Eu: O quê?
Como é que a Emma já não está no hospital? Como? Eu estou capaz de esmagar aquela cabrita da Julie! Ela levou a minha filha novamente! Eu não vou descansar enquanto não tiver a minha menina nos meus braços. Se eu desejo morte á Julie? SIM!!! Quero que ela morra! Quero que ela passe pelo que eu estou a passar! Ela não me matou fisicamente, mas sim psicologicamente! Ela está a matar-me por dentro! Eu já não aguento mais!
Zayn: Desculpem lá, vocês não têm seguranças?
Enfermeira: Elas podem ter saído pela janela. Os seguranças não estão nos quartos.
Eu: E agora? E se eu não voltar a reaver a minha filha? Eu quero a Emma! EMMA!!!
Começei a gritar desesperadamente. É tão difícil! Eu preciso da minha menina! Ela é minha filha! Porque raios é que a Zoe entrou nas nossas vidas! Eu preciso de ir buscar a Marianne! A minha outra filha. Pode ser que não seja tão difícil, pode ser que ela possa substituir um bocadinho a Emma.
"Mas que raios! A Marianne não vai substituir a Emma! Coitadinha, ela já passou por tanto e eu quero que ela ainda sofra mais? Eu sou uma pessoa totalmente maliciosa!"
NÃO! Eu não sou maliciosa! Eu só quero que a minha filha volte para os meus braços. Mas ok, a Marianne não merece que eu a tente substituir.
Eu: Vamos... vamos buscar... a... Marianne... - eu disse entre soluços.
De repente, deu-me uma tontura e desiquilibrei-me. Não caí no chão porque o Zayn me agarrou.
Zayn: Vês? Tu tens de comer mais, Perrie! Vamos buscar a nossa filha!
Quando ele disse "nossa filha", de momento, pensei na Emma, mas logo voltei á realidade e percebi a quem ele se referia. Saímos do hospital e conduzimos até á instituição. Estavamos lá num ápice. Entramos e pedimos a Kelly que fosse chamar Marianne. Assim que ela nos viu correr para os nossos braços. Abraçamo-la com toda a nossa força para lhe transmitir carinho e amor.
Marianne: Estava a ver que nunca mais chegavam. Já há notícias da mana?
Eu: Não.
Zayn: Nós descobrimos que ela estava no hospital, mas depois alguém a tirou de lá outra vez.
Marianne: Hospital? Não, eu não quero que a mana morra como os meus papás...
Eu: Não! Isso não vai acontecer com a mana. Nós vamos encontrá-la, nem que eu tenha de ir para o fim do mundo!
Zayn: Vai fazer as malas, querida.
Ela correu para o seu quarto e logo nós fomos ter com a Kelly para tratar da papelada para ela sair da instituição.
Kelly: Então, já há notícias da vossa filha?
Zayn: Ela tinha sido atropelada e foi para o hospital, mas depois alguém deve a ter ido buscar.
Eu: E o pior de tudo, é que eu sei quem é o raptor e sei que me quer ver sofrer.
Kelly: Lamento por tudo o que vocês estão a passar, mas eu tenho a certeza que vocês vão encontrar a vossa menina.
Eu: Espero que esteja certa, Kelly, espero que sim.
Entretanto, a Marianne chegou com uma mala cor de rosa na mão e com um Teddy Bear na mão.
Marianne: Estou pronta.
Zayn: Boa, vamos pipoca.
Saímos da instituição e dirigimo-nos a casa. Quando entramos fomos recebidos pelo pequeno ser de olhinhos azuis. O nosso Rokie. A Emma iria adorar ser recebida por ele neste momento. Mas ela não está aqui. Os risos da Emma ecoavam pela minha cabeça toda, e...
"Oh burra, não são os risos da Emma mas sim os da Marianne!"
Eu posso parecer uma louca, ou a Zoe até, mas eu agora que não tenho a minha filha percebo o que ela passou por perder a sua e compreendo isso. Mas mesmo assim não lhe dá o direito de vir estragar a minha vida assim. Ela e a sua irmã.
Xxx: Mamã! Mamã!
Eu: Emma! - gritei quando ouvi uma voz de criança.
Oh meu deus! Acho que acabei de magoar a Marianne quando lhe chamei Emma.
Marianne: Tu... tu pensas que eu sou a Emma...
Eu: Não, filha, não é nada disso.
Marianne: Tu não gostas de mim, Perrie.
Ela saiu a correr de casa e eu fiquei ali sem saber o que fazer. O facto de ela me ter chamado Perrie e não mamã como costuma fazer, deixava-me magoada. Mas ela teve motivos para me magoar. Ia atrás dela, mas embati contra um peito musculado.
Eu: Zayn, sai da frente!
Zayn: Perrie! Perrie! - ele pegou no meu queixo com a sua mão e fez-me olhar para ele - Tu estás a ficar louca! Deixa que a polícia faça o seu trabalho! Eles vão encontrar a Emma, eu tenho um amigo lá, ele pode empenhar-se mais neste caso, e aí ele encontra-a. E depois tu abraça-la!
Eu: Agora eu preciso... preciso de um abraço teu.
Ele envolveu-me num abraço reconfortante e sussurrava-me algumas palavras carinhosas para me acalmar. Agora eu precisava de um abraço de Emma.
Saí daquele abraço a muito custo, porque estava realmente a gostar e fui á procura da Marianne. Andei pelo jardim até que a vi sentada na relva, a chorar contra os joelhos.
Eu: Mary, filha... - chamei-a, ela olhou para mim triste - Desculpa, amor, eu não queria ter-te magoado...
Marianne: Eu pensei que tu já me amasses como se eu fosse mesmo tua filha.
Eu: E eu amo. Mas tens de perceber que isto ainda é muito recente para mim, e o facto da tua irmã estar desaparecida ainda agrava mais. Eu sinto tudo na minha cabeça a andar á roda. Mas eu vejo-te como uma filha, Mary.
Marianne: Eu só queria não ser uma subtituição da Emma para ti... mamã - ela disse "mamã" um pouco reticente.
O alivio que o tal "mamã" me tinha dado. Queria dizer que ela tinha voltado a ver-me como tal.
Eu: E não és filha. Eu amo-te. Agora vamos voltar para dentro. Vamos dar comida ao Rokie.
No seu rosto apareceu um sorriso sincero. Ela levantou-se e foi a correr lá para dentro. O que eu não dava para sorrir como ela. Esta criança já passou por tanto e consegue sorrir sinceramente! Se eu tivesse passado por metade do que ela passou eu tinha-me suicidado. Já me passou várias vezes a hipotese de suicidio, mas depois lembro-me que poderemos encontrar a Emma e depois eu não estou cá para abraçã-la. E penso nos meus pais e irmãos, e no Zayn, claro. Eu tenho de lutar com todas as forças para encontrar a minha menina, nem que seja na lua, mas eu vou encontrá-la e vou matar a cabrita que me está a fazer sofrer. É claro que eu não vou matar a Zoe, mas ela merece uma sova bem dada. Reparei que uma lágrima já me escorria pela cara.
Xxx: Mamã, vens?
Eu: Sim, Mary.
Levantei-me da relva e corri para a beira da minha filha. Fomos por a comida na tacinha do pequeno gatinho siamês e o Zayn ajudou-nos.
Zayn: Ele agora fica a comer, vamos deixá-lo em paz. Vamos ver um filme! Que filme querem ver?
A Marianne foi logo sentar-se no sofá com o Rokie.
Eu: Eu vou para o meu quarto...
Zayn olhou para minha com um olhar reprovador.
Eu: Eu só vou descansar.
Zayn: Não! Tu vais pensar na Emma. Ouve, eu já liguei para o meu amigo, e ele anda a inspecionar as zonas de inglaterra para encontrar a nossa menina. Temos de ter calma e paciência.
Eu: Desculpa, tudo o que eu menos consigo ter é paciência e calma, Zayn. Eu vou descansar para o quarto - disse calmamente.
É difícil para o Zayn ver-me assim, eu sei. Mas ele quer que eu reaja a tudo isto como? Se calhar vou saltar de felicidade e por balões pela casa, não? Eu preciso de ter o meu espaço.
Entrei no quarto e fui buscar a minha manta. Deitei-me e enrosquei-me nela. Até que ouvi uma porta a abrir muito rapido.
Eu: Aaahh! - gritei com o susto - Zayn, o que foi?
Zayn: O meu colega da policia conseguiu uma volta a inglaterra para encontrar a nossa filha, e nós podemos ir com ele!
Eu: O quê? - perguntei com um sorriso na cara - Zayn, vamos já fazer as malas!
Zayn: Ok, a da Mary já não é preciso porque ainda está feita.
Tirei a minha mala preta do armário e ia falando com Zayn enquanto punha lá as roupas a monte.
Eu: Então e vamos por onde?
Zayn: Sei lá! Vamos a uma viagem por inglaterra e vamos ficando em hoteis. Vão os policiais que estão a investigar o nosso caso e assim estamos bem seguros. O que eu te vinha perguntar era se querias ir, mas já vi que sim.
Eu: Obvio que quero! Quando é o voo?
Zayn: Amanhã de tarde, ás 4:00 pm.
NO DIA SEGUINTE
Estamos neste momento sentados numa cadeira, no aeroporto a dar alguns autografos. Não é que me esteja a apetecer muito dar autografos, mas também não custa nada assinar uns papeis e tirar umas fotografias, não é? Afinal, hoje estou maquilhada.
Xxx: Obrigada, Zerrie, eu adoro-vos!
Eu e Zayn: Zerrie? Gostamos desse nome - sorrimos.
"Primeira chamada do voo para Manchester" - uma voz compotudarizada chamou.
Eu, Zayn, Marianne e John, o seu amigo policia, levantamo-nos e fomos já para o avião e aguardamos lá dentro que ele descolasse.
"Senhores passageiros, é favor colocarem o cinto de segurança. Obrigada."
Pus o meu cinto de segurança e ajeitei-me na cadeira. O mesmo fiz com a Mary. As pessoas iam entrando e falando umas com as outras. Zayn ia a falar sobre a Emma a John e a Mary ia contando episódios que ela passou na instituição.
"Vamos descolar em... 3... 2... 1... Estamos a descolar"
O avião sobrevoou pelas nuvens.
Em breve estariamos numa viagem a inglaterra.
FIM...
Obrigada por todas as leituras que esta fic já tem. Eu começei há um mês mais ou menos e já tenho mais de duas centenas de visualizações. Obrigada.
Leiam a sequela, por favor, é importante para mim. Vai chamar-se New World. Em breve estará publicada no meu perfil.
Mais uma vez OBRIGADA e leiam a New World, please!
KISS