Desilusão

Da BrendaSousa373

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Depois de uma desilusão amorosa, Ana se sente encurralada pelas lembranças e para lidar com isso, ela encontr... Altro

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capitulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Captulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Fim

Capítulo 33

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Da BrendaSousa373

.....

Passei em um bar próximo e comprei uma garrafa de vodka, e quando estava prestes a despejar a bebida na boca, senti uma leve brisa soprar em meu ouvido, seguida de uma música alta e dançante.


-- Ei, o que você está fazendo?

-- Bebendo não está vendo?

Olhei pra trás e vi Fred me encarando, ele tinha ido no banheiro e eu aproveitei sua ausência para beber um pouco.

Mas antes de tomar outro gole, ele tomou bruscamente o copo da minha mão e jogou o restante da minha bebida fora.


-- Nãoo - Grito olhando para o copo e depois pra ele, irritada - Por que fez isso?

-- Ana, isso não é bom pra você? - Ele diz sereno.

-- Falou o santo - Provoquei.

-- Por isso mesmo.

-- Tá bom então seu chato - Revirei os olhos e em seguida cruzei os braços aborrecida.

-- Você quer dançar? - Ele pergunta com um meio sorriso.


Por que ele era isso, mudava de humor muito rápido.

E eu fiz birra, virando o rosto, esperando ele insistir mais.

-- Ok, eu vou sozinho.

Observei ele de longe chamando a liza para dançar, e percebi que ele fez de propósito.

Ele adorava me provocar.

Mas o mais estranho disso tudo, era que ela aceitou sem hesitar, e como eu já estava um pouco transtornada, começei a enxergar além do que eu deveria.

Estudo bem os movimentos de ambos.

As risadas que ela dá com o corpo todo, enquanto ele toca nos ombros dela olhando para os próprios pés, ensinando a ela alguns passos que ele havia aprendido.

E quando indiscretamente sua mão vai parar na cintura dela, desperta uma certa desconfiança dentro de mim.


"Quando ficaram tão íntimos."

Agarrei um copo de um garoto que passava e tomei a bebida em um gole só pra tentar me controlar. Pois eu estava quase indo lá tirar satisfações.

Continuei observando.


Sei que não deveria sentir ciúmes da Liza , ela era minha amiga, mas depois do que aconteceu em relação ao professor, comecei a duvidar dessa amizade.


Não contei a ninguém, mas dois dias antes eu estava fazendo compras com a minha mãe no supermercado.

Quando esbarrei com o professor no corredor de enlatados.

....

-- Ana?

-- John?

Ele estava com uma aparência horrível, magro e com a barba por fazer, parecia mais alguém que tinha acabado de ser sequestrado e abandonado na rua.

Sua camiseta estava desabotoada com a gola levantada, sem contar a calça surrada e os sapatos gastos.

Ele sempre foi tão elegante.

Não parecia mais o professor que eu conhecia, ou pelos menos achei que conhecia.

-- Eu tenho que ir, minha mãe tá me esperando - Apressei com receio dele me fazer algo, porque de pessoas assim você pode esperar tudo.

Mas ele agarrou meu braço subitamente, e largou assim que viu que um segurança estava nos olhando.

-- Espere, por favor - Cochichou, olhando nos meus olhos com um olhar triste.

Eu pensei em ignorá-lo e sair andando, mas havia um apelo em seus olhos, e sentir que eu precisava ouvi-lo.

-- Vamos tomar um suco aqui perto, pra gente poder conversar - Ele sugeriu olhando com receio para o segurança.


Olhei para trás e vi que a minha mãe estava distraída escolhendo algumas verduras, e eu sei que ela iria demorar uma eternidade até escolher o que iria levar.

-- Eu não posso, minha mãe vai ficar preocupada.

-- Só vai levar cinco minutos, eu prometo, preciso te contar uma coisa, porque depois daqui você não vai me ver nunca mais.


Me assustei com as suas palavras, e vendo que ele parecia desesperado resolvi aceitar seu convite.

Nunca se sabe o dia do amanhã.

-- Me desculpe, eu não queria assustar você - Ele falou depois que a garçonete saiu para pegar nossos pedidos, mas é importante que você saiba o que realmente aconteceu naquela noite.

Fiquei calada, enquanto ele escolhia as palavras pra me dizer.

-- Eu...nunca toquei na sua amiga, nunca a ofendi - Ele fez uma pausa para as lágrimas, e eu não quero que você tenha uma impressão errada de mim, todo mundo menos você, Ana.

-- Desculpa, não estou entendendo.

-- Naquela noite tudo que eu fiz, foi tentar ajudar e foi só isso, ela me beijou mas eu deixei claro que a nossa relação era de professor e aluna, e que não ia passar disso, constrangido eu sai do carro dela e fui pra casa, e a versão dela nunca aconteceu, eu não voltei depois disso, prefiri passar uma borracha em tudo para o bem dela, mas infelizmente ela não fez o mesmo.


Eu estava chocada com o que ele estava me dizendo. Não entrava de jeito nenhum na minha cabeça que a liza foi capaz de inventar tudo aquilo pra se sobressair.

-- Não acredito em você, a Liza jamais mentiria sobre isso...por que ela faria isso?

-- Ana, por favor acredite em mim, eu não tenho mais nada, perdi tudo, e a troco de quê eu iria te chamar aqui, pra mentir pra você? te colocar contra a sua amiga de propósito? eu só queria...desabafar com alguém, porque ninguém nesse mundo acredita mais em mim, pra eles eu só o pedófilo, um pervertido, pra eles eu não sou ninguém.


Ele abaixou a cabeça sobre a mesa e começou a chorar descontrolado e eu não sabia o que fazer pra ajudá-lo.

-- Eu sinto muito por isso - Toquei em seu ombro.

Ele levantou a cabeça e olhou no fundo dos meus olhos.

-- Era a minha palavra contra a dela - Chorou - E como eles tem dinheiro, por algum motivo ela contou a verdade para o pai dela, e ele me ofereceu uma fortuna pelo meu silêncio, pra mim sumir do mapa, e eu aceitei já que nessas circunstâncias não tem mais como eu provar a minha inocência, e mesmo que eu consiga vou sempre ser lembrado por isso, mas eu não queria ir embora sem que antes você soubesse quem sua amiga é de verdade.


Dito isso ele enxugou as lágrimas e se levantou às pressas, saindo dali e me deixando em uma profunda reflexão.

.....

Senti alguém tocar o meu ombro, interrompendo os meus pensamentos.

Era o David.

Olhei pra ele e abri um sorriso sem graça.

-- Tá fazendo o que parada aqui? por que não vai dançar também?- Ele perguntou sorrindo, em seguida olhou para a Liza e para o Fred, e eu senti uma certa indiferença no olhar dele.


Coitado, ele também é só mais uma vítima no meio disso tudo.

Será que ele também sente o mesmo que eu, será que ele sabe de tudo?

Afinal, quando se ama, você suporta tudo.

Ele olha pra mim de repente e sorri conformado.

-- Por acaso, a senhorita gostaria de dançar? - Estendeu a mão

-- Claro.

Segurei a sua mão e segui para a pista de dança, naquele mesmo instante uma música romântica começou a tocar e os pares foram trocados.

-- Ah nãooo - Liza resmungou decepcionada e alterada ao mesmo tempo por conta da bebida, e começou a puxar o braço de Fred. E isso despertou a ira em mim.

Então por impulso, eu também agarrei o braço dele, e a partir daí se iniciou uma disputa de quem fica com quem.

David entrou no meio da disputa e separou a gente, Liza me encarou confusa.

-- Pra que isso,Ana? É só uma dança - Ela debochou. Em seguida ela tentou pegar na minha mão, mas eu a empurrei furiosa.

De repente todos na festa pararam, inclusive o DJ.


-- Qual é o seu problema? Ela se irritou

-- Qual é o seu? - Retruquei nervosa - Até ontem você repugnava o fato de ficar perto do Fred e agora fica aí de risadinha com ele.

Empurrei ela novamente, e dessa vez ela foi parar no chão.

-- O que? Tá louca.

-- Meninas, por favor - David falou calmo, ainda entre a gente.

Fred se aborreceu com a situação e saiu do do salão, bufando de raiva.

-- Parabéns,idiota, agora vai lá atrás dele - Liza riu ironicamente.

Perdi a razão e parti pra cima dela após uma breve distração do David, e descontei toda a minha raiva nela que mal reagiu de tão bêbada.


David me agarrou por trás, e eu me debati em seus braços, furiosa por ver Liza cuspir sangue e ainda debochar da minha cara.

Meu coração estava a mil por hora por conta da adrenalina, e eu estava cega de raiva, nunca pensei que uma situação como essa me faria passar do meu limite.

Então um pouco mais calma, eu sai dali sem nem olhar para trás, ignorando todas as palavras ofensivas que ela gritava nas minhas costas.

Fred estava dentro do carro me esperando, e pela sua expressão ele estava muito desapontado comigo.

Merda!

Entrei no carro, bati a porta e fiquei calada por alguns segundos, refletindo sobre a loucura que eu cometi.

Nunca tinha batido em ninguém, ainda mais por causa de homem, eu simplesmente estraguei tudo.

-- Fred, me desculpe - Falei cabisbaixa - Mas ele me ignorou e ligou o carro.

Depois de um longo silêncio no trajeto pra casa, ele parou o carro e me olhou por um instante, em seguida acariciou de leve o ferimento no meu rosto.

-- Não quero mais que brigue por minha causa -Ele fala com um tom de culpa.

-- Me perdoe, eu não sei o que deu em mim, sinto muito - Falei com lágrimas nos olhos tanto por ele como pela liza que nem sei se vai querer olhar na minha cara depois disso.

-- Shh!


Ele selou os meus lábios com o dedo, em seguida me beijou.

E o meu corpo foi dominado por um desejo imediato, e eu não sei se a bebida contribuiu um pouco, mas eu estava pegando fogo, louca para senti-lo dentro de mim, mesmo depois de ter dito a ele que deveríamos esperar um pouco.

-- Espere.

Ele me interrompeu enquanto eu avançava sobre seus lábios ferozmente, ao mesmo tempo que abria o seu zíper. Eu nem percebi como fui parar tão rápido em seu colo.

-- O que? - Olhei profundamente em seus olhos sentindo sua respiração ofegante.

-- Isso não deve acontecer aqui e nem assim, é pra ser algo especial.

Ri ironicamente.

Esse era o Fred mesmo falando.

-- Vamos pra minha casa então - Sugeri beijando o seu pescoço.

-- Ana, para, você está completamente bêbada, pode ser que você se arrependa depois.

-- Nada que eu fizer com você, vai fazer com que eu me arrependa, está tudo sob controle - Falei transtornada com uma dose de coragem extra, segurando o seu rosto.

Ele segurou a minha mão e levou até os lábios, beijando-a sutilmente com os olhos fixos em mim.


-- Você é tão linda, e eu não vejo a hora de ficar com você - Ele suspirou e eu abri um sorriso com as suas palavras - Mas esse não é o momento.


Confesso que fiquei um pouco triste, mas também feliz por ele não ter se aproveitado da situação.

Levantei do colo dele, e sentei no banco ao lado, sentindo um misto de vergonha e decepção.

O meu amor por ele era tão intenso, que mexia diretamente com as minhas emoções, o meu corpo não correspondia aos meus comandos quando eu estava com ele, eu me sentia extremamente segura em seus braços.


Totalmente entregue a ele, qualquer coisa que ele pedisse eu iria fazer sem reclamar, porque eu estava completamente apaixonada.

Por um instante eu acreditei que esse amor duraria pra sempre.

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