Blood Type [L.S] EM REVISÃO

By marietomlinson8

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FANFIC PASSANDO POR UMA REVISÃO, em prol de uma melhoria na escrita e para corrigir erros que na época não fo... More

Prólogo
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Epílogo

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By marietomlinson8

REVISADO.





Cercado por jovens cheios de hormônios e nervos a flor da pele é aonde eu me encontro agora. Já estou no edifício escolar juntamente da minha família e estamos no gramado que fica no meio das salas de aula. A escola é coberta então podemos andar sem preocupação de sermos incomodados pelo sol.

Como havia mencionado, todos nós possuímos "dons de vampiro" ou como eu prefiro chamar, castigo eterno. Quando nós nos transformamos, algum dom é concedido ao nosso corpo por alguma divindade de acordo com nossas melhores virtudes humanas, nos primeiros meses ou até anos é difícil identificar o seu dom, mas uns tem a sorte de logo de cara saber qual é o seu.

O dom do Niall é sentir os outros. Quando ele se concentra em alguém ele consegue sentir os sentimentos e desejos da pessoa. Quando eu era humano lembro-me vagamente dele me ajudando sempre que percebia que eu estava mal e eu nunca fui de falar ou de me abrir com ninguém.

O do Zayn é a cura, no caso dele não funciona com humanos apenas conosco que somos da mesma espécie. Suas lágrimas tem algum tipo de antídoto que com apenas uma gota dela pode restaurar a mais profunda ferida que seja. Mas a condição para o dom de Zayn funcionar é ele amar a quem ele está concedendo cura.

O do Liam é super força, todos nós somos muito fortes mas o Liam consegue levantar até um edifício e não eu não estou exagerando. Uma vez um caminhão de descarga quase esmagou o Zayn e o Liam conseguiu não somente levantar o caminhão como jogar ele longe. Depois disso nós tivemos que nos mudar.

A Amélia tem poder sobre os sentidos humanos, ela consegue fazer você perder ou aguçar algum sentido. Numa luta que tivemos à anos atrás, ela conseguiu fazer os adversários perderem a visão e tato, oque nos dava vantagem sobre eles. Hoje ela só usa isso para implicar com a gente caso irritemos ela.

Ah e o meu... bem eu tenho visões. Não, não sou a Alice de crepúsculo que vê flashes na mente, no meu caso eu consigo ver o passado e futuro da pessoa encostando especificamente na palma da mão dela. O futuro que eu vejo é relativo e pode sim mudar, mas o passado me mostra quem é a pessoa. Eu sempre evito encostar nas pessoas porque odeio isso e sinto raiva porque acho que sempre estou violando quem toco, mas hoje já aprendi a controlar meu dom e só tenho visões quando quero.

Há sangue fresco correndo nas veias de todos a minha volta nesse lugar, antigamente me incomodaria muito mas hoje não me incomodo mais. Liam nos ensinou que não podemos evitar o contato com humanos já que eles sempre irão existir a nossa volta. No início eu pedia para Amélia tirar meu olfato porque se eu sentisse o cheiro do sangue humano eu colapsava.

Não precisa necessariamente haver uma ferida ou corte para nós sentirmos o cheiro sanguíneo, nosso sistema já é programado para sentir o aroma de uma vítima a quilômetros de distância, somos máquinas mortíferas ambulantes. Hoje tenho aula de inglês, matemática, história e teatro -- que eu gosto muito porque sempre fui fascinado na facilidade que era para mim, já que atuo ser alguém que não sou todos os dias. --

Éramos muito observados aonde estivéssemos, chamávamos atenção pela nossa beleza - se eu puder chamar assim - e não se engane, isso tudo era para poder atrair os humanos para matarmos eles. Toda e quaisquer característica física que tínhamos chamava atenção propositalmente, até porque não era difícil fazer um mortal se apaixonar por nós...nosso cheiro, voz e até o andar era com intuito de atrair o desejo humano, e como eu detesto isso.

"Oque tanto te incomoda Harry?"

Ouvi a voz de Niall em minha cabeça, podíamos nos comunicar por telepatia, outra coisa que não suporto porque por telepatia não posso ignorar eles.

"Não é nada,sinto que algo vai acontecer hoje mas não sei oque..."

"Também sinto isso, é como uma mudança chegando e-"

- Calem as mentes por favor. - Sussurrou Amélia tirando eu e Niall dos nossos pensamentos.

- Você é muito chata amor. - Niall disse se aconchegando em seu ombro.

- E você adora. - Amélia afirmou e cheirou os cabelos de Niall.

Nessas horas gostaria de pedir para que ela tirasse a minha audição.

Não líamos mentes, apenas conversávamos por telepatia. Mas isso não dava acesso aos pensamentos que não eram ditos verbalmente ou telepaticamente. Era uma boa forma de nos comunicarmos a distância, apesar de que só era viável quando estávamos no mesmo lugar porque se não estivéssemos era bem mais difícil.

- Hoje temos alguma aula juntos? - Ouvi Zayn falando com Liam.

- Apenas a aula de teatro que será com todos os alunos babe. - Falou Liam.

- Harry você tem aula de biologia hoje? - Ouvi Amélia falando comigo.

- Não.

- Eu tenho. - Zayn disse.

- Ótimo, então nós vemos lá Zee. - Amélia se levantou e juntamente dela todos nós também. O sinal havia soado indicando que deveríamos ir as nossas respectivas classes.

Fui para aula de inglês como de costume nas segundas e me sentei na última carteira. Ninguém sentava ao meu lado, uns por medo e outros por vergonha ou timidez de se aproximar de mim. Prefiro que mantenham distância mesmo para seu próprio bem.

- Ouvi dizer que um garoto novo está chegando de Londres! - Ouvi perto de mim uma garota, --especificamente Cassandra Mendes-- falando com sua parceira de mesa.

- Será que ele vai ser gatinho? Eu adoro garotos ingleses. Já ouviu o sotaque deles?! - Ouvi a outra garota falando animadamente e soltando umas risadas baixas -- que eu ainda conseguia ouvir. --

Queria poder não ter sentidos naturalmente aguçados nessas horas, não gosto de ouvir conversas alheias. Nenhum desses assuntos que ouço - contra minha vontade - me interessam ou chamam minha atenção.

- Ouvi dizer que o nome dele é Lewis, achei estranho mas deve ser comum por lá. - Ouvi outra garota falando, pelo tom de voz arrogante e egocêntrico deve ser Trisha, uma menina insuportável que tem toda escola que já frequentei.

- Lewis? Que horrível, se o nome já é assim imagina o dono. - Consegui ouvir várias risadinhas de deboche da mesa de Trisha e Alex, dois insuportáveis, acho que se eu matasse eles não seriam um pecado tão grande...

- Bom dia pessoal, como já devem ter ouvido os burburinhos por aí temos um aluno novo. - Ouvi o Sr.Jones falar conosco.

- E aonde ele está? É invisível por acaso? - Alex falou,oque gerou risos por toda classe. Vai entender...

- Ele está terminando de realizar sua matrícula na diretoria, daqui a pouco está chegando. - Finalizou se virando para o quadro e começou a escrever algo que não me importava agora.

"Harry?"

"Olá Zayn."

"Já soube do garoto novo?"

"Sim."

"Ele vai ter a primeira aula por aí pelo oque ouvi."

"Sim."

"Ele já apareceu?"

"Ainda não."

"Tudo bem, até depois."

"Até."

- Abram os livros na página 238 por favor.

Peguei meu livro e posicionei ele encima da mesa, abri na página dita e esperei o professor começar a falar sobre aquele assunto. Como de costume já sei de cor essa matéria então apenas finjo que presto atenção na aula.

- Bem, hoje vamos falar sobre a gramática inglesa no século quatorze, semana passada encerramos a do século treze então-- Sr.Jones foi interrompido pelo barulho da porta sendo aberta.

- Mil desculpas pelo atraso! O computador da diretoria estava travando muito e consequentemente não estava carregando meus dados. - Uma voz cheia de sotaque soou por toda classe.

- Sem Problemas! Chegou bem na hora que íamos começar o novo assunto. - Ouvi a voz do Sr.Jones.

- Turma esse é o novo aluno que havia mencionado antes, o Sr.Tomlinson.

- Por favor não me chame de senhor, tenho apenas dezessete anos! - Ouvi sua risada e pela primeira vez um riso não me fez querer perder a audição.

- Onde irei me sentar? - Ouvi Tomlinson falar, ainda não havia erguido meu olhar a sua pessoa.

- Pode se sentar ao lado do Sr.Styles ou da Srta.Cameron.

A Dove Cameron se sentava na minha frente e ela sempre estava sozinha, nunca entendi o porque mas era um dos poucos mortais daquela escola que não tinha amigos.

Não ouvi mais nada além de ruídos de vozes e o professor escrevendo no quadro. Estava remexendo meu lápis com meus pensamentos voando longe daquela escola quando ouvi uma voz na minha frente e finalmente ergui meu olhar para ver oque acontecia ao meu redor.

Tomlinson se sentou com a Dove, não me choca que ele não quis se sentar comigo. Vi sua pessoa e ele era bem bonito de uma forma óbvia, nada que me chocasse de fato.

- Olá, posso me sentar aqui? - Ouvi sua voz mais de perto, seu timbre era interessante.

- Claro. - Dove disse sem qualquer interesse na sua voz.

- A proposto me chamo Louis, não precisa me chamar de Sr.Tomlinson. - Ouvi sua risadinha nasal, novamente interessante...

- Como quiser, Louis. - Ela falou nem prestando muita atenção.

Continuei com meus pensamentos loucos por aí quando percebi pela visão periférica o Louis retirar seu casaco da mochila e se remexer para por o mesmo.

Nessa hora preferia não ter olfato algum. O melhor cheiro que já senti em noventa e cinco anos de vida adentraram em minhas narinas, um cheiro delicioso e instigante que fez meu demônio urrar dentro de mim em busca de ter esse sabor nas minhas papilas gustativas. Era como se todo autocontrole que eu havia construído em minha vida tivesse ido por água a baixo em uma fração de segundos e pude sentir o familiar latejar das gengivas enquanto meus dentes formigavam.

Meus olhos queimavam, minha pele se arrepiava constantemente e eu não tirava meus olhos de sua figura sorridente enquanto falava alguma coisa para a garota ao seu lado. Pude observar sua pele bronzeada chamando para ter meus dentes cravados nela, parecia que todo seu corpo chamava o meu, cada célula nele presente fazia minha boca salivar para ter qualquer contato que fosse.

Nessa hora segurei forte na mesa e senti ela esfarelar um pouco pela força que usei para não quebrar ela e ir em direção a Louis. Minhas pupilas dilataram e eu não conseguia tirar meus olhos dele, estava quase saltando pela janela para ir embora, nunca senti tanta vontade de estraçalhar alguém, nunca quis tanto rasgar uma pele com meus dentes como queria agora.

Rapidamente percebi ele olhando para mim, uma feição antes alegre se tornou confusa e até...assustada. Mal sabe ele que me olhar com medo me dá mais vontade de atacar. Meu demônio gritava, se debatia e arranhava meu interior para eu matar Tomlinson, ele queria seu sangue agora, ele precisava daquele sangue.

Nunca mais havia matado ninguém, acho que se eu matar ele não faz diferença já que estou a noventa e quatro anos sem morder um humano por não sentir mais necessidade. Mas nele eu sinto, sinto que se não matar ele eu estaria me matando, sentia todo meu corpo tensionado já na posição de atacar. Se eu matá-lo aqui teria que matar todos a minha volta - e meu demônio adorou essa ideia. - As portas estão fechadas e as janelas travadas, não teria como ninguém fugir.

Se eu matasse ele primeiro demoraria uns 10 segundos para todos perceberem oque eu estava fazendo, então teria que matar eles também. Consigo matar 3 humanos por segundos quebrando seus pescoços e então conseguiria rapidamente me livrar de todos eles. Mas e se eu matasse todos primeiro e depois matasse ele, seu sangue estaria bem mais saboroso para mim.

Meu demônio estava adorando meus pensamentos maléficos sobre a vida desses inocentes, então rapidamente ouvi as sábias palavras de Liam ecoando em minha mente...

Você não precisar ser um monstro Harry,você sabe que não...

Ah eu preciso sim Liam e eu nunca quis tanto ser isso. Era devastador para meu lado racional todos os pensamentos que tive sobre a alma daquele humano, não só dele como de todos a minha volta. Eles podem ser mortais e "insignificantes" para mim, mas nenhum deles merecia morrer, quem merecia mesmo tudo isso era eu...

Precisava ir embora agora. Se ficasse mais alguns segundos ao redor de seu cheiro eu iria fazer um estrago, o maior que já fiz em toda minha vida.

"Niall?"

"Sim?"

"Eu vou embora."

"Como?!"

"Você consegue me sentir?"

"Um minuto..."

"Ok."

"H-Harry? M-Meu Deus!"

"Não me procurem, quando me sentir apto voltarei, avise aos outros por favor."

"Tudo bem, cuidado por favor."

"Terei sim. Até."

Rapidamente peguei minhas coisas e segui em direção a saída da sala.

- Onde vai Sr.Styles?

- Não estou me sentindo muito bem, terei que ir embora agora. Vou direto para o hospital. - Usei a voz que eu já sabia que funcionaria.

- Oh, tudo bem. Melhoras para o senhor.

- Obrigado. - Olhei mais uma vez para Louis e percebi que ele tinha olhos azuis, um azul diferente. Tinha um tom diferente, um ar diferente, tudo nele era diferente demais, perfeito demais...

Quando sai da escola corri. Corri como nunca havia corrido antes, tudo estava doendo, tudo estava queimando e tudo me deixando louco. Seu rosto estava em todos os cantos de minha mente, sua voz, seus dentes quando ele sorriu, sua pele bronzeada chamativa e seu cheiro, ah seu cheiro...

Poderia cheirar aquele aroma o dia todo, o tempo todo que eu não enjoaria nunca. Mas se eu pudesse sentir seu cheiro por muito tempo com certeza ele não sobreviveria, se eu ficasse perto dele eu não aguentaria, era demais para mim. Estava fraco porém nunca me senti tão forte, estava confuso mas nunca tive tanta certeza, me sentia sem rumo mas sabia exatamente para onde ir...

Eu teria de matá-lo.

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