Salvando o Mafioso

By MGarajau

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Um acidente no meio do mar ou seria uma tentativa de assassinato? Um mafioso temido e odiado no meio de inimi... More

Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Aviso
Capítulo 63
Aviso

Capítulo 35

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By MGarajau

Vincent Castelli

     Casado, definitivamente sou um homem casado, completamente realizado, tenho tudo o que quero, tudo o que preciso, não me falta mais nada nessa vida para ser feliz. Quer dizer, falta apenas a chegada do meu filho que estar por vir e, quem sabe mais alguns que Lara ainda há de me dar.

     Faz uma semana que o meu casamento aconteceu, faz uma semana que estou brincando de casinha e adiando os meus planos, para manter tudo em seu devido lugar, preciso agir. A casa precisa ser dedetizada, sem nenhum bicho peçonhento, preciso mantê-la em ordem e limpa e, agora que minha vida pessoal estar em ordem, nada me dará mais prazer que dizimar esses malditos que tentaram tirar a minha vida, me privando do maior e mais essencial significado da existência de um homem.

     O amor.

     Como é extraordinário amar e ser amado, o amor que sinto e recebo da minha sereia não é a mesma coisa com relação ao amor que tenho com os meus pais e irmãos, claro que eu os amos, para mim, o único amor que eu conheceria seria esse, olhava para o futuro e não via a felicidade que eu tenho hoje. Não permitirei que nada e nem ninguém chegue perto do meu maior bem, que é a família que estou construindo com a minha sereia. Lara será uma mãe maravilhosa, doce e gentil, não quero jamais que ela perca a sua essência, nem que eu precise congelar o inferno para que isso aconteça.

     Faço uma nota mental das pessoas que irei livrar o mundo da sua insignificância, e descido começar pelo o velho e gordo Antonino Fernandes.

     Antonino é da era muito antes do meu pai, faz parte do conselho não por minha escolha, mas por ser um ancião da famiglia. Não apenas no teor da palavra, como de fato, ele deve ter por volta dos setenta, oitenta anos, muito mais velho que o meu pai, mas por ele ocupar um lugar de capo que foi conquistado com sua lealdade a muito anos atrás, porém agora já passou da hora dele embarcar no "trem infernal" com passagem só de ida para o quinto dos infernos.

     Lucca algum tempo depois me entrega toda a vida de Fernandes, onde mora e principalmente onde anda escondido, como um bom rato que é, não tem aparecido em público facilmente, nem mesmo em meu casamento o canalha apareceu, alegou que estava com problemas de saúde. Pois bem, vou dar-lhe a cura eterna.

     ― Qual o melhor dia para fazer uma visita a um velho doente?

     ― Acredite ou não, hoje o pobre doentinho está sozinho na sua casa no centro, veio a cidade para uma reunião, sua família ficou na casa de campo onde o velho tem passado sua maior parte do tempo.

     ― Não quero levantar nenhuma suspeita, quero que pareça que ele morreu por causa natural, por que estava velho e doente, ― jogo a pasta em cima da mesa e olho Lucca ― se os demais suspeitarem que foi assassinato, vão dificultar a minha vingança, e pior, podem querer retaliação, não estou disposto a perder ninguém, nem mesmo o mais novo recruta, entendeu?

     ― Perfeitamente, o velho vai para a cama cedo, a guarda e displicente, há um portão lateral onde um dos meus homens infiltrados vai estar fazendo a guarda e facilitará a nossa entrada no local, sairemos da mesma forma que entrarmos, sem vestígio e sem sujeira.

     ― Bom, que horas?

     ― Por volta da meia noite, a guarda vai ser trocada e nossos homens que estarão no controle da mansão.

     ― Muito bem, vou avisar em casa que hoje vou chegar mais tarde, Luigi e Enzo, estão por dentro do plano?

     ― Por dentro e ansiosos, diga de passagem ― Lucca ri ― aqueles dois parecem crianças a procura dos presentes de natal, quando se trata de brincar com alguém, principalmente quando é um peixe grande.

     ― É, eu sei, ― me encosto na minha cadeira ― mas espero que eles saibam que a brincadeira com o velho tem que parecer natural.

     ― Eles sabem, e estão criando formas mirabolantes do velhote ter um infarto, sem ao menos pôr a mão nele, ― Lucca faz careta ― aqueles dois juntos me dão medo.

     Rio alto com o seu comentário, Luigi e Enzo sempre disputaram quem torturaria mais e melhor, essa rivalidade vem desde os primeiros treinamentos, mesmo depois de adultos ainda continuam disputando títulos bobos.

     ― Sabe o que é mais engraçado, Lucca? ― ele apenas me olha ― e que vou apenas para dizer a Antonino que o tempo dele acabou na terra, por que a diversão vai ficar toda para aqueles dois.

     Como se eu tivesse os chamados, passa pela a porta Luigi seguido por Enzo, ambos com um sorriso macabro no rosto, se eu realmente não os conhecesse, não soubesse do coração que os dois tem com relação à as pessoas que amam, também ficaria com medo.

     ― E aí? Animado por uma ação ou a vida de casado ainda não o entediou?

     ― Sempre pronto, Luigi, e a minha vida de casado nunca será tediosa, não quando se casa pelo os motivos certos.

     ― Pode até ser, mas ainda prefiro a minha vida de solteiro que nunca será tediosa, um dia uma loira, no outro uma morena, às vezes, uma asiática e uma negra ao mesmo tempo, sempre é bom variar e ter um lindo cardápio a sua disposição.

     ― Mas anda correndo atrás de uma pequena que não te dá mole. ― Enzo ri.

     ― Não corro atrás dela, apenas a provoco, nada demais.

     ― Sei! Luigi você é uma besta, encurralou a Mia na sua festa de casamento o tempo todo e a única coisa que conseguiu foi um fora da marrenta ― Enzo ri, acompanhado de Lucca concordando ― e digo mais, com aquela ali você não vai muito longe se não mudar suas estratégicas, já deu pra perceber que ela não é para apenas uma noite.

     ― Não viaja Enzo, não quero nada com aquela mal educada da boca suja, ela pode até ser bonitinha, mas não quero nada com ela, apenas irrita-la.

     ― Então você não vai se importar se ela aparecer com outro, ― bato os dedos na mesa ― Lara disse que os turistas só querem saber dela, parece que a moça tem encantado a todos com a sua "boca suja" ― faço aspas com os dedos, dando ênfase ao seu comentário, realmente Mia não tem papas na língua, fala pelo os cotovelos como Lara diz.

     Luigi me olha desconfiado, como não desvio o meu olhar do seu, ele nada diz, mas tenho certeza que está remoendo tudo em sua cabeça. Se a minha sereia estiver certa, esses dois tem muito mais que interesse um no outro do que deixam realmente transparecer.

     Ligo para casa com os três ainda na minha sala, Lara atende no terceiro toque, aviso que vou chegar tarde, que infelizmente terá que jantar sem mim, mas que a recompensarei no dia seguinte ficando com ela em casa, ela diz que não tem problema, que vai ligar para o irmão e para a amiga, para não ficar só.

     Logo ela me retorna dizendo que o irmão não poderá ir, terá que viajar para visitar um cliente, mas que Mia vai assim que sair do trabalho, Luigi tenta disfarçar, mas vejo que ficou interessado na minha conversa, quando o nome de Mia foi mencionado. E eu atiço ainda mais a sua curiosidade.

      ― Max está fora da cidade, mas Mia vai ficar com Lara essa noite, como não temos hora para chegar, acho que é uma boa ideia ela ficar com a minha sereia, assim ela não se sente tão sozinha ― olho para Lucca ― amanhã eu não venho trabalhar, qualquer coisa me avisa, vou estar sempre no telefone.

     ― Tudo bem.

     ― E porque você não vem? ― Enzo pergunta.

     ― Mia vai estar lá em casa, ela com certeza vai querer usar a piscina ou a praia, e no mínimo vai querer colocar aqueles biquínis minúsculos na minha mulher, ― balanço a cabeça ― confio cegamente na Lara, mas por mais fieis que os meus homens são, os olhos sempre traem, não quero que a minha mulher seja motivo das idas dos meus homens no banheiro, já com relação a Mia... não posso fazer nada, ela não é nada minha.

     Luigi se mexe no lugar, não fala nada, mas sei que mexi com uma veia sua que ele sequer sabia que existia.

     Ciúme.

     Enzo e Lucca também percebem, olham para mim e eles sabem que joguei uma isca para o meu irmão e entram na brincadeira.

     ― Tá aí, acho que posso dá uma passada na sua casa amanhã, é sempre bom renovar o colírio.

     ― Uma pena que estarei aqui na empresa. ― Lucca balança a cabeça ― mas você pode tirar uma foto e mandar para mim, vou adorar ter aquela pequena como pano de fundo no meu celular.

     Lucca pegou pesado, por que só ouço um rugido e Luigi levantando de onde estar e derrubando-o no chão. Lucca defende o rosto enquanto Luigi tenta acerta-lo, vou com Enzo para cima de Luigi que ficou descontrolado.

     ― Perdeu a noção porra! ― berra ― Ela não é nada sua para tê-la em seu telefone!

     ― Qual o problema Luigi? Ela é solteira, Lucca é solteiro, nós o conhecemos, sabemos que ele vai cuidar dela, melhor do que um civil, por que ele não pode ficar com ela?

     ― Por que ela é minha, porra! Minha!

     Sorrio para ele, Enzo e Lucca também sorriem, bato em seu peito.

     ― Era só isso o que você precisava saber, ― ele olha para cada um de nós ― todos já sabíamos disso, até a Lara, mas se você não correr atrás da sua garota, outro vai.

     ― Vocês armaram para mim, os três!

     ― E você caiu de primeira, prova que está perdidamente apaixonado.

     Ele apenas respira fundo, passa a mão pelo os cabelos e se vira para Lucca.

     ― Foi mal, ― apertam as mãos ― mas nunca mais faça isso de novo, por pouco não peguei o meu punhal.

     ― Não se preocupe, só fiz por que o considero como um irmão, e desejo que seja muito feliz com a sua pequena e que tenha muita sorte, por que você vai precisar.

     Ele apenas assente. Voltamos a discutir sobre a invasão na casa de Antonino Fernandes.

***

     Onze e quarenta e cinco da noite, estamos posicionados dentro do carro, esperando o sinal para entrarmos na residência, estamos em dois carros, Enzo Luigi, Lucca e Eu estamos no meu carro e no outro apenas os nossos melhores homens e de extrema confiança.

     Luigi e Enzo ainda não me falaram qual será a forma que o velho vai morrer, tão pouco me importa, desde que ele parta desse mundo e de uma forma limpa, infelizmente não posso brincar com nenhum deles ainda.

     Apesar de saber o motivo que levaram a querer a minha morte, ainda assim, preciso ter certeza que era apenas esse o motivo ou se tem algo a mais que eu não saiba, porque para alguém tomar o poder teriam que acabar com toda a minha família, para isso eles teriam que eliminar cada Castelli vivo, no caso Luigi e Enzo que seriam os meus sucessores, já que meu pai abdicou do seu lugar a meu favor, graças a sua saúde frágil, e não o manteriam vivo também, nele ele nem a minha mãe.

     Mas ainda assim teria Milena, provavelmente alguém casaria com ela, preciso saber quem seria, por que caso ele não esteja na minha lista, provavelmente vai entrar, de alguma forma, ele sabia do plano para ter a minha irmã e a minha posição no final.

     Lucca recebe uma mensagem dando o sinal verde, informando que a casa já é nossa, a guarda foi trocada, o portão lateral já está destrancado e dá acesso a parte leste da casa, mais próxima do muro do que o imaginado, longe do alojamento dos soldados e funcionários que ficam no fundo, nosso homem nos entrega uma chave da casa e, volta para o seu posto para não levantar suspeita caso alguém apareça.

     Subimos as escadas e, seguimos na direção indicada pelo o nosso homem, onde precisamente o velho estar dormindo, com a indicação de qual é o seu quarto, abro a porta sem fazer barulho e vejo um monte de merda esparramada pela a cama, mais parece um porco roncando, sua barriga gorda mais parece uma montanha de pura banha, realmente é uma pena não dá uma morte merecida a esse porco.

     Pego uma cadeira que tem no quarto e sento nela de frente para o velho gordo, Lucca joga um copo d'água em seu rosto o fazendo acordar, seu tamanho grande e pesado não o deixa se mover com agilidade, no entanto quase cai da cama com o susto, olha para mim e realmente se assusta, quando por fim acorda e vê que não é um sonho, nem tão pouco um pesadelo, mas uma constatação de que o seu fim estar perto, muito perto, principalmente quando os seus olhos varrem o quarto e encara Lucca com uma arma apontada para a sua cabeça e Luigi e Enzo com o seus sorrisos macabros.

     ― O que querem aqui? Como entraram na minha casa sem serem vistos?

     ― Quem faz pergunta aqui sou eu, mio caro, ― ainda deitado, ele tenta levantar ― nem se dê o trabalho de levantar, não vou me demorar, bom primeiro gostaria de saber como você estar? Fiquei sabendo que estava doente, por isso não compareceu ao meu casamento, senti a sua falta. ― falo com ironia.

     ― Coisas da idade, logo estarei bem.

     ― Bom saber, ― ele não tira os olhos de mim ― outra coisa que tem me deixado bastante curioso, é o fato de você ter aceitado me matar naquele barco, porque? Você teve tudo o que quis em vida, fez um belo pé de meia, sua família não vai sentir sua falta, sua filha já é uma mulher casada, o marido sabe gerenciar muito bem suas empresas, seus dois netos já estão bem crescidos, um já até foi iniciado, não é mesmo? ― ele assente ― então me diga, porque?

     ― Não sei do que você está falando.

     ― Claro que sabe, não me faça ser deselegante e bater em um velho, quanto mais rápido você me falar, mais rápido nós terminamos aqui, eu volto para minha casa, para minha mulher e você volta a dormir.

     ― Se eu te disser o motivo, você vai embora e vai me deixar em paz?

     ― Pode confiar em mim. ― Ele assente.

    ― Vocês os Castelli's estão no poder por muito tempo, não querendo se envolver com o tráfico humano, que no momento rende muito mais do que qualquer um dos nossos negócios, nós somos mafiosos, porra, e vocês parecem que tem medo de ganhar dinheiro, de dar a cara a tapa, existe riscos, existe, mas o lucro é muito maior, é todos querem lucrar,

     ― Então vocês acharam que me eliminando o caminho estaria livre. ― Não era uma pergunta e sim uma constatação.

     ― Claro que não, teríamos que nos livrar dos demais, inclusive do seu pai, mas cuidaremos de cada um a seu tempo.

     ― Certo! E quem seria o meu sucessor? Quem seria o homem que comandaria tudo depois que não existisse mais nem um Castelli na face da terra?

     ― Ainda não tinha um nome, essa seria uma escolha para a sua irmã.

     ― Milena? Onde Milena entra nessa história?

     ― Seria apresentado a ela alguns nomes das melhores famílias, famílias tradicionais que merecem tanto quanto os Castelli's ter o poder, intitularíamos novas regras ― passa a mão no rosto, ele sua como um porco ― regras que não poderiam ser quebradas, tradições respeitadas.

     ― Como por exemplo o casamento.

     ― Isso.

     ― Muito bem, Antonino. Obrigado pela a nossa conversa. ― Olho para os meus irmãos e levanto.

     Luigi e Enzo, cada um senta do lado do velho nos pés da cama, pegam sua perna e tiram uma seringa de dentro dos seus paletós

     ― Você prometeu que me deixaria em paz! ― vocifera.

     ― E estou comprido, disse que o deixaria dormir e você me pediu para deixa-lo em paz, logo estou te dando os dois, o sono e a paz eterna, tenha bom sonhos Antonino.

     Luigi e Enzo seguram forte a perna do homem que tenta se mexer e logo e aplicada a seringa em sua veia aorta que passa pela a perna levando o sangue para o coração. Em questão de segundos o homem para de se mexer, os dois se levantam guardam a seringa no bolso, volto a cadeira para o local e saímos de lá como se nada tivesse acontecido.

     Saímos da casa da mesma forma que entramos, ninguém além dos nossos homens nos viram, Luigi vem comigo e com um dos nossos homens de apoio, Lucca e Enzo vão para a casa dos meus pais que é mais perto de onde estamos.

     ― O que tinha na seringa?

     ― Nada.

     ― Matou o velho com ar?

     ― Foi a morte mais besta que já vi na vida, o velhote nem gritou.

     ― Quando uma bolha de ar entra na corrente sanguínea, Luigi, não dá muito tempo para reagir.

     ― Eu sei, ― balança os ombros ― ele merecia mais, ouviu o que ele disse a nosso respeito.

     ― Nada aconteceu e nem vai, todos os planos deles vão por água abaixo, Antonino só foi o primeiro que mandamos para o inferno e, assim faremos com todos os outros, mesmo que não fique ninguém confiável nessa organização, não me importo de limpar e acabar com todos, mas não vamos nos perder, somos uma família, mesmo sendo mafiosos temos honra, não machucamos inocentes, tão pouco traficamos pessoas, nunca permitirei isso e, tenho certeza que o nosso pai também não.

     ― Com certeza ele não faria e nem concordaria com uma coisa dessas.

     ― Vou marcar uma reunião aqui em casa com o papai para que ele saiba o que estão planejando, talvez ele consiga alguma informação de quem são os outros traidores que não estavam no barco, porque de uma coisa você pode ter certeza, Luigi, há mais deles, pode apostar.

     ― Disso eu não tenho dúvida.

     Geraldino para o carro na entrada de casa, dou boa noite e sigo com Luigi, a casa está em total silencio, aponto para ele o quarto em que vai ficar e mostro o quarto que Mia geralmente ocupa.

     ― Não perturba a moça, pensa numa forma de conquista-la e não de crescer esse muro que ela estar erguendo contra você.

     ― Acha que ela me detesta assim? A ponto de ter que se defender de mim?

     ― Porque não faz um outro tipo de abordagem?

     ― De que tipo?

     ― Que tal começar o dia sem provoca-la, ou faz algo que sabe que não vai irrita-la, mostra o seu lado que nós sabemos que você tem.

     ― Não sei se estou pronto para isso. Não sei o que estou sentindo, também não sei se vale a pena mudar por uma garota que mal olha para mim.

     ― Só vai saber se vai dar certo, se você tentar ― respiro ― também tive medo com a Lara, você melhor que ninguém sabe disso, mas eu paguei pra ver e, não me arrependo nem um minuto pela a minha escolha, só de pensar que ela possa sumir novamente da minha vida, sinto um gosto amargo, um aperto aqui ― aponto o peito ― o amor tem dessas coisas, a gente só sabe se vale a pena quando se arrisca ― seguro o seu ombro ― e, se tem uma coisa que os Castelli's sabem fazer é se arriscar, se joga e paga pra ver, um dia o que você está sentindo agora ia acontecer e, geralmente é por quem menos esperamos.

     Bato em seu ombro e subo as escadas até o meu quarto. Minha Lara está linda, deitada em seu travesseiro, com os cabelos espalhados, sua mão da aliança está em meu travesseiro, como se estivesse esperando por mim, vou para o banheiro tomo um banho rápido e me deito do seu lado.

     Pego sua mão e beijo em cima da sua aliança, não há nada nesse mundo que valha a pena que não seja viver ao lado de quem você realmente ama.

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