Reinventei Você

By AlineCaetanoLvs

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Quando nascemos entendemos em algum momento da nossa vida que precisamos de um amor a mais, além dos nossos p... More

SINOPSE
I - Noite de Natal
II - Álcool da Vergonha.
III - Música ao Vivo
IV - Selfie
V - Troca de Mensagens
VI - Chat Errado
VII - Começar do Zero
VIII - Júnior
IX - Mocinha
X - Primeiro dia
XI - Planilhas e Roteiros
XII - Convite
XIII - Empate
XIV - Fofocas e Suspeitas
XV- A Sensação de Medo
XVI- Mente Pervertida
XVII - WhatsApp
XVIII - Renault Stepway
XIX - Oi?!
XX - Mar
XXI - Prazer em Respeitar
XXII - Esclarecendo
XXIII - Atendimento
XXIV - Aberto Para Perguntas
XXV - Terceiro Constrangimento
XXVI - Dengo
XXVII - Convite Impulsivo
XXIX - Joeh Cash
XXX - Colar e Mensagens
XXXI - Atendimento II
XXXII - Bolo e Suas Confissões
XXXIII - Irão Gostar de Mim?
XXXIV - Vou Cuidar Dela
XXXV - Família Müller
XXXVI - Podólatra
XXXVII - Selinhos
XXXVIII - Eu Te Adoro.
XXXIX - Cachaça Não é Água
XL - Ciúmes?
XLI - Provocações
XLII - Problemas Para Enfrentar?
XLIII - Mudando de Vibe
XLIV - Três Tipos de Beijos
XLV - Rosas
XLVI - Teatro Mágico
XLVII - Além do Carnal
XLVIII - Mar e Ana
XLIX - Dentro
AVISO
L - Pílula (in)Eficaz
LI - 2804
LII - Confiante.
LIII - Planejamento e Idealizações
LVI - Segunda-Feira
LV - Rapidinha
LVI - Um Mês/Chamar de Minha.
LVII - O fim...
LVIII - A Minha bagunça...
LIX - Não Me Procure Mais. (Reta Final)
LX - História Sem Nome (Penúltimo Capítulo)
LXI - Amanda (Último Capítulo)
Esclarecimentos
Leitores?? Estão por aí ainda?

XXVIII - Ligação e Coincidência

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By AlineCaetanoLvs

Mariana narrando:

As decorações da gravadora em que Jake iria acompanhar eram bem mais refinadas.
Paredes da cor dourada e vidros em quase todos os detalhes.

- Eu já volto. - Jake exclama e me deixa descansada em uma das poltronas que tinham por perto.

Ele caminha em direção ao cenário de uma sala de estar. Lá os atores cumpriam seus papéis com a intenção de fazer o público alvo rir.
Jake e seus ajudantes aproveitam a pausa da gravação para ajustar alguns detalhes, como os sofás, conjuntos de mesinhas de centro, tapetes e etc.
Até a escada para um segundo andar ilusório, eles haviam montado. Se minha visão não fosse por trás das câmeras eu diria que é um perfeito cômodo real.

Abro a embalagem do chocolate que Jake havia me dado hoje mais cedo e começo a degustar.
Após o chocolate derreter por completo em minha língua, fica restando apenas pedacinhos de amendoim em minha boca e eu saboreio.
Admito que estou com fome... Muita fome.

Raquel e Caio, não estavam aqui, como Jake havia dito eles foram organizar um terceiro trabalho hoje.
Então, acho que no almoço terá apenas eu, Jake, Felipe, Luís e o que sobrou de sua equipe, que é a soma de umas dez pessoas.

Seis eram homens e ajudavam com os pesos. Quatro delas eram mulheres, algumas maquiavam ligeiramente os atores e as outras cuidavam das câmeras.
Os figurinos ficaram sem técnicos, acredito que eles estavam improvisando.

Não custava nada eu tentar ajudar.
Me levanto e caminho em direção ao camarim da produção, esse era mais espaçoso do que o outro, mais claro.

Os atores são famosos aqui no Brasil, muito famosos.
Eu penso em pedir fotos, pedir autógrafo, mas eu sou tímida para isso, e talvez possa ser antiprofissional.

Uma das funcionárias do Jake que estava decorando os rostos famosos, me recebe no camarim de maneira amigável.
- Oi, Mariana. - Ela sorrir. - Está precisando de alguma ajuda? - Ela pergunta mesmo estando corrida.

- Não, eu vim ajudar. - Respondi amigavelmente.

- Não precisa, sabe disso. - A maquiadora responde.
Ela sabia o meu nome, mas eu não fazia ideia do dela.

Assisto ela enxugando o excesso de suor na testa do ator principal e em seguida retocando toda a base com um pó.
Pelo diálogo entre ela e a outra maquiadora, uma se chama Cristine e a outra, que me cumprimentou, se chama Vitória.

Notando o quão elas estão corridas, eu não admito ficar aqui só observando.
Pego os figurinos que os atores precisaram vestir na próxima cena, ajeito na enorme tábua e começo a passar a ferro.
- Vamos agilizar isso. - Digo com convicção e Cristine sorrir para mim.

Não é tão difícil como eu imaginava, claro que se os tecidos fossem de cetim a dificuldade seria maior.
Em dez minutos eu ajustei cinco peças, dei alguns pontos em locais que estavam costurados e aguardei os atores se vestirem.

Jake bate na porta e Vitória destranca.
- Está tudo organizado aí? - Ele pergunta sem ter que entrar.

- Tudo sim, Mariana me ajudou, ela é rápida. - Vitória responde sorridente.

- Ei! Mas você é a profissional aqui, os atores estão arrasando. - Elogio seu trabalho impecável.

- Terei que te pagar por isso, Mariana. - Jake avisa.
- Agradeço muito pela ajuda.

- Não, você não precisa pagar! - Exclamo arregalando meus olhos assustados.
Tudo é preciso pagar na cabeça dele?
- Eu quis ajudar. Estava atoa. - Insisto

Antes que Jake dissesse alguma coisa, seu nome é convocado na iluminação.
Ele se retira e Vitória novamente fecha a porta.

- Melhor nem debater muito. Jake é muito obstinado. - Vitória aconselha.
- O que ele tem de bonito, tem de rígido. - Acrescenta.

- É, eu percebi. - Gargalho.

- Uma peninha ele ser casado. - Vitória sorrir.

- Não, ele não é casado. Se divorciou. - Respondo.

- Sério? Eu achei que eles tinham voltado. Nunca o vejo dando assunto pra nenhuma mulher. - Ela diz.

É a segunda pessoa que diz isso sobre o Jake, chega ser chato e até entendo sua insistência em se manter oculto.
Não parece ser o caso da Vitória, mas há muitas mulheres que devem ter interesse apenas em sua verba diária, qualquer pessoa no lugar dele, se manteria fechado. E é claro, também pela sua beleza simétrica e pelos cuidados com o corpo, ele poderia escolher com o dedo.
Talvez seja só porque aqui é um local de trabalho, Jake leva isso muito a sério. Além de ser uma figura pública.

- Acho que ele prefere manter a vida pessoal dele fora daqui. - Opino.

- Sim, pode ser. - Vitória assente.
Mudamos de assunto assim que uma atriz entra no camarim.

Continuo passando à ferro com todo cuidado do mundo os dois últimos figurinos até a hora do almoço.
Jake bate na porta e abre.
- Venham, meninas. Precisam comer alguma coisa... - Ele chama.
Vitória encerra seus afazeres e caminha para fora do camarim e eu a sigo.

Bem no momento em que paramos para almoçar, Jake teve que se isolar para atender uma ligação pessoal e que aparentemente parecia ser importante.
Continuamos caminhando para fora do estúdio no meio de toda a equipe de filmagem. Uma união da equipe de Jake e de mais dois produtores.

Felipe caminha ao meu lado e começa a puxar assunto sobre a surpresa de amanhã...
- Você vai participar mesmo? - Ele questiona.

- Claro que sim. Podem contar comigo. - Respondo.
Eles estão adquirindo um certo valor de cada funcionário do Jake, para realizar uma mini festa.

- Luís aconselhou que não seria uma boa ideia fazer nada chamativo, porque para Jake isso acabaria desconcentrando a equipe de seus deveres. - Felipe explica.
- Como ele lutou quase a vida inteira muay thai, podemos encomendar um bolo personalizado neste tema. Ou então, de alguma banda metal, ele gosta também. - Felipe acrescenta a ideia da equipe.

Eu não sabia que Jake já havia feito artes marciais, é novidade para mim.
Apesar de admira-lo muito, há bastante coisas que eu preciso saber sobre ele.

- Podemos incluir salgadinhos, uma torta salgada e frango a passarinho... - Interrompo Felipe.

- Melhor alguma coisa doce, não? - Questiono

- Pode ser, então salgadinhos, porque não pode faltar... - Felipe brinca e eu automaticamente sorrio. - Torta salgada e um pudim. - Acrescenta.

- Pavê é melhor. - Luís opina entrando na conversa enquanto caminhávamos.
- De chocolate. - Luís acrescenta.

- Ótimo, então. - Concordo.
- Me mandem o pix pelo WhatsApp, que eu envio a minha parte. - Confirmo a minha presença.

Eles assentam e mudam de assunto assim que Jake se aproxima de nós três.
Ele caminha atrás de mim e logo chegamos no restaurante que ficava ao lado do estúdio.
Aparentemente, pelas conversas que captei acidentalmente, o estúdio arcaria com os gastos das três equipes de filmagens.

Já havíamos feito nossos pedidos... Eu optei por panqueca de carne moída, a maioria preferiu churrasco e o Jake preferiu frango grelhado e salada.

Aproveitando que o prato ainda não havia chegado, aproveito para ir ao banheiro trocar de absorvente de novo.

Jake estava em pé, conversando com o diretor. Mas assim que ver eu me afastando deles, interrompe por alguns segundos o diálogo para questionar preocupado...
- Está tudo bem? - Pergunta de maneira gentil.

Paro em sua frente e admiro seu lindo rostinho atencioso.
- Está sim, eu vou ir ao banheiro. - Respondo em forma de sussurro.

Ele assente com a cabeça e diz: Qualquer coisa me liga.

Eu coro e ao mesmo tempo me sinto agradecida.
Foi uma forma dele dizer que eu posso contar com ele para esses momentos e outros também.

Desconsiderando o fato dele ser garoto de programa, acho Jake um cara muito legal e gentil, pelo menos comigo.
Ontem, quando saímos, ele disse que estranhamente confia em mim, uma pessoa que ele só dialogou enquanto estava bêbada e pelo Instagram, por uns três dias.
Jake não parece ser do tipo emocionado, como eu, muito pelo contrário.
Então, se ele confia mesmo em mim, como demonstrou... E se eu, fico tão retraída e impetuosa debaixo de seus olhos...
Sou suspeita em dizer que temos uma ligação. Pode ser pura atração, pura química, não sei dizer ainda.

Mas, está longe dos meus princípios viver um relacionamento aberto, está longe dos meus princípios ter ao meu lado uma pessoa tão "vivida" assim, e eu jamais pediria pra ele mudar alguma coisa.

Lavo minhas mãos em uma das pias, após ter substituído um absorvente pelo outro.
Caminho de volta para o local de alimentação e noto Jake já estava acomodado.

Me sento ao seu lado e ouço de forma passiva seus funcionários dialogando.
Jake permanecia calado, como sempre, só respondia objetivamente aquilo que eles perguntavam sobre a próxima gravação.
Nossos pratos chegaram e começamos a comer.

Levo meus olhos em toda a mesa a procura do sal, estava bem ao lado de Jake, então estico meu braço para alcançar sem sucesso. Ao notar isso, Jake leva o pequeno saleiro até mim e eu agradeço.

- Aconteceu alguma coisa? Você pareceu nervoso com a ligação. - Pergunto em tom de sussurro, já que o local estava rodeado por vozes repentinas.

Pelo pouco que conheço o Jake, essa minha pergunta foi um pouco intrometida, então aguardo silenciosamente uma resposta gelada.

- Minha mãe, ela fez uns exames e está aguardando o resultado. Acha que está doente. - Ele responde tranquilamente.

Confesso que esperava uma ignorância, ou uma resposta bem vaga, como forma de dizer: Isso não é da sua conta.
Mas, eu já fiz tanta pergunta a ele, descobri tantas coisas também, que ele aparentemente não se importou com isso.

- O estado dela é grave? - Questiono.

- Não, são só alguns sintomas. A preocupação é que ela tenha o mesmo problema que a minha falecida irmã teve. - Ele responde e em seguida leva uma colherada até a boca, de forma muito desanimadora.

Mais uma novidade, eu não imaginava que ele tinha uma irmã falecida.
- Eu sinto muito por isso. - Solto de maneira doce.
Jake leva seus olhos aos meus, e abre um curto sorriso de lábios fechados como agradecimento.

- Eu aposto que a sua mãe não tem nada. - Digo.
- Ela está em luto ainda, esses sintomas devem ser psicológicos. - Opino.
- Minha irmã perdeu um bebê depois de nove meses, ela ficou com sintomas da doença que causou o óbito dele e também sentiu como se ele ainda estivesse na barriga. - Acrescento.

- Eu sinto muito por isso também, deve ter sido difícil. - Jake diz.

E foi, era o primogênito da minha irmã, ela ficou péssima e nós vivíamos na preocupação do que ela poderia fazer com a própria vida.

- Sua mãe está bem, eu tenho certeza. - Falo de forma confortante e ele sorrir de maneira mais ampla.

Eu não sei que doença ele está se referindo, eu acho que seja câncer.
Mas não vou perguntar isso.

- Eu queria muito conhecer sua mãe um dia. - Solto por impulso.
Mordo meu lábio inferior para substituir a dor do constrangimento e do arrependimento.

- Mesmo? - Ele pergunta.

Fico muda.
Jake deve está me achando uma menininha emocionada.
Que droga.

- Eu pensei em te levar nos meus pais amanhã. - Jake diz após notar que eu fiquei sem graça.

- Achei que você iria rir, se eu convidasse. - Acrescenta.

Balanço minha cabeça de forma negativa e franzo o cenho. - Não, claro que não. Eu não faria isso. - Digo. 

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