O agiota (BDSM)⚫⛓🍷

By SaraJeonTrailermaker

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⚠️ Dark romance ⚠️ "Tudo que Jungkook empresta." "Jungkook quer de volta e com juros." "Fanático por asfixia... More

Apresentação
Ha incontrato o all'inferno
O rei 39
Stanza delle punizioni
Incontri
Prime impressioni
Ice play
Eccitazione e sensazioni
Precisamos conversar 🔴⚫
Puniscimi
Spanking
Regole infrante
Scoperte
Destinazioni collegate
Anima sottomessa.
Consegna a te
Nuovi sentimenti
Parte della famiglia
Confusione e sentimenti
Giorni
Nel mezzo della notte
Ceneri
Sporco
Woobin Story
Ferire i sentimenti

Gioco pericoloso

51.8K 4.4K 3.6K
By SaraJeonTrailermaker

A cada voto deixado será a quantatidade de palmadas que deixarei no meu submisso.🌟🤣🔞


Boa leitura

A confiança não é conquistada, mas sim concedida.
Confiar pode ser difícil e saber em quem confiar, é ainda mais difícil.
Um jogo com algumas peças que não se encaixam perfeitamente.
Mas não precisamos nos encaixar, apenas ser capazes de sentir
o prazer que está em pertencer.

A água que caía sobre os corpos desnudos debaixo daquele chuveiro, era considerada fria, pelo calor que eles emanam entre si.

Os sons da água caindo se misturavam com barulhos dos beijos, mordidas, gemidos e respirações ofegantes, ora baixos, ora altos, era obsceno aquela atração perversa entre os dois corpos, poderia ser considerado pecado o entrelaçar de línguas entre os lábios molhados, uma mistura de água quente e saliva morna, provocando o melhor conjunto de sabores doces entre aquelas bocas sedentas.

Sedentas de calor, sedentas de contato, sedentas de dominação e submissão.

Jimin poderia até não saber qual era o ato da submissão em si, mas ele fazia bem mesmo sem entender e perceber. Era de alma, era de alívio, era de prazer. Um prazer inexplicável. E mesmo que ele ficasse horas, tentando entender o motivo de ser tão submisso, desta maneira, àquele homem. Ele não conseguiria sequer formular tais palavras, ele apenas queria sentir, e ele não deveria ser culpado. Qual a culpa em sentir prazer na obediência e na devoção?

- Eu...assino... - O menor disse, se separando com contrariedade daquela boca tão macia.

Jungkook sorriu mordendo os lábios, ainda segurando o rosto do loiro em suas mãos.

Um sentimento crescente se formava devagar, consumindo aquele coração gelado, mesmo que ele tentasse esconder, era nítido em seu olhar o desejo exposto pelo menor, mas nunca foi só desejo por aquele belo corpo, era um sentimento bem maior do que qualquer atração carnal. Aquelas almas se pertenciam, desde séculos passados e também em séculos futuros, isso era indiscutível.

Jimin tentou provar novamente da boca quente que lhe fazia falta, contudo foi impedido por um dedo sobre seus lábios.

Ele tentou contestar, mas Jeon foi mais rápido, o encurralando na parede fria do banheiro.

- Eu preciso. - O pedido saia como uma súplica.

- Isso é tão fodido. -Jeon sorriu, passando seu rosto contra o do menor em um carinho sutil e ao mesmo tempo perverso, os rostos molhados se esfregando em uma fricção, carinhosa e gostosa de se sentir.

Tudo isso desestabilizava Jungkook, porque ele se sentia frágil perto de Jimin, ao mesmo tempo em que se sentia febril e até mesmo acolhido.

Ele se separou do loiro saindo do conjunto de chuveiros, indo de encontro às toalhas e roupões, penduradas no canto do vestiário.

- Jungkook...- Jimin tinha um grande bico formado nos lábios, os olhinhos brilhantes pelas lágrimas que se formavam, ele lhe deixaria só novamente?

O moreno sorriu com aquela cena tão graciosa, ele enrolou a toalha em sua cintura, e estendeu sua mão ao loiro, para que fosse até ele.

Jimin olhou para a mão à sua frente, seu olhar desviava a todo momento, entre a destra e seu olhar, era caótico o que ele estava sentindo, o coração em batimentos frenéticos e descompassados, o estômago que se contorcia pela euforia, sua garganta seca, tudo isso pelo simples gesto de um levantar de mão. Uma mão que nunca foi estendida para si, e talvez, foi isso que ele sempre mais precisou.

Devagar ele levantou sua mão que foi de encontro a do moreno, em momento algum o contato visual foi cortado, fortalecendo aquele laço de adoração, entusiasmo e novos sentimentos.

-Venha Angel! - O tatuado puxou levemente o corpo do loiro, que veio de encontro ao seu quando suas mãos se tocaram.

Ele pegou o tecido branco e felpudo, posicionando-o em seus ombros, que se arrepiaram, tanto pelo frio, quanto por aquele contato afável sobre ele.

- Vista-se com esse roupão, está frio. - Jeon dizia já ajeitando o mesmo em seu corpo nu e molhado.

-Jeon... porquê?-Jimin disparou a dúvida que o preenchia, fazendo Jungkook exibir enfim os dentinhos avantajados.

- Porque você é meu. - Ele piscou para o loiro, que não tinha palavras naquele momento, apenas o coração preenchido.

- Vá para seu quarto e vista-se, está muito frio, te espero para o café, tudo bem? - O moreno selou seus lábios, logo após deixou um carinho em suas bochechas rosadas e cheinhas.

Após o tatuado sair daquele cômodo, Jimin passou a sorrir tão grande que quase rasgou os cantos dos lábios carnudos, os dois olhinhos se fecharam em uma fenda tão pequena que o loiro não conseguia enxergar.

Era possível alguém sorrir assim?

Já em seu quarto ele se vestiu com uma roupa confortável, que lhe deixava aquecido naquela típica manhã de inverno, gélido de Seul, que no momento judiava de seu corpo com o frio cortante que lhe atingia em cheio.

Jimin mal teve tempo de pensar sobre o tal contrato que Jungkook havia mencionado, sua ansiedade era apenas em ser dele, receber seus cuidados, isso lhe satisfazia totalmente, era louco pensar sobre aquilo, era como se fosse uma hipnose, uma melodia que invadia sua alma, seu corpo e sua mente.

A sala de jantar ainda estava vazia, sinal que Jeon ainda não havia chegado ao cômodo.

O menor suspirou aliviado, pois julgava que ele sempre devia esperar Jungkook, esperar pelos seus comandos, pelas suas ordens, pelos toques.

Jimin-aaa porque você está tão afetado assim!?

-Pensando muito Angel?! -Jeon adentrou o cômodo, vestido com seu terno preto colado ao corpo malhado e bem definido.

Park mordeu os lábios, aquele homem era pura heresia.

- Estou mesmo falando só?- O moreno lhe fez outra indagação, já que a primeira não tinha sido respondida.

- Não, senhor...

-Me chama de Jeon ou Jungkook, meu nome saindo de sua boca fica magnífico, já lhe disse Angel... me chame de SENHOR apenas quando eu lhe ordenar! - O tatuado sentou- se no seu lugar de costume, enquanto Jimin acenava afirmativamente com o que lhe foi dito.

Jimin não sabia se observava Jeon ou se focava no belo café da manhã servido na grande mesa, dentre as duas opções, a primeira lhe perturbava inteiramente.

Jungkook se servia lentamente, à medida que olhava de soslaio para o loiro do seu lado, que captava todos os seus movimentos.

- Porque não se serviu sem mim Angel?- Ele já sabia a resposta, e como sabia, mas preferiu ouvi-lá, era excelente saber de toda aquela obediência.

- Não acho... que devo.... - Ele fitou suas mãos, enroscando seus dedinhos uns nos outros.

Jeon sorriu e entrelaçou suas mãos sobre a mesa, em seguida colocando-as sob seu queixo, para poder observar melhor a obra prima sentada a seu lado, com suas bochechas coradas por dizer apenas algumas palavras, o tatuado achava adorável Park Jimin e todos seus jeitinhos encantadores.

- Mas você gosta de tudo isso? Desses sentimentos? - O moreno quis lhe entender verdadeiramente.

- As vezes eu não entendo... eu me sinto protegido ao seu lado... mas às vezes as suas ordens ferem minha alma, e eu sinto que lhe desobedecer me dará controle...- O menor suspirava entre as frases ditas.

- Controle sobre mim? -O moreno quis entender.

-Talvez... mas é por ferir meu ego que eu gosto da sua imponência sobre mim... parece que quanto mais chamo sua atenção, mais satisfatório me torno, e é realmente muito confuso. Devo parecer uma criança, certo? - Ele sorriu tímido.

- Pelo contrário, você parece feito para mim, MEU PARK JIMIN. - Jungkook segurou suas mãos, fazendo-lhe um carinho sutil logo em seguida. Os olhares estavam presos um ao outro, aquela atmosfera agradável corria por todo o cômodo, sensibilidade, impacto e desejos faziam parte de todo o conjunto.

Após um tempo perdido entre olhares e carinhos, Jungkook serviu Jimin com todo o cuidado.

O loiro comia em silêncio, contudo seu olhar lhe traía, a cada novo movimento do homem ao seu lado, ele se atentava a tudo, não queria perder nenhum detalhe.

A xícara encostando nos lábios mais vermelhos que o comum, os dedos entrelaçados na alça da xícara. Seu olhar negro concentrado no enorme tablet em suas mãos, os fios não muito longos, tão alinhados quanto o proprio smoking preto de seda em seu corpo, o maxilar bem desenhado e marcado, o nariz um pouco avantajado, a cicatriz pequena em sua bochecha, a pintinha abaixo dos lábios e uma outra maior na pele branca do pescoço, o tórax musuculoso, quase estourando os botões da camisa social branca, pela quantidade de músculos ali formados, a respiração calma que lhe acompanhava.

Park captava cada parte daquele corpo, como se estudasse ele por inteiro, à medida que levava sua xícara de leite quente aos lábios, que eram maltratados por seu descuido e a quentura do líquido.

Ele desceu o olhar examinando-o por completo, até parar no volume bem marcado na calça, mal percebeu Jungkook lhe olhando, divertidamente, naquele momento, seu olhar estava concentrado demais.

Jungkook gargalhou.

Foi o que despertou Jimin daquele longo transe cálido.

- Um voyeur? - O tatuado sorriu, satisfeito.

O menor engoliu a seco ainda segurando a xícara na altura dos lábios.

-Ahh! - O moreno gemeu rouco e baixo, passando a deslizar os dois dedos, indicador e médio por sua coxa, seus dedos percorriam o caminho por sua coxa, como se fossem pezinhos caminhando, deslizando devagar a destra pelo tecido apertado, passando pela parte interna até chegar a virilha, em movimentos circulares, e até mesmo calculados.

O loiro estava ansioso, queria que fosse seus pequenos dedos ali, um calor estava se apossando de seu corpo, ele não sabia se era pelo leite quente que já não existia mais naquela xícara, ou por causa daquele jogo perigoso.

Park mordeu a extremidade da xícara, quando os dedos atrevidos seguraram o volume que crescia devagar, debaixo daquele tecido negro.

Jungkook suspirou alto, quando sua mão tocou aquela parte sensível, ele entreabriu a boca e buscou o ar, sua postura estava relaxada sobre a cadeira, ao mesmo tempo, a outra mão tocava os próprios cabelos, lhe arrancando suspiros, seus olhos estavam em um contato ousado, se entreolhando, o loiro ao seu lado estava estático e afetado.

O moreno abriu o botão da calça em subconjunto com o zíper, no mesmo momento infiltrou sua destra por dentro da mesma, não contendo o gemido arrastado que saiu de sua garganta.

As mãos trabalhando arduamente em seu membro, um sobe e desce lento, tortuoso para ambos. Jimin podia sentir os espasmos do corpo alheio, sob sua própria mão.

Ele desejou com todas as forças poder tocar aquela parte sensível, ser o único dono do prazer que Jeon estava sentindo, uma inveja corrosiva tomou conta de si, além da excitação abundante em todo seu ser, era profano olhar toda aquela cena, o teatro, uma obra de arte, uma paisagem a ser admirada, ele poderia ficar horas observando tudo aquilo, e até mesmo chegar ao seu próprio ápice.

Um completo voyeur.

Jeon acelerou os maneios de sua mão, colocando mais força em seus movimentos, ao mesmo tempo que seus gemidos roucos e baixos lhe atingiam.

As pernas se contorcendo, e as gotas de suor brotando em sua testa, davam sinal do orgasmo iminente.

Park esqueceu como era respirar e, até mesmo piscar, não perderia qualquer milésimo de segundo daquela ação, não se perdoaria, o seu próprio falo estava molhado, o membro implorando por uma atenção, a boca seca, os dentes judiando dos lábios já inchados pelas mordidas distribuídas naquele lugar.

Após um grito rouco, Jeon gozou fartamente, em jatos fortes que lhe causaram grandes espasmos, seu prazer era o prazer de Jimin e vice e versa, aquele jogo de prazer era sua maior arma, quanto mais um voyeur via, mais um voyeur queria, e era isso o que ele pretendia, que toda ânsia tomasse aquele corpo, lhe deixando sedento e fraco aos seus comandos, principalmente sob suas mão, submisso aos seus toques possessivos, dominantes, e o que elas lhe proporcionarem.

O tatuado tirou a mão de dentro daquele tecido escuro, os dedos cheios do resíduos, viçoso e grudento. Ele pegou o guardanapo sobre a mesa, limpando se por completo.

- Da próxima você irá limpar, gota por gota, Angel! - Aquelas palavras poderiam ser apenas uma afirmação, mas saiu como uma ordem, que não deixava nenhuma chance de contestação, e Jimin jamais contestaria.

Jungkook tirou a xícara que havia se fixado nas palmas das mãos do loirinho, deixando-a sobre a mesa.

- Passe um hidratante sobre seus lábios, estão sangrando muito, Angel. - Ele sorriu sutil, como se não tivesse acabado de gozar em sua frente.

Pecante.

- Preciso falar sobre um assunto com você, mas se sentir desconfortável pode me dizer, que não insistirei, tudo bem?- O moreno agora se concentrava no fundo daquelas íris de cor azul do mar com toques brilhantes.

Jimin assentiu devagar, mesmo com o nervosismo lhe atingindo lentamente. A atmosfera mudou de sensual para tensa, e ele sentia isso lhe consumindo.

- Você sente falta de Park kwan? - Jeon disparou sem rodeios, e pode ver a pupila do menor aumentar gradativamente.

Suas mãos começaram a suar imediatamente, e o aperto em seu peito deu as caras.

Fungando baixinho ele pôs se a dizer:

- Posso parecer tolo, eu sei que sim... mas... mas ele é meu pai, minha única família, eu só queria que ele me olhasse como seu filho de verdade, eu sinto mágoa por toda sua crueldade comigo, durante todos os longo anos, mas o ser humano pode mudar, certo Jeon?- Nos seus olhos agora tinham lágrimas, que começavam a descer vagarosamente.

- Ah Jimin! Meu Jimin, tão genuíno.- Jeon o puxou para um abraço, colocando-o sentado em seu colo, lhe afagando os cabelos loiros.

- Posso parecer ingênuo por gostar de quem me fez mal, mas somente quero acreditar que ele pode mudar e me amar.- Jimin falou baixinho, aconchegando-se naqueles braços que lhe faziam sentir o mundo ruindo sob seus pés, mas ao mesmo tempo tinha toda a proteção desse mesmo mundo.

- Shii! Angel, não diga mais nada, uh?- Jeon balançava o loiro como se ele fosse uma criança que tinha acabado de se machucar, e estava com um ferimento doloroso em algum lugar e precisava de cuidados, ele distribuía selares calmamente por seus fios brilhantes, e com cheiro doce, de rosas e baunilha.

- Durma um pouquinho, você acordou muito cedo hoje, Angel. -O moreno sussurrou baixo em seu lóbulo, enquanto o menor fechava seus olhinhos, sentindo o cansaço lhe adornar, e o sono o pegar manso e calmo com aquele carinho acolhedor que ele sentia.

Dez minutos, foi o tempo gasto até que Jeon o fizesse adormecer em seus braços.

Jungkook só podia pensar o quão forte era aquela criança machucada, presa dentro de Jimin. Desde muito novo, sempre foi ferido e maltratado pela figura que nem mesmo podia ser considerada paterna, a depressão e a maldade corroía Kwan, e o fazia machucar quem mais o amava, e estava ao seu lado. Não existe perdão para um homem assim, sem piedade. Se existisse tal compaixão, Jungkook não seria o dono dela.

Sempre espreitou na calada, todo sofrimento de Jimin, e talvez por isso, se culpava tanto por não ter agido antes, ter lhe deixado passar por tanta coisa, tanta sujeição. Mas como ele poderia cuidar de uma criança machucada, sendo que ele também era uma?

Se hoje aparentava ser aquele homem resistente, e não se entregava à loucura, era por causa dos antidepressivos que lhe mantinham sã, e pelos amigos que ele tinha ao seu lado, contudo, isso não curava a grande ferida aberta que o mesmo tinha dentro de si, a maldade humana venceu, levando um coração bondoso, tornar-se de gelo, tornando-lhe impiedoso, e graças a tudo isso, ele não sentia remorso pelos atos cruéis que já fez.

Algumas pessoas têm uma criança machucada e presa dentro de si, e cada um tem uma maneira de reagir ao seu ferimento. Uns conseguem se tornar bons, mesmo com toda a humilhação que sofreram, se calam e tentam mostrar ao mundo que mesmo com todas as circunstâncias favoráveis para serem pessoas más, eles são bons, e o melhor, eles são fortes.

Já outras crianças, pedem um socorro que muitas vezes não é ouvido, ou é ignorado, essas criam uma enorme casca em seu coração, que tende a endurecer cada vez mais, e os leva a loucura, descontando nas pessoas tudo aquilo pelo que passou, é uma maneira de aliviar o hematoma da alma.

Park Jimin era a primeira criança, já Jeon Jungkook, sempre foi a segunda, além de ferido, o mesmo nasceu e cresceu sendo ensinado sobre todos os meios devassos de lidar com pessoas pecadoras.

Era errado ser assim, mas talvez, ele apenas precisasse de alguém que lhe curasse todas as feridas, sanasse sua dor, lhe desse compaixão, e lhe amasse de corpo e alma.

Passando pelos corredores onde se encontravam os quartos, Jungkook carregava Jimin em seus braços, o mesmo dormia profundamente, inalando o cheiro amadeirado e doce que o moreno exalava.

Hoseok saía de dentro de um dos quartos, quando deu de cara com aquela cena encantadora, que lhe fez sorrir de orelha a orelha.

Ele tentou dizer algo, contudo foi interrompido pelo o olhar intimidador de Jeon.

- Chame Taehyung, Yoongi, e venham para meu escritório, creio que estão todos de pé. - O tatuado dizia as palavras em tom baixo para não acordar o loirinho, que se remexeu preguiçosamente, aconchegando-se ainda mais em seus braços.

O ruivo apenas acenou e saiu, ainda olhando para trás e para toda cautela que o rei 39 tinha com Jimin. O que começou como uma brincadeira entre os amigos, tornou-se um lema de vida para Jeon, todos ficaram surpresos quando Jungkook tatuou o número 39 na face, estava cansado de se esconder ou justificar, segundo ele, todos deveriam saber que Jeon Jungkook não tinha medo de nada ou de ninguém, nem mesmo temia o peso da lei.

Hoseok chegou na cozinha, logo se servindo com uma xícara de café, não tinha o costume de comer algo pela manhã, contudo, seu café era inseparável. A cafeína lhe proporciona a harmonia que ele precisava para enfrentar seu longo dia.

Observando através da grande janela, ele bebia o líquido quente, que agradava seu paladar exigente. A cozinha encontrava-se vazia naquela hora, com os empregados fazendo seus afazeres diários, dando assim espaço para a mente do ruivo divagar por alguns assuntos inacabados.

Entretanto, sua atenção foi desviada para a figura com cara de poucos amigos, adentrando a cozinha.

- Bom dia! - Hoseok comprimentou quando o outro passou ao seu lado, lhe ignorando como sempre.

- O gatinho engoliu sua própria língua!?- Yoongi continuou a ignorar suas investidas.

Hoseok aproximou seu corpo, mantendo-se ao lado do acastanhado, que se servia com sua vitamina diária, a base de frutas vermelhas.

- Vai continuar me ignorando, gatinho manhoso? - Ele sorriu, mordendo os lábios.

Yoongi revirou os olhos, ainda sem olhar para aquele que tirava todo seu humor.

- Tenho saudade da sua boca Yoon, não faça assim, uh?! - O ruivo chegou seu rosto bem perto do acastanhado, seu hálito quente batia contra o rosto do outro, isso fez com que Yoongi não conseguisse mais ignorá-lo por completo, após aquela aproximação.

- Ficou louco! Não diga isso em voz alta, foi um deslize, eu estava chapado. - Ele repreendeu o ruivo, que sorria vencedor.

- Então não me ignore, você sabe o que eu quero....- Yoongi empurrou o corpo do ruivo, o que fez com que o corpo do outro batesse na bancada de granito preto.

- Eu já lhe disse que foi só um deslize, pare de me torturar com isso, você não sabe quem quer, ou sobre quem sente atração, não banque o esperto, fazendo esses joguinhos comigo ou com o Taehyung, ou eu perderei a minha compreensão por você. - O acastanhado agora batia seu dedo no peito malhado do outro.

- Você sabe muito bem o que quero, não se trata de jogos, você e esse seu coração duro, não me permite conquistar você e Taehyung, eu quero os dois. - Ele bufou descontente.

Yoongi gargalhou, raspando seus dentes em seu lábio inferior.

- Tente seu melhor então!

- Não brinque comigo Yoongi, eu irei até o final, você sabe, desafio é meu sobrenome! - Hoseok espalmou suas mãos sobre a bancada, ao mesmo tempo que seu olhar fuzilava o acastanhado à sua frente.

Após a ausência de palavras, Hoseok deu aquela conversa por encerrada, conhecendo bem a personalidade difícil do gatinho dominador ali presente.

- Jungkook está esperando todos nós em seu escritório. - O ruivo pronunciou e saiu logo em seguida, sendo acompanhado por Yoongi, calado como sempre, mas seus pensamentos sempre estavam bem explícitos em sua mente, que não parava de trabalhar.

O tatuado esperava todos em seu escritório, começando enfim com o seu primeiro copo de whisky do dia, era um enorme vício.

- Estamos aqui 39. - Hoseok proferiu, adentrando o cômodo, sendo seguido por todos os convocados ao escritório, Yoongi Taehyung e até mesmo Namjoon, que tinha acabado de chegar à mansão.

- Se acomodem....

Jeon mostrou os lugares dispostos no cômodo, que foi preenchido pouco a pouco por todos ali.

Jungkook escorou-se em sua mesa, dando o último gole em sua bebida, que desceu queimando-lhe a garganta, como um fogo ardente, uma sensação que ele conhecia muito bem.

Cada um ali presente, se questionava internamente, qual seria o motivo daquela reunião repentina, logo pela manhã.

- Bom... eu pedi para Hoseok ir atrás do Park kwan, já encontramos seu paradeiro! - Todos os rostos se olharam, incrédulos.

- Eu já tinha tudo isso em mente, mas não poderia agir sem uma opinião de Jimin.... e para a minha surpresa, ele ainda sente amor por aquele crápula.- Ele bufou.

- Qual o motivo de trazer tudo isso à tona agora, Jungkook? Isso o machuca...- Taehyung foi o primeiro a proferir todos os seus questionamentos.

- Ele ainda se sente ligado a ele Tae, não está em mim essa decisão, se fosse por mim, eu já o teria torturado, até que tivesse uma morte lenta e dolorosa. -Jeon cruzou os braços na altura do tórax.

- Jungkook tem razão Tae, essa decisão não está em nossas mãos, a escolha é de Jimin, e pelo o que eu estou compreendendo, Jeon quer reaproximar eles, é isso? - Namjoon compreendia parte dos pensamentos e planos do tatuado, e todo o cuidado que ele tinha com Jimin.

- Quero ter o controle de todos sob meus olhos, Woobin, Kwan, já ouviram o ditado que quanto mais perto seu inimigo está, mais controle você tem sobre ele!? Eu irei fazer Kwan aproximar-se de Jimin, mesmo que contra a sua vontade. - Ele mordeu os lábios, descontando toda sua raiva ao dizer aquilo.

- Isso é infantil Jungkook, você não obriga ninguém a amar alguém, eu entendo a questão de mantê-lo perto, mas vai machucar ainda mais o Jimin, é estúpido! - Taehyung estava incrédulo.

- Ele tem razão Jeon, você está sendo precipitado meu amigo. - Hoseok foi quem se manifestou.

- Agindo com a cabeça de baixo de novo, Jeon Jungkook. - Yoongi riu, tentando amenizar o clima tenso naquele cômodo.

- Eu irei fazer do meu jeito, Jimin está tentando ser forte o suficiente para lidar com tudo isso, e ele precisa lidar, eu vou estar ao seu lado, assim como todos vocês. - O moreno assegurou.

- Até quando!? - Taehyung lhe perguntou.

- Até ele estar preparado. -O moreno lhe respondeu calmo.

- Tudo bem, vamos fazer do seu jeito, mas se Jimin sair magoado, eu não lhe perdoarei. - Taehyung confessou com raiva de todo aquele plano fodido.

- Vá e cuide dele Tae, chame o Jin, façam algum... lance juntos, eu Yoongi e Hoseok vamos até Kwan. - Tae apenas acenou, saindo para fora do cômodo.

- Ele está em meu quarto! -Jeon vociferou mais alto.

- Porra! - Hoseok colocou seu espanto para fora.

- Ele nunca deixa ninguém entrar naquele quartinho sagrado. - O ruivo sussurrou baixinho para o acastanhado ao seu lado, que não evitou um sorriso gengival sair dos seus lábios finos.

- Estou ouvindo...- Jeon olhou para o complô bem ao seu lado, mas logo desviou a atenção para a figura de Namjoon.

- Namjoon, fique e termine aquele contrato! - Namjoon ajeitou os óculos, concordando logo em seguida.

No carro esportivo Jungkook dirigia pelas ruas movimentadas de Seul, o seu destino era a casa de Kwan, e a cada minuto ele se aproximava mais do local que ele conhecia tão bem. Hoseok e Yoongi estavam em seu carro, e atrás em outro carro, seguiam mais alguns de seus "capos".

Tudo aquilo tinha um propósito, e Jungkook se apegava nisso cada vez mais, seu coração às vezes amolecia, e quando o moreno notava todo esse sentimento, ele endurecia seu coração novamente.

Ao chegar no local Jeon estacionou o carro, já saindo do mesmo, sendo acompanhado por todos aqueles homens de ternos pretos e com banca de mafiosos.

A cena parecia mais como filmes de ação e crimes, Jeon na frente com seus dois braços direitos, ao lado, e atrás seguia a multidão de homens de terno, todos armados até os dentes, e altamente treinados para qualquer movimento sorrateiro.

Para surpresa de todos a porta estava escancarada, o moreno adentrou o local que tinha um terrível odor de álcool, comida estragada e mofo, fazendo o estômago de todos ali se revirar.

Kwan estava jogado no chão da sala, e ao seu redor várias garrafas de sojus estavam vazias, e algumas derramadas, era estúpido aquele tipo de vida que o homem levava, quem o via hoje, não reconhecia aquela pessoa, que teve uma das maiores empresas da época, até a esposa morrer no parto, isso foi o fim para Kwan.

O tatuado passou os dedos pelo nariz, o odor estava em alto nível, e aquilo empreginava em seu olfato sensível.

Yoongi foi o primeiro a querer levantar o corpo desfalecido do chão sujo, contudo foi impedido por Jungkook, o mesmo queria ser o dono de todos os toques naquele corpo imundo.

Ele chutou a perna do homem que acordou de supetão pela pancada recebida em sua coxa. Agora sentado, kwan passava as mãos por seu rosto, os olhos tinham uma enorme semelhança com os de Jimin, bem pequenos, e que agora mal focava na figura de Jungkook parado à sua frente, ele estreitou os olhos e forçou a olhar para as pessoas que invadiram sua casa, mesmo tendo a visão ainda embaçada pelo conteúdo alcoólico ingerido em demasia.

Jeon soltou uma risada nasal, seu olhar não saía do corpo ao chão, enquanto suas mãos estavam nos bolsos da calça do terno caro.

- Deplorável! - Sua voz saiu com desdém.

- Eu não tenho dinheiro, saiam da minha casa...- O homem balançava os braços desesperado para todos os lados.

- Arrisco, não é mesmo Kwan?! - Jungkook agachou há poucos metros de distância do homem, de quem sentia uma repulsa enorme.

- O que querem aqui, desgraçados....-Ele bagunçou os fios, que estavam secos e sujos pela falta de banho.

- Não se lembra de mim? - O moreno riu mais um pouco, passando a língua internamente em sua bochecha.

Ele teria que manter a paciência pelo seu loirinho, sua mente o denunciava, refletindo em seu olhar toda a raiva que ele possuía por kwan, o maxilar travado, e os punhos cerrados eram o sinal de toda a repulsa, e ódio que ele sentia por aquele homem.

- Olhe bem para meu rosto Kwan, não se lembra de mim!?- Os lábios, que estavam cerrados, subiram em um riso de desprezo, enquanto ele arqueou a sobrancelha.

Kwan, passou as mãos sob seus olhos, limpando qualquer coisa que estivesse impedindo sua visão de focar na pessoa agachada a sua frente.

Ele forçou sua visão, o bastante para distinguir a pessoa há centímetros de distância. Jungkook pode ver sua pupila se dilatar imediatamente, ao mesmo tempo em que sua boca se abriu em um ô enorme, enquanto engolia seco e doloroso, como se o homem enxergasse algo terrível e assombroso, e Jungkook era, pois a promessa tinha sido quebrada e ele sabia que Jeon estava ali para cobrá-la.

Depois de algum tempo associando toda aquela situação, Kwan enfim disse algo, mesmo que gaguejando, e o ar lhe faltando pelo medo:

- 39?!


art. 3º, par.2º, art. 39, inciso V, e art. 71 ("Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer").

Como o nome do capítulo é jogo perigoso, decidi fazer um joguinho com vocês:
A primeira pessoa que acertar minha idade aqui nos comentários, eu contarei no PV um spoiler do próximo capítulo.🥰

Avisos⚠️

Hello babys, sentiram saudades? O que acharam do capítulo? Já deixou o voto e o comentário, é muito importante para mim. Estou realmente triste pois temos várias leituras e poucos votinhos.😔
Me sigam no meu perfil, eu sempre deixo vocês informados sobre os andamentos dos próximos capítulos.

Deixei bem especificado a cima o significado da tatuagem 3️⃣9️⃣ do Jungkook.

Estou pensando em criar uma playlist, com músicas que ouço e me inspiram em o agiota.
Vocês gostariam que eu fizesse a playlist? Se sim qual o aplicativo de música seria melhor para vocês?

Deixe sua pergunta?

Caixinha de perguntas📥

Amooooooo vocês❤❤❤❤

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