A Pecadora (Concluído)

By Niih_Potato

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Lisie Yamazaki é uma agente especial de uma divisão secreta que investiga acontecimentos sobrenaturais. Ao se... More

Agradecimentos
Apresentações e Recados
Um: Ligações na madrugada
Dois: Marcas de um crime
Três: Boate dos mortos
Quatro: Intimidações entre quatro paredes
Cinco: Proposta indecente
Seis: Café e sangue
Sete: Jogo para dois
Oito: Inocentes mentiras, cruas verdades
Nove: Mágicas ameaças
Onze: Mais um para a conta
Doze: Difíceis decisões
Treze: Vampiro mágico
Quatorze: Questão pessoal
Quinze: Os mortos ressurgem
Dezesseis: Ventos de liberdade
Dezessete: Assassino ilusório
Dezoito: O homem que não se surpreende
Dezenove: Flor-de-Lis
Vinte: Pecado original
Vinte e Um: Real significado de monstro
Epílogo: Mortos não enxergam
Capítulo Bônus: Entrevistas

Dez: Gato e Rato

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By Niih_Potato

O corredor em que eu me encontro é largo o suficiente para que três pessoas andem ao meu lado, água pinga através dos vãos das paredes de pedra, empoçando o chão e fazendo com que o som dos meus passos ecoe como os de um elefante. De alguma forma, eu sei que não há fim para esse corredor mas, mesmo sabendo disso, eu me obrigo a continuar andando. O frio é congelante, parecendo atravessar os meus ossos e me fazendo tremer da cabeça aos pés.

Depois de andar por sabe-se lá quanto tempo, eu chego a uma câmara. Há uma bifurcação de três túneis mais ao fundo, que devem ser as saídas desse lugar mas, por alguma razão, eu não quero sair, eu quero ficar aqui. Eu sou praticamente compelida à essa vontade de permanecer aqui.

A câmara deve ter cerca de sete metros de altura, seu teto é abobadado e nenhuma luz entra, a única luz do local é proveniente de uma pequena fogueira no centro do lugar. Eu olho atentamente para as paredes de pedra, depois para os túneis e, por fim, para o teto abobadado, me perguntando o por que de estar aqui e o que eu deveria, supostamente, fazer.

Subitamente, um vento forte, vindo da extremidade oposta do túnel que está às minhas costas, sopra violentamente. Eu me abraço, tentando evitar que essa nova onda de frio atinja os meus ossos, meus cabelos voam sem parar por sobre o meu rosto, dificultando a minha visão e me obrigando a fechar os olhos momentaneamente. Tão subitamente como começou, o vento se esvai, eu olho novamente para a câmara, mas nada parece ter mudado muito, exceto as brasas da pequena fogueira, que estão praticamente minguando.

Mais um vento forte sopra, praticamente mexendo as paredes de pedra e apagando de uma vez a fogueira que está no centro da câmara.

Escuridão, completa e aterrorizante escuridão.

Eu encaro o breu pelo que parece ser uma eternidade, sentindo o frio e a incerteza do que vai acontecer consumir as entranhas do meu ser.

Sem aviso, a fogueira se acende novamente, mas as suas chamas não são mais vermelho-alaranjadas. Elas são verdes e brilhantes como neon.

Atrás da fogueira, sentada em uma cadeira simples de madeira, há uma estranha figura vestida com uma longa túnica preta e capuz da mesma cor, não deixando o seu rosto, pés ou mãos à mostra.

A figura parece ter o seu olhar fixo em mim, embora eu não possa dizer isso com certeza, já que eu não consigo ter um único vislumbre do seu rosto. O frio parece aumentar enquanto essa figura olha na minha direção por longos minutos, a roupa leve e o cardigã branco que eu uso não conseguem armazenar o calor do meu corpo, que treme incessantemente. Minha respiração produz pequenas nuvens brancas de vapor no ar.

Por um minuto, eu me sinto tentada a chegar perto da fogueira tão convidativa, mesmo com essas estranhas chamas verdes, mas isso - o que quer que seja sentado nessa cadeira - é sinistro demais, parecendo tomar toda a minha coragem e imobilizar o meu corpo.

A figura não parece se mexer um milímetro sequer, como uma estátua. Na verdade, eu até imagino que seja, de fato, uma estátua, já que nem as suas vestes tremeluzem com o vento que escapa dos vãos das paredes.

- Pare de procurar pelo assassino, Lisie Yamazaki. - a voz retumba dentro da câmara. É grave e caracteristicamente masculina.

Meu corpo imediatamente se arrepia, como se um sentimento ruim tivesse se apoderado de mim. Um mau presságio.

- Por que? - eu inquiri automaticamente.

Anos de interrogatórios e buscas incessantes por assassinos me provaram que a melhor defesa é o ataque.

- Apenas pare de procurar, você nunca conseguirá encontrá-lo. - a figura respondeu.

- Eu não posso, ele matou pessoas, é o meu dever encontrar o responsável por isso e levá-lo à justiça.

- Justiça? O que é justiça para você? - a figura perguntou. - Uma forma de acalentar o seu pesar? Uma forma de te fazer se sentir poderosa?

- Justiça é a forma correta e imparcial de como as coisas devem acontecer! - eu respondi exasperada.

- Justiça é como o bem e o mal: apenas uma perspectiva para fazer as suas vidas terem sentido, para que vocês pensem que, de alguma forma, todas as ações têm um resultado, principalmente se esse resultado lhes convir. É como crer em Deuses, apenas para ter a quem culpar quando as coisas não vão como o esperado. Então, vocês olham para os céus e clamam por justiça, mas não a aceitam quando ela é feita à vocês.

- A justiça é a mesma para todos nós, ela não leva nada em consideração, além das nossas ações e as suas consequências.

- Então, você está pronta para receber a justiça por seus atos, quando ela vier sobre a sua cabeça?

- Você está um pouco atrasado, amigo. Isso já aconteceu. - há muito tempo, eu pensei.

- E você acha que recebeu toda a justiça que merecia? - a figura perguntou.

Chega! Isso não é a porra de um interrogatório! Minha paciência acabou.

- Quem é você? O que você quer de mim? - eu perguntei, encolerizada.

- Quero que você pare de procurar pelo assassino. - a voz parece estar mais alta, como se a figura estivesse mais próxima de mim. O que é impossível, já que ela não se moveu um centímetro da sua posição inicial.

- Eu já disse que não posso fazer isso. Eu preciso e vou encontrá-lo!

- Mesmo que isso possa te colocar em perigo? - a figura meneia a cabeça em sinal de negação, se movendo pela primeira vez. - Você vai acabar se machucando.

- Não há nada que esse assassino possa me fazer, que eu já não tenha feito a mim mesma. - eu observei a figura. Diferente de mim, a sua respiração não produz vapor no ar.

Como se ele estivesse morto.

- Você ainda irá se arrepender disso. - a figura encapuzada determinou.

Em um movimento fluido demais para ser de verdade, a figura se levanta da cadeira e começa a andar em direção ao túnel da esquerda. Mesmo sabendo que essa não é uma boa ideia, eu o sigo a passos apressados, antes que ele desapareça no ar ou qualquer coisa do tipo.

- Quem é você? - eu repeti a pergunta.

A figura para de caminhar e se vira na minha direção, ficando a poucos metros de mim. Eu não sinto nada, nenhuma energia emana dessa figura, é como se ela não tivesse uma aura, nem mesmo algum resquício dela.

Céus, eu havia enlouquecido tanto a ponto de conversar com espíritos de pessoas mortas?

- Pare de procurar pelo assassino, Lisie Yamazaki. Pare de se fazer perguntas cujas respostas você não vai querer descobrir. - a figura ignorou a minha pergunta. - Esse é o meu último aviso.

- Espere... - eu murmurei.

Joguei meu corpo em direção à figura a tempo de puxar o seu braço com a minha mão. Quando a minha mão toca o tecido da sua túnica, uma única imagem aparece na minha mente: uma serpente naja de duas cabeças, as bocas abertas e línguas para fora, mostrando as enormes presas.

A figura sem face parece olhar para mim agora, alternando entre menear a cabeça em direção ao meu rosto e para a minha mão, que ainda está firmemente presa sobre o seu braço.

- Você... - a minha voz se perde ao mesmo tempo em que o sonho se dissolve em um redemoinho.

Meu celular vibra incessantemente sobre a mesa de cabeceira. Anotação mental: desligar o maldito celular antes de dormir.

Eu o atendo com um murmúrio desconexo.

- Me desculpe por te acordar, Lisie, mas eu tenho somente esse horário disponível...- a voz soou do outro lado da linha. - Como foi com o Millenium?

Eu olho para o relógio digital: são cinco da manhã e está prestes a amanhecer.

- Na verdade, eu até te agradeço por ter me acordado, Nikolay.

- O que aconteceu? - se eu não soubesse que vampiros são bastardos sem coração, eu até diria que esse vampiro em questão soa quase preocupado.

- Sonho ruim... - murmurei.

Eu resumo tudo o que aconteceu no encontro e as informações que conseguimos, inclusive a pequena "discussão" que tivemos com Markhan e Eleanore.

- Bruxos são como crianças birrentas, tão infantis quanto, francamente falando. Se acham infinitamente superiores aos demais sobrenaturais. - Nikolay ri do outro lado da linha. - Mas, pelo que você disse, você e o seu parceiro também não se comportaram tão bem.

- Não banque o advogado do diabo comigo, Nikolay, você também não é um exemplo de bom comportamento. - eu acusei. - Tenho certeza que, se você estivesse na minha situação, teria feito igual. Ou pior.

O vampiro solta mais uma risada baixa. Eu praticamente posso ver o seu costumeiro sorriso de escárnio.

- A reação de vocês parece ter sido motivada mais pelo medo do que aqueles dois poderiam fazer com vocês, do que qualquer outra coisa. E, ao contrário de você, eu não tenho medo de crianças, Lisie. Muito menos daquelas duas crianças do Millenium.

- Eu também não tenho medo de crianças, Nikolay, mas tenho que admitir que não faz mal ter o pé atrás com determinadas crianças. Principalmente se esse tipo de criança pode explodir a sua cabeça com algumas palavras. Ou arrancar a sua jugular com as presas. - eu argumentei. - De qualquer forma, qual o seu parecer acerca do que Eleanore e Markhan disseram? Acha que eles estão dizendo a verdade?

- Bem, psíquicos têm uma espécie de ligação mística com o sobrenatural, faz sentido serem usados em rituais de bruxaria. - o vampiro considerou. - O que você pretende fazer?

- Não faço ideia. - respondi francamente. Eu coloco as mãos sobre as minhas têmporas, massageando-as. - Não é como se existisse um manual de "O que fazer quando psíquicos estão sendo assassinados, para serem usados em um ritual de bruxaria bizarro".

- Um nome um tanto extenso para um manual... Talvez seja por isso que não exista. - Nikolay respondeu sarcasticamente.

Eu bufo em descontentamento, me perguntando o porquê de eu ainda pedir a opinião desse vampiro.

- Preciso de uma solução para essa situação, Nikolay, não do seu intrínseco senso de humor deturpado. Preciso de uma luz para tudo isso.

- Então, permita-me ser a luz da qual que você necessita: os psíquicos são relativamente raros, Lisie, e como o assassino parece estar usando o meu estabelecimento como área de caça, vou providenciar a lista de todos os psíquicos conhecidos que frequentam o local. Se ele vê esse lugar como um menu, só precisamos procurar pelos... Pratos certos. - Nikolay sugeriu. Oh, que metáfora horrível! - Vamos ver o que encontramos. Espero você aqui às 21:00 horas para te informar o que eu consegui.

Bem, com certeza isso será de grande ajuda. Mas eu nunca admitiria isso para um vampiro tão arrogante.

- E quanto essa ajuda vai me custar? - eu perguntei.

- Mais do que você imagina, menos do que você parece estar disposta a pagar, pelo que eu vi. - o vampiro provocou.

- Eu pensei que nós firmamos um acordo naquele dia. - sim, eu estou na defensiva. Nikolay parece ter esse poder contra mim.

- Então, por que você me perguntou sobre isso? - o vampiro rebateu. Seu tom de voz é de divertimento, seu típico sarcasmo.

- Apenas para saber se as regras não mudaram.

- Ah, chérie, não há regra que não possa ser mudada, principalmente se os jogadores quiserem... - esse vampiro sabe se valer muito bem da voz grave e rouca que tem, principalmente para fazer as suas provocações. Isso eu tenho que admitir. - Até mais tarde.

Me despeço rapidamente de Nikolay e deito a minha cabeça novamente sobre o travesseiro. Eu preciso avisar a minha chefe sobre a minha ida à boate.

Candice me pediu para sempre avisar a ela quando eu saísse de casa e todos os meus movimentos no decorrer do dia. Já que o assassino está caçando psíquicos, eu também corro perigo.

No momento, três sobrenaturais sabem que eu sou uma psíquica - Nikolay, Eleanore e Markhan - o que é uma quantidade relativamente alta, já que o principal lema do DIS é a discrição. Então, a equipe achou melhor que eu tomasse certas precauções. Afinal, eu me tornei a merda de um alvo ambulante.

Claro, não descartamos totalmente a possibilidade de que Markhan e Eleanore possam estar por trás dos assassinatos. Na verdade, nem mesmo Nikolay foi riscado da lista, já que ele é, obviamente, de pouquíssima confiança.

- Se você não fosse uma ótima policial e eu a tivesse na mais alta estima, eu te demitiria por me ligar a esse horário, Lis. - minha chefe atende ao telefone com o seu habitual mau humor matutino.

Céus, é como conversar com uma outra versão minha.

Eu relato à Candice a proposta de Nikolay, mas ela parece não a receber muito bem.

- De jeito nenhum você vai sozinha àquela boate, Lisie. Nada feito! - Candice falou. - Daniel irá com você.

- Não! Da mesma forma que eu corro perigo, Daniel também corre. Na verdade, por ser homem, ele corre ainda mais perigo do que eu. Mesmo não sabendo o por que de apenas homens serem assassinados, não vou expô-lo ao assassino. Se algo me acontecer, pelo menos você e ele, que são os psíquicos mais talentosos, estarão a salvo.

- Não gosto dessa ideia. Na verdade, não gosto da ideia de você andando por aí, e muito menos para ir àquele lugar. Você está se colocando em um risco desnecessário. - minha chefe argumentou.

- Não é desnecessário, Candice, precisamos nos manter a salvo tanto quanto precisamos das informações que Nikolay pode nos dar.

- Exatamente, ele pode nos dar, não quer dizer que consiga ou que vai, com certeza, nos dar as informações. Não sabemos o que se passa pela cabeça de um vampiro, Lis!

- Você mesma disse que, se ele quisesse ter nos matado, teria feito isso quando fomos pela primeira vez à boate. Nós sabemos que vampiros não fazem nada além do que querem, então, se ele está nos ajudando, mesmo que do seu próprio jeito, precisamos nos valer disso. - eu apontei. - Isso tudo não se trata sobre a boate ou sobre o quão questionável a moral de Nikolay é, se trata de pegar um assassino, independente do custo para isso. Vidas estão em perigo, Candice.

- Exato, vidas estão em perigo, inclusive a sua. Por quanto tempo mais você pretende agir como se a sua vida não valesse tanto quanto as vidas das outras pessoas no planeta? Colocando o seu pescoço em perigo por esse trabalho, Lisie?

Esse trocadilho foi intencional? Deus, espero que não.

- Salvar pessoas é mais do que um trabalho, Candice. É a minha... - eu respiro fundo, tentando clarear as minhas ideias. - Forma de me redimir. Por isso eu escolhi essa profissão. E eu sempre soube do perigo ao qual eu estava me expondo, então, não vou fugir agora.

- Se redimir do que?! - Candice praticamente gritou do outro lado da linha. - Droga, Lis! Ninguém está dizendo que você está fugindo, mas você não pode salvar o mundo inteiro, muito menos sozinha.

- Não, não posso, mas eu preciso tentar. Ou pelo menos não saberei até tentar.

- Seja lá por qual conflito interno que você esteja passando, não deixe que isso afete o seu julgamento, Lisie. A sua vida importa também.

- Gostaria que isso fosse apenas um conflito interno... - eu murmurei. - De qualquer forma, eu sei que nada vai acontecer comigo enquanto eu estiver na La Petite Morsure. Nikolay me garantiu que o local é totalmente neutro.

- Você coloca muita confiança nesse vampiro. - Candice falou sombriamente. - E nós sabemos que esse é o caminho para o desastre.

- Muito longe disso, sei que ele não é confiável. Mas, como você mesma disse, ele é conhecido e respeitado em todo o mundo sobrenatural, então, a minha confiança se resume no poder que ele tem sobre aquela boate. Precisamos usar todas as cartas que temos, Candice, mesmo que não seja uma carta de confiança.

- Até parece que você ficou falando essas afirmações horas e horas no espelho para si mesma, Lis. Tentando se convencer disso. - Candice comentou. Seu tom de voz praticamente gritando "culpada".

- Me prometa que você não vai envolver Daniel nisso. - eu ignorei o comentário sarcástico da minha chefe.

- Ele ficará furioso quando descobrir que escondemos isso dele. - Candice suspira do outro lado da linha. - Mas, de qualquer forma, você sempre lidou melhor com ele do que a maioria. Não é à toa que você é a única parceira que ele já teve, em anos, na divisão.

- Confie em mim, Candice. Se isso não for o suficiente, confie no meu trabalho e no fato de que eu farei de tudo para manter todos seguros, principalmente vocês.

- É disso que eu tenho medo... - minha chefe fica em silêncio por alguns segundos. - Tentarei deixar alguns policiais e membros da divisão nos bairros próximos à boate. Se você precisar de ajuda, me contate na hora.

- Se eu sentir qualquer coisa fora do normal, eu ligarei. Obrigada, chefe.

- E, Lis...- a voz de Candice é séria, apesar da minha brincadeira. - Pare de dar o seu sangue para aquele vampiro.

Antes que eu pudesse responder, Candice desligou. Pelo jeito, eu não sou uma mentirosa tão boa quanto penso ser.

Depois daquilo, apesar das minhas tentativas, eu não consigo dormir mais. Minha mente parece reproduzir tudo o que aconteceu, desde o sonho, à conversa com Nikolay e depois com a minha chefe.

Mas, o real causador da minha insônia é apenas um pensamento dentre muitos: eu sonhei com o maldito assassino.

E agora, minha gente, como a Lis vai fazer? Será que o assassino já está no rastro dela?

Não se esqueçam de votar e até a próxima <3.

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