Se passaram alguns dias desde a morte de John Booken Routledge e Sarah Elizabeth Cameron, e Maya, Kiara, JJ e Pope estavam de luto pelos amigos. Os pogues até fizeram uma cerimonia no quintal da casa de John. A vida de Maya se resumia em ficar com JJ, Pope e Kiara n'O Castelo, hospital e ir para casa. No mesmo dia do acidente de John e Sarah, Johnny havia piorado no hospital mas agora já estava estabilizado e, infelizmente, ele ainda estava em coma.
— No que está pensando?- JJ perguntou fazendo cafuné no cabelo dela.
Os dois estavam deitados na cama no quarto da Montgomery. Desde a tragédia com os amigos, Mary e Joseph acolheram o loiro e ele agora tem um quarto na casa dos Montgomery. Que na verdade só servia para deixar as roupas, já que ele dormia e passava a maior parte do tempo no quarto de Maya.
— Na Mar.- ela se virou e apoiou o queixo no peito descoberto do loiro.- Hoje é nosso primeiro dia de aula e vamos estar em escolas diferentes. E tem todo o lance do Jonathan.- descansou a cabeça em seu peito.- Eles tinham combinado tudo...
— Você sabe que a Marly é forte. Ela sabe se virar.
— Tem razão. Só não deixa ela escutar você a chamando de Marly de novo.- riu.
Com estava praticamente hospedado na casa dos Montgomery, JJ se aproximou bastante dos donos. Principalmente de Marlee.
— Qual é.- colocou os braços para cima, servindo de apoio para a cabeça e sorriu.- Ela ama esse apelido.
— Ela odeia esse apelido.
Ela riu e se virou, sentando no colo do loiro e o mesmo repousou as mãos em suas coxas, as apertando. Maya mordeu levemente o lábio inferior e JJ colocou uma mecha solta atrás da orelha dela. Ele puxou seu rosto e juntou seus lábios para um beijo. O beijo era calmo, e continha muitos sentimentos que os dois não conseguiam esconder quando suas bocas se juntavam. Suas línguas brigavam em uma luta intensa, e o quadril da garota se mexia conforme JJ o movimentava. Maya arranhava o tanquinho do loiro -que estava sem camisa- quando batidas na porta são ouvidas, fazendo os dois pararem de se beijar.
— Bora casal!- Marlee gritou do lado de fora do quarto.- Vamos nos atrasar.
JJ bufou e Maya revirou os olhos.
— Já estamos descendo.- ela gritou e escuta os passos da irmã se afastando.- Está na hora da prisão, cowboy.
Maya estava se levantando mas JJ a puxa e cola seus lábios novamente. Ela sorri entre o beijo e deram dois selinhos para finalizar. A garota enfim se levantou e tirou sua blusa ali mesmo, na frente do garoto. Afinal, ele já tinha visto ela de biquíni, sutiã não é nada.
— Aqui sua blusa garanhão.- pegou a camiseta azul dele.
— Obrigado, bonequinha.- colocou a blusa e foi com a garota para o banheiro escovar os dentes.
— Hum.- cuspiu a pasta.- Se importa de deixarmos a Mar na escola?- JJ cuspiu a pasta.
— Problema nenhum.- Maya levantou um braço e passou desodorante na axila.
— Então tá.- passou gloss nos lábios.- Vamos buscar Kiara e Pope e depois vamos direto para a escola.
Os dois estavam prontos para sair do quarto quando Limão aparece na porta, fazendo JJ recuar.
— É sério que você ainda não se acostumou com meu gato?- perguntou incrédula, pegando o Limão nos braços.
— Esses olhos verdes enxergam além da sua alma.- apontou para o gato, que miou em resposta fazendo JJ dar um pulinho.
— Vamos logo.
May colocou o gato no chão e foi até as escadas. JJ ainda estava parado olhando para o gato que o encarava e tentou fazer carinho nele, mas Limão levantou a pata para arranhá-lo fazendo JJ correr até a garota.
— Finalmente.- Mary exclama quando os adolescentes entram na cozinha.- Vão se atrasar para a escola.- foi até Marlee e depositou um beijo em sua cabeça.- Boa aula, meu amor, e boa sorte.
— Vou precisar.- suspirou.
Mary foi até Maya e deu um abraço de urso na menina, dando um beijo em sua cabeça logo depois.
— Boa aula, tá? Eu te amo.
— Também mãe.- deu um sorriso de lado.
JJ estava sentado ao lado de Marlee, rodando o anel em seu dedo. Por mais que ele goste de estar com os Montgomery, quando a família demonstrava qualquer afeto, ele se sentia desconfortável por não ter isso. O carinho dos pais.
O loiro foi tirado de seus pensamentos quando sente braços o abraçando fortemente.
— Você também, Garoto Encrenca.- ele riu quando Mary disse aquilo.- Boa aula.- depositou um beijo no topo de sua cabeça, o fazendo sorrir.
— Obrigado, sra. Montgomery.- ela fez uma expressão de raiva e JJ arregalou os olhos, se apressando em concertar.- D-digo Mary.
— Qualquer coisa me liguem. Do trabalho eu vou direto para o hospital.- os três assentiram.- Maya, vão com o seu carro.- ela assentiu e Mary jogou beijinhos no ar antes de sair.
— Pera aí...- JJ encarou May confuso.- Você tem um carro e não dirige?
— É.- deu de ombros e pegou a chave que estava em um gancho na parede, junto com outras.- E hoje você que vai dirigir.
— Por que ela não dirige, anã de jardim?- perguntou para Lee assim que May saiu.
— Vai ter que perguntar para ela, Barbie Maconheira.
— Qual é, Marly.
— De novo com isso de Marly?- ela se viro para ele e apontou o dedo na sua cara.- Garoto, você ainda vai se ver comigo.
— O que vem de baixo não me atinge.- zombou e mostrou a língua.
Ela lhe mostrou o dedo do meio e resmungou saindo atrás de Maya, falando o quanto o loiro era insuportável.
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Após buscarem Pope e Kiara em suas respectivas casas, JJ e Maya deixaram Marlee na escola, indo para a deles logo depois.
— Alguém quer?- ela levantou sua garrafinha com álcool.
— Eu.- Kie levantou a mão e May entregou a garrafa.- Valeu.- agradeceu depois de dar um gole.
JJ estacionou o carro e eles escutam o sinal tocar.
— Ai, relaxam.- Kie desceu do carro.
— Se eu desmaiar, não me acordem.
— Não tem graça, JJ.
Os quatro caminhavam até a entrada da escola e ouviam os alunos cochicharem coisas do tipo: "São eles?" "Não deveriam sair de casa." "Aquela é a garota que se mudou nas férias?" "Fiquei sabendo que John B deixou o irmão dela em coma." "Soube que eles foram presos." "Acha que eles foram cúmplices?" "Claro que foram. Eles eram amigos, cara." Esses tipos de comentários que os deixou desconfortáveis.
Mais a frente, havia uma pedra com o nome e fotos de John B, com presentes e flores. Os pogues ficaram um tempo encarando o memorial.
— Está todo mundo encarando a gente.- Kie comentou e eles olharam ao redor.
Pessoas estavam literalmente paradas os encarando.
— Ah é.- JJ falou e olhou para May, que limpava uma pequena lágrima solitária que saia de seu olho.
— Aí, eu vou me atrasar.- Pope ajeitou a mochila em seu ombro e começou a andar.
— Ei, ei!- Kiara o chamou e estendeu a mão para ele.- A gente tem que fazer isso juntos.
— Por favor, Pope...- Maya pediu e Pope deu a mão para Kie.
— Ficar junto. Tá.- JJ resmungou e May entrelaçou seus braços, entrelaçando o outro com Kiara.
Já tinha se passado uma hora e os pogues estavam na aula. O professor explicava a matéria que cairia na prova quando um telefone toca.
—... e o escravo se torna o novo governante.- ele explicava enquanto escrevia no quadro.- Agora, Diocleciano divide o enorme Império Romano em quatro reinos separados.- um telefone toca novamente.- De quem é esse celular? Gente, essa é a matéria da prova.
Maya olha seu telefone discretamente e vê uma mensagem de um número desconhecido. Ela suspirou e por baixo da mesa, mostrou seu telefone para Kiara, que estava sentada atrás dela.
— Vocês receberam?- sussurrou para Kie e Pope.
— Sim.- sussurraram de volta.
Maya varreu seu olhar pela sala até ele cruzar com o de JJ, que estava do outro lado. O loiro se abaixou e engatinhou até os amigos, mostrando a mensagem. Quando ele chegou, os quatro abriram a mensagem ao mesmo tempo, revelando uma foto de John B e Sarah. Eles mostraram a imagem uns para os outros e se encaravam assustados.
— Meu Deus.- Kie sussurrou.
Maya arrumou seu material rapidamente e saiu da sala acompanhada de JJ. O professor os encarou confuso e Kiara começa a arrumar seu material.
— Eu... posso ir ajudar eles?- Pope levantou a mão.
— Emergência familiar.- Kiara diz saindo da sala e Pope a seguiu.- Vamos no pátio.- ela diz ao se encontrarem.
Os quatro corriam pelo corredor e JJ esbarra em um Mop do faxineiro.
— Merda.- ele resmunga ainda no chão.
— Anda logo banana podre.- May diz o ajudando a se levantar, escutando as reclamações do faxineiro.
Os quatro correram até o pátio e Maya coloca a mochila em uma mesa vazia.
— Vocês acham isso possível?- Kie perguntou nervosa.- O Shoupe disse que eles não tinham sobrevivido. Ele disse isso.
— Mas não acharam corpos.- May lembrou, colocando o cabelo para trás enquanto andava em círculos.
— Eu acho que a gente está animado demais agora.- Pope falou nervoso.- Isso ainda tem a possibilidade de ser um trote cruel e pesado.
— Eu vou perguntar.- Kie se sentou na mesa e começa a digitar no telefone.
— E se for ele mesmo?- JJ perguntou.
— Eu não sei, tá? Pode ser.
— E aí?- May perguntou mordendo a ponta da unha.
— Enviei.
— Ele respondeu?
— Está digitando.- ela respondeu a Pope.- Está digitando.
Maya entrou na conversa e esperou a resposta. O número desconhecido escreveu "O JJ está aí?" e o loiro respondeu "Estou aqui, querida.". No mesmo segundo o desconhecido escreveu "Você deu um trato na minha prancha?" e os pogues começaram a rir felizes. Era mesmo o John B.
— É ele.- Maya sorriu com lágrimas nos olhos.
— É ele.- JJ e Kiara confirmaram.
— Com certeza é ele.
JJ e Pope se abraçaram ao mesmo tempo que Maya e Kiara. Maya pegou o celular e enviou "Vaso ruim não quebra mesmo.", e abraçou Pope depois pulou no colo de JJ e o beijou.
— Isso!- JJ gritou animado girando May no ar.
— Ele perguntou como o Johnny está.- Pope falou.- Vou responder que está estável.
— "Estamos escondidos em Nassau."- Kie leu em voz alta.- Como foi que eles chegaram nas Bahamas?
— Os pogues não morrem não.- JJ falou com um sorriso iluminado.
— O John B não morre mesmo.- Pope riu e Maya limpou uma lágrima de felicidade.
— "Podem limpar meu nome? Quero voltar."- Maya leu e escreveu "Só se você trouxer uma lembrancinha para mim."- "Claro Suquinho" Nem em outro país ele esquece o Suquinho?- ela riu.
— Ninguém nunca esquecerá do Suquinho, boneca.- JJ riu.
— "Dou notícia. Pogue para sempre."- Kie leu e
— Pogue para sempre, cara. É disso que eu tô falando!- JJ gritava feliz.- Pogues pra sempre, baby!
Os quatro se abraçaram alegres com a notícia de que seus amigos estavam vivos. Agora era parte deles arrumarem as coisas em Outer Banks para o casal voltar.
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— Só para deixar claro, eu nunca duvidei deles.- JJ exclamou.
Eles estavam no The Wreck.
— Te devo 5 pratas.- May riu.
— Ei Kiara, preciso das mesas prontas até as 17h!- Anna Carrera, mãe da Kiara, gritou.
— Tem mais gente trabalhando aqui, sabia?
— Mas nenhum delas é minha filha.- ela gritou.
Os quatro foram no píer e se sentaram.
— Então, a gente vai para as Bahamas ou não?- JJ perguntou se sentando entre as pernas de Maya.
— Cara, não tem como a gente chegar nas Bahamas.- Pope respondeu.
— John B vai ser preso cedo ou tarde.- começou Kiara.- Para a gente limpar o nome dele deveríamos ter começado ontem.
— Vamos fazer o seguinte.- JJ se levantou e começou a andar.
— Ah, então você já planejou tudo?- Pope perguntou com uma sobrancelha erguida.
— Na verdade, já sim.- ele se virou para eles.- A gente sequestra o Rafe.
— Pera aí, o quê?- Maya piscou os olhos, tentando absorver aquela ideia.- Fumou orégano no lugar da maconha?
— Fazer o que, você usou toda a minha erva.- ela revirou os olhos.- A gente sequestra o Rafe, amarra ele, e põe uma arma na cabeça dele. Ele vai ter que confessar.
— Sabia que tortura é crime?- Kie o encarou.
— Eu achei uma boa ideia.
— Como é que você vai limpar o nome do John B dentro de uma cela? Porque você vai ser preso.
— Então qual é a sua ideia, Pope?- JJ se sentou.- Eu estava tentando não complicar. Um lance rápido e acabou.
— Gente, a gente só precisa de uma testemunha relevante.- Maya lembra e solta um suspiro.- Se ao menos Johnny acordasse, ele seria o ponto final do texto.
— Exatamente.- Pope concordo.- Agora pensem, o avião do Ward voou sobre a gente com o ouro dentro. O Ward não estava nele, e se outra pessoa pilotou, não estava na pista e viu a Peterkin ser morta?
— O piloto...- May sussurrou.
— Só precisamos descobrir quem era e convencer a pessoa a confessar oficialmente.- continuou.
— Mas como vai ser?- Kie perguntou.
— Com um pouco de espionagem.- disse Pope.
— E reconhecimento tático.- JJ colocou seu boné em Maya.
— É molezinha.- Pope falou e fez um toque de mão com JJ e Kiara fez com Maya.
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— Se o cara era piloto do Ward, ele deve ser muito discreto.
Kiara estava dirigindo o carro de Maya enquanto Pope estava no banco do carona e May e JJ atrás. Eles estavam indo até a casa do piloto.
— Então vamos na abordagem direta.- JJ recarregou a arma.
— JJ, não!- Maya abaixou a arma dele.- Deixa a arma aqui.
— Por quê? A coisa tem que ser simples se quisermos aliviar a barra do John B.
— Ou... A gente dá uma provocada.- Pope pegou a caixinha de seu Airpods.
— O quê?- foi a vez de Kiara perguntar.
— A gente provoca.- ele repete.- Eu planto meu celular no carro dele e ai a gente escuta no fone sem fio.- ele colocou o fone e levou o telefone até Kiara.- fala alguma coisa.
— Alguma coisa.- falou sem tirar os olhos da estrada.
— É, áudio funcionando.
— E como o espertão vai pegar o celular de volta?- Maya cruzou os braços.
— Voltando para o carro e pegando, dã.- ela revirou os olhos e JJ riu.- Eu acho que é ali a casa dele.
Kiara estacionou o carro e Pope tirou o cinto.
— Tá legal, buzina ou grita se ver alguma coisa suspeita.
— Não faz nada perigoso.- Kie pediu.
— Tá achando que eu sou o JJ?- Maya gargalhou.
— Muito engraçado Pope. Obrigado pela consideração.
Pope saiu e Maya se ajeitou, inclinando o corpo no vão entre o banco do motorista e carona.
— E aí?
— E aí o quê?- Kie perguntou confusa, a encarando.
— Como vão as coisas com o Pope?
— Tudo bem.- respondeu desviando o olhar.
— Já partiram para parte quente?- deu um sorriso malicioso e JJ riu das perguntas da garota.
— Não.
— Sério?- deu uma batida no ombro da morena.- Conta outra, Kiara.
— E vocês dois?- se virou para encará-los.- Já foram para a cama?
— Para cama todo dia.- o loiro responde e May fica vermelha.- Sempre dormimos juntos.
— Vou reformular a minha frase: Já transaram?
— Que horror, sabe nem brincar.- Maya voltou para seu assento e cruzou os braços.
JJ deu uma leve risada e segurou o queixo da garota, guiando até ele e a beijando. Pope apareceu correndo e entra no carro.
— Tá legal. Fase um concluída. Vamos ficar aqui um bom tempo.
— Vou avisar para a Mary que não vamos jantar lá.- JJ pegou o telefone e Maya concordou.
— Alguém tá com fome?- Maya pegou sua mochila e tirou vários sanduíches e doces de lá.
— Isso tudo para o primeiro dia de aula?- Kie perguntou segurando a risada e pegando uma barra de chocolate.
— Eu fico nervosa!
— Isso porque vocês não viram a gaveta da escrivaninha dela.- JJ comentou pegando um sanduíche.- Não sei como você não é diabética.
— Para ser sincera, nem eu.
Já estava de noite, e os quatro estavam decidindo sobre quem conversaria com o piloto por telefone.
— Mas aí, por que ela que vai provocar?- JJ perguntou.
— Tá cm ciúmes JJ? Quer provocar também?- May perguntou e ele revirou os olhos.- Kie é boa em provocar.
— Eu tenho que fazer sotaque?- ela perguntou.
— Disfarça a voz de algum jeito.- Pope falou pegando o celular.
— Disfarçar minha voz como? Querem que eu fale assim?- ela falou puxando um sotaque britânico que não saiu muito legal.
— Não, assim não.- os três respondem uníssono.
— Parece que você está doente.- Maya riu.
— Como o Batman.
— Batman.- falou com um certo sotaque, mas um pouco mais suave.
— Isso, perfeito.
Pope entregou o celular para Kie e esperaram Gavin, o piloto, atender.
— Alô?
— Alô.- Kie falou mas logo se vira para os três, sussurrando.- Não dá, não consigo.
— É só ir falando.- Maya sussurrou.
— Alô?
— O Gavin está?- ela perguntou com sua voz normal.
— É o Gavin. Quem está falando?
— Eu sei o que aconteceu na pista.
— Quem é?
— Foi o Rafe Cameron. Mas você já sabia disso e mentiu para eles.
— Tá legal, quem fala?
— E nós vamos provar.
— Me fala seu nome. Agora.- sua voz estava começando a vacilar pelo medo.
— Você podia ter salvado eles mas não salvou. E você não vai se livrar dessa.
— Escuta aqui. Quem tá aí?!- gritou e Kiara desligou.
— Como foi?- ela se virou para eles.
— Olha, eu fiquei com medo. Mandou bem.- JJ falou.
— Até arrepiei.- Maya mostrou seu braço arrepiado.
— Então provocamos o cara. Fase dois concluída.- Pope falou.- Agora esperamos.
Depois de cinco minutos esperando, Gavin sai com seu carro e os pogues se abaixam para não serem vistos.
—Ele não viu a gente. Pisa.
— Vai vai vai vai vai.
— Meu cinto.- Pope tentou puxar o cinto mas ele não saía.
— É sério? Não precisa de cinto.
— É claro que precisa!
— Larga de ser anta.- Maya tirou a mão de Pope do cinto e puxou devagar, entregando para o moreno.- Pronto.
Kiara seguia o carro de Gavin enquanto Pope colocava o cinto.
— Ele ligou pro Ward.- Pope informou escutando pelos fones.
— Sério?- Kiara e Maya perguntaram levemente preocupadas enquanto JJ fazia uma dancinha animada, levando um tapa da Montgomery.- Se controla homem.- ela pediu.
— Chega mais perto, não dá pra ouvir.- Pope pediu e Kiara concordou.- Ele está falando em negociar alguma coisa, renegociar. Ele está com a arma que o Rafe usou para matar a Peterkin e deixar o Johnny em coma.- exclamou surpreso.
— Puta merda!- os três resmungam juntos Maya jogou o cabelo pra trás.
— Acho que ele está tentando usar a arma como vantagem.
— Pera aí, ele tá parando.- Kie avisou ao carro parar em sua frente.
— Merda.
— Eu paro atrás dele?
— Dá a volta.
— Dá a volta na quadra.- Maya e JJ falam juntos.
— Tá bem.- Kie continuou dirigindo o carro e passou por ele.- A gente vai perder ele.
— Acelera!
— Vai!- Maya e JJ pediam.
— Estou indo!
— Merda! Eu estou perdendo ele.- Pope reclama.- Eu estou perdendo o sinal.
— Que merda é essa?- Maya e JJ perguntam ao mesmo tempo quando veem a rua em construção.
— Dá meia volta.- May pede.
— Tá bom, tá bom.
— Dá ré e sai do meio da rua.- falou JJ.
Kiara estava dando ré quando um caminhão de reboque aparece atrás deles, impedindo que o carro passe.
— Tá brincando.- Kie resmungou.
JJ saiu do carro e começou a discutir com os trabalhadores, enquanto Pope saiu do carro correndo.
— Pope?!- Maya gritou.
— Eu preciso saber onde que eles vão se encontrar.- ele correu.
— Merda.- Kie saiu do carro.
— A gente vai atrás dele né?- JJ perguntou abrindo a porta para Maya.
— Vamos.
— Beleza.
— Aí, não podem deixar o carro aí não.- um homem gritou.
— Desculpa!
— A gente volta, se não meus pais me matam!- Maya gritou de volta.
Os três começaram a correr atrás de Pope, passando por diversas casas. Eles passaram por um quintal que estava tendo uma festa na piscina.
— Sean.- JJ olhou para ele.- É aqui que você mora, seu Kook.
— JJ!- Maya o puxou e eles foram até Pope, que estava parado em uma moita.- E aí?
— O que descobriu?- Kiara pegava fôlego.
— E-ele vai se encontrar com o Ward agora.- avisou agitado.- A gente tem que ir.
— Tá bom.
— Vamos, vamos.
— Hoje vai chover.- Maya comentou olhando para o céu escuro.
— Vai não, confia.- JJ deu uma piscadela para ela.
VOLTAMOS FAMIL!
14/10/2021