Acabamos de comer, e eu pus toda a louça na máquina de lavar. Iamos sentar-nos na sala, mas alguém tocou á capainha.
Eu: Eu vou lá.
Dirigi-me á porta e espreitei para ver quem era. Como não reconheci a cara decidi abrir a porta. Quando a abri, apareceu-me uma rapariga pela casa dentro que me agarrou pelos cabelos e começou a gritar feita louca.
De repente, ouço passos rápidos, alguém a correr. Zayn agarra a rapariga e eu levanto-me do chão, onde tinha caído quando ela partiu para cima de mim.
Eu: Quem és tu? Uma louca que acabou de sair dum hospicio?
Rapariga: Eu admito. A minha irmã não estava bem, mas tu não tinhas o direito de a levar ao limite, fazendo-a matar-se!
Zayn: Desculpa? A Perrie não fez nada. Tu sabes o que a tua irmã fez? A Perrie teve um acidente de carro e a tua irmã decidiu trocar-lhe os medicamentos para ela morrer. A Perrie teve imensas paragens cardíacas, ela ia morrendo por causa da Zoe!
Rapariga: Pois mas no entanto quem morreu foi a Zoe! E ela não tinha o direito de a levar áquele ponto de loucura. Não tinhas esse direito, ouviste?
Emma: Para de falar assim para a minha mamã!
Rapariga: A tua mamã, é a causadora da morte da Zoe! A Zoe morreu por causa dela!
A Emma começou a chorar e eu peguei-lhe ao colo.
Eu: Calma, eu estou bem, filha - sussurrei ao ouvido da pequena para acalmar os seus soluços.
Zayn: Calma, acalma-te. Como te chamas?
Rapariga: Julie, mas isso agora não importa! Eu vou fazer justiça! Tu não és digna de ter uma filha! Agora eu percebo a minha irmã. Ela percebeu que tu não tinhas responsabilidade para criar a tua filha! A menina ficava muito melhor com a Zoe!
Eu: Cala-te! A minha filha é minha e eu fiz tudo para protegê-la! E não, eu não levei a tua irmã ao ultimo ponto de loucura, quando ela se matou eu tinha acabado de sair do hospital. E quando eu tive o acidente nós ainda nos davamos razoavelmente! Por isso eu não matei a tua irmã, nem fui eu a causadora da sua morte! E agora se não te importas, sai da minha casa, ou eu chamo a polícia!
Julie: Eu saio, mas eu vou fazer justiça! Eu vou tirar-te a tua filha! Tu vais parar atrás das grades! Eu vou fazer JUSTIÇA!
Eu: Vai-te lixar a mais a justiça! A minha filha não sai dos meus braços, e nenhum juíz vai deixar que isso aconteça, eu tenho a certeza!
Zayn: Julie, vai embora, tu ultrapassaste todos os limites! A Emma não vai a lado nenhum!
Emma: Sai, és má!
Julie: Duma coisa eu tenho a certeza. A maior homenagem que eu posso fazer á minha irmã é fiar com o que ela queria! A tua filha! E eu vou conseguir. Eu vou até ao fim do mundo para vos tirar a Emma!
Zayn: Julie, sai!
Ela abriu a porta e bateu-a com força. A força necessária para rachar um pouco em cima.
Zayn: Perrie, estás bem? Ela magoou-te?
Eu: Não, eu estou bem... mas o que é que deu nela para vir aqui insultar-me?
Zayn: Não sei, talvez ela queira fazer uma homenagem á irmã e esta é a forma que ela encontra de isso acontecer. Coitada.
Eu: Desculpa? Tu estás a defendê-la? Ela chegou aqui a acusar-me da morte da Zoe e tu defende-la?
Zayn: Não, eu não estou a defendê-la, eu apenas...
A Emma soltou-se dos meus braços e correu para o seu quarto. Podia-se ouvir os soluços dela, a chorar.
Eu: Vês? Vês o que tu fizeste? És um péssimo pai!
Corri para o quarto da Emma e tentei abrir a porta, mas ela tinha-a trancado. Acho que acabei de cometer o maior erro da minha vida, em dizer que o Zayn era um mau pai. Ele deve estar muito magoado com as minhas palavras.
#POV Zayn on#
O quê? Ela não disse aquilo... ela acabou de dizer que eu era um péssimo pai? Estas palavras foram como duas facas no meu coração. A Perrie magoou-me ao dizer isto.
Ela correu dali, e foi para a porta do quarto, porém não conseguiu abri-la. A Emma deve tê-la trancado.
Deitei uma lágrima e corri para o quarto. Fechei a porta, sem a tracar e sentei-me na cama, com a cabeça pousada nas mãos e chorar. As palavras da mulher da minha vida a dizerem que eu era um mau pai, estavam sempre a repetir-se dentro da minha cabeça.
De repente, ela entra. Ela vinha a chorar.
Perrie: Desculpa, Zayn. Eu não queria ter dito aquilo...
Eu. Mas disseste! - gritei a chorar - Tu disseste em alto e bom som que eu era um péssimo, pai!
Perrie: Eu sei que disse! Mas foi da boca para fora! Eu não disse por mal, eu juro!
Eu: Mas disseste isso! Eu sei que disseste da boca para fora, mas as tuas palavras magoaram-me muito e eu não sei se vou conseguir esquecer o que tu disseste...
Perrie: Como é que tu querias que eu reagisse? Diz-me sinceramente. Ver-te defender uma rapariga que veio aqui insultar-me e atacar-me, e reagir normalmente era um pouco estranho, não achas?
Eu: Eu não a defendi! Eu só disse que ela estava á procura duma forma para homenagear a irmã, mais nada! Tu é que começaste a fazer uma tempestade num copo de água! Porque é que és tão explosiva? Tu não aguentas que ninguém tenha pena doutra pessoa, não é? Queres que toda a gente te ache a coitadinha! Magoas as pessoas e depois vens pedir desculpa. Eu não estou a ver a mulher por quem eu me apaixonei. Tu não és a Perrie por quem eu me apaixonei.
Ela ficou imóvel a olhar para mim e deixou cair uma lágrima dos seus lindos olhos azuis.
Upps! Fiz porcaria! "Tu só fazes porcaria, Zayn! Se ela te magoou, tu ainda a magoaste mais! És um canalha. Estás a fazer sofrer a Perrie, a mulher da tua vida. Ela está assim a chorar e com os seus olhos vermelhos por tua causa. Com as tuas palavra que a magoaram muito!" - diz o meu subconciente.
Perrie: Eu é que já não te conheço. Tu é que não és o Zayn que eu conheci. Se eu te magoei com as minhas palavras, tu ainda me magoaste mais com as tuas, Zayn.
Eu: Eu sei, desculpa. Eu também não queria ter dito isto...
Perrie: Sai - ela disse quase num sussurro com o seu olhar fixo no chão.
Eu: Perrie, eu...
Perrie: Sai! - ela gritou - Não me vais fazer sofrer ainda mais! Por hoje já chega. Sai.
Eu: Mas... onde é que eu durmo?
Perrie: Sei lá! Dorme na sala, no carro, na rua, na paragem do autocarro... dorme onde tu quiseres! Menos na mesma cama que eu.
Eu suspirei e saí do quarto com uma almofada e um cobertor na mão. Pousei-os no sofá, e tireia minha roupa, ficando apenas de boxers. Quando me ia deitar, ouvi uma porta a ser destrancada. Olhei á volta e vi a minha pequena sair do quarto. Ela saiu do quarto, e veio se sentar ao meu lado.
Emma: Tu e a mamã estão chateados?
Eu: Não, filha, está tudo bem.
Emma: Não. Eu sei que nada está bem - ela deitou algumas lágrimas pelos seus pequenos olhinhos - A mamã não está bem. Vocês não se vão separar, pois não? Vocês não me podem deixar sozinha.
Eu: Não, filha, claro que não - fiz-lhe festas no cabelo - Nós não nos vamos separar, nem nunca te vamos deixar, ouviste? NUNCA.
Emma: Talvez se eu não existisse era mais fácil...
Eu: Emma! Tu foste a melhor coisa que nos aconteceu na vida. És a nossa menina.
Emma: Posso nanar aqui contigo?
Eu: Podes, filha, deita aqui.
Ela deitou-se a dormeceu.
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