bônus que vem com as minhas vitórias.

Hipócritas. Canalhas.

Mas meus instintos aguçados diziam que tinha mais alguém nessa insurgência. Eu tinha mais traidores do que pensava, quanto mais eu remetia nesse fosso sem fundo mais o odor da deslealdade impregnava-se forte na minha mente.

─ Analisei os escritos e não tem menção a nenhum dos Conselheiros em ativo, mas como você penso que pelo menos um deles tem participação nos conflitos internos. Assur, Nínive e Nimrob que são a tríade mais importante do império foram consumidas por motins.

─ Eles não almejavam tomar Ninive e sim enfraquecer, o garoto Nimari por um golpe de sorte nos fez ficar um passo a frente desse inimigo invisível. Isso que está me irritando, Aubalith. Não saber quem é o infeliz sem amor a vida.

─ Eu sei primo essa é maior vantagem dele, não sabemos nem onde e muito menos a quem atacar. Analisei algumas frases soltas e descobri que Atenas quer selar a paz com os Persas. Isso os faria aliados.

─ O inimigo do meu inimigo serás meu amigo. ─ Falei externando meus pensamentos. Dracón sabia que a paz entre assírios e persas estava acabando, nunca deixamos de ser inimigos, mas tínhamos um armistício.

Armistício esse que agora com toda certeza chegou ao fim. Mandaria um recado sangrento para aquela criança que se declarava Rei da Pérsia.

─ Exato Drácon está recrutando aliados, aliados contra a Assíria. ─ Aubalith me encarou desconfiado.

─ Drácon quer tomar posse da Assíria e vai usar o inexperiente e jovem Rei Persa para isso. ─ Meu primo constatou cruzando os braços.

─ E depois da Pérsia ter esgotado seus recursos e nos aniquilado com a ajuda da bondosa Athena, vai usar a debilidade pós guerra para terminar de devastar aquele moleque formando seu próprio Império. ─ Aubalith divagava com escárnio.

─ O maldito almeja o mesmo que eu! Sabe que sou seu maior empecilho e quer me tirar do caminho. Inferno Aubalith, como não percebi isso antes? ─ Indaguei indignado e decepcionado comigo mesmo. Estavam me fazendo de idiota bem debaixo do meu nariz.

─ Calma, Mardok. Não perdemos nada ainda pelo contrário temos boas chances de virar de vez o jogo a nosso favor.

─ Vamos tirar Ador do Touro. O quanto antes me livrar do peso morto e arrancar alguma informação deles mais rápido
consigo voltar para Assur.

─ Estou em posse de uma efusão venenosa. Morte rápida e indolor tenho uma boa quantidade aqui para garota e as crianças. As mulheres e os homens que sobraram terão que ser executados da maneira tradicional. ─ Aubalith segurava o frasco robusto e transparente com cuidado.

O veneno serviria para negociar com a garota, seja o que for que ela soubesse acreditava que seria de grande ajuda.

Saímos da tenda em direção aos prisioneiros. O turno já havia sido trocado, analisei os guardas a postos e tudo parecia ter corrido como o planejado.

Observei que as crianças dormiam claramente esgotadas, os prisioneiros se encontravam alertas, as mulheres curvadas chorando baixo.

─ Muito bem. Querem dar o último adeus ao parente de vocês?

─ Desgraçado! ─ A esposa de Adar gritou com força encarando - me ofegante e desolada. Ela era o resumo bem feito de alguém que não teme a morte.

Aproximei - me dá mulher e a degolei com um golpe rápido de Tihamtu. Não tinha tempo para gritos e insubordinações.

─ Soldados tirem Adar do Touro. ─ Falei encarando a garota assustada de olhos claros e profundos.

Meus soldados tiraram o corpo torturado, queimado e irreconhecível de Adar de dentro do artefato. Observei as expressões de desespero, angústia e desalento em cada um dos prisioneiros.

─ Estão com fome? Podem desfrutar do cozido de traidor antes de morrerem. ─ Falei enquanto sorria cruel.

Os homens tentavam forçar as correntes enquanto gritavam de ódio. As mulheres estavam desfalecida e as crianças agora despertas gritavam de pavor.

─ Degolem os homens e as mulheres. ─ Os soldados se aproximaram sob o som dos gritos de desesperos. As crianças taparam os olhos para não ver seus pais, irmãos e parentes próximos serem decapitados de maneira brutal.

Encarei novamente a garota e ela me olhava com os olhos vermelhos cheio de nojo e promessas assassinas. Oh, pobre garota talvez em uma próxima vida ela consiga sua vingança.

Nesse momento, nessa vida eu era mestre e senhor. Eu dizimarei quem se colocar entre mim e a minha ascensão. Nada nem ninguém me demoveria da ideia de reinar entre os povos conhecidos. Muito menos covardes como Adar, Humri e quem mais esteja por trás desse golpe me fariam cair ou me prostar de joelho.

Eu sou Mardok Uard II e não me curvo para nada e ninguém.

Um por um os adultos tiveram sua vida ceifada. Sentei - me de frente para as crianças e jovens restantes. O cheiro de urina, fezes e morte misturado com o de queimado impregnava o ambiente. Olhei para Aubalith incentivando - o a trazer a filha de Adar.

Aubalith se dirigiu a garota a puxando pelo braço arrastada e aos berros histéricos dela e das crianças que ainda conseguiam gritar.

─ Diga seu nome filha de Adar! ─ Sentenciei imperativo ainda sentado encarando - a. A jovem levantou o rosto altiva, quem observasse o olhar que a garota demandava para mim não imaginaria que ela valia menos que uma escrava no momento.

A filha de Adar não envergou sua espinha para mim. O olhar altivo com porte de uma rainha me surpreendeu. Diferente do covarde do irmão a garota parecia ter bolas.

─ Meu nome é Zirat. ─ Disse firme mesmo eu percebendo seu corpo quase convulsionar de tanto tremer.

─ Zirat filha da casa de Adar vou dar - te uma chance de falar o que sabes e assim serei benevolente com você e os que restaram.

─ Já tirantes tudo o que tínhamos, achas mesmo assassino que confiarei na benevolência de alguém que mata crianças e viola mulheres? ─ Ela demandou apertando as mãos com força. Se ela não fosse tão parecida com Kassandra já estaria sendo torturada cruelmente. Aubalith me encarou intrigado pela minha falta de retaliação.

─ Eu vou dizer como vai ser jovem traidora. Sei que sabe quem é o conselheiro que está envolvido na sujeirada que seu pai estava participando. Você assim como o velho e frouxo Adar são traidores e estão sendo tratados como tal, não me enfrente, pois até que fui benevolente com vocês.

─ BENEVOLENTE? VOCÊ COZINHOU O MEU PAI E NOS FEZ ASSITIR, NOS FEZ OUVIR SEUS GRITOS AGONIZANTES. ─ Ela gritou agora descontrolada.

Levantei - me já acertando um tapa com o dorso da minha mão em sua face. Seu corpo cambaleou para trás, porém Zirat não caiu, parecia acostumada a ser agredida de forma inesperada.

Interessante.

─ Vai me dizer que tinha uma vida feliz ao lado do seu papai? Quantas vezes por dia ele te batia ou ia ao seu quarto se enterrar nessa sua bocetinha? ─ Falei deduzindo o caos que deveria ser a vida dela e estreitei os olhos vendo - a ficar ofegante e envergonhada.

No alvo, a traidorazinha de merda servia como puta para o próprio pai e talvez seus amigos. Tendo em vista a idade dela e ainda mão ser casada ou ter algum pretende iminente ela servia de mercadoria para os interesses do pai.

Fiz uma careta de escárnio, eu era um demônio, mas estuprar seu próprio sangue era um pouco perturbador até para mim.

─ Dar-te-ei uma chance, jovem traidora. Uma morte indolor e digna para você e seus irmãos se abrir a boca e me der pelo menos um nome. ─ Falei sério encarando suas expressões a fim de detectar alguma enganação ou artimanha de sua parte.

─ Tudo bem. Meu pai e o senhor Humri falavam um nome repetidamente. Adoni - Bahal um alto conselheiro, mas ele não agia sozinho existia alguém acima desse homem, não sei quem é. O vi apenas uma vez com o Senhor Bahal, mas não ouvi algo mais consistente, apenas que o Senhor Bahal recebia ordens desse homem misterioso. ─ Essa conspiração se complicava cada dia mais.

Não tinha como ter alguém acima de Bahal, pois ele era um alto conselheiro, talvez ele estivesse a mando de Xerxes ou do próprio Drácon?

Não, claro que não. Não tinha como ambos conseguirem o feito de se infiltrar tão descaradamente na minha linha de defesa, era alguém já incluído de certa forma no ciclo Assírio.

Não tinha muita coisa fazendo sentido, mas eu conseguiria encaixar algumas peças dentro desse pandemônio que a aristocracia da Assíria virou ou não seria o demônio Assirio.

─ Conseguiria reconhecer o tal homem? ─ Aubalith perguntou encarando - a e acredito que pensando o mesmo que eu.

─ Acredito que sim, senhor. Mas não tenho total certeza faz muito tempo. ─ Aubalith me encarou pensativo. E tomei uma decisão arriscada.

─ Você tem duas opções Zirat. Morrer com seus irmãos ou jurar lealdade a mim e a Assíria. Voltará conosco como uma cidadã comum do império. Perderá todos os privilégios e viverá como alguém que presta serviços direto ao palácio. ─ Ela olhou de mim para Aubaliyh pensativa.

─ Irão me prostituir? Me obrigarão a fazer essas coisas degradantes assim como meu pai?

─ Não será obrigada a nada e confiro a você proteção, ninguém te tocará, dou - te minha palavra de General. Assim que tivermos opções mostraremos alguns homens para você e tentará reconhecer o tal misterioso confabulador que disseste. ─ Aubalith completou e me observou pedindo silenciosamente a minha aprovação

─ Dou - te minha palavra de Soberano. Viverás tranquilamente desde que siga as regras impostas.

─ Então aceito, meu senhores.

─Jure lealdade a seu imperador e a Assíria. ─ Zirat se postou de joelhos aos meus pés.

─ Juro lealdade a Sua Majestade Mardok Uard II e a Assíria.

─ Pois muito bem. Cuide das crianças e ofereça o conforto que elas precisam, depois meus soldados cuidarão de um funeral digno para elas. ─ Zirat anuiu. Uma serva manipularia o veneno, não me agradava ter que dar um fim na vida das crianças, mas não poderia arriscar deixa - los vivos e mais tarde ter um feudo de sangue criado.

A jovem Zirat seria controlada e vigiada colocaria o garoto Nimari na cola da menina e eu tinha uma leve impressão que ela me seria útil em algum momento.

─ Pronto para levantar acampamento, primo?

─ Sim estou ansioso para voltar. Lembra - se do torneio? O solstício de verão está chegando, o torneio será uma boa desculpa para testar os conselheiros e alguns aristocratas.

─ Tens razão. Havia esquecido, tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que o torneio fugiu da minha mente. ─ Aubalith estava estranho, mais distraído que o normal. Encarei - o, mas não iria entrar em questão no momento.

Tudo que eu precisava no momento era levantar acampamento e voltar para minha pequena nuri.

Entre sangue e fogo a Assíria iria conhecer a escuridão que dominava seu imperador.

Continua...

Olha elah a desaparecida e toda destruída kkkkkkk. Gente reescrever é pior que escrever a história do zero. Meus "eus" ficam entrando em conflito e eu já não sou muito certa das ideias entro em colapso, mas vou.melhorar, juro kkkkk. Além de tudo essa história tem muito conflito, Deus tenha misericórdia.

O bagulho agora vai engrossar pra todo lado.

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Arine Hime, bjs🍒












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