antes que seja tarde

By autoraisaa

6.2K 712 991

Desde que Maya Grace se mudou com a família para a pequena cidade de Doverwood, ela faz parte da vida de Dean... More

AQST: não pule este capítulo
playlist no spotify
mayagrace&dean
prólogo
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
passado: dean cameron
presente: maya grace
passado: dean cameron.
presente: dean cameron.
passado: dean cameron.
presente: maya grace
passado: dean cameron.
presente: dean cameron.
presente: dean cameron.
passado: dean cameron
presente: maya grace
passado: dean cameron
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
passado: dean cameron.
presente: maya grace.
passado: dean cameron
presente: maya grace.
passado: dean cameron
presente: dean cameron.
passado: dean cameron.
presente: dean cameron
passado: dean cameron
presente: maya grace
presente: maya grace
presente: dean cameron
presente: dean cameron
presente: dean cameron.

presente: maya grace

84 10 21
By autoraisaa

PRESENTE:

Estou deitada na cama do hospital trajando uma roupa azul, a típica dos pacientes. Não estou me vendo no espelho, mas tinha certeza de que minha pele está pálida e que estou ridícula com o curativo na cabeça. Quando desmaiei, o chão atingiu a minha cabeça, apesar de não ter sido uma pancada muito forte, mas foi o suficiente para fazer um arranhão, foi exatamente isso que os enfermeiros disseram quando acordei e perguntei o porquê havia um pano branco em volta dela.

Meu corpo doía e o cansaço havia batido, nunca estive tão exausta em toda a minha vida. Minha bunda já estava dormente pelo tanto de tempo sentada, apesar da cama ser macia. Tentava acabar com sua dormência, remexendo-me de um lado para o outro, mas não resolvia. Não tinha a mínima ideia de quantas horas estava no hospital, mas sabia que já tinha bastante tempo, porque realizaram uma bateria de exames para verificar o que estava ocorrendo comigo.

Uma enfermeira entrava no quarto a cada cinco minutos para averiguar se eu estava bem, e em uma das entradas peço para que me trouxesse um copo de água, minha garganta estava seca e implorando por algo molhado. Ela sorriu e eu fiz o mesmo assim que entrou novamente segurando uma bandeja com o copo cheio de água ali. O líquido desce com muita pressa e me sinto aliviada depois de ter ansiado muito por isso.

— A sua mãe está na porta e deseja vê-la. — avisa, dizendo de maneira calma e meiga.

Meus olhos vão até o lado de fora e vejo minha mãe encostada na parede quase perto da porta.

— Claro, pode deixar entrar. — sorrio, como forma de agradecimento.

A enfermeira não saiu de imediato, primeiro chamou minha mãe para entrar, que sorriu para ela enquanto atravessava a porta, logo só havia nós duas ali. Minha mãe colocou a mão no peito e me encarou com muita tristeza, eu sabia que ela odiava me ver na situação que estava agora e que isso tudo estava sendo difícil e complicado. Seu semblante também mostrava canseira e seus olhos um pouco inchados entregava que havia tirado um cochilo por alguns minutos, enquanto me esperava na sala de espera.

— Estava na porta há muito tempo? — perguntei enquanto a observava caminhar em passos lentos até a cama, parando bem próxima a mim.

— Não. — negou com a cabeça. — Mas não quis entrar, não tinha certeza se já haviam terminado os exames.

Não respondi mais nada, apenas lhe dei um sorriso de canto, suspirando pesado em seguida. Meu corpo estava doendo muito e quase não consigo mais aguentar.

— Oh, querida. — os dedos de minha mãe vão até os fios de meus cabelos que não estão cobertos pelo pano branco e deslizam suavemente por eles, fecho meus olhos sentindo o conforto que aquilo que me trazia. O carinho de mãe é algo inexplicável. — O que aconteceu com você?

Levantei os ombros.

— Eu também não sei... Só me senti tonta, e foi algo diferente das outras vezes, não consegui me apoiar em nada e acabei caindo. — respondi. — Mas acho que estou bem agora. — franzi o cenho.

— Meu coração está doendo tanto de te ver assim minha filha. — minha mãe não conseguia sorrir, pelo contrário, seus olhos estavam começando a lagrimejar. — Todos estão muito preocupados com você, o Dean e seu pai estão quase arrancando os cabelos. — agora, ela deu um riso baixinho e eu fiz o mesmo, achando engraçado suas palavras.

— E a Abby? — perguntar dela me fez recordar dela tocando, parece que estou ouvindo o som da música perfeita até agora.

— Também veio, mas não aguentou e dormiu com a cabeça no colo de seu pai. — ela continuava me acariciando.

— Porque isso tinha que acontecer? Estava tudo tão bom. — lamentei e encostei mais a minha cabeça na cama.

— Mas agora com esses exames vamos descobrir o que você tem... Não acredito muito que seja só anemia. — afirmou, fitando o nada.

— Mãe, foi o que deu no exame. — cocei o queixo. — Vocês sempre querem teimar com o resultado e com o médico, é inacreditável. — completei de maneira fria. — Você e Dean podem dar as mãos, são iguaizinhos.

— Maya Grace, eu só estou dizendo aquilo que eu acho, não estou contrariando exame e médico nenhum. Se for só anemia mesmo, que bom, você consegue se recuperar rápido. — desviei o meu olhar de seu rosto. — Eu só quero te ver bem minha filha, apenas isso. Me desculpa se me mostrei insegura.

Engoli em seco, mas depois meu olhar se voltou para ela de novo e lhe dei um enorme sorriso. Fechei meus olhos quando minha mãe depositou um beijo em minha testa, e dessa forma me senti muito segura, como todas as outras vezes.

Instantes depois, a porta do quarto foi aberta, e entraram o Doutor Cuthbert e Clive, o médico bonitão, que está com alguns papéis em suas mãos, certeza que era o resultado dos exames e me senti nervosa antes do tempo, se eles tinham algo para dizer para mim, jamais deveria ser com a minha mãe ao meu lado, não quero nem pensar no que poderia acontecer com ela se soubesse que as notícias não são muito boas.

O Doutor Cuthbert aproximou-se de nós com um sorriso no rosto, parando um pouco à frente de nós, mas perto da cama. Clive também parou ao seu lado, dando um sorriso de lado.

— Estamos atrapalhando? — doutor Cuthbert perguntou, mamãe e eu nos entreolhamos e negamos com a cabeça. — Que bom, vejo que minha paciente está um pouco melhor. — não consegui segurar o sorriso, mesmo que sem mostrar os dentes.

— Eu me sinto bem, na medida do possível. — ergui o ombro. — Só um pouco cansada. — uma risada baixa escapa dos meus lábios.

— Bom, só de estar no hospital já é cansativo. — afirmou e eu concordei com a suas palavras. Se eu pudesse me livrar o quanto antes desse lugar, eu me livraria. O lugar é insuportável e desde pequena odeio estar neste ambiente.

— Você veio conversar conosco? — minha mãe perguntou, desviando completamente do assunto. Engoli em seco, olhando para ela.

— Na verdade, vim mais para ver como a Maya Grace estava e avisar que o Clive é quem vai conversar. Preciso atender alguns pacientes com casos urgentes, então estou um pouco ocupado. Era meu dia de folga, mas imprevistos sempre acontecem. — percebi a tristeza em sua voz, certamente ele queria estar em casa agora, com a família, mas infelizmente teve que ser chamado e me odeio por isso, assim como outros pacientes também devem estar com o mesmo sentimento. Todos merecem um dia de paz, pelo menos. — Mas, provavelmente você passará a noite aqui — avisa, fixando seu olhar em mim. — Pela manhã nós conversaremos também e se tudo ocorrer bem terá sua alta.

Já me alegrei e me senti com o ânimo melhor apenas ao ouvir a palavra alta.

Balanço a cabeça, abrindo um enorme sorriso.

— Ela gostou disso. — Clive comentou, abrindo os lábios pela primeira vez desde que adentrou ao quarto. — Todos os pacientes anseiam ouvir isso.

Demos risada em uníssono.

— Bom, vou deixar vocês. Amanhã pela manhã nós nos vemos. — avisou, apontando o dedo indicador para mim, antes de virar os calcanhares para andar em direção a porta. — Fique bem, Maya Grace, caso o contrário, estarei a sua disposição.

— Obrigada! — agradeci por sua gentileza.

Clive esperou ele sair pela porta para tomar a posição e começar a dizer, mas me dirijo primeiro, antes de qualquer coisa:

— Clive... Doutor Clive... Nós podemos conversar a sós? — peço e mordo o lábio inferior, com medo da reação da minha mãe que foi exatamente como imaginei.

— Que isso Maya Grace, eu sou sua mãe. — aumentou seu tom de voz. — Se for algo sério preciso saber também.

Reviro os olhos para ela.

— Mãe, por favor. — imploro. Minha mãe permaneceu alguns segundos com seu olhar fixo ao meu, mas passou a língua entre os lábios e concordou com a cabeça em sair do quarto.

— Está bem. — seu semblante mostra tristeza. — Se precisar é só me chamar. — assenti e antes de sair me deu um beijo na testa e passou a mão esquerda delicadamente pelo meu rosto.

Permanecemos quietos outra vez até ouvir a porta sendo fechada.

— Bom, se preferiu assim, por mim tudo bem, mas depois conversamos sobre isso. — começou a dizer, referindo-se ao meu pedido para minha mãe sair do quarto. Clive colocou a pasta branca com o símbolo do hospital na beirada da cama e ficou sério e pensativo, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. — O que tenho para conversar é um assunto sério e pedi para o doutor Cuthbert para ter esse momento com você, porque nós já nos conhecemos, mesmo que não muito, assim, quem sabe, não seja para você uma bola de neve e também o ajudo a esclarecer tudo de uma forma simples.

Clive gesticula com as mãos e de vez em quando coça a nuca e presto atenção nesse detalhe... Ele está muito nervoso. E gesticular e coçar a nuca é como demonstra isso, me recordo disso porque aconteceu a mesma coisa no dia da minha festa de noivado quando falávamos bem de Viola para ele.

— Tudo bem, pode falar. — tento manter a calma e quando percebo estou apertando as minhas mãos que estão suadas.

— A bateria de exames que fizemos, fez com que descobríssemos uma coisa e não é algo muito bom, aliás é terrível. — abaixo a cabeça para tentar impedir que meu olho começasse a lagrimejar, não posso fazer isso aqui. Quando levanto meu olhar, Clive não consegue entender o que eles transmitiam, mas sabia que não era surpresa. — Não me parece surpresa. — comentou o que estava pensando. — Você já sabe... É por isso que pediu para que a sua mãe saísse. — colocou a mão no pescoço.

Não quero confirmar, não quero ter que dizer isso em voz alta... Eu só não quero, porque sei que quando eu dizer, vai parecer mais real ainda e eu não quero que seja real.

— Você já sabe, Maya Grace? — insistiu na pergunta por eu não ter dito nada.

O choro já está entalado na minha garganta, a fazendo doer.

— É, eu sei. — Clive franziu a testa observando eu passar a língua entre os lábios. — Eu sei que fui diagnosticada com leucemia.

Dias depois que realizei o hemograma, recebi o resultado dele. A secretária do doutor Cuthbert me ligou e disse que ele estava pronto, marcamos uma consulta e me foi revelado o verdadeiro diagnóstico que é a leucemia. Ainda estou em estado de choque, não chorei, não gritei, não fiz absolutamente nada até agora, é como se meu cérebro ainda estivesse processando todas as palavras que o doutor me disse naquele dia. Meu corpo deseja que tudo seja apenas imaginação, me belisco o tempo inteiro na tentativa de me fazer acordar para a realidade, mas nada acontece. Não tive esse choque de realidade ainda... Pelo menos até agora. É a primeira vez que digo que estou com câncer.

— Eu fiz o hemograma. — expliquei para ele o porquê já tinha descoberto.

Clive suspirou, fechando os olhos em seguida.

— Isso vai ser mais difícil do que eu pensei. — ele tentou me lançar um sorriso, mas não conseguiu, pelo seu semblante, queria chorar. Isso só me fez imaginar quantas notícias tristes ele já deu ao longo da sua carreira como médico. — Acho que nunca me doeu tanto como agora. — se encostou na cama. — Mas, vamos lá. Eu preciso fazer o meu trabalho. — passou a mão pelo rosto, secando uma lágrima que escapou de seu olho. — Os exames que fizemos hoje apenas serviu para confirmar a doença. — tenta soar cauteloso.

Não está conseguindo se expressar, palavras parecem faltar para ele assim como faltam para mim.

O que dizer quando se descobre que está com câncer?

— Bom, é impressionante porque o câncer está se espalhando rapidamente. — não consigo o encarar, abaixo a cabeça, escondendo as lágrimas que se acumulam em meus olhos. — Nós comparamos seus exames com de outras pessoas, claro que em cada um é de uma forma diferente, mas é como se você estivesse a mais ou menos um ano com a doença, está muito acelerado.

— Isso eu já não sabia. — sussurro e engulo em seco.

— Sua situação é complicada, Maya Grace e preciso ser sincero, na verdade é a minha função. — seu olhar fixa-se ao nada, como se não conseguisse me encarar. — Você precisa iniciar um tratamento urgentemente... Se não, as notícias daqui um tempo não serão muito boas.

Minhas mãos estão tremendo, entregando meu nervosismo. Agora que nada vai fazer sentido, as palavras dele parecem não ser processadas por mim.

— Alguém sabe dessa situação, Maya Grace?

Entorto os lábios.

Não, ninguém sabia. As perguntas sobre o resultado do exame foram tantas que a única solução que tive para escapar disso foi mentir. A mentira saiu com tanta facilidade dos meus lábios que fiquei surpresa comigo mesma. Não suportaria ver a dor sendo transmitida para as pessoas que eu amo.

— Não, eu menti. Contei que o resultado do exame deu anemia. Ninguém sabe a verdade e não quero que saibam. — meu tom de voz foi fria e rude.

Ouço ele suspirar pesadamente.

— Maya Grace, você precisa contar para alguém. Você não pode aguentar tudo sozinha, precisa de apoio. Eu sei que é difícil, mas é preciso. — sua declaração fez meu sangue ferver.

— Não! — gritei, mas minha voz saiu trêmula. Finalmente tomei coragem para o encarar. Seus olhos estavam fixos nos meus. Sua expressão facial era indescritível. — Eu não quero! — diminuo o tom, mas ainda é de forma rude.

— Você não merece passar por isso sozinha. — insistiu em dizer outra vez.

— E ninguém merece sofrer por mim. — fui direta.

— Então, continuaria mentindo para a sua mãe?

— Por favor, não... — imploro.

— Eu vi o jeito que ela ficou, estava desesperada, e eu acho que já desconfia que não é apenas anemia. — assenti com a cabeça, confirmando. — Você não acha que é melhor contar para ela? Pelo menos para ela? É a sua mãe.

— Ela é a pessoa que mais me doeria ver sofrendo. — confessei.

— Mais também sei que é o seu porto seguro.

Nisso eu teria que concordar com ele. Não sei porque mais balancei a cabeça, mostrando para ele que concordava com a sua sugestão e Clive se mostrou satisfeito com a minha decisão. Eu não sei porque se importava comigo, sendo que mal nos conhecíamos, talvez seja por causa de Viola, já que sou nora dela.

Clive pediu para uma enfermeira que passava no corredor chamar minha mãe. Não demorou muito para que ela entrasse pela porta branca, segurando firme contra o seu corpo a sua bolsa preta de couro. Pelo meu olhar, percebeu que algo não estava normal, mas não tive força para mostrar um sorriso para simular que estava tudo bem, porque não estava tudo bem, agora não consigo mentir.

Caroline se aproxima de mim parando em pé ao meu lado, e antes de se virar para Clive, beija o topo da minha cabeça. Os dois se encaram.

— O que aconteceu? — perguntou diretamente para ele. — Aconteceu alguma coisa grave com ela? — fez mais uma pergunta, mas dessa vez em um tom mais desesperado, porque Clive não a respondeu.

— Senhorita Steele, eu preciso que...

— Por favor, apenas Carol. — cotou-o imediatamente. Ele sorriu de lado.

— Certo... Carol, eu preciso que você seja forte. As notícias que tenho para dar não são muito boas. — ele tentava dizer da maneira mais mansa possível.

— O que aconteceu com ela?! — gritou de forma estridente. Droga, eu sabia que isso não seria boa coisa.

Então, Clive começou a dizer as mesmas palavras que disse para mim, minutos atrás. Citou os exames que realizei, até mesmo o hemograma e não tive coragem de olhar para a minha mãe ao saber que menti sobre o resultado.

— Você mentiu sobre o resultado, Maya Grace? — tinha certeza que ela me encarava.

— Eu não encontrei forças para contar. — inspiro e solto o ar lentamente pela boca.

— Você foi muito egoísta, sabia?

Clive cortou a conversa que ela iniciou, dizendo que isso não vem ao caso agora e realmente não vinha. Ele continuou dizendo devagar e completamente manso, talvez para que não soasse tão terrível como já é, mas não funcionou. Assim que Clive disse sobre o diagnóstico, reparei que a perna de minha mãe ficou trêmula e suas mãos não paravam. Eu quis desviar o olhar de seu rosto quando ela abaixou um pouco a cabeça para me olhar porque o seu rosto estava muito encharcado, em questão de segundos seus olhos estavam inchados. Então, o meu coração se partiu. Minha mãe tentava dizer algo, mas seus lábios tremiam tão violentamente que nada saia. Até porque, o que ela iria falar? Já foi duro de se ouvir a verdade.

Carol chorava descontroladamente, afundou os dedos nos fios de cabelo, os puxando com força visceral. Ela começou a caminhar pelo quarto, provavelmente tentando raciocinar, talvez para ela nada fazia sentido também.

— A leucemia é uma doença dos glóbulos brancos. Na sua medula óssea começa a ter acúmulos de células doentes, que substituem as células sanguíneas normais — explicou para a minha mãe o que é a leucemia. Clive pegou entre os papéis dos arquivos uma folha que apresentava dois desenhos, uma representação de células sanguíneas normais e outra como é quando afetada pela leucemia. — A quanto tempo, você começou a sentir os sintomas? — perguntou diretamente para mim.

Entorto os lábios, começando a pensar.

— Eu acho que tem de dois a três meses, mas começou a piorar nas últimas semanas. — afirmo.

— Seu diagnóstico foi muito demorado, logo que começou a sentir deveria ter procurado o médico para que ele fizesse os exames para verificar. Como já expliquei, no seu caso a leucemia está se espalhando rapidamente.

— E isso tem tratamento? Alguma chance de controlar? — finalmente a minha mãe diz algo, depois de se manter em silêncio durante alguns minutos. Ela raspou o dorso da mão na ponta do nariz.

— Bom, sim. Há o tratamento através da quimioterapia e radioterapia. E também o transplante de medula óssea, sendo o mais escolhido depois de terminar a quimio e radio. — Clive gesticulou com as mãos. — Porém o tratamento precisa ser iniciado imediatamente, para que se mostre eficaz, principalmente no caso dela. — foi sincero. — Se ele se avançar mais ainda, não terá mais possibilidade de tratamento.

— Ela vai com certeza realizar o tratamento. — minha mãe disse por mim, mas a cortei, falando por cima dela.

— Eu vou pensar se realizarei o tratamento.

Minha mãe me olhou surpresa com a maneira que disse, como se estivesse muito decidida.

— COMO VOCÊ OUSA DIZER UMA COISA DESSAS? — explodiu de vez. — PARA MAYA GRACE, PARA. — as lágrimas voltaram a rolar rapidamente pelo seu rosto quando ela fechou os olhos. — MEU. DEUS. NÓS PODEMOS. PERDER. VOCÊ. — suas palavras saíram pausadamente, apontando o dedo em riste para o meu rosto. Mas enquanto me olhava firme, senti dores no meu coração. De repente, minha mãe está me abraçando, transmitindo o calor de seu corpo para o meu. Também estou prestes a explodir.

— Nós podemos deixá-la pensar, todos reagem dessa mesma forma. — Clive tentou acalmá-la. — Ela vai aceitar. — concluiu.

MEU. DEUS. NÓS PODEMOS. PERDER. VOCÊ. Acho que foram essas palavras que me fizeram entrar na realidade e abandonar toda a firmeza que me sustentava. Eu disse que desde o diagnóstico até o dia de hoje não havia chorado, isso foi até agora.

Sinto as lágrimas escorrendo de forma veloz pelo meu rosto, rápido o suficiente para o sentir muito molhado e quente mais muito quente. Queria gritar, mas não podia fazer isso dentro da sala de hospital, muito menos para fazer todos da minha família correr para o quarto e me encontrar nessa situação deprimente. Clive tinha razão, eu precisava de alguém, mas nem minha mãe era capaz de arrancar essa dor de dentro de mim. O choque da realidade realmente chegou.

Eu me desfiz em seus braços e fui lavada por cada lágrima. Minha mãe segurava fortemente o meu braço enquanto chorava com o rosto enterrado em seu pescoço.

— Mãe! — digo o nome dela em prantos. Minha garganta está fechava por tentar controlar o choro, mas não consigo, simplesmente não consigo. — Mãe, eu estou doente! — foi inevitável, o choro saia descontroladamente e não tinha mais força, agarrei o corpo da minha mãe, que me apertava com todas as forças que ela tinha. — MÃE!

— Está tudo bem, Maya Grace. — ela tentava me acalmar, mas eu tinha certeza de que era para tentar se acalmar também, mas nada funcionava, nem mesmo seu abraço de mãe. — Nós vamos fazer de tudo para te ver bem, nada vai acontecer com você.

Segurei por tanto tempo que quando dou conta de mim, estou tendo crise de nervosismo.

Abro meus olhos lentamente, estranhando o fato do quarto estar totalmente escuro. O relógio pendurado na parede marcava cinco e meia da manhã. Não me lembro de quando acabei caindo no sono, a única coisa que sei é que estou bem mais calma agora. Observo o quarto e percebo que minha mãe não está mais ali, mas há alguém sentado na poltrona do canto, um sorriso se forma em meus lábios por ver Dean. Não o via desde que desmaiei na cada de minha mãe e meu coração já doía de saudades.

Não demorou muito para ele abrir os olhos e me encarar com uma expressão de paz. E isso também me deu paz. Dean se levanta da poltrona reclamando da dor na lombar, mas ainda assim caminhou até mim, esticou seu corpo e depositou um beijo calmo e carinhoso em meus lábios. A maciez dos seus lábios rosados e finos, deixavam meu corpo todo arrepiado. Fecho meus olhos para sentir mais o doce beijo que me deu.

— Você está a muito tempo ali? — perguntei, depois que nossos lábios se desgrudam.

— Um tempinho. Pedi para trocar com a sua mãe, ela precisava descansar, ficou o tempo inteiro com você aqui. — ele passa delicamente a mãos sobre os meus cabelos. — Seu pai veio, olhou você e foi ficar com a Abby. Não sei como sua irmã consegue dormir tanto mesmo estando aqui.

Uma risada escapa.

— Abby sempre dormiu muito. E você não vai dormir? Seus olhos te entregam que está com sono.

Dean entortou a boca.

— Até tentei, mas aquela poltrona é muito desconfortável. Fiquei minutos tentando encontrar uma posição. — suspirou. — A enfermeira disse que você teve uma crise de nervosismo. O que aconteceu?

A fala dele me obriga a desviar meu olhar. No fundo, agradeço por ninguém ter dito nada. Clive realmente cumpriu com aquilo que ele falou que somente minha mãe saberia. Mas, ao mesmo tempo me sinto uma idiota por continuar mentindo para meu noivo, seu semblante mostra preocupação e angústia, só que não quero ver seu coração partido, já basta o meu. Minha mãe dizer que poderia me perder já me deu crise, imagina se Dean também dissesse. Poderia não aguentar.

— Nada. — estico os lábios. — Acho que fiquei muito nervosa quando o médico disse que passaria a noite aqui. Sabe que odeio hospital. — ergo o ombro.

— Ninguém gosta de hospital. — respondeu com humor. — Fiquei muito preocupado, mas que bom que está bem. Nem sei como reagiria se algo acontecesse com você. — nesse exato momento, meu coração terminou de quebrar.

Dean arrastou a poltrona para próximo de mim e se sentou, debruçou sobre a cama e segurou a minha mão, deslizando seu dedo. Minha mão direita foi até seu cabelo e a movo em movimentos lentos, para cima e, para baixo. Acaricio seu cabelo, lhe fazendo um cafuné.

— Queria estar em casa com você. — sussurro para ele, que está com os olhos fechados, tinha certeza que acabaria dormindo com o meu carinho. Observei nossas mãos entrelaçadas e por um momento eu desejei que elas permanecessem assim para sempre. Que em nossos momentos de queda, estivéssemos a mão um do outro para segurar. Será que nosso amor será forte o suficiente para me manter viva?

— Eu também. — ergueu a cabeça, mas ainda está com os olhos fechados.

— Promete estar aqui? — pergunto mansa, sorrindo de lado.

— Prometo estar aqui quando você acordar. — não era bem isso, mas serve. — Eu sempre estarei, para tudo.

Sorri, exibindo meus dentes, o que fez um notável brilho nos olhos de Dean aparecer. Ele pousou a cabeça outra vez na cama e começou a cantarolar uma música, meu coração acelerou, quase saltando para fora. Over and Over Again, do Nathan Sykes. A nossa música.

Não consegui mais dormir, apenas dei rápidos cochilos, que não ultrapassavam cinco minutos, porque logo depois que Dean caiu no sono, o sol começou a entrar pelas brechas da cortina. Com a claridade que surgia, o dia seria muito belo. Meu noivo ainda dormia, tão calmo e sereno, como um verdadeiro anjo. Dedilhei meus dedos entre os fios de seu cabelo, meus olhos descem para as nossas mãos e sorrio quando vejo eles ainda entrelaçados.

A enfermeira bate delicadamente na porta e grito que poderia entrar. Meus olhos se encontram os dela e em suas mãos segurava a bandeja com o café da manhã. Digo obrigada a ela, que retribui com um sorriso. Seus passos fizeram Dean acordar, ele boceja e antes de levantar o corpo, reclama de dor, o que era óbvio já que ficou naquela posição o tempo inteiro. O relógio na parede marcava sete e meia da manhã. Meu noivo esperou a enfermeira sair para dizer algo:

— Bom dia. — disse com a voz extremamente rouca.

— Bom dia. — sorri de lado. — Dormiu bem? Mesmo que por poucas horas.

— Tirando o desconforto da posição, até que sim. Estava muito cansado.

Dean se levantou, e esticou-se enquanto o observava. Segundos depois, aproximou-se de mim, direcionando seus dedos para o meu rosto. Como eu amava o toque suave de seus dedos em minha pele, sempre tão agradável. Nossos lábios se tocaram, causando-me uma deliciosa sensação de faíscas entre nós. Nossos olhares se focaram um no outro, depois que desgrudamos nossos lábios.

— Mesmo que estamos no hospital, não posso deixar de te dar meu bom dia dessa forma.

Comprimi meus lábios. Ele beijou minha bochecha esquerda aumentando meu sorriso, assim como o dele.

— Vou lavar meu rosto e buscar um café, estou morto de fome e bem apertado.

Assenti com a cabeça, observando ele sair do quarto com pressa. Encarei a bandeja de café da manhã e tomei coragem para tomar pelo menos o suco de laranja que está ali, e por um milagre estava muito bom, ou era só meu estômago entregando que estava com muita fome também. Ninguém mais adentrou pela porta, então deduzi que meus pais e Abby tinham ido embora. Por fim, comi quase tudo que estava na bandeja.

— Senhorita Steele, como se sente? — acabei me assustando com a entrada do doutor Cuthbert e assim como ontem, Clive o acompanhava. O doutor tirou a prancheta do encaixe da porte e leu todas as minhas informações. — O seu semblante parece bem melhor.

— Sim, estou me sentindo bem. — respondi, simples e curta.

— Fiquei sabendo da sua crise, passei pelo quarto para te ver mais estava dormindo. Estou feliz por isso, sei que hospital é bem estressante. — franzi a testa, pensando de Clive tinha contado a verdade sobre a minha crise, que foi por causa do diagnóstico. — Eu também imaginei que reagiria a leucemia dessa forma. — ele sabe.

Entortei os lábios, não quero me lembrar de nada.

— Bom, você aparentemente está bem. Está tudo bem também com a pancada na cabeça, teve sorte de não ser forte. — assenti, feliz. — Como havia dito, viria para conversar com você sobre o diagnóstico. O doutor Clive me deu todas as informações, e sei que não reagiu muito bem também em questão do tratamento. Mas, tem a consciência de que precisa iniciar o tratamento, o quanto antes. — sua expressão mudou, se tornou tensa e seu maxilar travou. — As coisas podem não fluir muito bem se isso não ser realizado.

— Eu ainda não tomei minha decisão. — o interrompi de forma grosseira. — Mas, pode ter certeza de que está mais para não, do que para sim. Não quero iniciar uma luta cansativa. Não quero que minha vida agora seja a base de hospital. Eu tenho sonhos, projetos que precisam ser realizados. Vou me casar, e não quero que meu marido me veja toda destruída, assim também como toda a minha família.... — engoli em seco, eles prestavam atenção em cada palavra. — Eu só... Eu só não sei.

Doutor Cuthbert e Clive se entreolharam, talvez já sabendo que minha reação, seria a mesma que já tive.

— Nós compreendemos a sua decisão, mas não vamos dizer que aceitamos. — pelo tom de voz, era Clive que falava. — Você tem a chance de lutar, Maya Grace. E nós, como médicos, queremos te ver viva, realizando todos os seus sonhos e projetos. Pode ter certeza.

Ergui minha cabeça e os encarei.

— Não seja egoísta.

Foi a última fala de Clive, antes de Dean aparecer novamente no quarto. Pelo seu semblante, está assustado com a presença deles. Com o olhar peço para que não falem mais nada e por isso Clive disse algo no ouvido do Doutor Cuthbert, que logo compreendeu.

— O que está acontecendo? — meu noivo perguntou segurando um copo de café na mão.

— Nada demais, só viemos para dizer que a Senhorita Steele pode ir para casa.

Dean comemorou, abraçando-me rapidamente.

— Vou assinar a sua alta. — ambos os médicos em instantes saíram da sala.

Não demorou para a enfermeira trazer a minha muda de roupa que estava vestida quando vim para o hospital. Agradeci quando me vi fora da cama e adentrei rapidamente ao banheiro para também me ver livre do traje azul. Dean ficou sentado na mesma poltrona, me esperando. Nós saímos andando pelo corredor, assim que estive pronta.

Uma risada escapa dos meus lábios quando vejo todos andando em nossa direção. Meus pais, Abby, Jazmyn, Preston, Angel e Maximus. Era assustador ver a quantidade absurda no pequeno corredor. Jazmyn foi a primeira que me viu, e correu imediatamente para me abraçar. Quase cai para trás com sua brusca chegada, me segurei no braço de Dean.

— Você está bem? Sua mãe me mandou mensagem e quando a li, vim o mais rápido que pude. — seu tom de voz é de preocupação e angústia. Ela enterrou o rosto na curvatura de meu pescoço. — Estava tão preocupada.

— Agora estou bem. — sorri de lado. Todos me abraçaram e agradeci por estarem ali, mesmo que não tivesse tanta necessidade assim.

— O que aconteceu? — Max pergunta, afastando-se de mim. Ele foi o último a me abraçar.

— Senti um mal estar, cai e bati a cabeça. Não foi nada demais.

Nesse momento, minha mãe me encarou, repreendendo-me pela mentira.

— Eu vou usar o banheiro. Podem ir, encontro vocês na sala de espera.

Como recebi alta, não tinha tanta certeza se eu poderia utilizar o banheiro dentro do quarto, por isso decidi ir até a recepcionista e perguntar a ela onde havia um banheiro, porque naquele corredor não havia nenhum, mas algo me chama a atenção, as risadas vindo da ala infantil e os burburinhos das enfermeiras falando sobre as crianças que se divertiam muito com o médico. A curiosidade bateu forte e por isso fui até lá.

As crianças estão em uma sala que há janelas de vidros, enquanto estão dando risada de um pequeno teatro que dois médicos faziam. Aquilo me encantou. Enquanto caminhava pelo corredor da sala, meu olhar vai de encontro a um casal que adentrava a um quarto e me veio aquela sensação de que os conhecia. O homem andou um pouco para trás, amarrou o cadarço do tênis e olhou um pouco em volta do corredor. Então o reconheci. Era o pai da garotinha Poliana que conheci no estacionamento.

Um sorriso se formou nos meus lábios ao lembrar-me dela e quis ir até lá para tentar vê-la. Quando chego na porta, Poliana está sentada na cama folheando um livro infantil e desenhando em uma folha de papel e seus pais estão em pé na beirada da cama conversando.

— Poliana? — digo o seu nome, chamando a atenção dela e de seus pais que se viram para mim.

— Maya Grace? — Poliana me olhou, abrindo um sorriso lindo em seguida. — Mãe, olha, é a Maya Grace! — apontou com o dedo indicador.

— A mulher do estacionamento? — a mãe dela perguntou, caminhando até mim. Concordei. — Olá, querida! — me deu um beijo na bochecha. — Como você está?

— Estou bem. — comprimi os lábios. — Na medida do possível.

Cumprimentei o pai antes de ir até Poliana, que me abraçou pela cintura e isso me faz dar um beijo no topo de sua cabeça.

— Como você nos achou? — perguntou, na inocência.

— Eu estava internada. Acabei de receber alta. — sento-me na cama.

Seu semblante se entristeceu.

— O que você tem?

Antes de responder, sua mãe me chama pelo nome:

— Maya Grace, você pode ficar com ela até nos voltarmos? Precisamos assinar uns papéis.

— Claro. — sorrio, em concordância. — Sabe quando nos encontramos no estacionamento e você me disse que estava doente? — continuei quando estávamos a sós. Poliana assentiu. — Então, coincidentemente, eu estou com a mesma doença que você.

Vi que Poliana ficou sentida com o que eu disse, porque abaixou a cabeça, extremamente triste.

— Poxa, você não merecia isso, Maya Grace.

— Ninguém merece, Poli... — afirmo e me surpreendo quando ela me pegou na minha mão com sua mão bem pequena. Sorri, sentindo ao sentir o seu carinho.

— Ainda me lembro de quando você disse que eu tinha um e mil motivos para lutar e que tinha certeza de que eu iria vencer. Então, tenho certeza de que você também tem e é por isso que deve agarrar e vencê-la.

Poliana é um doce de garotinha, tenho certeza de que meus olhos chegaram a brilhar.

— Às vezes dissemos conselhos que nós mesmos teríamos dificuldades para seguir. — confessei.

— Mais eu sei que você consegue. — ergueu a mão esquerda e tocou o meu rosto.

Resolvo desviar do assunto, encarando o desenho de uma girafa em seu colo que ela tentava fazer.

— O que é isso? — pergunto virando a cabeça para tentar olhar melhor.

— Estou tentando desenhar a girafa. — Poliana apontou para uma no livro infantil. — Mais não sou boa com desenho.

— Posso fazer para você?

— Você consegue? — se surpreendeu, como se fosse muito difícil para mim.

— Claro. É o meu dom. — pisquei para ela.

Poliana me entregou o seu caderno e em pouco tempo desenhei a girafa. Ela tampou a boca, porque ficou surpresa com a beleza do desenho.

— Uau, olha mãe, a girafa que a Maya Grace desenhou para mim. — somente assim eu descobri que os pais dela já haviam chegado ao quarto. Virei a cabeça para olhar para eles e a mãe estava com um grande sorriso.

— Nossa, ela desenha muito bem.

— Maya Grace disse que é um dom. Qual é o meu dom? — dei risada com a sua pergunta.

— Você ainda vai encontrar. — respondi. — Ou já encontrou e só precisa desenvolvê-lo.

Poliana ficou extremamente feliz com minha resposta.

— Eu tenho que ir, minha família deve estar preocupada com a minha demora. Daqui a pouco vão percorrer o hospital achando que passei mal de novo.

— Ah. — fez um som de desanimo. — Vou sentir saudades de você.

— Eu também, mas quem sabe a coincidência não acontece de novo. — pisquei para ela que riu sapeca. — Me empresta o caderno. — Poli me deu o caderno de novo e eu escrevi atrás do desenho "Fique Forte", para que ela sempre se mantesse forte diante da doença. — Nunca se esqueça disso. — assentiu. Rapidamente, ela começa a desenhar e quando me entrega o desenho, é um coração, com a mesma frase que escrevi para ela.

— Nunca se esqueça disso. — repetiu o que eu disse.

Antes de me afastar, lhe dou um beijo no topo da cabeça. Seus pais estão me esperando na porta, eles se despedem de mim, mas a mãe de Poliana se dirige para mim:

— Grite, as vezes gritar faz bem. — então, piscou e percebi que havia ouvido a conversa entre eu e sua filha.

— Eu vou tentar.

E minha resposta fez efeito muito rápido e quando me dei conta estou apertando o volante com força abrupta, indo em direção ao píer. Não há ninguém comigo, dei o jeito de sair do hospital o mais rápido que eu podia. Meu celular não parava de tocar e todas as ligações era de Dean, certamente para saber o porquê estava demorando, mal ele sabia que já não me encontrava mais ali. Mandei uma mensagem dizendo que já retornaria porque precisava ficar um pouco sozinha.

Chego ao píer mais rápido do que pensei. Só há eu e as árvores. Há um aperto em minha garganta. Raspei o lábio um no outro, tentando comprimir a dor que sentia, na tentativa de diminuí-la até o momento em que não fosse mais possível sentir. Estou com dificuldades de respirar e de me mover. Enquanto o médico dizia meu diagnóstico eu sentia vontade de gritar, mas não podia e agora eu finalmente conseguiria matar minha vontade. Então, gritei. Gritei. Gritei. E gritei. O mais alto que eu podia. Foi inevitável. As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

Fique forte. A frase na letra de Poliana rodeou a minha mente.

É, eu vou tentar.

Olá meus leitores! Como vocês estão?

Mais um capítulo lindo saindo para vocês. Um capítulo lindo e triste como puderam ver.

É Maya Grace está doente e acho que todos já estavam desconfiando, não é?

A história é inspirada em A Culpa é das Estrelas e Um amor para recordar, então... Tem tudo haver ahahhaa. Não quer dizer que alguém vai morrer, calma. 

Eu tentei ao máximo transmitir dor e sentimento na parte que a Carol descobre.

O doutor Clive é um fofo, merece muito a Viola, o que vocês acham dele?

A partir de agora, vamos dar uma boa caminhada na história, é a partir desse capítulo que as coisas vão começar a desenrolar na vida deles. Vai acontecer MUITA coisa. Tem MUITA coisa mesmo e espero que estejam preparados. São coisas boas e coisas ruins. Até porque se não tiver um pouco de drama não tem graça né hahaha.

Vou confessar para vocês que eu chorei ao ver o desespero dela, foi muito triste mesmo e espero ter conseguido dar emoção para que vocês também sintam.

Vamos torcer para que Maya Grace aceite realizar o tratamento por ela, por Dean e pela família. E aliás conte para eles né, mas tadinha não quer ver ninguém sofrer. O que vocês fariam se fosse ela?

Vocês já estavam desconfiando que ela estava doente? Como foi a reação de vocês?

E vendo os outros capítulos, quero saber como teorias que vocês tem em relação a história. Me contem tudo aqui !!!!!

Desde já agradeço por estarem aqui. Pelos votos, leituras e comentários.

Não deixe de votar e comentar porque isso pode me ajudar na divulgação. Também não deixe de compartilhar para seus amigos e conhecidos para que mais pessoa conheçam a história.

Comentem, por favor, o que acharam do capítulo e se estão gostando da história!

Capítulos todas as sextas-feiras.

Um beijo no coração e até breve <3


ME ACOMPANHEM NAS REDES SOCIAIS:

Continue Reading

You'll Also Like

133K 6.2K 75
✞༒𝖁𝖎𝖓𝖓𝖎𝖊 𝖍𝖆𝖈𝖐𝖊𝖗༒✞ 𝑺𝒖𝒂 𝒑𝒓𝒐́𝒑𝒓𝒊𝒂 𝒇𝒂𝒎𝒊́𝒍𝒊𝒂 𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒑𝒓𝒆𝒛𝒂. 𝑺𝒆𝒖 𝒑𝒂𝒊 𝒍𝒉𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒊𝒏𝒅𝒊𝒇𝒆𝒓𝒆𝒏�...
29.1K 4.3K 27
Essa é uma história de harém inverso, onde seus destinados são decididos pela ligação da alma e de seus poderes, Estrella é uma jovem que foi criada...
1M 64.4K 86
|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela be...
101K 9.5K 45
MELLISSA BORGES É UMA GAROTA QUE POSSUI INFANTILISMO UMA CONDIÇÃO PSICOLÓGICA E É CONSTANTEMENTE REJEITADA PELAS PESSOAS, SERA QUE O AMOR PODE CURA...