Luma Panazzolo
A primeira reunião havia acabado, agora pelo que soube teria outra. Uma das quais me deixava nervosa. Seria um fortalecimento de alianças, e Paolo estava disposto a formar uma trégua coma Ndrangheta, mas não era isso que me preocupava era o nonno. Tinha mais um máfia, a Banda Della Magliana. Céus! O capobastone deles estava viúvo, e queria uma aliança com a Cosa Nostra, mas quer uma de nossas mulheres para se casar. Um homem feio daquele quase caído e nojento querendo meninas novas, quase da idade de Daire para explorar seus corpos. A pior coisa é saber que eles fazem tráfico humano, se casar com um homem da nossa própria famiglia é ruim casar com um de fora, ainda sendo rival querendo aliança é triplicadamente pior ainda! E sei que o nonno não mediria esforços para querer dar Daire para um nojento daquele. Já os Faroni da Ndrangheta me pareceram mais tranquilos, mas não podem ser tão confiáveis assim.
O capo era um home de grande porte, não saberia estimar a sua idade aparenta ter mais que Paolo mas a sua aparência intimidável dava um ar meio peculiar a ele. Seus cabelos eram negros, um azul instesamente profundo que representava seus olhos e um tanto assustador. Não vi com quem ele vinha acompanhado, mas a sua cara não era muito boa.
Meu subconsciente gritava para que eu fosse atrás de Paolo para que ele pudesse impedir qualquer merda que o nonno fizesse. Se acontecer qualquer deslize no futuro de Daire ele seria o culpado, espero que ele não faça nada que seja errado.
Quando voltei a minha realidade, percebi que já estava correndo a procura de Paolo e todos me olhavam. Eu estava igual uma louca mas eu tinha que salvar a vida e o destino de Daire, nem que eu tinha que dar a minha vida por ela eu faria das tripas e coração para garantir a sua felicidade. Não importava o que eu tinha que fazer, nem que eu tivesse que ajudar minha irmã a fugir ou me matar para salvar a sua vida, eu faria sem nenhuma hesitação, sei que ela faria o mesmo por mim.
"Somos mais fortes quando estamos unidas". A palavra que mamma dizia para mim e Daire havia perdido todo o sentido esse momento. Eu senti meu coração ser esmagado a partir do momento em que vi o nonno apertar a mão do maldito Ricci. Não poderia haver nenhuma aliança entre a Cosa Nostra e a Banda Della Magliana.
Minhas pernas fraquejaram quando presenciei a cena mais nojenta em minha frente. Meu avô fez com Daire a mesma coisa que fez comigo. Ele a vendeu. Por troca de uma aliança. Para ter um desgraça de paz que valia a vida de uma pessoa.
Meu coração acelerou e meu corpo todo se aqueceu com uma enorme chama de calor que havia se apossado dele, estava paralisada em frente de todos vendo a coisa mais ridícula que meu avô já havia feito em sua vida. Já estava perdendo todo o equilíbrio das minhas pernas enquanto me esforçava para ficar em pé e andar para qualquer lugar dessa casa.
Senti um impacto em meu corpo quando estava prestes a cair. Era Paolo sendo meu apoio para que não houvesse maneira do meu corpo ir de encontro ao chão. Meu raciocínio estava péssimo, estava me sentindo mal por saber que não pude chegar a tempo de salvar a vida de Daire.
- Como você pôde permitir aquilo?
- São regras. Não podemos quebrá-las. A cúpula já estava de acordo, eu não sabia que o desgraçado de seu avô faria isso, jamais aceitaria um Ricci na famiglia.- as palavras de Paolo soavam sinceras.
Queria acreditar que ele era o culpado, ou qualquer coisa. Eu queria culpar alguém, mas já era a segunda vez que a cúpula estava tocando em uma Panazzolo. Duas pessoas de uma família só. Em um curto período de tempo.
- Preciso que se recomponha para seguir em frente no evento. Eu verei o que posso fazer em relação a sua irmã.
Nada, você não poderia fazer. Nem eu, nem ninguém. Daire virou responsabilidade daquele maldito homem, isso tudo por culpa do meu avô um homem sem escrúpulos. Daire o odiaria por toda a eternidade quando soubesse o que ele fez com seu destino. Se eu não queria casar e ter filhos cedo, Daire também não. Ela nunca desejou tudo isso, assim como eu. Muito menos nascer em um mundo tão podre como o nosso.
~
As horas passava um pouco lenta. Havia tantas pessoas nesse lugar que parecia até um formigueiro, igual naquele filme das formiguinhas.
- Boa noite senhores.- disse um homem estranho com uma aparência de idade como a do pai de Paolo.
- Boa noite, senhor Rico.- respondeu Paolo.
Não o respondi, apenas fiquei observando ele falando com Paolo de um jeito estranho. De todas as pessoas que falaram com Paolo durante o evento, esse homem foi um dos quais me causou uma reação estranha. Já sentia algo em mim dizendo que não era uma coisa boa, e minha intuição não era ruim para identificar certas coisas nas pessoas.
- Esse homem ele é estranho. Você formou aliança com ele?- Paolo balançou a cabeça discretamente em sinal positivo e me calei.
Definitivamente eu estava sobrevivendo a uma noite como está.
Novos nomes no ar. Quem será esse Faroni e esse tal de Ricci?
Possibilidades de um, dois... Três livros novos no ar? Não sei. O que me dizem?
•(Vou demorar um pouco nas postagens meu amores, estou em treinamento para trabalhar, e saí cinco horas e chego em casa tarde dá nem tempo de escrever direito. É muita coisa para essa cabecinha aqui. Espero que compreendam a minha demora).
Hahahahaha, e o que vocês acham que vêm aí? QUERO MUITOS COMENTÁRIOS COM TEORIAS.
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