The New Girl | Outer Banks

By ssummertxs

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Quando Maya é expulsa da escola, a família Montgomery se muda para uma pequena cidade na Carolina do Norte ch... More

Cast
Graphics
Prólogo
1.01- Outer Banks
1.02- Festa
1.03- O almoço
1.04- Cemitério
1.05- O envelope
1.06- Ferro velho
1.07- Royal Merchant
1.08- Cinema de verão
1.09- Solstício de Verão
1.10- Revelações
1.11- Casa dos Crain
1.12- O filme
1.13- O ouro
1.14- Casa de penhores
1.15- Conversa
1.16- Ele matou o pai do John
1.17- Tiro
1.18- Hospital
1.19- Phantom
PART TWO
2.02- O acidente
2.03- Babás
2.04- C. Limbrey
2.05- Reencontro
2.06- Tribunal
2.07- Descendência
2.08- A fogueira
2.09- A cruz
2.10- A ilha
PART THREE
3.01- Lembranças
3.02- Brady
3.03- Poguelândia
3.04- Cattle Wash, n° 101
3.05- Carlos Singh
3.06- Lar doce lar
3.07- Espada Samurai
3.08- Às vezes só precisamos dar uma apertada no parafuso para tudo funcionar
3.09- Wilmington
3.10- Almoço com o papai
3.11- Desabafo
3.12- Gatinha
3.13- Neville Persaud
3.14- Brunch (PARTE I)
3.14- Brunch (PARTE II)
3.15- El Dorado

2.01- Notícia

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By ssummertxs

Se passaram alguns dias desde a morte de John Booken Routledge e Sarah Elizabeth Cameron, e Maya, Kiara, JJ e Pope estavam de luto pelos amigos. Os pogues até fizeram uma cerimonia no quintal da casa de John. A vida de Maya se resumia em ficar com JJ, Pope e Kiara n'O Castelo, hospital e ir para casa. No mesmo dia do acidente de John e Sarah, Johnny havia piorado no hospital mas agora já estava estabilizado e, infelizmente, ele ainda estava em coma.

— No que está pensando?- JJ perguntou fazendo cafuné no cabelo dela.

Os dois estavam deitados na cama no quarto da Montgomery. Desde a tragédia com os amigos, Mary e Joseph acolheram o loiro e ele agora tem um quarto na casa dos Montgomery. Que na verdade só servia para deixar as roupas, já que ele dormia e passava a maior parte do tempo no quarto de Maya.

— Na Mar.- ela se virou e apoiou o queixo no peito descoberto do loiro.- Hoje é nosso primeiro dia de aula e vamos estar em escolas diferentes. E tem todo o lance do Jonathan.- descansou a cabeça em seu peito.- Eles tinham combinado tudo...

— Você sabe que a Marly é forte. Ela sabe se virar.

— Tem razão. Só não deixa ela escutar você a chamando de Marly de novo.- riu.

Com estava praticamente hospedado na casa dos Montgomery, JJ se aproximou bastante dos donos. Principalmente de Marlee.

— Qual é.- colocou os braços para cima, servindo de apoio para a cabeça e sorriu.- Ela ama esse apelido.

— Ela odeia esse apelido.

Ela riu e se virou, sentando no colo do loiro e o mesmo repousou as mãos em suas coxas, as apertando. Maya mordeu levemente o lábio inferior e JJ colocou uma mecha solta atrás da orelha dela. Ele puxou seu rosto e juntou seus lábios para um beijo. O beijo era calmo, e continha muitos sentimentos que os dois não conseguiam esconder quando suas bocas se juntavam. Suas línguas brigavam em uma luta intensa, e o quadril da garota se mexia conforme JJ o movimentava. Maya arranhava o tanquinho do loiro -que estava sem camisa- quando batidas na porta são ouvidas, fazendo os dois pararem de se beijar.

Bora casal!- Marlee gritou do lado de fora do quarto.- Vamos nos atrasar.

JJ bufou e Maya revirou os olhos.

— Já estamos descendo.- ela gritou e escuta os passos da irmã se afastando.- Está na hora da prisão, cowboy.

Maya estava se levantando mas JJ a puxa e cola seus lábios novamente. Ela sorri entre o beijo e deram dois selinhos para finalizar. A garota enfim se levantou e tirou sua blusa ali mesmo, na frente do garoto. Afinal, ele já tinha visto ela de biquíni, sutiã não é nada.

— Aqui sua blusa garanhão.- pegou a camiseta azul dele.

— Obrigado, bonequinha.- colocou a blusa e foi com a garota para o banheiro escovar os dentes.

— Hum.- cuspiu a pasta.- Se importa de deixarmos a Mar na escola?- JJ cuspiu a pasta.

— Problema nenhum.- Maya levantou um braço e passou desodorante na axila.

— Então tá.- passou gloss nos lábios.- Vamos buscar Kiara e Pope e depois vamos direto para a escola.

Os dois estavam prontos para sair do quarto quando Limão aparece na porta, fazendo JJ recuar.

— É sério que você ainda não se acostumou com meu gato?- perguntou incrédula, pegando o Limão nos braços.

— Esses olhos verdes enxergam além da sua alma.- apontou para o gato, que miou em resposta fazendo JJ dar um pulinho.

— Vamos logo.

May colocou o gato no chão e foi até as escadas. JJ ainda estava parado olhando para o gato que o encarava e tentou fazer carinho nele, mas Limão levantou a pata para arranhá-lo fazendo JJ correr até a garota.

— Finalmente.- Mary exclama quando os adolescentes entram na cozinha.- Vão se atrasar para a escola.- foi até Marlee e depositou um beijo em sua cabeça.- Boa aula, meu amor, e boa sorte.

— Vou precisar.- suspirou.

Mary foi até Maya e deu um abraço de urso na menina, dando um beijo em sua cabeça logo depois.

— Boa aula, tá? Eu te amo.

— Também mãe.- deu um sorriso de lado.

JJ estava sentado ao lado de Marlee, rodando o anel em seu dedo. Por mais que ele goste de estar com os Montgomery, quando a família demonstrava qualquer afeto, ele se sentia desconfortável por não ter isso. O carinho dos pais.

O loiro foi tirado de seus pensamentos quando sente braços o abraçando fortemente.

— Você também, Garoto Encrenca.- ele riu quando Mary disse aquilo.- Boa aula.- depositou um beijo no topo de sua cabeça, o fazendo sorrir.

— Obrigado, sra. Montgomery.- ela fez uma expressão de raiva e JJ arregalou os olhos, se apressando em concertar.- D-digo Mary.

— Qualquer coisa me liguem. Do trabalho eu vou direto para o hospital.- os três assentiram.- Maya, vão com o seu carro.- ela assentiu e Mary jogou beijinhos no ar antes de sair.

— Pera aí...- JJ encarou May confuso.- Você tem um carro e não dirige?

— É.- deu de ombros e pegou a chave que estava em um gancho na parede, junto com outras.- E hoje você que vai dirigir.

— Por que ela não dirige, anã de jardim?- perguntou para Lee assim que May saiu.

— Vai ter que perguntar para ela, Barbie Maconheira.

— Qual é, Marly.

— De novo com isso de Marly?- ela se viro para ele e apontou o dedo na sua cara.- Garoto, você ainda vai se ver comigo.

— O que vem de baixo não me atinge.- zombou e mostrou a língua.

Ela lhe mostrou o dedo do meio e resmungou saindo atrás de Maya, falando o quanto o loiro era insuportável.

━──────≪✷≫──────━

Após buscarem Pope e Kiara em suas respectivas casas, JJ e Maya deixaram Marlee na escola, indo para a deles logo depois.

— Alguém quer?- ela levantou sua garrafinha com álcool.

— Eu.- Kie levantou a mão e May entregou a garrafa.- Valeu.- agradeceu depois de dar um gole.

JJ estacionou o carro e eles escutam o sinal tocar.

— Ai, relaxam.- Kie desceu do carro.

— Se eu desmaiar, não me acordem.

— Não tem graça, JJ.

Os quatro caminhavam até a entrada da escola e ouviam os alunos cochicharem coisas do tipo: "São eles?" "Não deveriam sair de casa." "Aquela é a garota que se mudou nas férias?" "Fiquei sabendo que John B deixou o irmão dela em coma." "Soube que eles foram presos." "Acha que eles foram cúmplices?" "Claro que foram. Eles eram amigos, cara." Esses tipos de comentários que os deixou desconfortáveis.

Mais a frente, havia uma pedra com o nome e fotos de John B, com presentes e flores. Os pogues ficaram um tempo encarando o memorial.

— Está todo mundo encarando a gente.- Kie comentou e eles olharam ao redor.

Pessoas estavam literalmente paradas os encarando.

— Ah é.- JJ falou e olhou para May, que limpava uma pequena lágrima solitária que saia de seu olho.

— Aí, eu vou me atrasar.- Pope ajeitou a mochila em seu ombro e começou a andar.

— Ei, ei!- Kiara o chamou e estendeu a mão para ele.- A gente tem que fazer isso juntos.

— Por favor, Pope...- Maya pediu e Pope deu a mão para Kie.

— Ficar junto. Tá.- JJ resmungou e May entrelaçou seus braços, entrelaçando o outro com Kiara.

Já tinha se passado uma hora e os pogues estavam na aula. O professor explicava a matéria que cairia na prova quando um telefone toca.

—... e o escravo se torna o novo governante.- ele explicava enquanto escrevia no quadro.- Agora, Diocleciano divide o enorme Império Romano em quatro reinos separados.- um telefone toca novamente.- De quem é esse celular? Gente, essa é a matéria da prova.

Maya olha seu telefone discretamente e vê uma mensagem de um número desconhecido. Ela suspirou e por baixo da mesa, mostrou seu telefone para Kiara, que estava sentada atrás dela.

— Vocês receberam?- sussurrou para Kie e Pope.

— Sim.- sussurraram de volta.

Maya varreu seu olhar pela sala até ele cruzar com o de JJ, que estava do outro lado. O loiro se abaixou e engatinhou até os amigos, mostrando a mensagem. Quando ele chegou, os quatro abriram a mensagem ao mesmo tempo, revelando uma foto de John B e Sarah. Eles mostraram a imagem uns para os outros e se encaravam assustados.

— Meu Deus.- Kie sussurrou.

Maya arrumou seu material rapidamente e saiu da sala acompanhada de JJ. O professor os encarou confuso e Kiara começa a arrumar seu material.

— Eu... posso ir ajudar eles?- Pope levantou a mão.

— Emergência familiar.- Kiara diz saindo da sala e Pope a seguiu.- Vamos no pátio.- ela diz ao se encontrarem.

Os quatro corriam pelo corredor e JJ esbarra em um Mop do faxineiro.

— Merda.- ele resmunga ainda no chão.

— Anda logo banana podre.- May diz o ajudando a se levantar, escutando as reclamações do faxineiro.

Os quatro correram até o pátio e Maya coloca a mochila em uma mesa vazia.

— Vocês acham isso possível?- Kie perguntou nervosa.- O Shoupe disse que eles não tinham sobrevivido. Ele disse isso.

— Mas não acharam corpos.- May lembrou, colocando o cabelo para trás enquanto andava em círculos.

— Eu acho que a gente está animado demais agora.- Pope falou nervoso.- Isso ainda tem a possibilidade de ser um trote cruel e pesado.

— Eu vou perguntar.- Kie se sentou na mesa e começa a digitar no telefone.

— E se for ele mesmo?- JJ perguntou.

— Eu não sei, tá? Pode ser.

— E aí?- May perguntou mordendo a ponta da unha.

— Enviei.

— Ele respondeu?

— Está digitando.- ela respondeu a Pope.- Está digitando.

Maya entrou na conversa e esperou a resposta. O número desconhecido escreveu "O JJ está aí?" e o loiro respondeu "Estou aqui, querida.". No mesmo segundo o desconhecido escreveu "Você deu um trato na minha prancha?" e os pogues começaram a rir felizes. Era mesmo o John B.

— É ele.- Maya sorriu com lágrimas nos olhos.

— É ele.- JJ e Kiara confirmaram.

— Com certeza é ele.

JJ e Pope se abraçaram ao mesmo tempo que Maya e Kiara. Maya pegou o celular e enviou "Vaso ruim não quebra mesmo.", e abraçou Pope depois pulou no colo de JJ e o beijou.

— Isso!- JJ gritou animado girando May no ar.

— Ele perguntou como o Johnny está.- Pope falou.- Vou responder que está estável.

— "Estamos escondidos em Nassau."- Kie leu em voz alta.- Como foi que eles chegaram nas Bahamas?

— Os pogues não morrem não.- JJ falou com um sorriso iluminado.

— O John B não morre mesmo.- Pope riu e Maya limpou uma lágrima de felicidade.

— "Podem limpar meu nome? Quero voltar."- Maya leu e escreveu "Só se você trouxer uma lembrancinha para mim."- "Claro Suquinho" Nem em outro país ele esquece o Suquinho?- ela riu.

— Ninguém nunca esquecerá do Suquinho, boneca.- JJ riu.

— "Dou notícia. Pogue para sempre."- Kie leu e

— Pogue para sempre, cara. É disso que eu tô falando!- JJ gritava feliz.- Pogues pra sempre, baby!

Os quatro se abraçaram alegres com a notícia de que seus amigos estavam vivos. Agora era parte deles arrumarem as coisas em Outer Banks para o casal voltar.

━──────≪✷≫──────━

— Só para deixar claro, eu nunca duvidei deles.- JJ exclamou.

Eles estavam no The Wreck.

— Te devo 5 pratas.- May riu.

Ei Kiara, preciso das mesas prontas até as 17h!- Anna Carrera, mãe da Kiara, gritou.

— Tem mais gente trabalhando aqui, sabia?

Mas nenhum delas é minha filha.- ela gritou.

Os quatro foram no píer e se sentaram.

— Então, a gente vai para as Bahamas ou não?- JJ perguntou se sentando entre as pernas de Maya.

— Cara, não tem como a gente chegar nas Bahamas.- Pope respondeu.

— John B vai ser preso cedo ou tarde.- começou Kiara.- Para a gente limpar o nome dele deveríamos ter começado ontem.

— Vamos fazer o seguinte.- JJ se levantou e começou a andar.

— Ah, então você já planejou tudo?- Pope perguntou com uma sobrancelha erguida.

— Na verdade, já sim.- ele se virou para eles.- A gente sequestra o Rafe.

— Pera aí, o quê?- Maya piscou os olhos, tentando absorver aquela ideia.- Fumou orégano no lugar da maconha?

— Fazer o que, você usou toda a minha erva.- ela revirou os olhos.- A gente sequestra o Rafe, amarra ele, e põe uma arma na cabeça dele. Ele vai ter que confessar.

— Sabia que tortura é crime?- Kie o encarou.

— Eu achei uma boa ideia.

— Como é que você vai limpar o nome do John B dentro de uma cela? Porque você vai ser preso.

— Então qual é a sua ideia, Pope?- JJ se sentou.- Eu estava tentando não complicar. Um lance rápido e acabou.

— Gente, a gente só precisa de uma testemunha relevante.- Maya lembra e solta um suspiro.- Se ao menos Johnny acordasse, ele seria o ponto final do texto.

— Exatamente.- Pope concordo.- Agora pensem, o avião do Ward voou sobre a gente com o ouro dentro. O Ward não estava nele, e se outra pessoa pilotou, não estava na pista e viu a Peterkin ser morta?

— O piloto...- May sussurrou.

— Só precisamos descobrir quem era e convencer a pessoa a confessar oficialmente.- continuou.

— Mas como vai ser?- Kie perguntou.

— Com um pouco de espionagem.- disse Pope.

— E reconhecimento tático.- JJ colocou seu boné em Maya.

— É molezinha.- Pope falou e fez um toque de mão com JJ e Kiara fez com Maya.

━──────≪✷≫──────━

— Se o cara era piloto do Ward, ele deve ser muito discreto.

Kiara estava dirigindo o carro de Maya enquanto Pope estava no banco do carona e May e JJ atrás. Eles estavam indo até a casa do piloto.

— Então vamos na abordagem direta.- JJ recarregou a arma.

— JJ, não!- Maya abaixou a arma dele.- Deixa a arma aqui.

— Por quê? A coisa tem que ser simples se quisermos aliviar a barra do John B.

— Ou... A gente dá uma provocada.- Pope pegou a caixinha de seu Airpods.

— O quê?- foi a vez de Kiara perguntar.

— A gente provoca.- ele repete.- Eu planto meu celular no carro dele e ai a gente escuta no fone sem fio.- ele colocou o fone e levou o telefone até Kiara.- fala alguma coisa.

— Alguma coisa.- falou sem tirar os olhos da estrada.

— É, áudio funcionando.

— E como o espertão vai pegar o celular de volta?- Maya cruzou os braços.

— Voltando para o carro e pegando, dã.- ela revirou os olhos e JJ riu.- Eu acho que é ali a casa dele.

Kiara estacionou o carro e Pope tirou o cinto.

— Tá legal, buzina ou grita se ver alguma coisa suspeita.

— Não faz nada perigoso.- Kie pediu.

— Tá achando que eu sou o JJ?- Maya gargalhou.

— Muito engraçado Pope. Obrigado pela consideração.

Pope saiu e Maya se ajeitou, inclinando o corpo no vão entre o banco do motorista e carona.

— E aí?

— E aí o quê?- Kie perguntou confusa, a encarando.

— Como vão as coisas com o Pope?

— Tudo bem.- respondeu desviando o olhar.

— Já partiram para parte quente?- deu um sorriso malicioso e JJ riu das perguntas da garota.

— Não.

— Sério?- deu uma batida no ombro da morena.- Conta outra, Kiara.

— E vocês dois?- se virou para encará-los.- Já foram para a cama?

— Para cama todo dia.- o loiro responde e May fica vermelha.- Sempre dormimos juntos.

— Vou reformular a minha frase: Já transaram?

— Que horror, sabe nem brincar.- Maya voltou para seu assento e cruzou os braços.

JJ deu uma leve risada e segurou o queixo da garota, guiando até ele e a beijando. Pope apareceu correndo e entra no carro.

— Tá legal. Fase um concluída. Vamos ficar aqui um bom tempo.

— Vou avisar para a Mary que não vamos jantar lá.- JJ pegou o telefone e Maya concordou.

— Alguém tá com fome?- Maya pegou sua mochila e tirou vários sanduíches e doces de lá.

— Isso tudo para o primeiro dia de aula?- Kie perguntou segurando a risada e pegando uma barra de chocolate.

— Eu fico nervosa!

— Isso porque vocês não viram a gaveta da escrivaninha dela.- JJ comentou pegando um sanduíche.- Não sei como você não é diabética.

— Para ser sincera, nem eu.

Já estava de noite, e os quatro estavam decidindo sobre quem conversaria com o piloto por telefone.

— Mas aí, por que ela que vai provocar?- JJ perguntou.

— Tá cm ciúmes JJ? Quer provocar também?- May perguntou e ele revirou os olhos.- Kie é boa em provocar.

— Eu tenho que fazer sotaque?- ela perguntou.

— Disfarça a voz de algum jeito.- Pope falou pegando o celular.

— Disfarçar minha voz como? Querem que eu fale assim?- ela falou puxando um sotaque britânico que não saiu muito legal.

— Não, assim não.- os três respondem uníssono.

— Parece que você está doente.- Maya riu.

— Como o Batman.

— Batman.- falou com um certo sotaque, mas um pouco mais suave.

— Isso, perfeito.

Pope entregou o celular para Kie e esperaram Gavin, o piloto, atender.

Alô?

— Alô.- Kie falou mas logo se vira para os três, sussurrando.- Não dá, não consigo.

— É só ir falando.- Maya sussurrou.

Alô?

— O Gavin está?- ela perguntou com sua voz normal.

— É o Gavin. Quem está falando?

— Eu sei o que aconteceu na pista.

— Quem é?

— Foi o Rafe Cameron. Mas você já sabia disso e mentiu para eles.

— Tá legal, quem fala?

— E nós vamos provar.

Me fala seu nome. Agora.- sua voz estava começando a vacilar pelo medo.

— Você podia ter salvado eles mas não salvou. E você não vai se livrar dessa.

— Escuta aqui. Quem tá aí?!- gritou e Kiara desligou.

— Como foi?- ela se virou para eles.

— Olha, eu fiquei com medo. Mandou bem.- JJ falou.

— Até arrepiei.- Maya mostrou seu braço arrepiado.

— Então provocamos o cara. Fase dois concluída.- Pope falou.- Agora esperamos.

Depois de cinco minutos esperando, Gavin sai com seu carro e os pogues se abaixam para não serem vistos.

—Ele não viu a gente. Pisa.

— Vai vai vai vai vai.

— Meu cinto.- Pope tentou puxar o cinto mas ele não saía.

— É sério? Não precisa de cinto.

— É claro que precisa!

— Larga de ser anta.- Maya tirou a mão de Pope do cinto e puxou devagar, entregando para o moreno.- Pronto.

Kiara seguia o carro de Gavin enquanto Pope colocava o cinto.

— Ele ligou pro Ward.- Pope informou escutando pelos fones.

— Sério?- Kiara e Maya perguntaram levemente preocupadas enquanto JJ fazia uma dancinha animada, levando um tapa da Montgomery.- Se controla homem.- ela pediu.

— Chega mais perto, não dá pra ouvir.- Pope pediu e Kiara concordou.- Ele está falando em negociar alguma coisa, renegociar. Ele está com a arma que o Rafe usou para matar a Peterkin e deixar o Johnny em coma.- exclamou surpreso.

— Puta merda!- os três resmungam juntos Maya jogou o cabelo pra trás.

— Acho que ele está tentando usar a arma como vantagem.

— Pera aí, ele tá parando.- Kie avisou ao carro parar em sua frente.

— Merda.

— Eu paro atrás dele?

— Dá a volta.

— Dá a volta na quadra.- Maya e JJ falam juntos.

— Tá bem.- Kie continuou dirigindo o carro e passou por ele.- A gente vai perder ele.

— Acelera!

— Vai!- Maya e JJ pediam.

— Estou indo!

— Merda! Eu estou perdendo ele.- Pope reclama.- Eu estou perdendo o sinal.

— Que merda é essa?- Maya e JJ perguntam ao mesmo tempo quando veem a rua em construção.

— Dá meia volta.- May pede.

— Tá bom, tá bom.

— Dá ré e sai do meio da rua.- falou JJ.

Kiara estava dando ré quando um caminhão de reboque aparece atrás deles, impedindo que o carro passe.

— Tá brincando.- Kie resmungou.

JJ saiu do carro e começou a discutir com os trabalhadores, enquanto Pope saiu do carro correndo.

— Pope?!- Maya gritou.

— Eu preciso saber onde que eles vão se encontrar.- ele correu.

— Merda.- Kie saiu do carro.

— A gente vai atrás dele né?- JJ perguntou abrindo a porta para Maya.

— Vamos.

— Beleza.

— Aí, não podem deixar o carro aí não.- um homem gritou.

— Desculpa!

— A gente volta, se não meus pais me matam!- Maya gritou de volta.

Os três começaram a correr atrás de Pope, passando por diversas casas. Eles passaram por um quintal que estava tendo uma festa na piscina.

— Sean.- JJ olhou para ele.- É aqui que você mora, seu Kook.

— JJ!- Maya o puxou e eles foram até Pope, que estava parado em uma moita.- E aí?

— O que descobriu?- Kiara pegava fôlego.

— E-ele vai se encontrar com o Ward agora.- avisou agitado.- A gente tem que ir.

— Tá bom.

— Vamos, vamos.

— Hoje vai chover.- Maya comentou olhando para o céu escuro.

— Vai não, confia.- JJ deu uma piscadela para ela.

VOLTAMOS FAMIL!

14/10/2021

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