A Primeira Eterna - Um Conto...

By Tia_Kordei

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(livro 3) Depois de muito tempo sozinhas, Billie e Ariana decidem adotar uma nova criança, porem sabemos que... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo dois
Capítulo quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Epílogo
Nova Fic---
##Aviso##

Capítulo três

212 22 7
By Tia_Kordei

— O que te faz chegar aqui e falar dessa forma? — Eu perguntei para ele.

Mila olhava assustada ao lado dele, Shawn vestia apenas uma cueca box preta. Revirei os olhos quando percebi isso, ele provavelmente teria colocado as pressas.

Desnecessário.

Billie logo estava do meu lado, mas agradeci por ela não estar me pedindo calma dessa vez.

— Eu não vou permitir isso! — Ele estava tremendo.

Seu peitoral tufado, suas mãos em punhos, queixo erguido. Shawn tentava de todas as formas me intimidar, mas nada do que ele fizesse seria suficiente. Não comigo. Shawn não era ninguém ali para me dar ordens, e eu odiava quando pessoas insignificantes como ele tentavam impor coisas na minha vida. Mila olhava para ele assutada, eu sabia que se ele perdesse o controle ali, acabaria machucada por ele. Porém, eu não estava com paciência para alerta-la dos perigos.

— Eu não estou pedindo sua permissão, idiota. — Eu disse.

Olhei para Maggie que tinha Alice no colo, fiz um pedido mudo para que ela tirasse minha humaninha dali e ela rapidamente atendeu.

— Onde você pensa que vai  com ela, sanguessuga? — Shawn disse diretamente para Maggie e eu perdi toda a calmaria que eu juntava no fundo do meu ser.

Mas quando eu pensei em tomar alguma atitude  com ele, um vulto passou em segundos do meu lado que eu cheguei a me assustar. Vi apenas cabelos negros passando e Mila sendo empurrada para o lado e Shawn ter o corpo arremessado alguns metros para atrás assim que o punho de Normani entrou em contato com o queixo que antes estava erguido dele.

Eu quase senti pena dele, quase.

Ouvi uma gargalhada estrondosa, não me assustei quando vi que era Dinah quando ouvi sua voz dando apoio à sua esposa.

— Quem você pensa que é pra falar assim com minha mãe, seu cachorro imundo? — Mani parou no lugar em que Shawn antes estava.

A coloração do rosto dele estava vermelho, seu lobo estava quase explodindo. Olhei para Sofia quando vi que ela ajudou Mila a se levantar, uma pergunta baixinha dizendo: "Está tudo bem?" Foi o suficiente para mim.

— Eu vou te matar, sua maldita! — Shawn disse antes de se transformar novamente e avançar para cima de Normani. Eu fiquei preocupada quando ele abriu a boca para tentar arrancar a cabeça dela, mas Normani era habilidosa demais e logo conseguiu sair sem problemas algum da armadilha que ele tentava fazer. Irritado, ele tentou empurrar ela quando a mesma se pôs sentada sobre as costas dele, como quando você monta um cavalo.

— Vamos lá, pulguento. Faz melhor do que isso! — Olhei chocada para Nate que deu de ombros quando percebeu meu olhar para ele. — O quê? Ele falou mal da minha avó, se tia Mani não o atacasse quem o faria seria eu!

Apenas neguei com a cabeça quando vi Mani ser arremessada para o chão, Shawn aproveitou a oportunidade avançando mais uma vez para ela. Seus dentes pararam no braço da morena e quando ele estava prestes a arrancar, Dinah avançou com toda a força que ela possuía. Hazza do jeito que era também entrou na briga sem ao menos se transformar, Shawn pareceu desesperado quando Seth se opôs contra ele e eu gargalhei.

Usei meus dons para tentar acalmar a pulga que estava no cú de Shawn. Essa era a única explicação para o surto dele. Ele poderia apanhar o quanto fosse necessário, mas ele ainda teria uma conversa séria comigo. Assim que ele não conseguiu se mover, Shawn começou a rugir feito o animal que era.

Dinah parecia enxergar vermelho, assim que ela viu que todas as partes do corpo de Normani estavam no seu devido lugar, ela avançou sem pena para cima de Shawn e o socou o quanto pôde. Mila tentou se meter na frente, mas eu fiz com que o corpo dela também ficasse paralisado. Até que vi que Dinah estava se divertindo demais, resolvi para-la também.

— Já chega vocês! — Avancei alguns passos em direção ao cachorro que tinha a feição sofrida. — Meu assunto é com você. — Olhei nos olhos negros do pulguento.

Eu não precisava do Finneas para saber que Shawn estava com medo. Eu via isso nos seus olhos, ele já tinha passado dos limites quando tentou me impedir de fazer algo, mas extrapolou qualquer barreira quando insultou Maggie e isso eu jamais iria aceitar.

Segurei firme pelo seu focinho e encarei seus olhos, eu me concentrei nas pérolas negras que ele carregava, era várias misturas de sensações ali dentro e eu não me importei com nenhuma.

— O que você vai fazer, mãe? — Mila perguntou ao longe com​ a voz apreensiva.

— Algo que eu já deveria ter feito a tempos! — Eu sabia que iria conseguir, da mesma maneira que eu dei a magia para a linhagem daquele estúpido, eu ainda era capaz de retirar toda ela.

E foi o que eu fiz. Eu não seria tão cruel ao ponto de torna-lo humano, apenas entrei em sua mente e bloqueei sua transmutação ali dentro dele, ele teria que aprender a lidar com tudo aquilo. Teria que se lembrar de como é ser um lobo novamente.

Esse seria o preço por todas as vezes em que ele me desobedeceu, ou tentou ser algo que ele não era.

Em segundos, o corpo de Shawn começou a se transformar na minha frente. Meus olhos não ousavam em nenhum momento sair dos dele, vi seu focinho ir diminuindo e se transformar no seu queixo, seu cabelo bagunçado e seu corpo musculoso ser exposto. Ouvi gemidos de reprovação e olhei para minha filha que logo entendeu que precisava de uma roupa para ele, eu ainda não era obrigada a ver a coisinha que ele carregava entre as pernas quando eu tinha uma mulher muito melhor apenas para mim.

— O-o que v-você fez... Comigo? — a voz dele estava fraca.

Nada mais era do que um sussurro.

— Uma vez disse para você não me desobedecer enquanto eu deixasse bem explícito alguma coisa. — Disse com a voz fria, sem emoção alguma. Pelo canto dos olhos, vi Finneas que estava próximo de Dinah e Mani se encolher. Claudia também sentiu a mudança brusca de humor do marido e logo notou que o medo que ele sentia, vinha de Shawn. — Quero que você entenda de uma vez por todas. — Eu estava possessa de raiva. — Você não é ninguém aqui. Você não dá ordens à ninguém. Não passa do namorado da minha filha. Sofia, venha até aqui. — Minha filha pareceu se assustar quando eu a chamei. Mesmo que o tempo passasse, eu sabia que ela sempre teria um certo receio. — Apague Mila da mente dele. Tire sua memória da mesma forma que você fez comigo à anos atrás!

— O QUÊ ? — Ela, Shawn, Mila e Seth perguntaram ao mesmo tempo.

— Você não pode fazer isso comigo, mãe. — Mila chegou em segundos até mim. Segurei pelos seus ombros de maneira firme.

— Eu posso fazer o que eu bem quiser. — Olhei para ela.

— Eu jamais irei te perdoar se você fizer isso. — Mila foi apelativa.

— Está escolhendo entre sua família à esse cachorro pulguento? — Eu senti Billie dar um passo mais perto, mas logo tratei de impedir que ela se envolvesse em um assunto que não era de seu interesse. – Lembre-se que imprinting só acontece entre os lobos, humanos não conseguem manter um amor tão intenso quanto por muito tempo... – Mila pareceu ficar assustada quando entendeu que eu parecia não estar para brincadeiras.

— Mãe... Por favor. — Mila implorou. — Não faz isso.

Eu apenas respirei fundo e olhei novamente para Shawn que parecia contente ao ver que Mila tinha um grande poder sobre mim, ele logo tratou de esconder o sorriso quando sentiu meu olhar sobre ele.

— Seria cruel demais até mesmo para mim​ se eu permitisse que Sofia fizesse isso. — Pontuei. — Mas fiz algo bem melhor do que apagar você da memória dele.

Shawn engoliu em seco.

— O que você fez, Ari? — Claudia, curiosa do jeito que era, foi a única quem teve coragem de perguntar. Eu sorri para ela e me virei para ver quem continuava ali.

Maggie, Claire e Leah não estavam.

Logo entendi que elas estavam ajudando com Alice.

Ótimo, menos mal.

Olhei para Patrick e vi que meu sogro não estava contente e seus olhos fuzilavam Shawn. Logo entendi, que como chefe de família, a palavra final seria dele.

— Bloqueei a magia dele. — Meu sorriso pareceu aumentar de tamanho quando vi as feições de Shawn passar de assustado para confuso, depois chocado, incrédulo e por último enfurecido. — Quero ver agora esse cachorro querer dar uma de macho alfa quando na verdade não pode nem ao menos como se transformar em um lobo. — Me virei de costas novamente e vi os rostos chocados com minhas palavras, sorri mais ainda e com gosto.

Logo tratei de puxar Billie pela mão para dentro da grande casa, eu ouvi passos soar atrás de nós quando estávamos já do lado de dentro, mas logo a voz de Patrick se foi ouvida.

— Onde você pensa que vai, Mendes? — Tanto Billie quanto eu, viramos para ver que Shawn vinha em nossa direção apenas com um pedaço de pano enrolado cobrindo suas genitais.

— Atrás de Ariana. Essa conversa ainda não acabou. — Shawn tentava não ficar com raiva.

— Pois é aí que você se engana. — Patrick disse. — Você sempre desrespeitou meus filhos, eu sempre deixei passar porque eu vejo a maneira que eles te tratam. Apenas se suportam por causa das minhas netas, mas essa noite você passou dos limites. Você insultou minha esposa, eu não sei se você lembra, mas ela é a mesma pessoa que sempre cozinhou pra você, que limpou a bagunça que você fez e que sempre esteve disposta a ajudar tanto você quanto Seth, Leah e Nate da melhor forma possível. Ela nunca reclamou, nunca disse um não para você e sempre te defendeu. Agora eu quero que você pegue suas coisas e volte a morar na sua tribo e não ouse pisar na minha casa novamente. — Eu nunca tinha visto Patrick com raiva, nem quando Dinah e Finneas faziam merda, nem quando Claudia surtava por causa de alguma compra nova, nem quando Mani tinha ataques de diva e muito menos quando Dinah e Billie brigavam ou quando Finneas destruía alguma coisa. Porém, naquele momento ele parecia totalmente diferente da pessoa que eu havia acostumado a ver. — Mila, espero que você me perdoe por essa atitude, mas eu não posso permitir que alguém desrespeite minha mulher calado.

Mila parecia tão área quanto qualquer outro naquele lugar. Por isso apenas concordou com a cabeça enquanto Patrick correu para dentro de sua casa novamente e logo foi seguido pelos outros restando apenas Mani, Dinah, Billie, Mila, Shawn e eu.

— Agora me sinto mais feliz ao saber que não precisarei lidar com as pulgas no sofá. — Dinah comentou sorrindo. Eu tentei não rir, mas acabei não resistindo.

— Mas ainda temos Seth e Leah. — Mani lembrou.

— Mas Leah tem Nate. Que é meu parceiro de combate e Seth torce para o mesmo time. Fora que ele tem mais o cheiro de Sofi do que dele realmente. — Mani negou com a cabeça e puxou Dinah para dentro.

— Vem meu amor, vamos mimar aquela bonequinha! – E em segundos elas já não estavam mais ali.

— Vou deixar vocês sozinhas antes que aqueles ogros matem minha filha. — Eu sabia que aquela era a desculpa ideal para que ela nos deixasse sozinhos.

Ela me deu um selinho e logo se foi também.

— Satisfeita? — Mila perguntou. Eu ergui uma sobrancelha. Ela continuou. — Por que, mamãe?

— Seja direta!

— Você não pode ter um bebê. Nós somos vampiros. Nós alimentamos de sangue! — Ela exclamou.

— Você não tem direito algum de opinar na minha vida, Camila. Você e Shawn são apenas filha e genro, aumentar a família foi uma escolha de Billie e eu. Nós queremos e pronto. Não tenho o porquê de ficar dando explicações sobre minhas escolhas... – Mila pareceu ficar mais irritada ainda.

— Maldita a hora em que viemos para esse lugar na primeira vez.

Eu revirei os olhos.

— Você queria que eu fizesse o que? — Eu já estava começando a perder a paciência com ela. — Você se apaixonou por Shawn. Eu conheci Billie, nós temos uma família agora. Não está satisfeita? – Ela não me respondeu.

Eu sabia que ela não iria responder mais nada. Estava apenas pensando em maneiras para me confrontar, mas eu não estava com paciência. Não naquele momento. Me virei para ir até minha família quando novamente, alguém me chamou:

— Ari, como faço para me transformar de volta? — Olhei para Shawn e sorri.

— Se vire. — E não disse mais nada.

Quando entrei na grande casa, vi que tudo ali era completamente diferente. Um pouco luxuosa demais, mas sabia que se tivesse dedo de Claudia envolvido seria daquela forma, Maggie havia dado retoques importantes que fazia ter contrastes perfeitos, mas tenho que confessar que estava ansiosa demais pelo quarto da minha pequena, embora eu preferisse que ela ficasse no mesmo que Billie e eu.

— Vem, deixa eu mostrar o quarto dela. — Maggie pareceu ler meus pensamentos naquele momento e eu apenas me contive em uma risada e aceno com a cabeça.

Eu sabia que o instinto materno dela estava abalado depois das palavras de Shawn e ela ficaria mais próxima o possível dos filhos, não por medo e sim costume. Dinah costumava dizer que Maggie vivia sufocando ela e os outros, mas eu sabia que no fundo eles adoravam esse carinho todo.

Billie me disse uma vez que com a chegada de Mila e Sofia, Maggie tinha dado mais atenção as duas principalmente com Sofia já que ela era mais dependente de atenção. Eu adorava ver minhas filhas interagindo juntas. Embora Sofia não tivesse a mesma alimentação que Mila e eu, ela sempre acompanhava a irmã nas caçadas. Eu realmente gostava de ver as pequenas mudanças que ocorreram com o passar dos tempos.

Maggie ia dizendo onde ficava absolutamente tudo, embora ela soubesse que tanto Billie quanto eu não nos importamos com nada que não fosse de nosso interesse até que chegamos a uma porta pintada de rosa, era a única naquele corredor com aquela cor e o nome Alice pintado com letras douradas e uma caligrafia perfeita.

Bastou uma troca de olhares para saber que nós duas estávamos felizes com aquela escolha.

— Claudia comprou os móveis e várias pelúcias, mas Patrick e eu tivemos que explicar pra ela que essas coisas acumulam muita poeira e poderia ser perigoso pra bebê. Logo, nos restou essas onde eu farei questão de limpar todos os dias. — Ela abriu a porta e se eu fosse humana, sabia que ficaria chorosa demais com o quê meus olhos viam.

Eu fiquei chocada com o quão incrível tudo havia ficado. Billie parecia tão ou mais do que eu, acabei sorrindo ao perceber que até mesmo as almofadas tinham o nome de Alice todo bordado.

— As duas portas são o banheiro e o closet com as roupinhas que Claudia comprou com espaço para as novas. Vocês sabem que ela e Mani, se vocês deixarem​, trarão cada dia mais. — Maggie explicou mais uma vez e nós duas sorrimos para ela.

— Está tudo tão perfeito, mãe. — Billie disse.

— Obrigada. — Agradeci.

...

Depois de nossa chegada a Forks com Alice, o tempo pareceu voar. Ter uma criança em casa, havia melhorado muito nossa convivência. Não que ter uma casa cheia de cachorros e vampiros fossem ruim, pelo contrário, apenas tornou as coisas mais interessantes, uma vez que as implicâncias para cima de Billie passou a ser redobrada de acordo com Alice iria crescendo.

— Eu sei fazer isso! — Billie disse olhando a situação. Eu me mantinha em silêncio, igual à mãe dela que nos observava ao lado de Sofia, Dinah e Normani. Claudia havia saído para caçar com Finneas. Patrick estava no hospital e Seth disse que não queria ter que ver aquilo. — Eu vi Eternity fazendo e tenho certeza que é a coisa mais fácil do mundo.

Enquanto isso nossa pequena humaninha nos encarava com aquelas pequenas bolinhas verdes atentamente, sua mãozinha estava quase sendo devorada por ela mesmo, embora eu soubesse que ela estava sem fome. No seu tórax estava uma blusinha minúscula e na parte de baixo ela vestia uma fralda descartável.

O maior problema era que a fralda estava cheia. E não Billie sabia como mudar.

— Filha, acho melhor você deixar que eu faça isso. — Maggie alertou mais uma vez. Eu cruzei os braços sorrindo quando Billie negou.

— Ela também é minha filha, mãe. Eu preciso aprender a fazer isso.

— Certo, então comece. Porque acho que em breve ela irá começar a chorar. — E era verdade.

Alice fazia umas caretas engraçadas e seu rostinho começava a ganhar uma leve coloração.

— Vejamos.. Eu tenho que puxar essas fitas aqui. — Billie começou. — Isso não machuca você, não? — Alice não à respondeu obviamente, ela não tinha nem dois meses para isso, mas ela continuou ali se debatendo. — Agora eu levando isso aqui.. uau! — Billie exclamou assim que viu o quão cheia a fralda estava.

— QUE HORROR! — Dinah deu um berro assustando tanto nós quando a criança que começou a fazer mais caretas de choro. — Como essa coisinha pode feder tanto? — Maggie se certificou de deixar Alice bem novamente. — Mani, cancela. Não quero mais um bebê. Minha nossa, como pode essa adorável menina fazer isso?!?! — Dinah ainda continuava respirando, puxando o ar de maneira desnecessária para dentro dos seus pulmões.

Eu revirei os olhos.

— Pare de respirar, idiota! — Billie disse olhando de forma ameaçadora para a irmã.

— Ah é.. É mesmo. — Dinah sorriu sem graça.

— Sua tia é uma bobona. — Billie disse para Alice, o pequeno bebê esboçou uma coisa que eu acho que foi um sorriso, não dava pra saber, mas foi o suficiente para fazer as pessoas em volta dela se derreter todo. Inclusive eu. — Agora aquiete suas perninhas enquanto a mãe bil remove essa fralda. — Com uma mão, Billie suspendeu uma das perninhas enquanto Alice começou a se debater, Billie logo conseguiu segurar as duas com a mesma mão​ e puxou a fralda suja com cuidado a enrolando, certificando de que nada iria sair dali e logo jogou no cesto de lixo que ficava em baixo do trocador. — O que eu faço agora? – Billie olhou de mim à Maggie.

— Achei que você soubesse.. — Eu disse.

— E eu sei. — Billie me olhou novamente. — Eu só quero ter certeza de que vocês também sabem...

— Aham.. Sei. — Eu disse.

— Você precisa usar o lenço umedecido pra limpa-la, mas com cuidado filha. — Maggie disse.

— Certo. — Então Billie o fez.

Alice parecia não estar gostando daquela invasão, logo ela começou a choramingar e nem Maggie com Billie fazendo caretas adiantou. Tive que entrar em ação e tomar o lugar de Billie por alguns segundos.

— Vem aqui, meu amor. Você está com fome? — Disse com uma voz baixinha, bastante calma. Logo os olhos atentos de Alice estavam em mim. — Deixe que mãe Eternity faça isso pra você. — Billie pareceu ficar incrédula com minha ação, a empurrei com cuidado para o lado e comecei a limpar Alice de uma forma eficiente e rápida, eu já tinha feito isso com Mila quando ela era um bebê e por mais que fizesse anos eu entendi que uma vez mãe, você nunca perde a prática. Depois de limpinha a deixei totalmente de lado quando vi que no trocador não havia nenhuma fralda nova. Billie deveria ter esquecido, eu estava perto de me afastar de Alice quando Dinah ficou do meu lado, achei que seria seguro deixar ela próxima demais da minha filha e fui até a gaveta onde as fraldas ficava.  Não sei exatamente o que aconteceu, mas ouvi Dinah gritar e logo em seguida ouvi gargalhadas seguida por um choro fininho.

Olhei para trás e vi Alice estendida pelos braços compridos de Dinah e a mesma terminando de fazer xixi e o mesmo ia todo em direção a blusa marrom de gola rolê que Dinah usava.

Eu tentei me segurar, mas eu não consegui. Alice havia feito xixi em Dinah e estava assustada com aquilo.

— EU NÃO ACREDITO QUE ESSE PINGUINHO DE GENTE ME MIJOU!

...

— Mãe, por favor... — Mila insistia. — Já se passaram quase dois meses. Você não pode deixar Shawn daquela forma!

Eu revirei os olhos. Eu não tinha culpa se o cachorro era tão estúpido ao ponto de não aprender a se virar sozinho.

— Não acredito que você está me pedindo isso. — Olhei para minha filha maior. Estávamos só nós duas em casa naquela noite. Os outros haviam saído para caçar e como Mila e eu não nos alimentavamos de animais... Alice dormia de forma pesada nos meus braços.

Geralmente as suas noites eram assim, ela quase nunca parava na sua caminha. Patrick dizia que nós iríamos acostumar ela mal, mas ele mesmo não à soltava quando tinha que ficar em casa.

Ela, adorava o avô babão que ele se tornou.

— Como você não quer que eu o peça? Shawn nem aqui pode pisar! — Mila cruzou os braços na minha frente.

Revirei os olhos mais uma vez.

— Eu não tenho culpa nenhuma sobre isso. Por mim, eu teria quebrado no mínimo cinco partes do corpo dele, mas seu avô teve uma ideia melhor. Além do mais, você deveria agradecer que Shawn perdeu aquele odor horrível que ele tinha no corpo. E...

— Shawn é um humano estúpido. Como essa criança que você tem nos braços! — Eu olhei para minha filha de maneira perigosa, não que eu fosse machucar ela pra valer... Mas Camila as vezes passava dos limites.. — Mãe... — ela logo entendeu que dessa vez, ela tinha ido longe demais. — Eu...

— Calada! — Eu logo a cortei. — Ao que parece, você esqueceu das palmadas que levou à alguns anos atrás. — A lembrei e vi ela fazer uma careta. — Camila, eu só não te bato aqui e agora porque a minha filha mais nova está dormindo tranquilamente nos meus braços e se eu deixar ela na cama irá acordar chorando. — Dei um passo para frente e Mila um para trás. — E você não vai querer que ela chore!

Mila abriu a boca e em seguida logo fechou sem saber o que dizer, ela parecia nervosa.

— D-descul-pe. — Agora ela parecia uma humana estúpida. — Eu só ando irritada ultimamente.  Shawn se tornou um humano... Fraco, o sexo é... – Ela não soube explicar. – Eu não estou satisfeita. – E finalmente ela havia tocado no principal ponto do meu interesse. — Shawn viu uma garota na aldeia dele com um bebezinho nos braços. Ele disse que não, mas eu vi o quão mexido ele ficou com a ideia de ser pai. Eu não posso ter filhos, mãe. Eu nem quero isso... — Mila encarou o chão. — Eu não quero ter que cuidar de alguém tão... Pequeno. — Ela olhou para Alice. — Eu não sei se conseguiria, mãe.

— Conversou com ele? — Perguntei chegando mais perto dela.

— Eu tentei, mas ele sempre se irrita. Principalmente agora que não consegue se transformar em lobo e nem correr por ai. Agora que estamos vivendo na antiga casa do pai dele torna tudo ainda mais... Crítico.

— Seu lugar é aqui conosco. Você sabe disso. — Afirmei.

— Meu lugar é com ele, mãe... Mesmo que não seja tão... Agradável.

Olhei para o bebê nos meus braços e pensei sobre tudo o que estava acontecendo nos últimos meses.

Mila havia se afastado desde a chegada de Alice, Billie e eu havíamos conversado sobre o comportamento dela e entendi que dar tempo era uma boa escolha, mas agora eu sabia que minha filha estava sendo pressionada então deveria tomar alguma atitude em relação a isso. As vezes eu achava que Shawn gostava de apanhar, porque que caralho ele tinha na cabeça? Olhei para ela assim que senti a presença dos outros se aproximando, o sol começava a surgir do lado de fora das janelas enormes que aquela casa tinha.

— Vá, eu vou conversar com Patrick à respeito de algumas coisas e irei decidir se faço Shawn voltar com a magia ou não.

Ela sorriu, bateu umas palminhas do jeito dela e se aproximou de mim com cuidado e me deixou um beijo sobre a bochechas e em seguida olhou para Alice.

— Ela é linda, mãe. — Eu sorri quando vi ela deixar um beijinho na testa do bebê. — Mãe Bil e você são sortudas por ter ela.

— E ela é sortuda por ter você e Sofia para protegê-la.

Não demorou muito tempo para os outros chegarem em casa. Mila apenas se foi deixando seu cheiro pela casa e meus pensamentos desordenados.

Ser mãe dessa menina me dava trabalho demais as vezes, mas logo acabei sorrindo. Assim que deixei Billie ler meus pensamentos sobre o plano que minha mente estava bolando.

— Como assim você quer que Mani, Finneas e Dinah batam em Shawn? — Sua voz rouca perguntou alarmada fazendo com o que o olhar de todos fossem para nós.

Até logo... 💃

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