- Brenda Narrando -
Acordei no susto sentindo a minha cabeça pesada, acordei meio desnorteada e escutei um barulho na cozinha, quando cheguei lá dei de cara com o Marcelo mexendo em algo no fogão.
- Como você está? - perguntou me despertando
- Morrendo de dor de cabeça - falei baixo e ele me entregou um comprimido e um copo de água - Vou tomar um banho e voltar pro hospital
- Não, vai tomar um banho, comer e descansar - falou desligando o fogo
- Tá doido? Eu preciso ver minha avó - falei terminando de beber
- A cirurgia acabou tem duas horas e como praxe ela está na UTI, você não pode ir pra lá, o médico mandou todo mundo pra casa - explicou calmo
- Eles estão bem? - perguntei meio receosa
- Sim, a cirurgia foi um sucesso, ela e seu tio estão ótimos - falou e eu sorri de lado
- Vou tomar um banho então - falei saindo da cozinha
Tomei um banho um pouco demorado, vesti um moletom do Alex e fui atrás do Marcelo.
- Hora de comer, mocinha - falou me olhando e se levantou do sofá
- Não tô com fome - neguei com a cabeça e me joguei no sofá
- Eu não perguntei, apenas disse que você vai comer - falou me fazendo revirar os olhos - Aquele seu amigo que trouxe
- Por acaso é sopa de ervilha? - perguntei e ele voltou com um prato de sopa
- Sim - falou me entregando mas eu não quis - Tá velhinha demais pra isso, Brenda, mas vamos lá
- Ele diz que sopa melhora tudo - falei rindo baixo
- Olha aqui - falou chamando minha atenção e quando eu vi ele tinha enfiado a colher na minha boca
- Ei - reclamei engolindo
- Eu disse que você ia comer - falou despreocupado e quando eu abri a boca pra falar ele fez de novo
- Para com isso - falei e ele me olhou sério
- Vai comer sozinha? - perguntou sério
- Vou - afirmei pegando o prato e comecei a comer
Algum tempo depois minha avó recebeu a alta, Marcelo estava ficando comigo direto, ainda não tínhamos conversado e nem rolado nada mas ele estava fechando 10 a 10 comigo.
- Marcelo, eu não sou criança - falei quando ele tentava fazer trança no meu cabelo
- Deixa eu fazer - falou puxando meu cabelo de leve
- E você sabe? - perguntei bufando
- Eu fiquei viúvo a Thaís tinha 8 anos, eu tive que aprender certas coisas - falou dando de ombros e começou a trançar meu cabelo
- Amiga, cheguei pra colorir seu dia - Nandinho entrou todo escandaloso
- Casa da mãe Joana agora? - perguntei quando ele se sentou ao meu lado
- Não, mas é casa de piranha e casa de piranha tem alta rotatividade - falou como se fosse óbvio
- Olha o respeito - Marcelo falou se fingindo de sério
- Com essa voz grossa, falando sério, cara de macho fodedor e ainda faz mágica com a mão - falou olhando diretamente pro Marcelo e eu segurei a risada - Tô até ovulando por esse bofe
- Cala a boca, piranha - falei rindo e o Marcelo estava morrendo de vergonha
- Mas como tá a vó? - perguntou parando de rir
- Ela tá melhorando, a Karen está lá cima fofocando com ela - falei sorrindo
- Falar em fofoca tenho uma - falou batendo palma - Ficou sabendo que o seu Geraldo largou a mulher pra ficar com um homem?
- Sim, a Karen chegou doida aqui pra contar - falei rindo
- Largou mulher pra ficar com homem? - Marcelo perguntou assustado
- Ele viu que buceta é coisa ruim - Nandinho falou fazendo cara de nojo e eu taquei uma almofada nele
- Não, buceta é maravilhosa, ele que já devia ser gay - Marcelo opinou
- Viveu uma mentira com a coitada e ele agora feliz da vida enquanto ela entrou em depressão - falei e neguei com a cabeça
- Também depois de 30 anos de casado, por isso não acho certo ficar no armário - meu amigo falou dando de ombros
- Você já nasceu fora dele, amiga - falei e eles riram
- Piranha desmamada - falou me dando língua
- Sou mesmo, tô doida pra dar uma mamada gostosa - falei dando de ombros e o Marcelo começou a tossir
- Calma, bofe! Vai infartar não hein - meu amigo falou batendo nas costas do Marcelo
- Ridícula - falei rindo
- Trança que o Marcelo fez -