Apesar de impedir Draco de deixar o local enquanto Sirius estivesse ali, Harry não pode fazer o mesmo consigo; Dobby, que tinha vindo com o padrinho, apareceu chamando o moreno para encontrar Hermione e os outros, a expressão de desespero no olhar do namorado quase fez Harry sorrir, mas infelizmente ele não podia.
Num pedido silencioso, o loiro quase chorou para o namorado ficar, mas infelizmente não conseguiu, Sirius não percebeu muita coisa já que agora estava no quarto com Scorpius brincando no chão e quase sempre as risadas ecoavam lá de dentro.
— Amor? – Malfoy tentou outra vez quando Harry abriu a porta e rindo, o moreno segurou no rosto do namorado roçando seus narizes e deixando um beijo no mesmo local em seguida.
— Vai ficar tudo bem, Draco...
— Ele me odeia. – sussurrou desesperado e Harry não segurou o riso.
— Você não era tão medroso assim quando enfrentou o Sirius na enfermaria.. – lembrou.
— Ah, mas é que ali.. – ele coçou a nuca — Bom, o fato..
— O fato é que você está com medo, admita, Draco.
— Ok. E se eu tiver?! Por acaso, quem em sã consciência não teria medo do Sirius Black?! – continuou sussurrando enquanto olhava para os lados — É sério, vamos esperar ele ir embora e aí vamos juntos falar a Granger e o pessoal.
Harry bufou.
— Meu amor, preste atenção em mim, ok?! – Harry voltou a segurar em seu rosto vendo-o concordar a contra gosto. — O Sirius está mudando, ainda não viu o jeito que ele fica quando está com o Scorp? Eu sei que ele não é carismático e nem exibe sorrisos grátis, mas ainda sim, ele está mudando.
— Hazz... – tentou pela última vez e Harry sorriu largo pelo apelido, a carinha desolada de Malfoy e o jeito com que fora chamado fizeram o coração do moreno amolecer um pouco, mas ele precisava fazer aquilo, precisava que seu namorado e seu padrinho se resolvessem de uma vez por todas.
Ele não conseguiria lidar com rixas e tendo que morar sob o teto de Sirius, sabendo que ele ainda odiava seu namorado.
— Dray, por favor... Você confia em mim? – o loiro assentiu — Ótimo, eu volto em dez minutos, prometo pra você, e em dez minutos você consegue sobreviver numa boa, uh?!
— Okay. – rebateu fazendo bico.
— Assim está bem melhor. – o moreno sorriu selando seus lábios. — Você nem vai perceber que saí, de tão rápido que vou voltar.
E então Harry deixou a sala-casa e foi atrás de seus amigos sendo acompanhado por Dobby, no fundo Harry não estava tão seguro que voltaria rápido, tampouco que Draco e Sirius não acabariam se alfinetando, mas ele era um Grifano, esperança sempre estava ao seu lado.
— Harry Potter devia respirar, senhor.. – Dobby disse enquanto andavam e Harry acabou rindo, ele estava tão ansioso pela situação que deixara pra trás que mal sabia como ainda não tinha desmaiado sufocado no próprio nervosismo. — O menino Malfoy vai ficar bem.. – disse com os olhos encarando Potter agora que tinha parado em uma das pilastras — Mestre Black mudou bastante senhor.
— Eu sei disso, Dobby, mas o Malfoy ainda tem medo... E sinceramente, eu também.
— Harry Potter vai ter uma surpresa quando voltar. – o de cicatriz franziu o cenho e sorrindo travesso Dobby correu pra longe enquanto Harry o seguia gritando seu nome corredor a fora.
O que deveriam ser apenas Hermione, Ron e os gêmeos, acabou sendo uma enorme reunião entre Grifinórios, Corvinos, Sonserinos e Lufanos; Harry avistou Dobby subindo na mesa e parar ao lado de Hermione, provavelmente por saber que o moreno não tentaria nada contra ele enquanto estivesse ali. Harry fez um leve sinal com a mão e logo encarou o pessoal ao redor.
— Achei que fossem só vocês três. – disse ainda abismado com a cena e revirando os olhos, Pansy que estava espantosamente ao lado de Hermione, apontou para um dos bancos vazios e concordando ele sentou.
— Todos estão envolvidos nisso agora, Harry. – Hermione comentou empolgada.
— Você já se acostumou com isso?! – Rony sussurrou ao melhor amigo que riu discordando — Você tem que ver como elas estão próximas, é assustador, sério.
— Melhor não provocá-las a partir de agora, irmãozinho. – Fred provocou o irmão que fingiu não se incomodar.
— Bom, nós chamamos você aqui porque precisamos de uns pequenos ajustes sobre a roupa melhor pro James usar... – Harry já tinha percebido há algum tempo que além dele próprio e Malfoy, Sirius e os professores eram os únicos que chamavam seu filho pelo primeiro nome; talvez fosse proposital, mas sempre que ouvia, Harry ainda sentia seu peito aquecer pela lembrava que o nome de seu pai carregava. — ... Pensamos em um mini fardamento de Hogwarts com o brasão dividido ao meio com as duas casas. – Harry coçou a nuca — Ou ele pode usar uma roupa sem relação alguma com nossas casas, mas os chapeuzinhos da festa serão misturados.
— E a organização do salão? – ele questionou.
— Só te chamamos aqui pra resolver a questão da roupa. – Pansy o interrompeu vendo todos os amigos rirem.
— Vocês realmente esquecem que o Draco e Eu somos o pai da criança, não é?! – eles deram de ombros — Deviam ter resolvido essa parte também, então. Não precisavam me incomodar. – disse num tom zombeteiro antes de puxar o pergaminho que Hermione tinha nas mãos onde ilustrava os modelos das possíveis roupas de Scorpius James. Era cada uma mais linda do que a outra, e obviamente que ele precisaria da ajuda de Draco para a decisão final.
— Vamos ver as outras coisas, agora... – a voz de Hermione soou mais à frente enquanto p moreno ainda analisava tudo.
Ele só esperava que seu namorado tivesse sobrevivido.
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— Cadê o Harry? – Sirius questionou ao sair do quarto com Scorpius pendurado pelas mãos e com o corpo totalmente longe do homem, o que significava que era hora de trocar a fralda.
— Foi encontrar com a Hermione, algo importante eu acho. – retrucou inseguro enquanto ia na direção do filho.
— Eu... Eu não sei como se faz, então... – o cabeludo disse gaguejando e Malfoy não conteve em rir da cena mas se arrependeu amargamente quando o viu estreitar os olhos.
— Geralmente é o Harry quem faz essa parte, mas acho que consigo lidar. – ele foi com Scorpius até sua cama e a de Harry e deitou o loirinho que ria das caretas que seu pai fazia. — Vamos lá, filhão. Somos nós dois de novo... – apesar de não fazer ideia do que seu pai dizia, o pequeno Scorpius não se continha em risadas.
— Quer que eu faça alguma coisa? Pegue alguma coisa?! – Sirius questionou olhando os dois e sorrindo de lado Malfoy negou.
— O Harry não quer que usemos magia com o bebê. – retrucou com uma careta — Eu consigo resolver isso. Pode ir atrás do Harry, se quiser...
Na verdade Malfoy não fazia ideia de como trocar seu filho, dar banhos era muito fácil, mas a maldita fralda era algo que não entrava em sua mente. Se Sirius saísse do quarto seria muito mais fácil ele enfrentar sua vergonha sozinho, sem contar que conseguiria respirar aliviado quando não estivesse sob os olhos do cabeludo.
Era fato que ele não parecia ameaçador, não enquanto o seu afilhado-neto estava deitado sobre a cama, mas nada daquilo diminuía a tensão e o medo que rodeavam o loiro.
— Malfoy? Talvez nós precisemos conversar um pouco.. – disse quando Draco finalmente conseguiu arrumar seu filho e o erguendo nos braços, ele engoliu seco — Não se preocupe, não vou te jogar na parede ou segurá-lo pela gola da camisa. – deu um riso e com o rosto vermelho Malfoy concordou ainda inseguro. — Eu agi por impulso naquele dia...
— Tudo bem, qualquer um surtaria por saber que o filho estava esperando um bebê. – Draco sorriu fraco — Eu não estou com raiva, nem o Harry.
— Eu sei Que não. Mas não tô fazendo isso por causa do Harry, quer dizer, é por ele, mas não a pedido dele. – Sirius coçou a nuca desviando a atenção de Draco que agora deixava o filho entretido apertando seus dedos — Eu pensei as minhas atitudes, também levei sermões do Remus e da Molly Weasley, e finalmente me dei conta de que peguei um pouco pesado...
— Já disse, tá tudo bem, Black. Esqueça isso.
— Não posso. Teremos um laço em comum pelo resto da vida, não posso deixar você viver com medo de mim, ou querendo fugir toda vez que eu chegar pra ver o Scorp. – Sirius então deu alguns passos à frente e esfregou as mãos nas pernas como se repensasse o que faria naquele momento — Que tal se... Abríssemos umas nova página da vida, agora?
Draco travou.
Ele não podia ter ouvido aquilo, não podia estar ouvindo Sirius Black lhe pedir uma "trégua" sem soar sarcástico ou falso. Ele parecia mesmo estar interessado naquilo e apesar de estar completamente assustado, Draco não pôde deixar de sorrir.
— Não vou fingir que já aceito isso vem por cento, mas me esforçarei pra nos darmos bem de hoje em diante, pelo bem do Scorpius. Não quero que ele veja problemas dos dois lados da família... – Draco engoliu seco lembrando de seu pai — Eu sinto muito pelo Lucius, ele deve ser muito burro pra não querer ver essa coisa linda que é o meu neto. – Draco riu concordando — Mas ele não vai resistir por muito tempo, tenho certeza disso.
— Também espero. – Sirius então sorriu largo e esticou a mão na direção do outro.
— Sem ressentimentos? – Malfoy sorriu concordando e apertou sua mão.
— Sem ressentimentos. – e aproveitando a deixa, Scorpius esticou os bracinhos e Sirius riu o pegando nos ombros voltando para brincarem juntos.
Draco se sentia estranho, um pouco aliviado talvez, e indo até o quarto do filho, ele ficou encostado na porta observando os outros dois se divertirem juntos.
Harry com certeza adoraria ver aquilo.
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Bom, a autora tá de aniversário e adoraria dar um presentão a vocês com att tripla, mas de domingo pra cá mal tô tendo tempo de beber água, porém não podia adiar essa atualizado hoje, espero que gostem e surtem um pouquinho antes da maravilhosa festa do Scorpius James.
Obrigada pelo apoio sempre ❤️❤️