13º capítulo

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Acabamos de comer, e eu pus toda a louça na máquina de lavar. Iamos sentar-nos na sala, mas alguém tocou á capainha. 

Eu: Eu vou lá. 

Dirigi-me á porta e espreitei para ver quem era. Como não reconheci a cara decidi abrir a porta. Quando a abri, apareceu-me uma rapariga pela casa dentro que me agarrou pelos cabelos e começou a gritar feita louca. 

De repente, ouço passos rápidos, alguém a correr. Zayn agarra a rapariga e eu levanto-me do chão, onde tinha caído quando ela partiu para cima de mim. 

Eu: Quem és tu? Uma louca que acabou de sair dum hospicio?

Rapariga: Eu admito. A minha irmã não estava bem, mas tu não tinhas o direito de a levar ao limite, fazendo-a matar-se! 

Zayn: Desculpa? A Perrie não fez nada. Tu sabes o que a tua irmã fez? A Perrie teve um acidente de carro e a tua irmã decidiu trocar-lhe os medicamentos para ela morrer. A Perrie teve imensas paragens cardíacas, ela ia morrendo por causa da Zoe!

Rapariga: Pois mas no entanto quem morreu foi a Zoe! E ela não tinha o direito de a levar áquele ponto de loucura. Não tinhas esse direito, ouviste? 

Emma: Para de falar assim para a minha mamã! 

Rapariga: A tua mamã, é a causadora da morte da Zoe! A Zoe morreu por causa dela! 

A Emma começou a chorar e eu peguei-lhe ao colo. 

Eu: Calma, eu estou bem, filha - sussurrei ao ouvido da pequena para acalmar os seus soluços. 

Zayn: Calma, acalma-te. Como te chamas? 

Rapariga: Julie, mas isso agora não importa! Eu vou fazer justiça! Tu não és digna de ter uma filha! Agora eu percebo a minha irmã. Ela percebeu que tu não tinhas responsabilidade para criar a tua filha! A menina ficava muito melhor com a Zoe! 

Eu: Cala-te! A minha filha é minha e eu fiz tudo para protegê-la! E não, eu não levei a tua irmã ao ultimo ponto de loucura, quando ela se matou eu tinha acabado de sair do hospital. E quando eu tive o acidente nós ainda nos davamos razoavelmente! Por isso eu não matei a tua irmã, nem fui eu a causadora da sua morte! E agora se não te importas, sai da minha casa, ou eu chamo a polícia! 

Julie: Eu saio, mas eu vou fazer justiça! Eu vou tirar-te a tua filha! Tu vais parar atrás das grades! Eu vou fazer JUSTIÇA! 

Eu: Vai-te lixar a mais a justiça! A minha filha não sai dos meus braços, e nenhum juíz vai deixar que isso aconteça, eu tenho a certeza! 

Zayn: Julie, vai embora, tu ultrapassaste todos os limites! A Emma não vai a lado nenhum! 

Emma: Sai, és má! 

Julie: Duma coisa eu tenho a certeza. A maior homenagem que eu posso fazer á minha irmã é fiar com o que ela queria! A tua filha! E eu vou conseguir. Eu vou até ao fim do mundo para vos tirar a Emma! 

Zayn: Julie, sai! 

Ela abriu a porta e bateu-a com força. A força necessária para rachar um pouco em cima. 

Zayn: Perrie, estás bem? Ela magoou-te? 

Eu: Não, eu estou bem... mas o que é que deu nela para vir aqui insultar-me?

Zayn: Não sei, talvez ela queira fazer uma homenagem á irmã e esta é a forma que ela encontra de isso acontecer. Coitada. 

Eu: Desculpa? Tu estás a defendê-la? Ela chegou aqui a acusar-me da morte da Zoe e tu defende-la? 

Zayn: Não, eu não estou a defendê-la, eu apenas...

A Emma soltou-se dos meus braços e correu para o seu quarto. Podia-se ouvir os soluços dela, a chorar. 

Eu: Vês? Vês o que tu fizeste? És um péssimo pai! 

Corri para o quarto da Emma e tentei abrir a porta, mas ela tinha-a trancado. Acho que acabei de cometer o maior erro da minha vida, em dizer que o Zayn era um mau pai. Ele deve estar muito magoado com as minhas palavras. 

#POV Zayn on# 

O quê? Ela não disse aquilo... ela acabou de dizer que eu era um péssimo pai? Estas palavras foram como duas facas no meu coração. A Perrie magoou-me ao dizer isto. 

Ela correu dali, e foi para a porta do quarto, porém não conseguiu abri-la. A Emma deve tê-la trancado. 

Deitei uma lágrima e corri para o quarto. Fechei a porta, sem a tracar e sentei-me na cama, com a cabeça pousada nas mãos e chorar. As palavras da mulher da minha vida a dizerem que eu era um mau pai, estavam sempre a repetir-se dentro da minha cabeça. 

De repente, ela entra. Ela vinha a chorar. 

Perrie: Desculpa, Zayn. Eu não queria ter dito aquilo...

Eu. Mas disseste! - gritei a chorar - Tu disseste em alto e bom som que eu era um péssimo, pai! 

Perrie: Eu sei que disse! Mas foi da boca para fora! Eu não disse por mal, eu juro! 

Eu: Mas disseste isso! Eu sei que disseste da boca para fora, mas as tuas palavras magoaram-me muito e eu não sei se vou conseguir esquecer o que tu disseste...

Perrie: Como é que tu querias que eu reagisse? Diz-me sinceramente. Ver-te defender uma rapariga que veio aqui insultar-me e atacar-me, e reagir normalmente era um pouco estranho, não achas? 

Eu: Eu não a defendi! Eu só disse que ela estava á procura duma forma para homenagear a irmã, mais nada! Tu é que começaste a fazer uma tempestade num copo de água! Porque é que és tão explosiva? Tu não aguentas que ninguém tenha pena doutra pessoa, não é? Queres que toda a gente te ache a coitadinha! Magoas as pessoas e depois vens pedir desculpa. Eu não estou a ver a mulher por quem eu me apaixonei. Tu não és a Perrie por quem eu me apaixonei. 

Ela ficou imóvel a olhar para mim e deixou cair uma lágrima dos seus lindos olhos azuis. 

Upps! Fiz porcaria! "Tu só fazes porcaria, Zayn! Se ela te magoou, tu ainda a magoaste mais! És um canalha. Estás a fazer sofrer a Perrie, a mulher da tua vida. Ela está assim a chorar e com os seus olhos vermelhos por tua causa. Com as tuas palavra que a magoaram muito!" - diz o meu subconciente. 

Perrie: Eu é que já não te conheço. Tu é que não és o Zayn que eu conheci. Se eu te magoei com as minhas palavras, tu ainda me magoaste mais com as tuas, Zayn. 

Eu: Eu sei, desculpa. Eu também não queria ter dito isto...

Perrie: Sai - ela disse quase num sussurro com o seu olhar fixo no chão.

Eu: Perrie, eu...

Perrie: Sai! - ela gritou - Não me vais fazer sofrer ainda mais! Por hoje já chega. Sai. 

Eu: Mas... onde é que eu durmo? 

Perrie: Sei lá! Dorme na sala, no carro, na rua, na paragem do autocarro... dorme onde tu quiseres! Menos na mesma cama que eu. 

Eu suspirei e saí do quarto com uma almofada e um cobertor na mão. Pousei-os no sofá, e tireia minha roupa, ficando apenas de boxers. Quando me ia deitar, ouvi uma porta a ser destrancada. Olhei á volta e vi a minha pequena sair do quarto. Ela saiu do quarto, e veio se sentar ao meu lado. 

Emma: Tu e a mamã estão chateados?

Eu: Não, filha, está tudo bem. 

Emma: Não. Eu sei que nada está bem - ela deitou algumas lágrimas pelos seus pequenos olhinhos - A mamã não está bem. Vocês não se vão separar, pois não? Vocês não me podem deixar sozinha. 

Eu: Não, filha, claro que não - fiz-lhe festas no cabelo - Nós não nos vamos separar, nem nunca te vamos deixar, ouviste? NUNCA. 

Emma: Talvez se eu não existisse era mais fácil... 

Eu: Emma! Tu foste a melhor coisa que nos aconteceu na vida. És a nossa menina. 

Emma: Posso nanar aqui contigo?

Eu: Podes, filha, deita aqui.

Ela deitou-se a dormeceu. 

Oi. Espero que tenham gostado. Votem e comentem, beijinhos. 

ZerrieWhere stories live. Discover now