Da guerra ao Amor

By VGOliverAutora

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No início das guerras, forjado no calor da batalha, sem nenhum tipo de pudor, onde a violência impera e o san... More

AVISOS E EXPLICAÇÕES!
Personagens
Sinopse
Prólogo
A Guerra
O Demônio
Uma noite sem estrelas
Novos Caminhos
A Ira do Demônio
Assuntos de Guerra
Rio de Sangue
Intrigas - Parte I
Intrigas - Parte II
O Retorno
Saudade
Desejo
Os Visitantes
Olhos de Mar
Jardim do Entardecer
Declínio no Horizonte
O Grande Torneio
Memórias
Encontros ao Acaso
Traições
Planos
Dor
Desamor
Despertar
Não me deixes
Desolação
Mentiras e Verdades
Distorções
Lírios de Sangue
Pensamentos sem fim
As flores pelas quais sangrei
Meu paraíso em sua escuridão

O Começo do Tormento

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By VGOliverAutora

Obs.: Capítulo contém cenas de abuso e não está revisado.

"Alea jacta est." (A sorte está lançada.)

─ Júlio César

Kassandra

Eu e Andreyna estávamos mais tranquilas, aliviadas que a noite foi chegando ao fim sem grandes problemas, senti muitos olhares sobre nós. Os mais descarados destinados para Andreyna que ignorava de cabeça erguida, eu me contive em baixar a cabeça não queria contrariar ninguém, queria passar desapercebida.

─ Anderyna minha jovem. ─ Ouvi a voz amável do Senhor Tuah e nos viramos para ele.

─ Sim senhor Tuah.

─ O imperador decidiu que você será agora serva de seu primo e amigo íntimo Aubalit. ─ Disse de forma branda o velho senhor que parecia tentar esconder de maneira miserável seu nervosismo com a situação.

─ Como assim ele me vendeu? Eu não sou um objeto senhor Tuah, sou uma pessoa. ─ Falava já levemente alterada Andreyna, Tuah por sua vez a puxava para o mais longe possível dos homens já que não seria nada bom se o imperador visse essa cena.

─ Menina nada podes fazer a não ser acatar as ordens do soberano, a não ser que prefira a morte, o imperador Mardock não é dado a desobediências e pune quem o faz com os mais severos castigos, então peço minha jovem que se queres viver então obedeça sem mais delongas. ─ Falou num tom pesaroso. O Senhor Tuah parecia saber de algo mais.

─ Tudo bem senhor Tuah. Só sinto por ter que deixar Kassandra, ela é tão jovem e inocente. ─ Falou Andreyna olhando - me com lágrimas nos olhos. Prontamente a abracei foi tão pouco tempo de convivência, mas sentia que a conhecia de uma vida inteira. Existem pessoas ligadas a nós de maneira intensa e sem explicação, Andreyna era uma dessas pessoas para mim, minha alma reconheceu a sua.

─ Não se preocupes ela ficará segura ─ Disse Tuah tentando manter a voz firme, mas o tremular deixou claro que ele não tinha certeza de absolutamente nada, pelo contrário parecia mais apreensivo quanto a eu ficar no castelo do que a Andreyna ir.

Andreyna

Eu olhava em direção ao meu novo "dono", estava receosa, se o imperador a dera a ele não era para bons fins disso tinha certeza, naquela sala todos eram farinha do mesmo saco, todos prepotentes cheios de si que nada se importavam com os súditos, com os milhares de pobres e escravos morrendo de fome que se encontravam além dos portões do majestoso palácio, nada de bom poderia sair daqueles seres infelizes.

Ainda lembrava - me de como o exercito Assírio chegou com sua cavalaria, lançando flechas a esmo, sua lanças cortando o ar não se importando com as mulheres e crianças que corriam desesperadas, eles dizimaram, e depois deportaram os poucos sobreviventes separando - os de seu lar para não ocorrer motins. Agora éramos escravos do cruel Império Assírio.

"Prefiro a morte a ser tocada por ele, ninguém ira me forçar novamente a fazer o que eu não quero ,eu não suportaria que esse tipo de homem me tocasse" ─ Era tudo que eu conseguia pensar enquanto encarava com ódio meu algoz que agora olhava - me desejoso lembrando uma fera no cio.


Mardok Uard II

─ Bom meus generais vou me retirar agora, obrigado pela honrosa colaboração de todos vocês e fiquem à vontade para comemorar no melhor estilo Assírio. Em honra ao Deus Nabur! ─ Saudei me afastando dos meus soldados.

─ Tuah venha aqui! ─ Chamei meu servo leal ansiosamente.

─ Em que posso servi - lo, majestade?

─ Vou me retirar e quero que venha comigo a minha sala particular e depois ajude a escrava do meu primo a se arrumar para ir com ele.

─ Mas é claro majestade. ─ Tuah me seguiu pelos corredores do castelo, mas antes de sair da sala de reuniões encarei com intensidade a feiticeira que estava me tirando dos eixos.

─ Tuah de agora em diante eu quero que aquela escrava que estava servindo - me a comida seja responsável por todas as minhas coisas e a propósito como é o nome dela?

─ É Kassandra meu Senhor, Kassandra Rajter. ─ Senti a preocupação na voz trêmula do velho homem. Com toda certeza ele sabia o que eu queria fazer com aquela divindade.

─ Kassandra... Kassandra Rajter, é cigano?─ Pergunto com curiosidade saboreando como o nome dela derretia como mel dos meus lábios. Kassandra, minha pura e angelical, Kassandra.

─ Sim meu senhor, a menina tem raízes ciganas, ela e Andreyna a que agora é escrava do seu primo.─ Percebi o quanto ele enfatizou a palavra menina e arqueei a sobrancelha com a audácia velada do homem. Seria divertido ensinar - lhe o seu lugar, mas estava fascinado demais pela jovem cigana para me preocupar com a insolência do velho Tuah.

─ Interessante.

─ Agora assim que ela terminar seus afazeres diga - lhe para vir aos meus aposentos.─ Disse não conseguindo conter o sorriso malicioso que se formava nos meus lábios.

─ Como desejar, meu senhor.─ O velho servo estava visivelmente apreensivo, mas não fazia diferença para mim o que ele ou qualquer um achava. Aquela bruxa seria minha, eu macularia sua feminilidade com minha essência, marcaria seu corpo com minhas mãos até não sobrar uma parte dele que não tenha sido tocado por mim e pelo meu pau.

─ Agora vá e apresse a outra, Aubalit está ansioso para retirar - se. ─ Apressei o velho num tom de malícia que fez Tuah me olhar amedrontado.

O vi sair apressado, quase trêmulo e sorri de canto com o efeito que causava nas pessoas. Eu fui criado no campo de batalha, em cima de um cavalo, fui ensinado a matar, torturar, dizimar sem piedade. A única referência feminina que tive foi de Ninsina que não tinha muito poder quanto a minha educação. Meu pai me criou para ser o flagelo dos Deuses nas outras nações, me atribuiu a alcunha de ser o grande imperador do mundo conhecido, já que ele não o conseguiu, pois morreu envenenado vitima de uma insurgência interna.

Honrei a memória do velho imperado Mardok Uard I, o tormento da Assíria, matando todos os traidores e tomando suas terras e riquezas, a aristocracia Assiriana teve uma defasagem pesada, pois matei todos das famílias dos traidores, não queria um feudo de sangue. O único verme que saiu ileso foi o irmão do meu pai, Alaha, que só conseguiu fugir, porque meu pai em seu leito de morte pediu para deixá - lo livre, pois havia prometido a mãe deles que protegeria o irmão.

Com isso o rato medroso conseguiu fugir das minhas mãos, pois minha hesitação momentânea fez com que ele conseguisse rumar para terras desconhecidas, eu era um demônio, mas se tinha algo que eu fazia certo era cumprir minhas promessas. Prometi que só tomaria medidas drásticas contra meu querido tio se fosse comprovada a traição cabal.


Kassandra

Assim que o imperador se retirou eu e Andreyna fizemos o mesmo, já que éramos servas exclusivas dele e Andreyna agora seria do primo do próprio. Vi o Senhor Tuah entrar na cozinha muito tenso.

─ Kassandra e Andreyna que bom que encontrei vocês, já está pronta Andreyna? ─ Senhor Tuah falava com pesar.

─ A Andreyna era a única amiga que tinha e agora ela se vai. ─ Falei já com os olhos banhados pelas lágrimas.

─ Tens que ser forte minha amiga, você vai conseguir ficar bem tenho certeza que sim, eu confio em você e quem sabe em breve não nos encontramos novamente. ─ Dizia Andreyna limpando as minhas lágrimas.

─ Agora vá Andreyna, Ninsina está lhe esperado para guiar - lhe ao seu novo senhor. ─ Os olhos do velho senhor estavam tomador de apreensão e algo que parecia com... Pavor. Enrijeci meu corpo de preocupação não sei se por Andreyna ou por mim.

─ Está bem sejas o que os Deuses quiserem. ─ Me conformei após dar um longo e apertado abraço em Andreyna e receber dela um beijo fraternal na testa.

─ Não se preocupe Sandra esse não é o fim sei que um dia a gente vai se encontrar. ─ Disse já saindo e me deixando com uma sensação de vazio no meu âmago.

─ Agora preciso conversar com você menina Kassandra. ─ Franzi o cenho e identifiquei seu olhar de pesar e isso fez os pelinhos da minha nuca arrepiarem como nunca antes.

─ Algo errado Senhor Tuah? ─ Perguntei intrigada e assustada.

─ A partir de hoje você está diretamente encarregada das coisas do imperador Mardok e ele quer vê - la agora mesmo nos seus aposentos. ─ A medida que o Senhor Tuah ia falando tive a sensação de ter uma experiência que os antigos falavam de a alma sair do corpo, pois o pavor me paralisou.

Eu tinha os olhos arregalados ─ não podia ser ─ estar minimamente perto daquele homem que só de olhar aterrorizava meu cerne e me banhava em pavor. Me perguntava do porque justamente eu, era inexperiente, não sabia os gostos pessoais dele ou como agradar um homem, não tinha familiaridade com os costumes reais.

"Pelos Deuses ele vai me matar" só conseguia pensar isso, já que o mesmo não era conhecido pela sua paciência para com os seus servos e demais pessoas, ele matava quem ele achava que devia matar, era a lei, o Deus daquele lugar. O Imperador Mardok tinha o destino de todos que habitavam naquele reino em suas mãos, era um demônio e ao que tudo parecia hoje eu o conheceria de perto.

Terminei meus afazeres na cozinha e com o coração praticamente na boca rumei para o quarto do imperador a passos contidos e temerosos. Agora estava completamente sozinha, Andreyna se foi, não que ela pudesse ajudar muito nessa situação mas era alguém em quem podia confiar, alguém que podia desabafar, contar meus medos e agora lá estava eu indo para a morada mais íntima do demônio. "Estou perdida", pensava em quanto batia à porta pedindo passagem ao Senhor do inferno.

─ Entre. ─ Ouvi sua voz grossa e máscula tão perto me deixou assustada, desnorteada, mas tinha outro sentimento, algo que refletia no meu baixo ventre e fazia meu corpo arrepiar.

─ Senhor me chamastes? ─ Perguntei de cabeça baixa o olhando de soslaio tentando manter minha voz estável.

─ Kassandra, não é? ─ Falou sentado numa enorme poltrona aveludada vermelha, tinha um copo de bebida em mãos e estava somente de calça e botas, seus belos cabelos negros eram muito lisos e esparramavam - se pelo ombro desnudo emoldurando o rosto quadrado e viril, os músculos do tórax expostos exibiam imponentes cicatrizes de batalha, uma no musculoso peito direito me chamou atenção por ser mais profunda, as sobrancelhas levemente erguidas desenhavam os belos olhos negros, eram como uma noite sem estrelas. Observei os lábios carnudos sorverem a bebida de maneira sensual e calma, calma demais para tudo que já tinha ouvido sobre aquele homem.

Em momento nenhum seu olhar desviou de mim, sua cabeça inclinou levemente para esquerda fazendo a cortina negra em sua cabeça oscilar. Até mesmo na minha inexperiência consegui distinguir seu olhar de excitação e luxuria desenfreada.

Conseguia sentir em meus ossos o quanto ele me queria...

Senti - me enjoada e apavorada, teria que me submeter ao que ele quisesse ou morreria. Eu não queria morrer, a dádiva da vida é preciosa demais. Que Ísis me proteja de toda a maldade e perfídia desse homem, que se considera um Deus, mas é o próprio demônio na terra.

─ Venha aqui. ─ Chamou - me autoritário e eu hesitei.

─ Vamos menina chegue mais perto isso é uma ordem, tenho certeza que não vai querer que eu levante - me e a persiga, doce cigana. ─ Ouvi o tom impaciente em sua voz e preferi fazer o que ele queria, Mardok era um homem extremamente violento, não fazia ideia das atrocidades que ele poderia fazer a mim caso não o obedecesse.

Dei miúdos e amedrontados passos até ficar de frente a poltrona onde ele estava, observei - o quando se inclinava para poder ficar mais próximo a mim e num movimento impressionantemente rápido segurou o meu queixo levantando meu rosto. Ele me olhava parecendo quase em transe, as íris tão escuras daquela distancia pareciam dilatadas averiguando cada detalhe como se quisesse gravar em sua memória os traços do meu rosto.

─ Linda! ─ Susurrou fazendo meus olhos nublarem pelas lágrimas não derramas, eu já tinha previsto o meu destino. Ele não me queria ali para arrumar nada para ele e sim para possuir meu corpo como se eu fosse algo inanimado pronto para entretê - lo. Lutei tanto para não casar - me com o pretendente que papai arranjou e agora servirei de messalina para um demônio sem um pingo de misericórdia dentro de si.

─ Porque choras escrava, te bati por acaso?

─ Eu não te machuquei pelo menos não ainda, por acaso é avessa a elogios, menina? ─ A pronuncia brusca e ríspida tornava o timbre dele acentuado. Eu seguia paralisada de medo sem conseguir mover um músculo para o meu próprio bem.

─ Ficou muda agora escrava?

─ Responda quando eu falar com você, mulher. ─ Dizia enquanto apertava com uma força considerável o meu braço.

─ Não senhor. ─ Foi as únicas palavras que consegui pronunciar e tornei a baixar novamente a cabeça.

─ Levante a cabeça quando falar comigo, gosto de admirar os seus olhos. ─ Disse segurando rudemente meu queixo elevando meus olhos a altura dos seus, mesmo sentado ele conseguia ser extremamente imponente.

─ Tens medo de mim, por quê? Ainda não te dei motivo para me temer. ─ Ele me encarava analítico, um predador sondando sua presa e mesmo sentado ele conseguia estar quase do meu tamanho.

Para meu completo desespero o Imperador levantou - se ficando com o seu corpo bem próximo ao meu, sentia o calor emanando do corpo excitado dele. Senti meu estômago revirar, o sangue tampar meus ouvidos, o pânico do que viria a seguir corroendo minhas veias, minhas entranhas.

Enquanto ele me fitava de cima, altivo, imponente, como provavelmente fora treinado para ser o soberano da Assíria.

─ Você é de origem cigana não é mesmo? ─ Falou - me com sua voz de trovão ainda de pé a minha frente, minha respiração acelerada deixava aparente meu estado de espírito. O vi sorrir e pelos Deuses como poderia ser tão belo assim? Seria uma maldição ser tão belo por fora e tão podre por dentro?

─ Sabes dançar? ─ Perguntou - me com um sorriso malicioso nos lábios.

─ Dizem que as donzelas ciganas aprendem desde cedo a arte da dança, é verdade?

─ Sim, meu se..nhor. Aprendemos para dançar para os nossos maridos.─ Consegui falar num fio de voz.

─ Ordeno que dance para mim. ─ Encarei - o chocada com o pedido.

─ Tendo em vista que você é minha e não terá outro homem tocando em você que não seja eu, pode dançar a vontade para mim. ─ Disse agora segurando a minha cintura num aperto forte quase dolorido.

─ Kassandra... Você é minha propriedade, minha e de mais ninguém, faço o que eu quiser com você e quando eu quiser. Seu belo corpo é meu para possuir e desfrutar até cansar - me e você não tiver mais uso. ─ Pressionou ainda mais a minha cintura e com a voz rouca pela excitação.

Em um reflexo movido pelo desespero tentei soltar - me das poderosas mãos daquele demônio, mas era impossível mal conseguia me mexer "ele é um louco, sádico, assassino, por causa de sua sede de poder toda minha família e aqueles que me eram caros agora estão mortos eu repugno profundamente este homem" pensava enquanto tentava em vão empurrar suas mãos imundas e seu toque repugnante de mim.

─ Não resistas eu sou seu senhor, fará o que eu quiser que tu faças, agora se queres permanecer viva dance para mim. ─ Disse soltando - me bruscamente fazendo com que me desequilibrasse e caísse sentada no chão. O monstro Assírio apenas recostou - se confortavelmente no seu leito esperando ser obedecido sem questionamentos.

─ Vamos levante - se e dance! ─ Disse recostando a cabeça.

─ Mas meu Sen..hor, eu não sei direito, eu não vou agradá - lo. ─ Falei com toda coragem que me restava, tentando me livrar da situação.

─ Se você vai agradar ou não quem decide sou eu.

─ Agora quero que dance é uma ordem! Você com certeza não vai gostar de me ver irritado, estou sendo gentil com você, mas eu mudo de humor rápido, só depende de você. ─ Disse me olhando ameaçador.

Engoli em seco e comecei a dançar imediatamente, tentei ao máximo me conectar com a dança fazendo movimentos leves e graciosos, mesmo sem o auxilio de nenhuma cantoria, apenas o arfar pesado do imperador, tentava fazer minhas pernas se movimentarem em perfeita sincronia com os meus braços, com as mãos fazia as viradas características da dança típica do meu povo, que eu não aprendi muito por não ter uma presença feminina constante, rodopiava meu corpo minhas levantadas de perna eram discretas não revelando o conteúdo debaixo da saia do vestido que usava, isso parecia fazer o imperador mais inquieto já que começou a se mover parecendo desconfortável.

─ Pare! ─ Disse ele de repente me assustando e me fazendo parar ofegante na mesma hora.

─ Me desculpe meu soberano se não o agradei eu disse que não aprendi muito, perdoe - me. ─ Me apressei a falar com medo do pior.

─ E quem disse que não me agradou. ─ Falou já levantando - se.

─ Mas...

─ Me agradou muito, você dança maravilhosamente bem. ─ Sentou na ponta da cama bem próximo a mim e senti a respiração falhar neste momento.

─ Mas agora eu quero outra coisa, levante o vestido. ─ Disse olhando dentro dos meus olhos.

─ Como? ─ Comecei a piscar enquanto processava sua ordem.

─ Quero ver suas pernas, levante o vestido agora. ─ Falou me olhando cheio de luxúria.

Estava amedrontada não sabia o que fazer. O que aquele demônio faria comigo iria desonrar - me, macular - me para qualquer outro homem, não queria isso, não suportaria, além de perder meus pais, meus entes queridos iria ter que suportar ser tocada pelo causador de seu sofrimento, era demais para ela, definitivamente eu estava perdida.

─ Se não vai fazer faço eu mesmo. ─ Disse já levantando bruscamente a saia e expondo não só as pernas mais também a minha intimidade.

─ Perfeita. ─ Disse passando a mão nas minhas pernas, rumando entre as coxas até chegar a minha feminilidade apertada, aquele demônio roçou os dedos experientes no sensível lugar e não consegui conter o gemido que saiu abafado dos meus lábios.

Eu tentava não gemer ou emitir algum som, tão pouco fazia algo, estava ali parada na frente daquele homem imponente sem poder me defender, sem poder reclamar, realmente teria que dar o que ele queria sem reclamar, quem sabe depois ele não me esquecia e deixava em paz, senti as mãos grandes deslizando pelas minhas pernas, mas quando as mão áspera e calejada tocou no centro de meu corpo não consegui reprimir o gemido involuntário de meus lábios e amaldiçoei - me por isso.

Aquele homem com facilidade colocou - me no colo me levando para a enorme cama de lençóis vermelhos, quando percebi já estava deitada "Ai meus deuses eu não posso, não posso me entregar tão fácil, sem lutar" pensou já entre lágrimas.

─ O que foi agora? Tá chorando de novo, escrava? ─ O demônio já estava praticamente em cima de mim, eu podia sentir seu enorme membro sendo pressionado contra as minhas coxas.

─ Não por favor meu senhor, eu não quero, não faz isso comigo. Eu... Eu sou virgem, não sei de nada, não te darei prazer. ─ Disse em meio aos soluços de desespero tentando o comover.

Ouvi sua risada cruel cortando meus ouvidos. E eu percebi que não tinha como o fazer retroceder, porque ele não me via como um ser humano, ele me encarava como algo, um objeto que ele queria usar e descartaria quando estivesse quebrado. Ele era incapaz de sentir.

─ Olha aqui menina vou falar pela última vez, quem decide quem vai ou se vai me dar prazer sou eu. Pouco me importa se você não quer ou é virgem, é até melhor, fica mais excitante ser o primeiro a entrar nesse corpinho imaculado.

Meu choro se tornou compulsivo, meu rosto vermelho por ouvi - lo falar assim do meu corpo, de mim. Eu sabia o que ele queria, tinha ouvido algumas conversar dos meus irmãos mais velhos. Me sentia violada só com as palavras. Não saberia se conseguiria continuar vivendo após ele tomar meu corpo. Me sentia inútil, impotente e indigna. Eu tentava afastá - lo em vão, ele era muito mais forte não teria chances, mas lutaria com todas as minhas forças.

Tentei a todo custo empurrá - lo novamente, mordi seu ombro tentado inutilmente obter êxito em afastá - lo, não consegui. Mas se conseguisse o que faria depois? Fugiria para qual lugar? Não conhecia o território, minha única amiga tinha ido embora, não que Andreyna pudesse ajudar muito, mas ela era inteligente e destemida poderia ter alguma ideia de como escapar sem sermos vistas.

Senti o gosto ferroso na boca, tinha arrancado sangue do ombro dele, encarei - o aterrada com os olhos negros totalmente dilatados, demoníacos, satisfeito... Satisfeito pela minha resistência? Pelos Deuses ele gostou da mordida, lambia os lábios lascivamente eo desci o olhar meus olhos para a parte inferior de seu corpo, se era possível aquele negócio estava ainda maior e inchado na calça escura. Nunca tinha visto um homem nu antes, o medo fez minha cabeça girar.

─ Agora você vai aprender a me obedecer e nunca mais me desafiar. ─ Disse com um olhar cruel e vazio só se via em seus orbes a escuridão, o ódio e a prepotência, ele não tinha nenhum resquício de misericórdia ou pudor, agora ali seminu parecia - lhe realmente um verdadeiro demônio personificado em homem, ele era Mardock Uard II, O demônio da Assíria e minha maior tormenta.

Votem e comentem que a treta vem!

Arine Hime.

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