Alonso Pasini Doce Obsessão

By Valentinaduarte66

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Nunca fui nem um pouco parecido com meus primos, jamais reprimi algo ou escondi sentimentos. Quando criança s... More

SINOPSE
Capítulo01
PRESENTÃO

Capítulo 0 2

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By Valentinaduarte66




ALONSO

Quando ouço ela chamar a flor como minha mamma chamava voo na direção dela, agarro seus ombros e não sei como, nem em que momento ela salta para trás, gira o corpo no chão e usa suas lindas pernas para passar uma rasteira nos meus pés, eu como um idiota caio deitado no chão e ela senta em cima do lugar onde quero senti-la, leva sua boca rente a minha, eu acabo me amaldiçoando por querer seus beijos, ela se move para se aproximar mais do meu rosto e percebo que a luxuria acende em seu olhar quando sente meu volume instantâneo, luto para não segurar em seu quadril e conduzi-la com os movimentos que desejo, sinto seu cheiro e algo dentro de mim explode. Mas Quando a ouço quero matar ela e ao mesmo tempo meter meu pau duro bem fundao na sua intimidade. Podia sentir sua umidade já que estava de saia.

-- Nunca mais toque em mim sem o meu consentimento. – Ela ordena e sinto vontade de rir, mas ainda assim mantenho a pose de Durão e continuo ouvindo-a. – Nunca mais ouse erguer um dedo para me machucar. Guarde suas palavras venenosas para ferir apenas a você mesmo. Quer uma dura realidade?

-- Não sou eu quem está sentindo a dura realidade... – Zombo referindo-me ao meu pau e ela faz cara de desdém.

-- Sou virgem. Só um homem teve a mim na luxuria. E este foi o capo. Diria que está caidinho por mim ou não teria feito papel de bobo. Mais uma coisa, peça perdão ao seu pai. Faça algo digno de verdade. – Ela exige.

Depois de tudo esclarecido se coloca em pé e eu vejo por baixo de sua saia, Layla percebe e se afasta acanhada. A maldita usa calcinha transparente, a miserável é toda depiladinha...E feito um babaca continuo onde estou.

-- Outra coisa capo, nunca mais conte o nosso momento passageiro de intimidade a ninguém, minha família não sabe e ninguém da sua sabia. – Ela diz com preocupação. -- Se minha avó souber vai tentar me casar com o primeiro da lista que criou aquela lista é bem longa e apavorante, se meu tio ou meu pai descobrirem vão tentar me obrigar a casar com o capo e eu sou muito jovem, linda, tenho muitos planos e virar esposa de um homem abusivo não está neles. Também não se preocupe se senti algo pelo senhor passou neste instante. Outra coisa vejo o patriarca como vejo meu nonno com muito respeito. Acredite ou não, sou uma mulher honrada.

-- Dançando em um pole dance? – Pergunto irritado com tudo.

-- Eu estava aprendendo e preciso voltar naquela boate xexelenta para aprender melhor. Ayla disse que no ferro que se começa a aprender é o mesmo ferro que se deve permanecer até se sentir preparada para outros. – Ela se cala acanhada pela forma como colocou as palavras.

-- Mato a Ayla. – Falo em voz alta e meu pai ri, só Layla não percebe como estou de quatro por ela. Ela suspira e vai saindo.

-- Vê se não suja mais o tapete. – Ordeno.

-- Desculpa mandão. – Ela sai e a terra da sua flor vai deixando um rastro.

Olho ela indo e resmungando algo com a flor, como se estivesse conversando com a planta, só então reparo que além de descalça estava com os pés sujos.

-- Vai continuar aí deitado? – O patriarca pergunta rindo da situação do filho.

-- Não acredito que fui levado ao chão. – Falo indignado.

-- E por uma menina. – Meu papa fala achando graça.

-- Tá fazendo o que aí? – Erick entra perguntando.

-- Não é da sua conta. – Digo irritado.

-- Aposto que tá tentando ver melhor minha bunda. – Erick fala zombeteiro.

-- Vai á merda! – Respondo me colocando de pé.

-- Aposto que ele conheceu a Layla. – Erick diz acendendo um charuto.

Pego o charuto das mãos dele. – Mantenha esse pau bem longe dela. – Ordeno com fervor.

-- Tá apaixonado. Já vi isso antes. – Meu primo fala bocejando.

-- Não vem com essa. – Respondo rápido.

-- Não gaste seu tempo negando, falava o mesmo sobre a Kalita. – Fred entra se intrometendo na conversa.

-- Confesso que estou de quatro por ela. – Lembro da merda que fiz na noite passada. – Ela é meu imã, não sei o que tem nela que perco a razão. – Trago o charuto em minha boca. – Nunca imaginei que ia chupar uma mulher e desejar ela como desejo aquela abusada.

-- Chu..—Erick não completa a frase abismado.

-- Cala a boca. – Fred diz as pressas.

-- Filho não saia por aí contando o que fizeram, isso não é digno de um homem. Um homem honrado não conta o que faz com um mulher.

-- Eu sei papa. Só falei porque preciso que alguém me ajude a entender, nesses meus 31 anos nunca senti tanta loucura por querer uma mulher e desde de que a vi ela se tornou minha kryptonita , fico fraco e ao mesmo tempo mais forte perto dela.

-- Quando conheci sua mãe foi igual. Foi amor a primeira vista. Se sente isso meu filho, a conquiste, isso não será difícil, Layla mesma ainda à pouco deixou claro em suas santas ordens que sente algo pelo capo.

Erick e Fred se olham depois olham na minha direção. – Tivemos um reencontro nada fácil. — Volto a pensar na besteira que fiz, agora que a Layla está perto não sei mais o que fazer. Olho os capos e para meu pai pensando em como será a reação deles.

-- Tá escondendo o que? – Fred como o bom negociador que é logo notou que existe algo errado.

-- Amanhã em uma reunião na cede com todos os senhores juntos contarei.

-- Quer dizer que fez merda? – Erick pergunta.

-- Como eu disse amanhã em uma reunião, irei esclarecer tudo. — Digo engolindo minha própria agonia. Saio dali deixando todos para trás e vou para a varanda da minha suíte, ali busco refúgio tentando colocar na cabeça que sou um homem adulto e que Layla é apenas uma menina, uma jovem que na certa tem sim planos e planos de pessoas da sua idade, não o de conhecer melhor um capo. Ainda tinha o fato de que não posso deixar me levar pelo desejo que ela desperta em mim. Agora mais do que nunca meu futuro é incerto.

Se os patriarcas exigissem que me casasse amanhã teria odiado isso, mas se pudesse escolher uma noiva, ela seria uma opção! Uma boa opção! Seria fácil de aceitar, já com outra será um inferno! Um inferno maior ainda quando os demônios Pasini souberem a desgraça que fiz.

Não sei onde estava com a cabeça. Sei que Luca conseguiu escapar, já a minha situação é bem pior.

Tomei um longo banho e me enrolei numa toalha felpuda de cor preta, como a maioria das coisas que uso. Afim de não mostrar meu cacete para nenhum dos meus seguranças. Nossas casas são rodeadas por seguranças não podemos correr riscos tendo as senhoras e inocentes por perto, naquele momento tudo que eu queria era voltar para varanda e fumar um charuto.

Estava ali tranquilo tragando e inalando a fumaça forte e doce do charuto cubano que tanto gosto quando avisto a tormenta da minha vida, ela ainda estava descalça e com a mesma roupa, a criatura desceu de uma árvore como se descesse de um brinquedo, reparo que segurava uma pá de mão, a mesma que minha mãe usava para trabalhar no jardim. Ela rodeou a casa e eu feito o imbecil que sou fui para outra varanda afim de ver onde ela ia. Trago com ira aquele charuto. Qual é o problema das mulheres?

Ela não procura pela portão interno, a tempestade em forma de mulher sobe o muro e depois pula como quem pula um degrau. Vejo ela mostrar o mesmo olhar contrarido que Kalita mostra fitanto fixamente os seguranças, praticamente todos viraram o rosto quando ela subiu e depois quando pulou, os poucos que a olham com curiosidade ou cobiça ela imita com os dedos uma arma, mira e gestícula como se tivesse atirado, sorrio ao ver medo no olhar deles. Travo o maxilar ao perceber que estava admirando a garota que mal conheço e que fora o capo Belial que casou-se com uma herdeira da máfia nunca nenhum Pasini casou-se com mafiosas, porque Layla não era só doce, linda, sexy, gentil, ao que percebi com um bom coração ou não teria aquele olhar puro ainda inocente para a arte do prazer, a voz meiga, mansa como também era uma menina nascida, treinada, criada para os feitos da máfia, com a porcaria do acréscimos que as mulheres do beijo da morte trabalham com um estilo parecido com as nossas joias. Ou seja ela seduzem e matam. Não ouvi falar em nenhum homem que tenha sido seduzido por Layla, mais sei que Ayla matou homens nus esperando por ela na cama e se Layla trabalha com um estilo parecido...

Volto para minha suíte, estava atordoado. Lembrando da noite que ela gemeu ...da noite que bebi do seu chafariz. Ela não parecia ter visto um pau antes.

Sei lá! Não consigo explicar, com ela as coisas são diferentes...Layla é uma caixinha de mistérios!

Visto a calça do pijama, decido ir atrás de comida já que era tarde e estava com fome.

Desço as escadas e não tem sinal de vida na casa, agradeço por aquilo, vou até a cozinha o caminho estava difícil, uma penumbra de merda, tropeço batendo o dedo...

-- Merda do caralho. – esmurro o balcão da ilha e xingo mentalmente quem tenha apagado a droga da luz, vou até a geladeira, meu dedo lateja, quando minha cabeça é acertada com algo que não era sólido e nem macio, mas era o sufiente para machucar. Mesmo sem ver quem era levo uma das mãos no pescoço..

-- Se for um fantasma eu juro que nunca mais jogo água benta, eu juro. – a voz macia soa temerosa.

Incrédulo com o que ouvi, estico o outro braço acendendo a luz e lá estava a razão da minha insônia fazendo o sinal da cruz sem parar. Com os olhos fechados. – Layla...— chamo pelo seu nome e ela leva as mãos ao rosto, parecia assustada.

-- Eu sabia que o diabo ia vir me buscar, só não sabia que tinha a voz da razão do meu libido. Eu juro que foi sem querer que quebrei aquela coisa que levava os santos. Aí meu pai, o nonno avisou que o capeta vem com a voz de quem mais pensamos.

Ela não abre os olhos e volta a fazer o sinal da cruz, espremo os lábios para não gargalhar. – Sou eu, a razão viva do seu libido. – Falo cheio de orgulho, satisfeito com tal descoberta. Não podia querê-la diante a desgraça que fiz com minha vida, acontece que ela era meu imã e perto dela sou fraco e controlador... Layla abre seus delicados dedos antes apertando sua linda e doce face, olha por entre eles, tira as mãos do rosto e apalpa meu corpo, seguro suas mãos sentindo meu corpo provar uma vibração vinda direto do inferno afim de eletrocutar meu corpo, ela foi diferente, a pequena menina gemeu, podia sentir rua respiração mais ofegante...

Levo um susto quando ela resvala das minhas mãos como uma esguia, leva as mãos no rosto ao reparar na minha face. Aponta com o dedo na minha direção.

-- Desculpe, achei que fosse o capiroto, meu nonno disse que se eu não pagar os santos que quebrei um dia desses as pragas da ex mulher dele vão vir em forma de capiroto para cobrar o que quebrei e esqueci de pagar.

A olho incrédulo. – Acredita neste tipo de coisa? – pergunto reparando que a maldita usava apenas uma minúscula roupa de dormir, podia enfiar meu pau nela a noite toda só por vê-la tão linda. A blusinha dela deixava os seios provocantes a alcinha caída em seu ombro era insinuante, a parte de baixo era curta e nada justa, abaixo do umbigo aquilo era sensual, meus olhos admiram o corpo que ficou praticamente nu para mim, seus cabelos tão lindos quanto eu lembrava... Atordoado levo as mãos na testa e...— Que caralho fez com a minha testa? — pergunto sentindo dor.

-- Tudo tem uma explicação plausível. – ela fala sorrindo como uma criança marota. – Como estava explicando, acreditei que era um fantasma, não vou falar que era o demônio, porque vocês Pasini são conhecidos por serem demônios e que eu saiba não tem rabo, já chifres eu não sei. – ela ergue a mãos em sinal de defesa. — Com medo acertei sua testa com uma roda de queijo.

-- Fez o quê? – pergunto indignado.

-- A culpa foi sua por me assustar. Eu podia ter tido um infarto. – ela dramatiza.

-- Por acaso é cardíaca? – pergunto ignorando o fato dela ter culpado a mim.

-- Não mesmo. – ela diz convicta.

-- Então não enche. – falo irritado com a dor que sinto.

-- Não gosta de mim porque sou uma beijo da morte? – ela pergunta insegura.

-- É cega? – queria dizer que mesmo que tenha a visto uma única vez, ela tem uma força estranha sobre mim e que em dois meses não a tirei da minha cabeça. Que ela esta se tornado uma busca para mim, acontece que talvez eu esteja noivo e os patriarcas não permitiriam que eu colocasse grandes acordos em risco para que eu apenas pudesse satisfazer meu pau. Então tento parecer indiferente a ela.

-- Não, por isso. – ela leva as mãos na barriga e começa a rir.

-- Qual a graça. – pergunto ainda mais irritado.

-- Ficou com o queijo desenhado na testa. – ela gargalha.

Levo as mãos no local sentindo dor. – Não acredito que fez isso comigo.

-- Acredite, melhor do que ter tido uns tostões jogado contra seu corpo. – ela diz agora com magoa.

-- Achei que fosse uma prostituta. – explico e ela abre e fecha a boca.

-- Senta ai na bancada, vou cuidar de você. – ela fala abrindo a geladeira.

-- Tá brincando né? – pergunto indignado.

-- Não. Porque? – ela diz pegando gelo e ervilha congelada...

-- Sou bem maior que você, se me sentar em cima da ilha, vai ficar com o rosto no meu umbigo.

-- E bem perto do perigo. – ela dia em voz alta, como quem fala com si mesma.

-- Acha que sou um perigo? – pergunto tentando entender aquilo que ouvi.

-- Alonso... – Não acaba a frase.

Ouvir aquela voz doce dizer meu nome fez meu peito saltar. Ouvi Luca e Fred falando sobre isso e atribuíram isso a estar apaixonados pelas agora, suas esposas. Não era possível. A vi uma única vez. Foi um encontro forte, a tive em meus braços. Chacoalho a cabeça e sinto a dor, olho para ela gesticulando para que eu me sente na cadeira que ela arrastou até o meu lado. Sento, não deveria mas meu imã estava ali, linda e... — Tá cortando o queijo? – pergunto incrédulo e ela ri.

-- Tá achando que queijo é só para bater em assombração? – ela volta a rir.

-- Por acaso eu sou a sombração? – pergunto indignado.

-- Seria uma bela assombração. – ela responde sem rodeios, depois cora e baixa os olhos...

-- Venha aqui Layla. – ela obedece e seguro sua cintura, dou um sorriso ao ver sua pele arrepiar. – faça o que pretendia fazer. – digo desejando ela montada em mim.

Layla ficou com os seios rente ao meu rosto. Pega o gelo e coloca no local ferido, fica segurando com uma mão e comendo o bendito queijo com a outra.

-- Quer? – ela oferece um pedaço.

-- Quero. – queria dizer não, mas por um instante só queria aproveitar aquele momento, sabendo que o dia de amanhã poderia mudar tudo.

Ela leva com delicadeza o queijo oferecido até a minha boca, deixando algumas migalhas caírem dentro de sua blusa, eu sem conseguir segurar mais o desejo insano mordisco seus seios por cima da sua blusa...

--Não pode. – ela diz cheia de luxuria.

-- Quer a mim, como a quero. Posso ver isso. – falo sem hesitar.

-- Não gosta de mim, não posso ficar com quem sente repulsa ao me ver.

Não digo a ela que não tenho repulsa por ela e sim, que a quero e a faria minha neste instante. Mesmo sabendo o preço a pagar por ir para a cama com uma casta. Suspiro pensando nas responsabilidades. – Quer vinho? – ofereço tirando as mãos dela da minha face, pego uma boa garrafa de vinho.

-- pega as taças. – ordeno.

-- Não posso beber vinho. – ela explica acanhada.

-- Porque, não? É menor de idade? – pergunto abrindo a garrafa.

-- Não posso porque vinho acaba com minha timidez e uma Layla bem devassa surge!

-- Fique bem longe de vinhos. – ordeno as pressas.

-- Ficarei. Ao menos até ter um namorado. – ela diz colocando o gelo na própria testa.

-- Nada de ter namorado, me ouviu? – sem pensar no que estava fazendo levo uma das mãos no seu pulso e aperto com ira. Layla não recua, ao contrário ela me puxa para um beijo, não nego, libero seu punho para envolve-la em meus braços, enrosco nossas línguas e ela mostra sua falta de experiência. Eu que sempre gostei de mulheres bem experientes estava amando ter aquela menina que mal sabia beijar, ali perdida nos meus braços.

A beijei com tesão, com fome, com saudade e com ira pelo que ouvi. Layla deveria ser minha!

Ela geme contra meus lábios e eu vou ao ápice do desejo. Meus braços apertaram mais ao seu redor, senti nossos corpos estremecerem juntos quando ela passa suas pequenas mãos no meu peito. Levo uma das mãos nos seus cabelos, ela parece ter ficado excitada com aquilo. Resvalo a outra mão dentro da sua intimidade, e é minha vez de gemer,  a sentindo toda molhada...

Selo nosso beijo com um sorriso dela contra meus lábios. Reparo no seu olhar, seus lindos olhos brilhavam quando olhava para mim, não entendo o porque...

-- Estava com saudades disso. – ela diz com alegria.

-- Eu também estava. – confesso e dou um beijo casto em seus lábios. Ela olha o volume das minhas calças esfregando no abdômen dela.

-- Sabe que é pervertido, né? – epergunta com as bochechas coradas.

-- A culpa é sua. – Passo o polegar entre seus seios. – Ainda irei beber vinho bem aqui no meio. Depois vou descendo até aqui. – desço minha mão até a intimidade ensopadinha, prontinha para gemer para mim. Faço círculos no grelinho gostoso. – Vou me embebedar bem aqui nesse delicia. – me afasto quando ouço meu pai.

-- Quem tá aí? – meu papa pergunta curioso.

-- Somos nós papa. – respondo abrindo a garrafa de vinho. Pego duas taças e meu papa entra sorrindo quando vê Layla do lado. Ele nitidamente gosta dela, aprovaria ela como nora, já Nivea ele vai odiar. Ele olha bem minha testa.

-- O que houve com você? – ele pergunta curioso.

-- A nossa hóspede achou que eu fosse um fantasma. – explico e ele olha abismado para ela.

-- Ah! Foi só um pequeno engano. – ela dá de ombros. – E já aviso vou dormir com a luz acesa e agarrada na bíblia.

Olho perplexo para ela. – Tem uma bíblia? — pergunto sem acreditar.

-- Tenho sim. Mas esqueci uma das minha bagagens em casa, é justamente a que estava a minha bíblia. Vocês tem uma para me emprestar?

-- Não somos religiosos. – papa explica.

Ela coça a cabeça e depois olha para nós. – É a casa dos demônios Pasini, o que eu esperava. – diz inconformada.

Dou risada, olho meu pai e vejo que me olha feliz por me ver rir pela primeira vez depois da morte da minha mãe. Ficamos ali os três rindo, Layla é engraçada e o mais divertido nela é que a maioria das coisas que diz é natural. Como ameaçar a mim e ao meu pai dizendo que, se ela acordar a noite e o corredor estiver escuro ela vai descer a vassoura no primeiro que aparecer.

E quando meu pai perguntou que tipo de mafiosa bate nos outros de vassoura ela respondeu que, é o tipo que tem medo de fantasmas e agulhas.

Conversamos durante um tempo e quando dei por mim a loirinha estava dormindo debruçada em cima do balcão frio, a peguei nos braços mesmo com meu papa olhando tudo e a levei para a suíte que ela estava ocupando, por algum motivo fiquei louco para leva-la para a minha suíte. Acontece que nas leis Pasini só a futura senhora pode dormir na cama do capo, acabei recobrando o juízo deixei ela bem acomodada em sua cama, vi vários baús no closet, voltei para a minha suíte deixando a luz acesa.

Queria rir, na certa sendo filha de quem é Layla já tirou vidas e ainda assim ela sente medo de fantasmas.

Entro e olho minha testa. Marcada por ela, se tivesse sido qualquer outra pessoa a esta hora estaria morta, mas como foi a mulher que invadiu meus pensamentos e não saiu mais. Sem alternativa deitei na cama e rolei até amanhecer. O dia clareou e eu lutei para tirar a linda mulher de olhos azuis da minha cabeça, acontece que já havia perdido esta batalha. Fiz minha higiene matinal e corri para o quarto onde a deixei, queria vê-la, sentia necessidade de ver a mulher que é meu imã.

Abro a porta com cuidado e nada dela, entro sem fazer barulho, a procuro por todos os lugares e nada dela, volto a reparar nos baús, eles eram antigos na cor preta, a fechadura era o símbolo do beijo da morte e notavelmente aquele brasão era feito de ouro maciço. Olho aquilo sem entender, cheiro suas roupas muito bem arrumadas nos cabides e gavetas.


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