O filho de Jeff the killer

By ynitsed00

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A maçã podre não cai longe da árvore duas vezes... Jonah, o segundo filho de Jeff the killer e Sarah, não é... More

Cap- 1
Prologo
Cap-2
Cap-3
Cap-4
Cap 5
Cap 6
Cap 7
Cap 8
Cap 9
Cap 10
Cap 11
-;-

Cap 12

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By ynitsed00


Aviso de H-O-T

Vocês queriam hot desde a prisioneira de jeff the Killer e meus bebês.. eu atendi as suas vontades.
Tirem as crianças da sala. Se você é criança, devia nem estar lendo essa história pra começo de conversa, então cada um por sua conta.
E é isso. Beijinhos.
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!Leiam o cap com a música !
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Quando uma pessoa é insana, é melhor organizar as coisas.

Para viver, eu tinha organizado toda a minha existência em um sistema de recompensas e obstáculos. Se uma pessoa ultrapassa meus limites? Ela é um obstáculo, e eu - querendo ou não- a aniquilaria. A recompensa era poder viver mais um dia sem ser descoberto.
Mas o que era viver?

Aquela era a segunda vez que eu senti desejo, se eu fosse contar com mais cedo quando eu retribui o beijo dela.
Claro que em minha idade, eu sabia o que supostamente era prazer. Eu tinha lido sobre, mas nunca tinha entendido. Eu nunca tinha suspeitado da pressão, da selvagem emoção ao descobrir aquela sensação. Eu nunca soube da intimidade - sim, intimidade- que existia ao fazer aquilo com outra pessoa.
Nunca pareceu apelativo para mim. Eu era... desligado para muitas coisas. Como se algo estivesse faltando no meu cérebro.
Por que eu nunca tinha estado tentado por nenhuma outra, até aquele momento?
E por que parecia tão fácil, como se fosse a coisa mais natural do mundo?

Eu tinha uma lista de coisas para fazer. Uma lista curta. Ficar livre, me vingar do meu pai.
Eu não pensava muito além daquilo.
Antes.

Mas talvez... tivesse mais uma coisa.

Daisy. Minha para ter.

Por que não? Alguma coisa inteligente o desgraçado do meu pai tinha feito, tirando eu.
Contra todas as chances, ele havia colocado alguém que eu não tinha me sentido um estranho, com ela.
Alguém que eu poderia ser somente uma pessoa normal. Alguém que eu poderia querer.
Era óbvio que para tamanho presente, ele não teria chegado até mim pelas mãos dele se não tivesse sido originalmente uma punição.

— Voce é o castigo perfeito para mim. — deixei escapar, enquanto nos afastamos um do outro o bastante para respirar.

Porra, eu estava ofegante. E eufórico, como se estivesse bebido. Ela também, e demorou um pouco para que ela abrisse os olhos.

— Oh. — a testa dela franziu, e a face dela ficou lisonjeiramente desapontada. Eu falei errado, de novo.

— Nenhum homem quis tanto a penitência dele como eu. — expliquei simplesmente, com sinceridade.

Ela sorriu de novo, contente. — Você fala as coisas mais estranhas, sabia?

E eu não sei como eu pude ter achado ela apenas bonita.
Ela era de tirar o fôlego.

—Você sabe demais. — brinquei.

— E você beija bem. — ela continuou, com a voz descontraída.

Levantei a sobrancelha.

— Como você sabe? Você nunca beijou alguém antes lembra?

— Eu apenas sei — Ela deu de ombros, e o movimento fez com que a alça da blusa dela caísse um pouco, me chamando a atenção para as curvas suaves do corpo dela.

Eu queria toca-la ainda mais.

— Eu posso ser bom em várias coisas. — murmurei ao mesmo tempo em que levava minha mão devagar até a alça da blusa dela a levantando para o lugar, sem conseguir me conter em tocar a carne macia e tão diferente da minha. Apenas um roçar nos seios dela por cima da blusa, que trouxeram uma carga elétrica para meus dedos direto aos meus batimentos cardíacos. Eu queria ficar mais tempo ali, muito mais tempo, mas eu me contive em apenas um breve momento, alguns míseros segundos antes de levar minha mão até o ombro dela. Outra parte deliciosa, mas não tanto quanto.

— Eu acredito nisso. — a voz dela saiu trêmula e parecia tão afetada quanto eu. Mas eu podia ver nos olhos dela... algo mais. Algo escuro, misterioso.

— Algum problema?

Eu estava sendo muito ousado?
Em algum momento ela iria perceber que não era uma boa ideia onde estávamos chegando e desistir?
E onde estávamos chegando?
Merda. Que tipo de homem eu era que nem mesmo sabia o que estava fazendo?
Daisy, eu nunca pensei em beijar uma mulher -não não- eu nunca conversei com uma, fora a minha própria mãe, e agora eu estou começando a me convencer se devo ou não ter relações sexuais, mas em toda minha vida eu só toquei em pessoas quando elas estavam mortas.
Droga, até em minha mente isso saiu errado.
Eu não toquei em pessoas mortas. Eu toquei... mas não de uma maneira como eu quero tocar nela.
Ainda pior.

Ah, droga.

— Problema? — ela perguntou, e eu percebi que ela estava fingindo tranquilidade.

— Sim, Daisy. — esperei pacientemente, querendo e não querendo saber.

— Não. Nenhum problema. — rápido demais, sem nenhum piscar de olhos.

Ela estava escondendo alguma coisa.
Talvez eu estivesse agindo rápido demais. Poderia ser um problema. Sim, eu estava animado com a perspectiva de que eu podia ser mais normal do que eu pensava, e toda a descoberta da atração, mas eu tinha que me concentrar em meu propósito principal : Escapar.
Embora parecesse muito confortável onde eu me encontrava, e talvez aquilo fosse também uma armadilha, percebi pela primeira vez.

Fomos tirados de um cubículo sufocante e colocados naquela casa como um premio quando na verdade não se passava de outra prisão. Ainda estávamos sendo enganados, roubados de nossa liberdade e sem condição de ditar nossas próprias vontades.

Eu não queria estar aqui. A presença de Daisy me distraiu da realidade da situação, e aquilo eu não poderia aceitar. Era perigoso, e muito inteligente eu tinha que admitir.

Eu tinha que botar a cabeça no lugar, e parar de agir como um adolescente.

Porra. Aquela era a primeira vez que eu me condenava por agir como um.

Parte de mim ficava feliz por isso, ao mesmo tempo que revoltado.

Eu estava uma bagunça completa.

— Já está tarde... —olhei ao redor mas lembrei que não havia relógios com uma careta— provavelmente.
Acho que o mais inteligente — seja inteligente, seja inteligente — é encerrar a noite e dormir. Não sabemos o que vai acontecer amanhã, e depois do que aconteceu, nosso plano vai ter que ser mudado.

— Mudado? — ela perguntou bobamente, e a testa dela se enrugou.

— Agora estamos aqui em cima — expliquei— não precisamos de um plano tão elaborado assim. Provavelmente iremos escapar mais cedo do que pensávamos. Você, acima de todo mundo deve querer isso, então temos que nos organizar.

Levantei do sofá a contra gosto.

Pernas idiotas, me obedeçam.

— Precisamos de uma grande noite de sono.

Falei enquanto me afastava dela, sem olhar para trás.
Eu não queria correr o risco de me arrepender e continuar onde parei. Eu não queria me fazer de idiota completo.

Mas enquanto eu colocava distância entre nós, eu sabia que o que eu não queria, era descobrir algum sinal negação nos olhos dela.

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"Eu, acima de todas pessoas devia querer escapar."

Sim. Estava certo. Ou não.

Para onde eu iria? Uma vozinha em minha cabeça finalmente decidiu me perguntar e eu percebi que eu não havia pensado naquilo até agora.

Desde meu sequestro, minha maior preocupação foi sobreviver, e junto com Jonah, arrumar um jeito de escapar para continuar onde eu parei.

No dia que eu fui sequestrada eu estava fugindo.
De uma maneira diferente, mas ironicamente aquilo ajudou no processo de adaptação a minha nova situação de vida.

Ora, se eu já estava fugindo de um passado terrível, eu já tinha colocado em minha cabeça - de uma maneira impulsiva- que eu iria embora, abandonar tudo, sem nenhuma casa, ou dinheiro, não poderia ser tão diferente de outra fuga, não é?

Mas agora, naquele momento, a realidade realmente me abateu.

Sim, eu nunca mais veria o meu tio, disso eu tinha certeza. E sim, eu precisava fugir.

Mas para onde eu iria?

Quando tudo aconteceu, eu não pensei para onde ou o que eu faria.
Eu não tinha psicológico para mais emoções, e eu simplesmente agi.

O que aquilo me acarretou? Fui sequestrada e mantida em cárcere privado por um louco que me aprisionou com o próprio filho. Um filho assassino.

Não, não apenas aquilo.

Jonah... não era o que eu esperava.
Ele era diferente e peculiar com certeza mas... também gentil e cuidadoso.
Ele tinha grandes problemas psíquicos, eu podia ver isso e pude presenciar em primeira mão quando ele se descontrolava, mas ele nunca foi violento. Ele nunca tentou me machucar ou me desrespeitar.

Ele até disse para eu matá-lo caso ele chegasse perto demais quando estava tendo um de seus acessos, o que eu com certeza não seria capaz de fazer por que Jonah era meu amigo, o único amigo que eu tive.

não, retirei isso, não era verdade.
Amigos não se beijavam como nós nos beijamos.
Ele era algo mais.
Melhor que um amigo, ele me fazia sentir como eu nunca me senti. O que era assustador, não somente pelo meu passado.

Eu nunca me interessei por nenhum garoto, principalmente por causa do meu tio.

Eu nunca beijei alguém, ou tive relações sexuais.
Eu sabia que tinha sorte dele nunca ter tido coragem o bastante para tentar me forçar, não sei se pelas minhas ameaças de contar aos professores ou por que ele não podia. Ele preferia me machucar fisicamente vez ou outra ou me deixar aterrorizada quando me intimidava com palavras nojentas ou me observar enquanto eu dormia.

Eu estava em constante alerta, sem saber quando seria o dia que ele iria mudar de ideia.

Eu estive sozinha por anos, até que eu vim parar...aqui.

Era óbvio que isso aconteceria de novo quando fôssemos escapar.
E o que eu esperava? Que Jonah e eu...

Balancei a cabeça, rechaçando a ideia antes mesmo de fórmula-la.

Minha mente traiçoeira não me obedeceu, me bombardeando com imaginações fantasiosas, em que escapávamos e iríamos juntos, para longe.

Jonah como eu; estava fugindo do seu passado.
Como eu, ele também era refém de um familiar.
Ele me entenderia? Ele poderia querer também?
Eu sabia que ele estava interessado em mim agora, enquanto estávamos presos, mas e depois?

Meu futuro estava novamente, terrivelmente incerto.

E eu estava com medo, por que pior do que tudo, eu estava começando a gostar da minha prisão.

E isso, faria eu ser a mais louca entre todos nós.

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Depois de alguns minutos, ou talvez uma hora, eu decidi que não iria mais me esconder como uma pequena medrosa.
Não havia sentido de eu ficar naquele sofá a noite toda, e eu queria ir para a cama. Eu estava sonhando com ela desde que a vi mais cedo.

Jonah podia ter razão.
Uma boa noite de sono era o que precisávamos para deixar os pensamentos em dia.

Marchei até o quarto em passos preguiçosos.
Encontrei Jonah, deitado na cama, sem me surpreender. A casa não era tão grande e como não havia saídas, era apenas óbvio que ele também estivesse ali, mas aquilo não evitou que eu sentisse meu coração palpitar mais forte, como toda vez que eu o via.

— Olá. — Eu disse, no pé da porta.

Ele se levantou em parte, de maneira dura.


— Oi. Você demorou. Quase pensei que teria dormido no sofá.

Apertei os lábios, envergonhada.
— Ah, é... eu estava pensando. E eu também não sabia se iríamos dormir no mesmo... — não gagueje, não gagueje — no mesmo lugar.

Pela expressão dele, pude ver que ele não esperava que eu dissesse aquilo. Ou melhor, ele não havia entendido minha dúvida.

— Claro. Eu posso dormir no sofá.

Me inclinei pra frente, com as mãos para o alto— Não! Eu... tudo bem, quer dizer, eu quero que a gente durma no mesmo lugar.

Ele levantou a sobrancelha.

— Não que eu queira mas... você entendeu.

Me sentei na beira da cama me sentindo exausta e querendo sumir da face da terra.

— Tem algum problema? — ele havia se mudado para o meu lado, mas em uma distância confortável.
Eu quase poderia encostar nossas pernas, se eu fosse um pouco mais para o lado... o que eu não iria fazer.

— O que? Não.

O que havia comigo aquela noite? Ele parecia ver sobre minha pele. E aquilo era a última coisa que eu desejava. Nem eu mesma queria me ouvir, quanto mais ele...

— Eu quero usar uma de minhas perguntas agora.

— Quê? — perguntei, confusa.

Ele esclareceu.
— Minhas perguntas. Eu acredito que ainda tenho duas de sobra.

Oh. Ele estava falando da brincadeira que tivemos quando eu havia chegado ali. Ele tinha feito eu perder uma delas sorrateiramente bem no início do jogo e decidiu que as usaria depois. Eu sequer me lembrava mais.

Balancei a cabeça para clarear meus pensamentos.

— Certo... pode perguntar, eu acho. — concordei com desconfiança. Eu não estava gostando para onde aquilo estava indo.

Um sorriso cintilante no rosto de Jonah.
— E você vai ter que dizer a verdade.

Eu sabia das regras e não estava contente com elas.
Acenei com a cabeça, me sentindo em uma armadilha cada vez mais.

— Você está arrependida de ter me beijado?— ele disse, de maneira direta.

Arregalei os olhos surpresa e sem entender o por que dele achar aquilo.

— Claro que não.

Os olhos dele me examinaram friamente até que ele decidiu acreditar no que eu tinha dito e foi a vez dele de parecer confuso.

— Por que você está agindo diferente? Me deixe refrasear isso — ele balançou a cabeça — qual o motivo exato?

Eu sabia que ele era esperto e não iria facilitar para mim.

Me balancei desconfortável — Eu não estou agindo diferente.

Ele me encarou, sério. Eu fiz uma careta, sabendo que não poderia mentir.

Eu não esperava que a pergunta pudesse chegar a aquele tópico, nem em um milhão de anos e eu com certeza não queria falar sobre ela, mas eu não queria mentir para ele; e iria além das regras.

Eu estava em uma encruzilhada. Se eu mentisse, ele iria perceber e iria contra as regras que estabelecemos sobre as perguntas, e eu gostava da sinceridade que tínhamos um com o outro.
Por outro lado eu não queria falar sobre meu passado conturbado e tinha vergonha e receio daquilo. O tempo estava passando e eu não sabia o que dizer.

— Eu respondo a você... se você me responder primeiro. A última pergunta que eu tenho.

Soltei, de maneira tensa. Eu estava quase desistindo de tanta vergonha alheia, mas agora que eu disse, não dava para voltar atrás.

Eu estava segurando meu fôlego.

Ele franziu a testa, mas concordou com a cabeça, curiosamente.

Certo, eu só tinha uma pergunta e eu tinha que ser direta, como ele.
Como fazer isso sem morrer por dentro?
Droga. Meu coração já estava batendo como louco e os segundos se passavam e eu não conseguia tomar coragem para soltar as palavras.

Você é mais corajosa do que isso, eu reclamei comigo mesma.

Será que sou mesmo?

Fechei os olhos e derramei de uma vez.

— Quando a gente conseguir fugir, ficaremos juntos?

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— Defina "juntos" — foi tudo que eu disse.
Eu ainda estava sem acreditar que tinha ouvido certo. E bem que poderia ter me enganado diante da falta de convicção que ela havia falado, quase sem ar.

Nervosa que eu fosse recusar?

— Essa não é a pergunta. — ela me olhou desconfiada e provavelmente envergonhada.

Era engraçado que ela parecia tão vulnerável ao me perguntar aquilo, quando eu por outro lado, não poderia ter ouvido algo melhor. Mas eu tinha que saber o que ela realmente queria dizer com aquilo, não queria assumir errado.

— Eu não posso responder se eu não souber verdadeiramente sobre o que se trata a pergunta.
Juntos, você quer dizer juntos como um casal, ou juntos para encontrar um lugar para ficar?

Uma batida do coração depois.
— Qualquer uma das alternativas — ela falou tão baixo que eu tive que me esforçar para ouvir bem.

O rosto dela avermelhou como um morango.

Porra. Eu poderia ter tanta sorte?

— Eu não tenho certeza. — comecei, devagar— mas eu pensei sobre isso.

O rosto dela se iluminou tirando um pouco da carranca envergonhada e tímida que estava obstruindo seus antigos traços— Pensou?

— Sim. — respondi, de leve — mas eu não sabia que você iria querer.

Silêncio.

Era aquele o momento em que eu deveria falar mais.

Certo, como se fazia isso mesmo?

— Podemos ficar... — eu parei, tentando limpar minha mente , me orientar — juntos. Em qualquer das alternativas, quando sair-mos daqui.

Foi o que eu consegui dizer.
Deixei aquilo flutuar por um tempo sobre o recinto.
Eu não me senti arrependido assim que eu falei, e de acordo com a expressão dela, ela também parecia em estado de comtemplação e admiração ao mesmo tempo.

Parecia certo.
Não fugir sozinho.

Apenas dizer aquelas palavras mentalmente era extraordinário.
Não parecia real.
Eu, que nunca encontrei felicidade ao lado de pessoas, estava disposto a me comprometer em estar com ela, e protegê-la do meu pai, e qualquer pessoa que entrasse em meu caminho.

Por aquilo, eu poderia não matá-lo.
Eu iria apenas machuca-lo bem feio, por tudo que ele tinha me feito passar.

Eu sabia que eu voltaria com um ou dois ossos quebrados, provavelmente.
Mas eu teria minha vingança sobre ele.
E aquilo poderia bastar, teria que bastar.

E então iríamos para algum lugar isolado, e distante.
Um lugar que não houvesse outras pessoas e assim eu nunca mais me descontrolaria.

Isso, eu gostava daquilo.

Eu seria normal. Ou o máximo normal que uma pessoa que não podia estar ao redor de outras poderia se chamar de "normal".

Mas ao menos... ao menos de uma pessoa, eu poderia estar perto. Me senti satisfeito.

Uma pessoa já era demais. Era o bastante para mim.
O fato que eu não precisava convencê-la daquilo, tirava a pressão mental e exaustiva que eu colocava em mim mesmo.

Mas não fazia com que eu me esquecesse do propósito inicial.

— Agora que sabemos que estaremos... juntos — e todo o significado daquela palavra, que eu ainda descobriria mais para frente — Você ainda me deve uma resposta.

Nós nos olhamos em silêncio. O rosto dela estava sério, como se estivesse pensando em algo que a desagradava fortemente. Ela não gostava do que iria falar, mas eu sabia que ela diria a verdade, então eu esperei.

Ela abriu a boca e a fechou.
Ela fez isso algumas vezes enquanto pensava como falar, até que eu estava verdadeiramente curioso com o que poderia fazer com que a grande Daisy não encontrasse palavras.
Já que ela me garantiu que não havia se arrependido do beijo, e eu acreditei graças ao surpreso pedido dela de me acompanhar depois da fuga, cada segundo que se passava me fazia mais ansioso.

Sim, ansioso. Eu queria saber o que ela estava escondendo, e por que aquilo a abalava tanto.

— O motivo de eu agir "diferente" — ela fez sinal de aspas com as mãos de maneira forçada, e eu a encorajei com o olhar, que ela não retribuiu, olhando para cima. Sinal que ela estava ainda envergonhada. Curiosidade, curiosidade — é que... eu tenho medo. As vezes.  — ela disse com dificuldade.

A olhei, sem entender.

— Medo de mim?

Ela arregalou os olhos — Não! Não de você. — ela suspirou e fez uma careta.

— Como você já deve imaginar, eu nunca estive com um garoto.

Ela começou, e eu pacientemente acenei.

Como eu, ela nunca havia beijado. E se nunca beijou, ela também não havia feito sexo, era óbvio.
Isso era natural para mim, mas agora eu me perguntei o por que ela nunca havia feito aquilo.
Ela era linda, não tinha problemas de raiva, e certamente seria fácil para alguém como ela encontrar qualquer cara para resolver aquela "questão"

— Eu nunca me interessei por ninguém. Garotos quero dizer... e tinha também o meu tio. — as palavras dela ficaram presas. Depois de respirar, ela tentou novamente — ele não era uma pessoa muito boa.

Ela riu estranho. Uma risada forte e amarga.

Eu não estava gostando de onde aquilo estava indo e parecia que iria gostar ainda menos.

— O tio que você fugiu?

Ela acenou rígida — Sim. Ele não, ele nunca me fez... — ela não sabia que palavras usar, ou não parecia querer sequer dizê-las — mas havia algumas insinuações, e bem, o perigo era real.

Eu engoli o caroço que estava rapidamente crescendo em minha garganta. Meu estômago azedou, eu sabia agora o que ela estava falando, mas meu ouvido estava fazendo um zumbido esquisito. Ou talvez fosse eu.

— Eu acho que eu devo estar grata por nunca ter sido... quer dizer, ele apenas me olhava enquanto eu dormia, ou me batia quando eu fechava às portas do quarto ou do banheiro...

— Ele batia em você? — perguntei, e minha voz soou áspera até para meus ouvidos.

Ela se encolheu.

— Poderia ter sido muito pior— ela contou como se estivesse se explicando para mim — se eu não tivesse que ir à escola todos os dias e ele não fosse um covarde, mas então eu me formei, e como eu não iria mais para escola, bem, eu tive que sair de lá.

Um novo tipo de raiva, mais aguda do que nunca, me cortou como uma navalha.

Pensamentos sombrios rodearam minha mente. Dezenas de possibilidades violentas, daquela vez eu nem mesmo me envergonhei ou tentei suaviza-las.

Como aquilo foi escondido por tanto tempo?
Escondido não, me corrigi.
Eu não havia percebido. Eu havia visto a garota, desejado ela, mas realmente eu não sabia o bastante sobre ela. Não sabia a porra do bastante.
E enquanto eu estava aqui amaldiçoando minha sorte, ela tinha passado um tipo diferente de inferno com um familiar.

O tipo que nenhuma pessoa deveria passar. Nunca.

Novo nome para minha lista de vingança? Com certeza.

Mas eu precisava saber o nome dele primeiro.

Me levantei da cama, com um propósito.

— Quem é ele? Qual o nome dele?

A adrenalina começou a bombear em minhas veias e eu a encarei, querendo uma resposta.

— O que? Do meu tio? Por que... — a voz dela estava baixa de novo, assustada, mas isso não me fez parar.

— Por que ele está morto, claro. — respondi, em tom severo.

— Jonah... — Daisy se encolheu, e a voz dela ficou suave, como se ela estivesse prestes a chorar.

Mas eu não via nada além das imagens violentas em minha fantasia.

— Será a primeira coisa que faremos, não, a segunda logo após eu tratar do meu pai. — eu planejava tudo em minha mente, gostando daquela ideia.

Ou talvez eu devesse tratar dele primeiro... até mesmo ela o chamou de covarde, ele devia ser do tipo fraco mas que gostava de judiar dos mais fracos. Eu não sofreria nenhum dano. Mas com meu pai seria diferente, eu com certeza me machucaria, então eu deveria lidar com o tio dela primeiro... assim eu voltaria intacto para tratar com ele.

Ela se levantou da cama em um salto e se aproximou de mim alguns passos — Não! Não vai ser necessário você adicionar mais um plano para sua vingança. Ele nunca irá me importunar novamente. — ela levantou o queixo para parecer valente, mas as palavras dela saíram trementes.

Com certeza. Eu me certificaria disso.

O rosto dela se tornou carinhoso — Eu agradeço de verdade o que você acha que está fazendo por mim... mas não será necessário. Eu prometo. Eu só quero... esquecer tudo isso e ir embora. Com você.

As palavras dela acalmaram minha cabeça um pouco, mas não o bastante.

O meu sangue aumentou com o desafio de procurar o bastardo.
Pensar no filho da puta batendo nela, ou apenas olhando para ela me deixava prestes a ver tudo vermelho de novo e aquilo não seria bom para nenhum de nós. Eu não queria parecer um maluco como da outra vez em que eu perdi o controle, e com certeza não queria mandar ela ter que se defender de mim depois do que ela falou. Não, eu não queria que ela tivesse que fugir de mim.

Mas o que eu poderia fazer para evitar de imaginar minhas mãos no pescoço dele? E daquela vez, eu não me arrependeria.

Meus olhos queimavam e eu sabia que aquilo não iria dar certo se eu continuasse com aquela linha de pensamento.

— Daisy, eu estou prestes a ver vermelho de novo. — eu avisei, me odiando por admitir, mas querendo que ela ficasse preparada.

Meus dedos das mãos e dos pés formigaram e a sensação familiar sinistra tomou conta aos poucos.

Daisy separou a distância entre nós e pegou a minha mão nas dela.

Ela estava me olhando com um misto de ansiedade e cautela.

A mão dela sobre a minha era reconfortante, mas não o bastante. Ela devia ir para longe, e não ficar perto.

Ela devia sair...

E então ela estava me beijando de novo.
Chocado por um instante, eu não fiz nenhum movimento até que ela tocou meus lábios com a língua da maneira que eu fiz da outra vez, e eu perdi a cabeça.

Como da outra vez, o gosto dela me fez esquecer e eu não tinha outra alternativa a não ser ficar onde estava, nos lábios dela, no calor dela.

Minhas mãos voaram para a cintura dela enquanto eu a apertava para mais perto, saboreando mais, aproximando, sentindo.

E lá estava. A vontade de aprofundar o beijo, de pegar mais do que ela estava me oferecendo.
Eu já não estava contente com apenas beija-la. Eu precisava de mais dela. E eu não queria assusta-la.

— Eu já estou me sentindo melhor agora — admiti a contra gosto, sabendo que se eu ficasse calado eu poderia fingir que ainda estava um desequilibrado para assim ela continuar me beijando.

— Não importa. — ela sussurrou, com os olhos entreabertos e me atraiu mais uma vez para a sua boca rosada.

A fome estava de volta. Mais forte e voraz do que antes.

— Mas... o que você disse antes...

O que estou fazendo, imbecil?!

Os olhos dela brilharam — Você não é como ele. Você não é como ninguém que eu tenha conhecido.

— Isso não é um elogio. — minha voz estava tão tensa quanto a dela, mas eu estava me aproximando de novo.

Tão perto.

— Também não é uma ofensa.

— Então é isso que vamos... — clareei a garganta — fazer? Você tem certeza?

Perguntei com veracidade, a olhando nos olhos.
Minhas mãos voltaram na cintura dela, daquela vez com mais pressão.

Sem volta.

Ela tinha que saber. Assim como acender um fósforo, uma reação química explodiu dentro de mim. Eu não a deixaria ir.

Ela assentiu com a cabeça lentamente — Sim. Eu... eu não sei o que fazer... mas — ela de repente ficou insegura, e apertou os lábios.

— Vamos descobrir. — eu completei.

Um sorriso corado se espalhou pelo rosto dela.

— Parece uma boa ideia para mim.

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Jonah não se parecia em nada com o homem que me criou, isso estava muito claro.
Mesmo que pudesse praticamente sentir a sua irritação, ele nunca me atacou. Ele não levantou um dedo para me machucar.

Na verdade, era o oposto. Sempre que Jonah me tocava, eu sentia conforto, proteção, prazer.

Aquela última, sendo novidade para mim.

A coluna do meu pescoço se esticou quando eu inclinei a cabeça para trás, querendo manter os olhos nele.

Ele parecia estar sobre controle comparado a antes, quando... não, eu não queria lembrar novamente.

Eu queria esquecer toda minha vida passada. Esquecer o por que estávamos ali naquele lugar assombroso e me concentrar nele.

Jonah.

Ele retribuiu meu olhar com mais intensidade e eu percebi o quão longe ele tinha ido desde a primeira vez que nos vimos e ele sequer me encarava, por mais de poucos segundos. Mas quem era eu para falar? Eu também havia evoluído bastante para chegar até aqui.

E quando ele me levou de volta a cama e nos deitamos nela, nossos corpos colados, eu percebi que sim, eu havia mudado, e estava contente.

Ele voltou a me beijar e eu perdi a linha do raciocínio, me prendendo na maneira que as nossas línguas se entrelaçavam.

Era muito diferente do beijo que eu pretendia dar no começo, e o que nos levou até aqui.

Era incrível.

Até que eu senti as mãos dele devagar se elevarem até a minha blusa e eu levantei os braços para ajudá-lo a retirá-la mais rápido, sentindo meu coração disparar.

Eu respirei fundo quando o ar frio lavou a parte superior do meu corpo, sobre os meus seios.

Eu estava ansiosa por totalmente outro motivo agora.

Ao menos estava escuro e ele não me veria totalmente.

Não tive tempo de me preocupar o bastante por que ele voltou a me beijar, e eu relaxei mais em seus braços.

Eu não sabia se ele estava me dando tempo para me acostumar, ou ele estava fazendo aquilo por ele mesmo.

Afinal, ele era tão inexperiente quanto eu, embora eu não poderia dizer aquilo pela maneira que ele liderava a situação, o que eu dava graças a Deus — já era novidade e excitação o bastante eu estar fazendo realmente aquilo, quem diria tomar a iniciativa —
e as mãos dele voltaram ao meu rosto.

Mas eu não estava satisfeita, já que só eu estava de shorts enquanto ele estava totalmente vestido.

Fiz um som de protesto em que eu esperava que ele entendesse enquanto ainda de olhos fechados eu apertei a camisa dele com as mãos, e ele quebrou o beijo por alguns segundos e quando voltou, eu percebi o calor pele com a pele que eu queria.

Voltei a toca-lo no topo da sua clavícula mas daquela vez em vez de pano, era ele, todo ele.

Os beijos estavam mais calmos agora, quase preguiçosos. Até que ele baixou a mão, em direção aos meus seios.

Eu não estava esperando o arrepio que me percorreu, com aquele movimento. Ele não foi rápido nem exagerado, me deixando acostumar com a nova intimidade e eu podia sentir meu coração derreter ainda mais por aquele gesto, ao mesmo tempo em que eu queria mais.

Eu queria que ele me tocasse e eu queria que ele soubesse que eu não iria ter medo dele. Nunca mais.

— Jonah— eu suspirei, simplesmente.

— Tão linda — a voz dele retumbou baixo. Naquele momento eu me senti linda, e frágil diante dele. Descoberta, de corpo e alma.

— Eu devo...? — a voz dele sumiu e eu percebi que ele estava olhando para meus seios, como se estivesse enfeitiçado. A boca dele estava tão perto que a respiração dele encostava em meus mamilos e eu percebi que ele estava me pedindo autorização para beija-los.

— Se você quiser. — consegui responder, abafadamente.

Eu estava hipnotizada com a imagem dele, e ao mesmo tempo ansiosa.

Ele levantou a sobrancelha, ainda sem tirar os olhos — E como eu quero. — foi a resposta suave, até que muito devagar, ele fechou os lábios sobre um mamilo, trazendo uma corrente elétrica para todo meu corpo.

Eu suspirei com o contato da boca dele, e arregalei os olhos de surpresa com o sentimento de total euforia com que aquela pequena ação poderia acarretar.

Fechei os olhos automaticamente e minha cabeça caiu para trás.

— Fascinante.

Ele voltou para plantar um pequeno beijo em meus lábios que me deixaram querendo mais, mas então ele desceu até meu pescoço deixando uma trilha de beijinhos, onde ele encontrou novamente meus seios e com um suspiro satisfeito, continuou com a exploração, mais embaixo... e mais embaixo...

Até que eu franzi a testa, alarmada.

— Jonah... o que você está fazendo?

— Eu quero a experiência inteira. — foi a resposta dele, e aquele não era o Jonah que eu estava acostumada. Era outro Jonah, mais ambicioso, perverso.

— Mas... — mordi os lábios envergonhada. Eu estava mortificada.

— Sem mais, Daisy— ele sorriu, e eu senti que perdi parte da minha sanidade junto. — Seja uma boa menina e fique quieta. Eu não mordo.

E ele não mentiu. Ele não mordeu, mas o que ele fez não poderia ser denominado como correto também.
Quando o primeiro toque da língua dele pressionou a protuberância do clítoris as minhas costas se arquearam com a sensação disparada em meu interior. Meus dedos se cravaram nos ombros dele, incitando-o sem palavras a continuar.

O prazer foi agudo e intenso... e eu não fazia ideia que poderia ser assim.

Ele continuou, até que eu perdi totalmente a inibição e o controle, e mesmo assim ele não parou.
Eu não podia abrir os olhos e contemplar o que estava acontecendo, e eu me encontrei em um estado de absorção em que eu não lembrava nem meu próprio nome.

Eu não iria aguentar daquele jeito se ele continuasse mais.

Eu queria ele. Jonah. E eu precisava agora.

Poucas horas antes, o pensamento me encheria de receio mas agora... agora eu precisava dele dentro de mim.

— Jonah... agora. Por favor — pedi entre fôlegos, sem saber o que mais dizer.

Ele me acatou, depois de alguns segundos de tortura, doce tortura.

— Mas e você...? — eu perguntei sem fôlego, querendo fazer ele se sentir tão bem como eu tinha estado. Com certeza eu não teria tanta maestria, ninguém teria, mas eu queria tentar.

Depois. Teremos tempo. — ele afirmou, de maneira apaixonada.

Ele se elevou sobre mim ficando entre minhas pernas e eu respirei fundo, e quando eu procurei por alguma objeção própria eu não encontrei.

Era aquilo. Estava acontecendo. E com Jonah, como deveria ser.

Estava escuro mas eu não podia deixar de perceber que ele havia tirado a calça, e estava completamente nu e diferente de mim, ele não parecia tão embaraçado em eu olhá-lo.

O que fazia sentido, já que ele era perfeito.
Músculos no lugar certo, mas não do tipo que vive na academia. Ele tinha os bíceps bem definidos e proporcionais ao corpo dele, com veias proeminentes nos antebraços e a barriga mais linda que eu já vi em toda minha vida. Alguns gominhos apareciam e ele tinha aquela entrada lateral que iam em direção do seu...

Eu respirei fundo e tentei não arregalar os olhos como uma puritana.

Ele era grande, eu podia perceber mesmo que eu nunca tivesse visto outro...

Droga Daisy, estamos a ponto de fazer sexo, eu posso dizer a palavra em minha mente.

Seu pau.

— Você sabe como fazer isso?

Perguntei um pouco assustada, depois de ter olhado para ele.
Nós dois éramos virgens, e se ele não conseguisse colocar...lá?
Não parecia que seria algo fácil, engoli em seco.

— Sim. — Ele respondeu, divertido.

Franzi o nariz — Tem certeza?

A expressão dele ficou sóbria— Acredite em mim, é algo instintivo.

Acenei com a cabeça não convencida totalmente.

— Se você quiser parar... —a voz dele estava rouca, mais profunda do que nunca, mas pelo menos ele ainda tinha palavras. Eu me sentia em uma montanha russa de emoções.

Espera, ele disse parar?

— Não. Eu quero isso. Você. — assegurei, e era sério.
Eu não queria que ele pensasse que eu estava querendo desistir, ainda mais depois de tudo que eu senti.

—Nós. — ele corrigiu e eu acenei mais rapidamente, novamente sentindo aquela necessidade.

Todos meus pensamentos voaram para longe. Meu único foco, o corpo de Jonah. A ligação entre nós.
Eu segurei o impulso de fechar os olhos enquanto ele angulava seu corpo sobre o meu, o penis na mão, guiando em direção a minha abertura.

— Calma. — ele murmurou, mas algo em dizia que era mais para ele do que para mim.

Ele pressionou para dentro. No início meu corpo lutou se esticar ao redor dele. Eu sibilei com a dor de tentar acomodar a ele pela primeira vez.
Por sorte, ele estava tão cauteloso quanto eu, e ele agiu com paciência, devagar.

Os lábios dele novamente caíram sobre os meus e daquela vez eu tive uma boa desculpa para fechar os olhos, e me perdi no momento.

Era incrível. Não tinha como descrever o que eu estava sentindo.

Depois da dor desconfortável, eu tinha começado a me acostumar e Jonah não parecia estar apressado ou nem um pouco irritado em levar as coisas devagar.

A respiração dele estava mais alta que a minha, e depois de muitos beijos ele apoiou a testa dele na minha, e finalmente começou a se mexer.

A dor se transformou em prazer, um prazer diferente de tudo que eu já havia sentido até agora.
Nada podia se comparar.

A fricção da pele dele contra a minha. Dentro e fora.
Aquilo era certo. Muito certo.
Jonah,o cheiro dele.
O sentimento. Aquilo era tudo que tinha perdido em sua vida.

Movi me contra ele quando ele começou a empurrar. Não pude evitar. Não controlava mais meu próprio corpo.

Eu não fazia ideia quanto tempo Jonah esteve dentro de mim. O tempo perdia o sentido com ele, naquele instante. Tudo que importava era a marca ardente do desejo. Os gemidos dele contra meu peito. O cheiro dos nossos corpos me envolvendo como um cobertor.

Ele estava apertando meu quadril com as duas mãos, e estava começando a ficar mais forte, mais violento.

Abri os olhos e o encontrei me olhando de maneira intensa, quase febril.
Só então, Jonah empurrou todo o peso do seus quadris pra baixo, enterrando seu penis incrivelmente profundo.

Deixei escapar um gemido de surpresa e um pouco de dor. Não esperava por aquilo e me pegou desprevenida.

Mas Jonah não parecia estar nele mesmo, e ele me encarava muito contidamente, como se estivesse em transe.

Eu percebi não alarmada como deveria, que ele estava perdendo o controle de novo.

— Jonah... fique comigo. Por favor. — implorei para ele voltar de onde ele desaparecia quando estava em seus acessos.

E como eu suspeitava, não acontecia apenas quando ele tinha raiva.
Era com emoções fortes demais que o faziam perder a cabeça. Talvez ele se assustasse com a reação dos próprios sentimentos, o que fazia ele ver tudo vermelho como ele mesmo dizia, e perder o controle das próprias ações.

Mas aquilo não iria acontecer. Não enquanto eu estivesse aqui.

— Jonah — falei com mais firmeza, e as mãos dele se afrouxaram mais em meu quadril, sinal que ele estava voltando para mim — Volta para mim, Jonah.

Ele piscou com confusão, ainda dentro de mim, ainda empurrando, rápido, fundo.

Mas não tanto quanto antes, o que significava que ele não estava mais me machucando.

— Isso, amor — sussurrei orgulhosa e o beijei como da outra vez para acalma-lo, e aquilo pareceu fazer efeito.

Suspirei quando ele voltou a atenção para os meus seios, com cuidado no começo até que as sugadas se tornaram mais persistentes, e eu tremi em deleite.

Era demais. Meu corpo, coração, estavam cheios por ele. Completamente.

E quando ele mordiscou um mamilo em sua boca, todas as sensações se estilhaçaram, explodindo e levando o que restava da minha mente racional.

O prazer era tão grande que beirava a dor.
Mas não era dor, era algo mais profundo.

No último instante, Jonah saiu de dentro de mim, e eu me senti vazia até que ele se derramou ao meu lado com um gemido final.

Eu nem mesmo tinha pensado antes, ingenuamente esquecendo que poderia ficar grávida se ele não tivesse saído de mim antes de ter encontrado a liberação tanto quanto eu.

Eu estava agradecida por mesmo sendo a primeira vez dele também, que ele tivesse feito aquilo.

Agradecida e cansada. Muito cansada.

E quando ele se deitou ao meu lado eu simplesmente me apertei contra o peito dele, respirando, até que a doce felicidade do sono veio e me levou embora.

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