Por uma noite

By mychaellen

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O Halloween chegou e não trouxe apenas doces e travessuras. Pelo contrário, o amor está no ar e envolve princ... More

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Era uma vez, a muito tempo atrás, duas garotas apaixonadas. Uma tinha curtos cabelos loiros e olhos de um azul profundo, já a outra, tinha longos cabelos negros com as pontas roxas e olhos castanhos. Elas se amavam muito, mas por ironia do destino, nunca conseguiram se declarar abertamente para a outra.  Entretanto isso estava para mudar. em uma noite que ninguém esperava nada, algo no minimo mágico aconteceu. Era dia 31 de outubro, a noite de Halloween.

Juleka, a jovem de cabelos roxos, se arrumava em sua casa, que coincidentemente também era um barco. Ela vestia sua fantasia de bruxa, ansiosa para a festa feita pelo Sr. Bonjuar e para passar mais tempo com sua querida Rose. Enquanto dava os últimos toques em sua fantasia, ela esculta alguém entrando em seu quarto e pula de alegria ao notar que é a loira fantasiada de fadinha. Sem conseguir se conter, Juleka a abraça sorridente, corando logo que percebeu o que estava fazendo e se afastando, usando de seu cabelo para esconder as bochechas rosadas.

- O-oi Rose. Você esta linda... quero dizer, você é linda... que-quero dizer...

Ela se embaralhava com as palavras enquanto tentava elogiar a menor, que apenas ria e assentia. Rose admirava ela enquanto falava, pensando em o quanto ela estava encantadora naquela roupa e o quanto se sentia bem perto da mesma. 

- Você também está incrível com essa fantasia Ju. Vamos?

A morena assentia e timidamente pegava a sua mão, a guiando para fora do barco, em direção a praça onde estava ocorrendo o evento. No caminho elas viam varias pessoas fantasiadas de varias coisas indo para o evento e ficavam comentando sobre as fantasias, sorrindo. 

Após alguns minutos, ambas chegam no evento que estava cheio de jovens de sua idade, com varias roupas que combinavam demais com suas roupas. Marinette, uma amiga de ambas, se aproximou delas com uma vestido vermelho com pintinhas pretas, estilo as roupas antigas. 

- Oi meninas, que bom que vieram. Amei a fantasia de vocês.

- Você também está linda. Então, vai se declarar pra ele hoje né?


Perguntou Rose e por ele, ela se referia a Adrien Agreste, o garoto loiro desconhecido que chegou na escola e roubou o coração da Mari no primeiro dia. Apesar de ser estranho nunca termos ouvido falar dele mesmo ele morando na mesma cidade que nós por um bom tempo. Juleka apertava a mão livre, nervosa ao lembrar que quase todo mundo teve uma quedinha por ele e que talvez a Rose preferisse alguém como ele.  Antes que pudesse pensar mais a respeito, Alya e Nino chegam, ela vestida de raposa e ele de tartaruga. Alya pulava abraçando a Mari por trás rindo.

- Claro que ela vai né amiga? Ou então ela vai me ajudar a colher as fofocas da cidade por um mês inteiro.

Mari corava assentindo, mas então via algo e corria se escondendo atrás de nós.  Nos voltamos para onde ela tinha olhado e vemos o Adrien se aproximando, fantasiado de gato preto. Logo entendemos tudo e nos controlávamos para não rir. Ele chega e nos cumprimenta, parecendo perdido.

- Oi Adrien, a procura de algo?
- Oi gente... eu pensei ter visto a Marinette vindo para cá, mas acho que me confundi e acabei a perdendo de vista... - ele coçava a cabeça sem jeito - Acho que vou ter que procurar mais...

Antes que ele terminasse de falar, Alya e Nino já o puxavam pra longe dizendo que ia lhe ajudar a procurar ela, deixando apenas as duas e a Mari, que soltava um suspiro aliviado e saia de seu esconderijo. 

- Melhor você se apressar Mari, aproveita que ele está atrás de você e se declara logo, antes que a Chloe ou a Kagami o achem primeiro e se declarem antes.

Rose estava tão concentrada vendo a Mari corar que nem notou como aquelas palavras afetaram a Juleka também, porquê no fundo ela sabia que ela precisava se declarar o quanto antes pro seu amor antes que alguém a conquistasse. Assim que Mari saiu na direção que o grupo foi ela chamou a Rose pra ir pra outro lugar.Ambas se afastaram do amontoado de gente e se sentaram em uma toalha estendida ali por alguém para os enamorados. Rose estava confusa de porquê estavam ali e olhava a Juleka esperando pacientemente sua explicação e a mesma começou a falar, gaguejando e tropeçando pelas palavras pelo nervosismo.


- E-então Ro-Rose ...e-eu queria lhe di-dizer que...


Antes que terminasse de falar elas foram surpreendidas por uma confusão na festa. Pessoas corriam pra todos os lados, separando ambas na tentativa de não serem pisoteadas. Juleka olhou de onde eles estavam fugindo e viu um homem fantasiado de feiticeiro lançando uma espécie de raios de seu cajado. Ela conseguiu ver dois vultos, um vermelho e um preto, lutando contra o fantasiado antes de ser atingindo por um raio e começar a se sentir estranha.


Ao longe ela escultava Rose gritando seu nome e ela começou a ir em sua direção quando percebeu seu reflexo em um vidro ali perto.Ela era uma bruxa. Não a bruxa fantasiada como ela tinha vindo. Uma bruxa de verdade. Do tipo q come criancinhas e são atingidas por casas voadoras . Com medo que a loira a visse assim ela decidiu fugir. Correu o máximo que pode e se escondeu atrás de um arbusto. Rezando para não ser encontrada, mas pelo visto deus ou seja qual for a identidade que rege o destino não lhe deu ouvidos e Rose a encontrou.


- Juleka!


- Vá embora rose. - falava chorando - Eu sou um monstro, vá embora enquanto pode!


Ao invés de fazer o que lhe pediu, a pequena se sentava ao lado dela e a abraçava forte.


- Você não é um monstro Ju, olha pra mim por favor.


Apesar do tom de voz calma que a pequena falava, Juleka se recusou a virar. Então Rose insistiu um mais até que ela cedeu e se virou, causando um pequeno sobressalto na fadinha e se escondesse do de novo, mas rose a acalmou novamente. 


- Você não é um monstro Ju...


- Eu sou ... Eu virei uma bruxa velha e feia!


- Olha pra mim Ju... olha por favor.


Devagar, Juleka voltava-se para ela novamente, sem a encarar nos olhos. Isso não adiantou muito já que a loira ergueu o queixo dela delicadamente e a forçou olhar nos olhos.


- Sabe o q eu vejo Ju? 


Antes que ela pudesse responder Rose voltou a falar.


- Eu vejo uma garota linda que se importa mais com os outros do que com si mesma. Uma garota que eu amo. Sua aparência por fora pode ter mudado, mas por dentro você continua a mesma Juleka Couffaine de sempre.


Ao encarar os olhos da Rose, ela se viu como sempre fora, apesar de ainda se sentir feia por fora. Então a ficha do que ela falara caiu.


- Garota q...que você ama?


Ela assentia e então era puxada para um abraço e um rápido selinho, mas que fizera a maior sentir como se borboletas a envolvessem. Quando voltaram a se olhar outro sobressalto da loira. 


- Desculpe eu não resisti. Sei que você se sente mal por beijar algo como eu e ...- Ju pare. Olha pra si mesma!


Dizia sorrindo e pegava um pequeno espelho portátil que levava sempre consigo. Na imagem refletida era novamente a velha Juleka de sempre.


- Como? - questionava confusa.


- Isso realmente importa? Agora você é você e não precisa mais temer nada.


- Tem razão, não preciso ter vergonha de nada então... - ela se ajoelhava diante da outra, tomando coragem - Rose, você aceita ser minha namorada? 


Surpresa e chorando, a loira aceita. Então ambas se abraçam e ficam aproveitando a companhia uma da outra pelo resto da noite, antes de voltarem a se encontrar com seus amigos e voltarem pra casa. Aquele tinha sido o melhor Halloween de suas vidas.


                                                           {Alguns anos depois}


- E foi assim que elas descobriram o amor.

Falava uma senhora já de cabelos grisalhos para diversas crianças em uma sala decorada para o halloween. Ao seu lado outra senhora de olhos azuis sorria saudosa, ela segurava uma foto. Enquanto as crianças encaravam encantadas pela história a campainha toca e ela vai la abrir, deixando a outra tirando as duvidas das crianças. 

- Mas vovó quem era os vultos? - ela escultava uma criança questionar antes de abrir a porta.

Lá fora estava outro casal de idosos, carregando criancinhas fantasiadas de animais e uma cesta cheia de pãezinhos. Ela abria passagem e eles entravam, se cumprimentando e dando os pães as crianças. Os casais se abraçam e ficam observando todos aproveitando o halloween. Na mesinha próxima aonde a senhora estivera sentada antes a foto revelando um halloween passado, e nela havia uma fadinha e uma bruxinha, em meio a várias outras pessoas fantasiadas.

                                                      FIM...


Ou será que não?

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