Marketing || Sabiany

By Sabiany1

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Sabina Hidalgo: uma atriz que está no topo da fama fazendo sucesso a anos como protagonista de uma saga de fi... More

Contrato
Estúpida
Desejando
Casa da Sabina
Fim de semana
Enganada
Primeiro beijo
Curiosidade
Amizade colorida
Virando o jogo
Sentindo falta
Uma chance
Cedendo
Natal
Minha
Desistindo
Plano
Premiação
Pedido
Jogo de afinidade
Ciúmes
Tempo
Arrependida
Insegurança
Roubar minha garota
Boatos
Vingança
Nossa História
Hipnotizada
Desespero
Agoniante
Aniversário
Drogada
SongBird
Tentação
Desprezo
Encontro
Reconciliação
Surpresa
Prestes a morrer
Dúvida
Grávida
Surtando
Confiar
Bêbada de ciúmes
Risco
Trabalho de Parto
Peter
Aprontar
Entrevista
Pânico
Alívio
Fantasia
Amsterdã
Paranóia
Fiz por você
Cuidar
Maus Lençóis
Pra Sempre
Love Only

Prematuro

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By Sabiany1

Sabina Hidalgo

Fui até o quarto de Isabela e a encontrei deitada de costas pra porta na cama. Ela se virou para olhar quem estava entrando, e logo me deu as costas de novo. Sorri vendo que teria mais uma vez que enfrentar aquela coisa manhosa. Já não bastava Any, agora Isabela também tinha suas crises. Eu poderia estar enlouquecendo com essas duas, mas até que gostava.

- Princesa.. - Chamei enquanto me deitava do lado dela. Ela não se mexeu. Apenas suspirou e continuou de costas para mim.- O que foi que você tá bravinha aí? - Beijei seu rostinho e ela logo abriu um sorriso. Mas ele sumiu assim que ela viu que eu a observava - Vamos ficar lá no outro quarto com a mamãe.

- Não. - Isabela disse se sentando na cama. Ficamos nos olhando por um tempo. Eu sorrindo achando graça daquela manha toda, e ela com cara de puta. Ficava a coisa mais linda do mundo assim.

- Bebê, não faz assim, vai - Falei pegando-a no colo fazendo cara de triste. Isso a deixava comovida. - A mamãe Elly tá triste. Ela chora porque você não gosta mais dela.

- Eu gosto dela. - Ela disse agarrando meu pescoço e ficando de pé em cima das minhas coxas.

- Mas você está deixando ela triste. É por causa do neném que está na barriga
dela? - Perguntei e Isabela ficou em silêncio. Fiquei a encarando enquanto
ela ficou mexendo no meu cabelo. - Posso te contar um segredo? - Perguntei e ela me olhou rapidamente, mas logo voltou sua atenção ao meu cabelo.- Ninguém nunca vai tomar o seu lugar. Você vai ser pra sempre o meu bebê.

- Uhum. - Ela falou com um sorrisinho sapeca no rosto e eu sorri da sua
tentativa de se fazer de difícil.

- Agora vamos pro quarto com a mamãe? - Isa assentiu e ficou me olhando mexendo as sobrancelhas para cima e para baixo, me fazendo sorrir. Como eu amava aquela criança.

Andei com ela no colo fazendo graça até o quarto. Abri a porta e vi Any vestida com um robby. Ela estava trocando o lençol da cama e estranhei aquilo, pois o que não faltava naquela casa eram pessoas para fazer aquilo. Ela se assustou quando me viu, e estranhei mais ainda.

- Que está fazendo? - Perguntei, desconfiada. Any ficou me encarando
por um tempo com os olhos arregalados enquanto tentava embrulhar ainda
mais o pano em suas mãos.

- Eu... é... Eu tava... Isso aqui estava me incomodando. Então... Então eu resolvi trocar. - Ela gaguejava de uma forma que me mostrava nitidamente que aquilo era uma bela de uma mentira. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas já estava ficando nervosa.

- Ok. Me dê o lençol que eu vou pedir alguém pra vim colocar outro. - Falei
me aproximando dela.

- NÃO! - Ela praticamente gritou nos assustando. Agora ela parecia estar em
pânico, e eu não estava entendendo mais nada.

- Amor, o que está acontecendo? - Perguntei sem disfarçar a preocupação na minha voz. Ela estava escondendo algo. Algo talvez grave, ou não. Mas eu só conseguia pensar no pior. Estava pedindo a Deus que não fosse nada com o bebê.

Any abaixou a cabeça e percebi que agora estava chorando. Coloquei Isabela no chão e puxei Any para um abraço, mesmo sem
motivo algum. Ela deu o pano na minha mão e automaticamente estremeci.

- Precisamos ir ao médico.- Ela disse e simplesmente senti que o oxigênio não existia mais naquele quarto. Foi como um soco no meu estômago. Eu não estava sentindo mais nada. Alguém ali precisava de um médico. Não era Isabela, nem eu. Algo estava errado. Algo com o bebê.

- Médico? - Foi o que consegui dizer. Ela assentiu e desembrulhou o pano dando total visão a grande mancha vermelha. - Isso é sangue? - Perguntei, já desesperada.

- Sim. Fica calma. Nós precisamos ir logo no médico.

- Any? Você está sangrando? Por que estava tentando esconder? Meu Deus, o que está acontecendo? - Falei andando de um lado pro outro. Eu estava procurando algo, mas não lembrava o que. Minha cabeça não estava funcionando bem.

- Sabina, por favor, fica calma!

- Não me peça calma, Any. Você está perdendo o bebê! – Falei, um pouco mais alto do que deveria e Any ficou paralisada na minha frente. Fiquei a encarando esperando por choros e reclamações pelo meu tom de voz, mas parecia que o que lhe perturbava agora era a ideia de perder o bebê. Será que ela não imaginava que podia ser aquilo? Sangramentos não me parecem normal em uma gravidez com seis meses de gestação. Any me olhava atordoada e Isabela revezava em olhar pra nós duas com um olhar assustado. Devia achar que aquilo era uma briga. - Ok. Tudo bem. Senta aqui - Puxei Any com delicadeza e a fiz sentar na cama. Coloquei Isabela ao seu lado e respirei fundo fortemente, tentando ao máximo me acalmar pelo menos na frente dela. - Cadê
seu celular?

- Ali - Ela apontou para o criado mudo do
lado da cama e eu rapidamente o peguei. Procurei por Samantha em seus contatos e logo achei. Chamou uma..duas vezes...

- Any? - Ouvi a voz da doutora e respirei aliviada por ela ter atendido rápido.

- Doutora? É a Sabina.

- Oi, Sabina. Como vai? Any está bem?

- Não. Eu não sei.. - Falei um pouco desesperada. Eu queria chorar. Meu
estômago parecia que estava sendo apertado. Eu estava olhando para a
barriga de Any como uma maníaca. Isso a incomodava, mas nesse momento ela também estava olhando - Any sangrou hoje. O que está acontecendo? O que eu faço?

- Tudo bem. Primeiro de tudo mantenha a calma. Preciso que Any participe da conversa também... - Ela falou e coloquei o celular no alto falante. - Ela está te ouvindo.

- Ela sangrou muito? Foi a primeira vez?

- Não foi muito, mas me assustou. E não, não foi a primeira vez. Venho tendo esses sangramentos desregulados a umas semanas. - Any respondeu e arregalei os olhos. Como ela podia ter escondido aquilo de mim? Nosso bebê corria perigo e ela não moveu uma palha para ajuda-lo.

- Ok, vocês deviam ter comunicado na primeira vez. Isso é grave! - A doutora
disse e apertei os olhos. Eu não conseguia mais ouvir aquilo. - Vão para um hospital imediatamente. Any precisa de cuidados o mais rápido possível. - A doutora disse e depois de algumas instruções eu desliguei.

Levei Any ao hospital o mais rápido que pude e lá o que me restou foi esperar. Esperar por notícias e pelo resultado de alguns exames. Fui informada por um médico que Any estava com uma certa hemorragia causada pelo deslocamento prematuro de sua placenta. Isso explicava o
sangramento e as cólicas que ela estava tendo. Isso me deixou muito apavorada. Eu não sabia o que significava, mas podia imaginar o quanto era grave.

Eu ficava o tempo todo, 24H por dia em cima de Any tentando fazer com que ela se sentisse segura, e isso tudo estava acontecendo de baixo do meu nariz e eu não havia percebido nada. Eu ainda não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Eu queria sentir aquela felicidade de novo, mas minha preocupação não deixava.

...

- Ela vai ficar quanto tempo? - Sav perguntou enquanto observávamos
Any dormir na cama do hospital. Estávamos dentro de um quarto bem
arrumado no hospital junto com Any. Ela havia dormido a algumas horas enquanto eu mexia em seus cabelos. Eu ainda estava lá, e Sav também parecia não se cansar de ficar ali observando cada movimento que Any fazia. Qualquer viradinha que ela dava era um motivo para nos assustar.

Any não podia fazer esforço nenhum, mas é claro que eu já estava exagerando. Mas não podia fazer nada.

- É indeterminado. Eles querem ver a frequência dos sangramentos dela e querem saber da saúde do bebê. Então ela tem que ficar aqui. Tá arriscado agora. - Falei, alisando a barriga de Any. - Ela não sangrou nesses dias. Quero que ela fique bem logo.

- Não fica assim, Saby. Ela vai ficar bem. O bebê também vai. - Sav falou alisando minhas costas e eu sorri. Era bom ter alguém do meu lado naquele momento. Sac era essencial. Nunca havia nos deixado na mão mesmo com a vida corrida que tinha.

- Agora todo mundo sabe da gravidez dela. - Falei e Sav riu, provavelmente
lembrando da loucura que foi isso. As pessoas não sabiam se enlouqueciam por saber da gravidez ou se enlouqueciam por saber que o bebê estava correndo risco. Ficar na internet esses dias só me deixou mais apavorada, então resolvi ficar uns dias longe disso. Pelo menos até tudo ficar bem.

- Eles ainda não superaram.

- Eles não vão superar Sav. – Falei e ela sorriu concordando.

- Nem eu superei ainda. Não entendo como convenceu Ant a fazer isso. Sinceramente, não entendo porque ela gosta tanto assim de você. - Savdisse com a cara mais confusa do mundo.

- É porque você nunca transou comigo. – Pisquei pra ela que arqueou uma sobrancelha.

- Tenho curiosidade. Seria interessante. - Sav falou e arregalei os olhos. Senti meu corpo gelar. Senti medo de Sav por um instante. Fiquei a encarando tentando achar algum traço de que ela estava zoando com a minha cara.

- Sav... Como você.... O que está falando - Antes que eu pudesse terminar Savannah começou a gargalhar.

- Calma, Saby. Eu estava brincando. Só queria ver o que você ia falar. Você ficou desesperada. Eu fico feliz em ver você assim. Você só falta babar olhando pro rosto dela e pra barriga.

- A primeira vez que à vi, foi como se meu coração pulasse de felicidade, mostrando que dessa vez seria diferente. Ela era diferente. E toda vez que olho pra ela eu sinto a mesma felicidade. Toda vez que a beijo é como na primeira vez. Any foi a melhor escolha que eu fiz, e eu nunca vou deixar de ama-la e de ficar babando assim, como você pode ver. – Parei de tagarelar e
olhei para Sav, que estava com cara de "awn", o que me fez corar um pouco.

- Fico feliz por esses seus sentimentos, eles farão Any se sentir bem sempre, isso me alegra. - Ela disse e eu sorri.

Enquanto Any dormia nós resolvemos ir comer algo. Sav e eu não saíamos daquele quarto a horas. Eu não tinha muito o que fazer em casa e em lugar nenhum. Isabela estava com minha mãe e Alex estava resolvendo pra mim todas as minhas pendências. Levei algumas roupas de Any para casa e estava levando algumas novas. Eu podia simplesmente pedir pra alguém fazer isso pra mim, mas eu queria fazer algo, queria me mexer e me distrair um pouco.

Eu estava muito cansada, não dormia a dias e não podia ficar parada. Café se tornou a minha bebida favorita nesses dias. Já estava a horas sem aparecer no hospital, então resolvi voltar na esperança de que
Any já tivesse saído de seu sono profundo.

- Senhorita Hidalgo? - Um enfermeiro que eu já conhecia me barrou antes que eu pudesse entrar no corredor aonde Any estava.

- Sim?

- A senhora não pode entrar agora. - Ele disse e automaticamente meu corpo todo tremeu.

- Por que não? - Perguntei já um pouco desesperada. - Está acontecendo alguma coisa?

- Sabina? - Ouvi uma voz familiar atrás de mim e me virei dando de cara com a doutora Samantha.

- Doutora? Por que não me deixam entrar? - Perguntei aflita. Meu coração já estava se debatendo no meu peito. Já estava com falta de ar, e nem sabia o motivo. - Aconteceu algo com Any?

- Mantenha a calma, Sabina. Any acordou sentindo contrações. Seu sangramento voltou e nós estamos fazendo de tudo para que isso não a prejudique, nem o bebê. - A doutora explicava e eu só conseguia chorar. Eu estava desesperada. Eu devia estar do lado dela. Eu não estava lá quando ela
acordou.

- Por favor, me deixe entrar. Eu quero vê-la. Por favor.

- Sabina, os médicos estão cuidando dela. Isso pode acabar logo. Preciso que fique calma agora e principalmente quando estiver perto dela. - A doutora falou e respirei fundo.

- Pode acabar logo? Como assim? - Perguntei, preocupada.

- Essas contrações regulares fizeram o colo de seu útero dilatar. Trata-se de uma ameaça de parto prematuro. Eu como todos os médicos achamos que o bebê vai ter melhores condições fora do útero do que dentro. - A doutora parou de falar e fiquei a encarando como uma débil mental. Eu estava tonta. Não estava conseguindo processar nenhuma das informações.
Estava sentindo que ia desmaiar a qualquer momento.

- Prematuro?

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